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AO DOUTO JUÍZO DA 90º VARA DE TRABALHO DE / Recorrente: Sociedade Empresária Recorrido: Pimenta Processo: SOCIEDADE EMPRESÁRIA LTDA, já qualificada no processo em epigrafe que lhe move Débora Pimenta, também já qualificada, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, por intermédio do seu advogado com procuração em anexo, com fulcro no art. 895, inciso I, da CLT, tempestivamente interpor: RECURSO ORDINÁRIO Para o egrégio Tribunal Regional do Trabalho da___ Região. Encontram-se presentes todos os pressupostos de admissibilidade do recurso, dentre os quais se destacam: o preparo e as custas, já pagos, com as guias de recolhimento do presente recurso, a intimação da outra parte para apresentar contrarrazões ao recurso ordinário, no prazo de 08 (oito) dias, conforme estabelece o art. 900, da CLT e a posterior remessa para o TRT. Nestes termos, Pede e se espera deferimento. Local e Data Nome e assinatura do advogado. OAB/UF EXCELENTISSIMO SR. DR. DESEMBARGADOR RELATOR DA TURMA DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA___REGIÃO Recorrente: Sociedade Empresária Ltda Recorrido: Pimenta Processo: Vara de origem: 90º Vara do Trabalho de / RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO A respeitável sentença não deve ser mantida, razão pela qual requer a sua reforma: I- DAS PRELIMINARES a) DA PRELIMINAR DE CERCEAMENTO DE DEFESA PELA INDEFERIMENTO DA OITIVA DE TESTEMUNHAS Inicialmente, cumpre observar que, na instrução, o magistrado indeferiu a oitiva de duas testemunhas trazidas pela empresa, que seriam ouvidas para provar que a recorrente entregava o valor da passagem em espécie diariamente à trabalhadora, evidenciando, dessa forma, o cerceamento de defesa, consoante dispõe o Art. 5º, inciso LV, da CRFB/88. Diante do exposto, requer a consequente anulação do processo e retorno à Vara de origem para oitiva das testemunhas e prolação de nova sentença. b) DA PRELIMINAR DE INÉPCIA DA INICIAL EM RELAÇÃO AOS FERIADOS O magistrado deferiu o pagamento de horas extras pelos feriados, conforme requerido pela trabalhadora na inicial, que pediu extraordinário em “todo e qualquer feriado brasileiro”, tendo sido rejeitada a preliminar suscitada na defesa, motivo pelo qual reitera a preliminar de inépcia da inicial, uma vez que os feriados foram indicados de forma genérica no pedido, conforme os Arts. 330, inciso I, Art. 330, § 1º, inciso II, do CPC e Art. 840, § 1º, da CLT. Dessa forma, requer a reforma da sentença para que seja reconhecida a inépcia da inicial, com a consequente extinção do feito sem resolução do mérito, conforme o art. 485, inciso I, do CPC. II- DO MÉRITO a) DO DESCABIMENTO DO DEFERIMENTO DE INTERVALO POR PERÍODO INTEGRAL – NECESSIDADE DE APENAS PERIODO SUPRIMIDO DE NATUREZA INDENIZATÓRIA A recorrida desenvolvia jornada de 2ª a 6ª feira, das 10 às 16 horas, com intervalo de 10 minutos para refeição, conforme confessado pelo preposto em interrogatório, sendo, então, deferido pelo magistrado o pagamento de 15 minutos com adicional de 50%, em razão do intervalo desrespeitado, e reflexos nas demais verbas salariais. Razão não lhe assisti, uma vez que é indevido o pagamento integral do intervalo, consoante dispõe o Art. 71, § 4º, da CLT, a não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas do período suprimido, com acréscimo de 50 % (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração hora normal de trabalho, não tendo que se falar em reflexos nas demais parcelas. Diante do exposto, requer a reforma da sentença para que seja considerado apenas o intervalo suprimido, de natureza indenizatória, no caso em apreço. b) DA INDEVIDA INDENIZAÇÃO POR DANO EXTRAPATRIMONIAL – DOENÇA DEGENERATIVA NÃO CONSIDERADA COMO DOENÇA DO TRABALHO O juízo a quo deferiu indenização de R$ 6.000,00 a título de dano moral por acidente do trabalho em razão de doença degenerativa da qual a trabalhadora foi vítima, conforme laudos médicos juntados aos autos. Não obstante, consoante previsto no Art. 20, § 1º, alínea a, da Lei nº 8.213/91 não são considerada como doença de trabalho a doença degenerativa, não tendo que se falar em responsabilidade do empregador ao pagamento de indenização por dano extrapatrimonial. Dessa forma, requer a reforma da sentença para que seja indeferido a indenização de dano moral por acidente de trabalho em decorrência da doença degenerativa. c) DO DESCABIMENTO DA DEVOLUÇÃO A RECLAMANTE DOS DESCONTOS EM DOBRO PELAS FALTAS JUSTIFICADAS – AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL O magistrado julgou procedente o pedido de devolução em dobro, como requerido na exordial, de 5 dias de faltas justificadas por atestados médicos, pois a preposta reconheceu que a empresa se negou a aceitar os atestados porque não continham CID (Classificação Internacional de Doenças). Insurge-se a recorrente quanto à devolução dos descontos em dobro, uma vez que não existe previsão legal na CLT para tanto, e ainda consoante previsto Art. 5º, inciso II, da CRFB/88 deve-se observar o principio da legalidade. Dessa forma, requer a reforma da sentença para que seja indeferida a devolução em dobro pelas faltas justificadas, por de falta de previsão legal. d) DO NÃO PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS PARA DEFERIMENTO DA CESTA BÁSICA MENSAL – ULTRATIVIDADE ADMISSÃO DA RECLAMANTE EM PERÍODO POSTERIOR AO TÉRMINO DA CCT Foi deferido o pagamento correspondente a 1 cesta básica mensal, porque sua entrega era prevista na convenção coletiva que vigorou no ano anterior (de janeiro de 2017 a janeiro de 2018) e, no entendimento do julgador, uma vez que não houve estipulação de uma nova norma coletiva, a anterior foi, automaticamente, prorrogada no tempo. Razão não lhe assiste, uma vez que a norma coletiva não tem ultratividade, na forma do Art. 614, § 3º, da CLT, motivo pelo qual é indevida para a trabalhadora, pois ela foi admitida após o término da convenção coletiva anterior. Diante do exposto, requer a reforma da sentença para seja indeferido o pagamento a reclamante a título de cesta básica mensal. e) DA NECESSÁRIA REDUÇÃO DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS AO LIMITE LEGAL Foram deferidos honorários advocatícios em favor do advogado da autora na razão de 20% da liquidação. Razão não lhe assisti, uma vez que suplanta o limite legal estabelecido, que é de 15%, conforme o Art. 791-A, da CLT, motivo pelo qual deve ser reduzido. Dessa forma requer a reforma da sentença, para que seja o percentual deferido, reduzido, observando os limites legais da CLT. II- DOS REQUERIMENTOS FINAIS Diante do exposto, requer a admissibilidade do presente recurso, a renovação das preliminares e, no mérito, o provimento do recurso. Nestes termos, Pede e se espera deferimento. Local e data Nome e assinatura do advogado OAB/UF EXMO.(A) SR.(A) DR.(A) JUIZ (A) FEDERAL DO TRABALHO DA ___ª VARA DO TRABALHO DE xxxxxx/xx. Qualificação do autor da ação/ que neste caso é a empresa ou empregadora, brasileira, estado civil, profissãoe, inscrita no CNPJ/CEI de nº xxxxxx e CPF nº: xxxx, residente e domiciliada xxxxxx, CEP xxxxx, por intermédio de sua procuradora, vem à presença de V.Exa. propor a presente: AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO em face de qualificação da parte requerida/ que neste caso é o empregado, brasileira, empregada doméstica, portadora do CPF sob o nºxxxx, portadora da CTPS nºxxxxx, PIS nº xxxxxx, residente e domiciliada à rua xxxxxxx, CEP xxxxx, nesta cidade e nessa capital, consubstanciados nos motivos de fato e de direito que passa a expor: DO CONTRATO DE TRABALHO Admitida em xxxx para exercer a função de empregada doméstica, teve seu contrato de trabalho rescindido sem justa causa a pedido do empregado, em razão de a consignada não querer mais dar continuidade ao trabalho junto com a consignante. Portanto,a consignada escreveu uma carta de próprio punho informando não querer dar continuidade ao emprego e não querer cumprir o período do aviso prévio. Com efeito, ante a rescisão sem justa causa por parte da empregada doméstica, foi marcada data para recebimento das verbas rescisórias no escritório de contabilidade da consignante, porém a consignada não aceitou receber as verbas. Negando assim o recebimento foram feitas todas as tentativas para pagar a consignada, que foram inexitosas, não restou outra alternativa à consignante, senão aforar a presente ação, com fundamento no Art. 890 e seguintes do CPC, para possibilitar à consignada o recebimento dos haveres rescisórios, de acordo com o incluso TRCT, no valor total de R$ xxxxx (xxxxxx), afim de evitar o pagamento de acréscimos decorrentes do atraso no pagamento das verbas rescisórias, especialmente a multa prevista no Art. 477, da CLT. Aproveitando o ensejo, informa que por se tratar de ação urgente, para evitar a preclusão do prazo de pagamento da consignada e não correr risco de incorrer em multas, a consignante apresentará a procuração no prazo de 15 dias, conforme art. 104 do CPC que se aplica subsidiariamente nesta justiça especializada. DO REQUERIMENTO Pelo exposto, requer: a) Seja desde já expedida guia de depósito para que a autora consigne o referido valor em juízo ou seja designada a data da audiência para que a consignante possa efetuar o pagamento da importância devida; b) Seja notificada a consignada para receber a importância relativa às verbas rescisórias, depositada em juízo ou em data designada por este Juízo, ou impugne a presente ação; c) E, com o recebimento das parcelas discriminadas no incluso TRCT, seja a rescisão contratual homologada por este Colegiado; d) Pede pela procedência da ação e condenação da consignada ao pagamento das custas processuais, honorários advocatícios e demais cominações legais. e) Pede que seja concedido os benefícios da Justiça gratuita, inclusive de custas processuais, declarando sob pena da Lei 7.115/83 C/C a Lei 1.060/50, por não dispor de condições para arcar com ônus da relação processual sem prejuízo do seu próprio sustento e de sua família. f) Protesta-se pela produção de todas as provas em direito admitidas, especialmente a testemunhal e juntada de novos documentos. g) Seja recebida a procuração de habilitação do advogado no prazo de 15 dias. CÁLCULOS DA AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO: Saldo de salário: R$ xxxxx (18 dias) Férias proporcionais: R$ xxxxx ( 4/12 avos) 1/3 férias proporcional: R$ xxx 13º sal. proporcional: R$ xxx ( 4/12 avos) Total de Proventos: R$ xxxx Descontos: previdência Social: R$ xxx prev. Social S/13º salário: R$ xxxx Aviso- prévio indenizado: R$ xxxx Total de descontos: R$ xxx Total Líquido: R$ xxxx VALOR DA CAUSA: R$ xxxx TERMOS EM QUE PEDE DEFERIMENTO. Local, Data. Assinatura do Advogado OAB/ EXMO. Sr. Dr. JUIZ DO TRABALHO DA ___ VARA DO TRABALHO DE / RECLAMANTE, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da cédula de identidade Nº 000000 – órgão expedidor/UF, inscrito no CPF sob o Nº 000.000.000-00, CTPS Nº 00000 – série 000-UF, endereço eletrônico: xxxxxxxxxxx@xxxx.com, residente e domiciliado na Rua xxxxxxxxxx, Nº 000 – Apto. 000 – bairro, CEP, cidade/UF, por intermédio de seu advogado infra-assinado, endereço eletrônico: xxxxxxxxx@xxx.com, com procuração em anexo e endereço profissional à Rua xxxxxxxx, Nº 000 – Apto. 000 – bairro, CEP, cidade/UF, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, com fulcro no Art. 840 da CLT, propor: RECLAMAÇÃO TRABALHISTA C/C PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA pelo procedimento SUMARÍSSIMO, em face de RECLAMADA, pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ através do Nº 00.000.000/001-00, endereço eletrônico: xxxxxxx@xxxx.com, estabelecida na Rua xxxxxxxxxxx, Nº 000 – bairro, CEP, cidade/UF, pelos fatos e fundamentos expostos a seguir: I – DA TRAMITAÇÃO PRIORITÁRIA O Reclamante é considerado idoso, contando na presente data com 63 (sessenta e três) anos de idade, razão pela qual requesta a prioridade da tramitação da presente demanda, nos termos do Estatuto do Idoso – Lei Nº 10.741/13 e nos termos do Art. 1.048, inciso I, do Código de Processo Civil de 2015. II – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA O Reclamante requer o benefício da gratuidade de justiça assegurado no Art. 5º, inciso LXXIV da Constituição Federal e disciplinado nos Artigos 98 e seguintes da Lei 13.105/15 (CPC), inclusive para efeito de possível recurso, tendo em vista estar impossibilitado de arcar com as despesas processuais sem prejuízo do próprio sustento e de sua família, conforme declaração de hipossuficiência em anexo. III – DOS FATOS O Reclamante foi admitido pela empresa Reclamada em 18/04/2011 para exercer o cargo de professor, função essa desenvolvida até a data efetiva da rescisão do seu Contrato de Trabalho. Percebia mensalmente R$ 1.893,39 (um mil, oitocentos e noventa e três reais e trinta e nove centavos), conforme Demonstrativo de Pagamento Mensal acostado aos autos. Em 20/12/2016, o Reclamante foi notificado pela Reclamada que seu contrato de trabalho seria rescindido sem justa causa, e que seu afastamento se daria na mesma data, ficando então dispensado do cumprimento do aviso prévio, isto é, este ocorreria de forma indenizada. A Notificação de Dispensa e o comunicado do Aviso Prévio indenizado encontram-se devidamente anexados aos autos da presente peça exordial. Todavia, até a presente data não houve a homologação da Rescisão do Contrato de Trabalho, nem tampouco o pagamento das verbas contratuais e rescisórias. Sendo assim, não restou ao Reclamante outra alternativa que não fosse o ajuizamento da presente Reclamação Trabalhista. IV – DO PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA – EXPEDIÇÂO DE ALVARÁ JUDICIAL PARA MOVIMENTAÇÃO DA CONTA VINCULADA DO FGTS. Conforme já mencionado acima, o Reclamante foi demitido sem justa causa em 20/12/2016. Ocorre que, até a presente data, a Reclamada não lhe forneceu o TRCT, assim como também não ocorreu a devida homologação perante ao sindicato de classe, impedindo dessa forma o saque do valor existente na conta vinculada do FGTS. No presente caso, os requisitos para a concessão da antecipação dos efeitos da tutela estão presentes, uma vez que os documentos que instruem esta peça exordial demonstram que o rompimento do vínculo empregatício se deu por iniciativa do empregador, sem justa causa. O Art. 300 do CPC, subsidiariamente aplicado no caso em tela por força do Art. 769 da CLT, estabelece que a tutela de urgência pode ser concedida liminarmente quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano. O fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação encontra-se presente na necessidade do Reclamante garantir a sua subsistência e de sua família. Neste sentido, observamos o recente posicionamento do TRT-1 TRT-1 - MANDADO DE SEGURANÇA MS 00111950820155010000 (TRT-1) Data de publicação: 17/02/2017 Ementa: SEGURANÇA. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. LIBERAÇÃO DO FGTS E HABILITAÇÃO NO SEGURO DESEMPREGO. Inexistindo fato novo que autorize a modificação da decisão liminar, e ainda, diante do fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação na espera pelo provimento jurisdicional final, uma vez que o levantamento do FGTS e a habilitação no benefício do seguro desemprego são institutos cuja mens legem foi dar proteção ao trabalhador imotivadamente dispensado, especialmente em face do caráter alimentar e familiar dos créditos trabalhistas, há de ser mantida a liminar e concedida a segurança. Por todo exposto, REQUER o deferimento da antecipação dos efeitos da tutela, a fim de que seja expedido alvará judicial, para que o Reclamante possa sacar o valor existente na sua conta vinculada do FGTS, nos termos do Art. 300 do CPC. V – DAS VERBAS CONTRATUAIS E RESCISÓRIAS V. 1 - DOSALDO DE SALÁRIO O último salário percebido pelo Reclamante foi o correspondente ao mês de Novembro/2016. Em virtude do mesmo ter seu contrato de trabalho rescindido em 20/12/2016, tem direito ao recebimento do saldo de salário correspondente aos 20 (vinte) dias laborados no mês de Dezembro/2016, assim como os seus reflexos. Desse modo, a Reclamada deverá pagar ao Reclamante o respectivo saldo de salário, perfazendo o total de R$ 1.262,26 (um mil, duzentos e sessenta e dois reais e vinte e seis centavos), devidamente acrescidos de juros e correção monetária. V. 2 – DO AVISO PRÉVIO INDENIZADO Tendo em vista a inexistência de justa causa para a rescisão do contrato de trabalho, surge para o Reclamante o direito ao Aviso Prévio indenizado, prorrogando o término do contrato para o mês de Janeiro/2017, uma vez que o § 1º do Art. 487 da CLT, estabelece que a não concessão do aviso prévio pelo empregador dá direito ao empregado o recebimento dos salários correspondentes ao prazo do aviso. Eis o dispositivo, in verbis: CLT - Art. 487 - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato, deverá avisar a outra da sua resolução, com a antecedência mínima de 30 dias. (...) § 1º - A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço. Diante disso e consoante ao Art. 1º, parágrafo único, da Lei 12.506/11 o Reclamante faz jus, portanto, ao aviso prévio indenizado correspondente a 45 (quarenta e cinco) dias de tempo de serviço, assim como os seus reflexos. Sendo assim, a Reclamada deve pagar ao Reclamante o valor de R$ 2.840.09 (dois mil, oitocentos e quarenta reais e nove centavos), devidamente corrigido monetariamente e acrescido de juros legais. V. 3 – DAS FÉRIAS PROPORCIONAIS + 1/3 CONSTITUCIONAL O Reclamante tem direito a receber o período incompleto de férias, acrescido do terço constitucional, em conformidade com o Art. 146, parágrafo único da CLT e Art. 7º, inciso XVII da CRFB/88. CLT - Art. 146 - Na cessação do contrato de trabalho, qualquer que seja a sua causa, será devida ao empregado a remuneração simples ou em dobro, conforme o caso, correspondente ao período de férias cujo direito tenha adquirido. Parágrafo único - Na cessação do contrato de trabalho, após 12 (doze) meses de serviço, o empregado, desde que não haja sido demitido por justa causa, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de acordo com o art. 130, na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de serviço ou fração superior a 14 (quatorze) dias. CRFB/88 - Art. 7º - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...) XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; Observa-se que o parágrafo único do Art. 146 da CLT, prevê o direito do empregado ao período incompleto de férias na proporção de 1/12 por mês trabalhado ou fração superior a 14 (quatorze dias). Sendo assim, tendo o período aquisitivo iniciado em 18/04/2016 e o término efetivo do contrato de trabalho ocorrendo em 19/01/2017, o Reclamante faz jus a 9/12 de férias proporcionais acrescidas do terço constitucional. Diante disso, a Reclamada deverá pagar ao Reclamante o correspondente a R$ 1.893,39 (um mil, oitocentos e noventa e três reais e trinta e nove centavos), valor esse que deverá ser acrescidos de juros e correção monetária. V. 4 – DO 13º SALÁRIO PROPORCIONAL As Leis 4.090/62 e 4.749/65 preceituam que o décimo terceiro salário deverá ser pago até o dia 20 de dezembro de cada ano, sendo ainda certo que a fração igual ou superior a 15 (quinze dias) de trabalho será havida como mês integral para efeitos do cálculo do 13º salário. Assim, tendo o contrato de trabalho findado em 19/01/2017, o Reclamante tem direito ao recebimento do correspondente a 1/12 em relação a remuneração percebida, observando neste caso, o valor de R$ 157,78 (cento e cinquenta e sete reais e setenta e oito centavos), que deverá ser pago pela Reclamada devidamente corrigidos monetariamente e acrescidos de juros. V.5 – DOS DEPÓSITOS DO FGTS O Art. 15 da Lei 8.036/90 estabelece que todo empregador deverá depositar até o dia 7 de cada mês na conta vinculada do empregado a importância correspondente a 8% de sua remuneração devida no mês anterior. in verbis: Lei 8.036/90 - Art. 15. Para os fins previstos nesta lei, todos os empregadores ficam obrigados a depositar, até o dia 7 (sete) de cada mês, em conta bancária vinculada, a importância correspondente a 8 (oito) por cento da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas na remuneração as parcelas de que tratam os artigos 457 e 458 da CLT e a gratificação de Natal a que se refere a Lei nº 4.090, de 13 de julho de 1962, com as modificações da Lei nº 4.749, de 12 de agosto de 1965. Na ocasião da rescisão do contrato de trabalho não constava na conta vinculada do FGTS os depósitos referentes as competências de Setembro, Outubro, Novembro e Dezembro de 2016, conforme extrato da conta do FGTS em anexo. Nesse sentido, o Reclamante faz jus ao valor correspondente aos quatro depósitos acima mencionados, perfazendo um total de R$ 606,40 (seiscentos e seis reais e quarenta centavos). V.6 – DA MULTA DE 40% Em virtude de se tratar de uma rescisão sem justa causa do contrato de trabalho, deverá ser paga uma multa, em favor do Reclamante, de 40% sobre o valor total do saldo do FGTS, de acordo com o § 1º do Art. 18 da Lei 8.036/90 c/c Art. 7º, inciso I, da CRFB/88. Conforme o extrato analítico de conta vinculada do FGTS acostado aos autos, o valor base para fins rescisórios é de R$ 11.511,98 (onze mil, quinhentos e onze reais e noventa e oito centavos), que acrescidos os depósitos faltantes mencionados no item anterior, perfaz um total de R$ 12.118,38 (doze mil, cento e dezoito reais e trinta e oito centavos). Cabe então, em favor do Reclamante o correspondente a R$ 4.847,35 (quatro mil, oitocentos e quarenta e sete reais e trinta e cinco centavos). Valor este que deverá ser pago pela Reclamada devidamente corrigido monetariamente e acrescido de juros legais. V.7 – DA MULTA DO ARTIGO 477 DA CLT No prazo estabelecido no Art. 477, § 6º, da CLT, não houve o pagamento das verbas rescisórias acima elencadas. Neste sentido se impõe em favor do Reclamante uma multa equivalente a um mês de salário revertida em seu favor, conforme consubstancia o § 8º do mesmo artigo da CLT acima citado. V.8 – DA MULTA DO ARTIGO 467 DA CLT A Reclamada deverá pagar ao Reclamante, no ato da audiência, todas as verbas incontroversas, sob pena de acréscimo de 50%, conforme Art. 467 da CLT, transcrito a seguir: CLT - Art. 467. Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia sobre o montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao trabalhador, à data do comparecimento à Justiça do Trabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob pena de pagá-las acrescidas de cinquenta por cento. Desta forma, protesta o Reclamante pelo pagamento de todas as parcelas incontroversas na primeira audiência. VI – DO DANO MORAL Nos exatos termos do Art. 114 da Constituição Federal, a Justiça do Trabalho é competente para julgar, também, o pedido de indenização por danos morais, quando este advém da relação de emprego. No transcorrer de liame contratual é evidente que o reclamante foi vítima de danos morais praticado pela reclamada que constantemente atrasava os salários. Cabendo ainda destacar, como agravante, o fato de que sequer adimpliu as verbas rescisórias e saldo de salários. É de extrema nitidez que o Reclamante foi submetido a situação de humilhação, constrangimento e desprestígio, expondo-a ao ridículo e a uma condição de penúria que não pode ser tolerada por este M.M. Juízo. Diantedo exposto pugna-se pela condenação da Reclamada ao pagamento de indenização por danos morais. Em que pese o grau de subjetivismo que envolve o tema da fixação da reparação, vez que não existem critérios determinados e fixos para a quantificação do dano moral, a reparação do dano há de ser fixada em montante que desestimule o ofensor a repetir o cometimento do ilícito. Diante disso acreditamos que o valor correspondente a R$ 5.000,00 (cinco mil reais) esteja dentro do que preconiza o Princípio da Razoabilidade. VII – DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS O Art. 133 da Constituição Federal de 1988, norma cogente, de interesse público, das partes e jurisdicional, tornou o advogado indispensável à administração da justiça. Em que pese existir, no âmbito da Justiça do Trabalho, o Princípio jus postulandi, sabe-se que, caso um reclamante comece um litígio sem auxílio de um advogado, este poderá ser seriamente prejudicado, em virtude de geralmente não possuir o conhecimento técnico adequado para litigar em juízo. Além disso, é sabido que as empresas Reclamadas, por serem detentoras de poder econômico avantajado, certamente estarão sempre acompanhadas por operadores do direito altamente qualificados, o que, somado ao jus postulandi do Empregado, tornaria o trabalhador ainda mais hipossuficiente na busca por seus próprios direitos. Dessa forma, na busca de uma igualdade material dentro de uma demanda, se faz necessária, sim, a presença do advogado em juízo, acompanhando o Reclamante. Nada mais justo e coerente, portanto, do que o deferimento de honorários advocatícios por força do Princípio da Sucumbência, estabelecido nos termos do Art. 85 do CPC. VIII – DOS PEDIDOS Diante de todo o exposto Requer: 1 - A prioridade da tramitação da presente demanda, nos termos do Estatuto do Idoso – Lei Nº 10.741/13 e nos termos do Art. 1.048, inciso I, do Código de Processo Civil de 2015 em virtude do Reclamante contar na presente data com 63 (sessenta e três) anos de idade. 2 – O benefício da gratuidade de justiça assegurado no Art. 5º, inciso LXXIV da Constituição Federal e disciplinado nos Artigos 98 e seguintes da Lei 13.105/15 (CPC); 3 - O deferimento da antecipação dos efeitos da tutela, inaudita altera pars, a fim de que seja expedido alvará judicial, para que o Reclamante possa sacar o valor existente na sua conta vinculada do FGTS, nos termos do Art. 300 do CPC. 4 – A Notificação da reclamada, para que compareça em audiência, e, querendo, conteste a presente ação, sob pena de, não o fazendo, incidirem os efeitos da revelia; 5 - A condenação da reclamada ao pagamento das seguintes verbas, acrescidas de juros e correção monetária, na forma apurada em liquidação de sentença: Saldo de Salário R$ 1.262,26 Aviso Prévio R$ 2.840,99 Férias Proporcionais de 9/12 + 1/3 Constitucional R$ 1.893,39 13º Salário proporcional de 1/12 R$ 157,78 Depósitos do FGTS R$ 606,40 Multa de 40% do FGTS R$ 4.847,35 Multa do Art. 477, § 8º da CLT R$ 1.893,39 Multa do Art. 467 da CLT R$ 5.804,09 Indenização por Danos Morais R$ 5.000,00 Total: R$ 24.305,65 6 - A condenação da Reclamada ao pagamento de custas e demais despesas processuais, inclusive em honorários advocatícios, estes arbitrados em 20% (vinte por cento); 7 - A intimação da reclamada para juntar aos autos todos os documentos referentes à contratação e ao período laborado pela reclamante, em especial os comprovantes de depósitos bancários que constatem o pagamento dos salários e das férias, sob pena de confissão dos pedidos alegados; 8 - A PROCEDÊNCIA TOTAL da presente Reclamação Trabalhista, com o deferimento de todos os pedidos. Por fim, requer a produção de todos os meios de provas admitidas em direito, em especial depoimento pessoal da Reclamante e oitiva de testemunhas, além dos depoimentos pessoais dos representantes legais das Reclamadas. Dá-se a causa o valor de R$ 24.305,65 (vinte e quatro mil, trezentos e cinco reais e sessenta e cinco centavos). Termos em que, Pede deferimento. Local e data Advogado OAB/UF – 000.000
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