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AO DOUTO JUÍZO DA 90º VARA DE TRABALHO DE / 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Recorrente: 
Sociedade Empresária 
Recorrido: Pimenta 
Processo: 
 
 
 
 
 
SOCIEDADE EMPRESÁRIA LTDA, já qualificada no processo em epigrafe que lhe 
move Débora Pimenta, também já qualificada, vem, respeitosamente, perante Vossa 
Excelência, por intermédio do seu advogado com procuração em anexo, com fulcro no 
art. 895, inciso I, da CLT, tempestivamente interpor: 
RECURSO ORDINÁRIO 
Para o egrégio Tribunal Regional do Trabalho da___ Região. 
Encontram-se presentes todos os pressupostos de admissibilidade do recurso, dentre os 
quais se destacam: o preparo e as custas, já pagos, com as guias de recolhimento do 
presente recurso, a intimação da outra parte para apresentar contrarrazões ao recurso 
ordinário, no prazo de 08 (oito) dias, conforme estabelece o art. 900, da CLT e a 
posterior remessa para o TRT. 
Nestes termos, 
Pede e se espera deferimento. 
Local e Data 
Nome e assinatura do advogado. 
OAB/UF 
 
 
 
 
 
EXCELENTISSIMO SR. DR. DESEMBARGADOR RELATOR DA TURMA DO 
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA___REGIÃO 
 
 
 
 
Recorrente: Sociedade Empresária Ltda 
Recorrido: Pimenta 
Processo: Vara de origem: 90º Vara do Trabalho de / 
RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO 
 
A respeitável sentença não deve ser mantida, razão pela qual requer a sua reforma: 
I- DAS PRELIMINARES 
 
a) DA PRELIMINAR DE CERCEAMENTO DE DEFESA PELA 
INDEFERIMENTO DA OITIVA DE TESTEMUNHAS 
Inicialmente, cumpre observar que, na instrução, o magistrado indeferiu a oitiva de 
duas testemunhas trazidas pela empresa, que seriam ouvidas para provar que a 
recorrente entregava o valor da passagem em espécie diariamente à trabalhadora, 
evidenciando, dessa forma, o cerceamento de defesa, consoante dispõe o Art. 5º, 
inciso LV, da CRFB/88. 
Diante do exposto, requer a consequente anulação do processo e retorno à Vara de 
origem para oitiva das testemunhas e prolação de nova sentença. 
b) DA PRELIMINAR DE INÉPCIA DA INICIAL EM RELAÇÃO AOS 
FERIADOS 
O magistrado deferiu o pagamento de horas extras pelos feriados, conforme requerido 
pela trabalhadora na inicial, que pediu extraordinário em “todo e qualquer feriado 
brasileiro”, tendo sido rejeitada a preliminar suscitada na defesa, motivo pelo qual 
reitera a preliminar de inépcia da inicial, uma vez que os feriados foram indicados de 
forma genérica no pedido, conforme os Arts. 330, inciso I, Art. 330, § 1º, inciso II, 
do CPC e Art. 840, § 1º, da CLT. 
Dessa forma, requer a reforma da sentença para que seja reconhecida a inépcia da 
inicial, com a consequente extinção do feito sem resolução do mérito, conforme o 
art. 485, inciso I, do CPC. 
II- DO MÉRITO 
 
a) DO DESCABIMENTO DO DEFERIMENTO DE INTERVALO POR 
PERÍODO INTEGRAL – NECESSIDADE DE APENAS PERIODO 
SUPRIMIDO DE NATUREZA INDENIZATÓRIA 
A recorrida desenvolvia jornada de 2ª a 6ª feira, das 10 às 16 horas, com intervalo de 
10 minutos para refeição, conforme confessado pelo preposto em interrogatório, sendo, 
então, deferido pelo magistrado o pagamento de 15 minutos com adicional de 50%, em 
razão do intervalo desrespeitado, e reflexos nas demais verbas salariais. 
Razão não lhe assisti, uma vez que é indevido o pagamento integral do intervalo, 
consoante dispõe o Art. 71, § 4º, da CLT, a não concessão ou a concessão parcial do 
intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e 
rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas do período suprimido, 
com acréscimo de 50 % (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração hora 
normal de trabalho, não tendo que se falar em reflexos nas demais parcelas. 
Diante do exposto, requer a reforma da sentença para que seja considerado apenas o 
intervalo suprimido, de natureza indenizatória, no caso em apreço. 
b) DA INDEVIDA INDENIZAÇÃO POR DANO EXTRAPATRIMONIAL – 
DOENÇA DEGENERATIVA NÃO CONSIDERADA COMO DOENÇA DO 
TRABALHO 
 
O juízo a quo deferiu indenização de R$ 6.000,00 a título de dano moral por acidente 
do trabalho em razão de doença degenerativa da qual a trabalhadora foi vítima, 
conforme laudos médicos juntados aos autos. 
Não obstante, consoante previsto no Art. 20, § 1º, alínea a, da Lei nº 8.213/91 não são 
considerada como doença de trabalho a doença degenerativa, não tendo que se falar em 
responsabilidade do empregador ao pagamento de indenização por dano 
extrapatrimonial. 
Dessa forma, requer a reforma da sentença para que seja indeferido a indenização de 
dano moral por acidente de trabalho em decorrência da doença degenerativa. 
c) DO DESCABIMENTO DA DEVOLUÇÃO A RECLAMANTE DOS 
DESCONTOS EM DOBRO PELAS FALTAS JUSTIFICADAS – AUSÊNCIA DE 
PREVISÃO LEGAL 
 
O magistrado julgou procedente o pedido de devolução em dobro, como requerido na 
exordial, de 5 dias de faltas justificadas por atestados médicos, pois a preposta 
reconheceu que a empresa se negou a aceitar os atestados porque não continham CID 
(Classificação Internacional de Doenças). 
Insurge-se a recorrente quanto à devolução dos descontos em dobro, uma vez que não 
existe previsão legal na CLT para tanto, e ainda consoante previsto Art. 5º, inciso II, 
da CRFB/88 deve-se observar o principio da legalidade. 
Dessa forma, requer a reforma da sentença para que seja indeferida a devolução em 
dobro pelas faltas justificadas, por de falta de previsão legal. 
d) DO NÃO PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS PARA DEFERIMENTO 
DA CESTA BÁSICA MENSAL – ULTRATIVIDADE ADMISSÃO DA 
RECLAMANTE EM PERÍODO POSTERIOR AO TÉRMINO DA CCT 
 
Foi deferido o pagamento correspondente a 1 cesta básica mensal, porque sua entrega 
era prevista na convenção coletiva que vigorou no ano anterior (de janeiro de 2017 a 
janeiro de 2018) e, no entendimento do julgador, uma vez que não houve estipulação 
de uma nova norma coletiva, a anterior foi, automaticamente, prorrogada no tempo. 
Razão não lhe assiste, uma vez que a norma coletiva não tem ultratividade, na forma do 
Art. 614, § 3º, da CLT, motivo pelo qual é indevida para a trabalhadora, pois ela foi 
admitida após o término da convenção coletiva anterior. 
Diante do exposto, requer a reforma da sentença para seja indeferido o pagamento a 
reclamante a título de cesta básica mensal. 
e) DA NECESSÁRIA REDUÇÃO DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS AO 
LIMITE LEGAL 
 
Foram deferidos honorários advocatícios em favor do advogado da autora na razão de 
20% da liquidação. 
Razão não lhe assisti, uma vez que suplanta o limite legal estabelecido, que é de 15%, 
conforme o Art. 791-A, da CLT, motivo pelo qual deve ser reduzido. 
Dessa forma requer a reforma da sentença, para que seja o percentual deferido, 
reduzido, observando os limites legais da CLT. 
II- DOS REQUERIMENTOS FINAIS 
 
Diante do exposto, requer a admissibilidade do presente recurso, a renovação das 
preliminares e, no mérito, o provimento do recurso. 
Nestes termos, 
Pede e se espera deferimento. 
Local e data 
Nome e assinatura do advogado 
OAB/UF 
 
 
EXMO.(A) SR.(A) DR.(A) JUIZ (A) FEDERAL DO TRABALHO DA ___ª VARA 
DO TRABALHO DE xxxxxx/xx. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Qualificação do autor da ação/ que neste caso é a empresa ou 
empregadora, brasileira, estado civil, profissãoe, inscrita no CNPJ/CEI de nº xxxxxx e 
CPF nº: xxxx, residente e domiciliada xxxxxx, CEP xxxxx, por intermédio de sua 
procuradora, vem à presença de V.Exa. propor a presente: 
 
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO 
 
em face de qualificação da parte requerida/ que neste caso é o empregado, 
brasileira, empregada doméstica, portadora do CPF sob o nºxxxx, portadora da CTPS 
nºxxxxx, PIS nº xxxxxx, residente e domiciliada à rua xxxxxxx, CEP xxxxx, nesta 
cidade e nessa capital, consubstanciados nos motivos de fato e de direito que passa a 
expor: 
DO CONTRATO DE TRABALHO 
 
Admitida em xxxx para exercer a função de empregada doméstica, teve seu contrato de 
trabalho rescindido sem justa causa a pedido do empregado, em razão de a consignada 
não querer mais dar continuidade ao trabalho junto com a consignante. 
Portanto,a consignada escreveu uma carta de próprio punho informando não querer dar 
continuidade ao emprego e não querer cumprir o período do aviso prévio. 
Com efeito, ante a rescisão sem justa causa por parte da empregada doméstica, foi 
marcada data para recebimento das verbas rescisórias no escritório de contabilidade da 
consignante, porém a consignada não aceitou receber as verbas. 
Negando assim o recebimento foram feitas todas as tentativas para pagar a consignada, 
que foram inexitosas, não restou outra alternativa à consignante, senão aforar a 
presente ação, com fundamento no Art. 890 e seguintes do CPC, para possibilitar à 
consignada o recebimento dos haveres rescisórios, de acordo com o incluso TRCT, no 
valor total de R$ xxxxx (xxxxxx), afim de evitar o pagamento de acréscimos 
decorrentes do atraso no pagamento das verbas rescisórias, especialmente a multa 
prevista no Art. 477, da CLT. 
Aproveitando o ensejo, informa que por se tratar de ação urgente, para evitar a 
preclusão do prazo de pagamento da consignada e não correr risco de incorrer em 
multas, a consignante apresentará a procuração no prazo de 15 dias, conforme 
art. 104 do CPC que se aplica subsidiariamente nesta justiça especializada. 
DO REQUERIMENTO Pelo exposto, requer: 
 
a) Seja desde já expedida guia de depósito para que a autora consigne o referido valor 
em juízo ou seja designada a data da audiência para que a consignante possa efetuar o 
pagamento da importância devida; 
b) Seja notificada a consignada para receber a importância relativa às verbas 
rescisórias, depositada em juízo ou em data designada por este Juízo, ou impugne a 
presente ação; 
c) E, com o recebimento das parcelas discriminadas no incluso TRCT, seja a rescisão 
contratual homologada por este Colegiado; 
d) Pede pela procedência da ação e condenação da consignada ao pagamento das custas 
processuais, honorários advocatícios e demais cominações legais. 
e) Pede que seja concedido os benefícios da Justiça gratuita, inclusive de custas 
processuais, declarando sob pena da Lei 7.115/83 C/C a Lei 1.060/50, por não dispor 
de condições para arcar com ônus da relação processual sem prejuízo do seu próprio 
sustento e de sua família. 
f) Protesta-se pela produção de todas as provas em direito admitidas, especialmente a 
testemunhal e juntada de novos documentos. 
g) Seja recebida a procuração de habilitação do advogado no prazo de 15 dias. 
CÁLCULOS DA AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO: 
 
Saldo de salário: R$ xxxxx (18 dias) 
Férias proporcionais: R$ xxxxx ( 4/12 avos) 
1/3 férias proporcional: R$ xxx 
13º sal. proporcional: R$ xxx ( 4/12 avos) 
Total de Proventos: R$ xxxx 
Descontos: 
previdência Social: R$ xxx 
prev. Social S/13º salário: R$ xxxx 
Aviso- prévio indenizado: R$ xxxx 
Total de descontos: R$ xxx 
Total Líquido: R$ xxxx 
VALOR DA CAUSA: R$ xxxx 
TERMOS EM QUE 
PEDE DEFERIMENTO. 
Local, Data. 
Assinatura do Advogado 
OAB/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXMO. Sr. Dr. JUIZ DO TRABALHO DA ___ VARA DO TRABALHO DE / 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECLAMANTE, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da cédula de 
identidade Nº 000000 – órgão expedidor/UF, inscrito no CPF sob o Nº 000.000.000-00, 
CTPS Nº 00000 – série 000-UF, endereço eletrônico: xxxxxxxxxxx@xxxx.com, 
residente e domiciliado na Rua xxxxxxxxxx, Nº 000 – Apto. 000 – bairro, CEP, 
cidade/UF, por intermédio de seu advogado infra-assinado, endereço 
eletrônico: xxxxxxxxx@xxx.com, com procuração em anexo e endereço profissional à 
Rua xxxxxxxx, Nº 000 – Apto. 000 – bairro, CEP, cidade/UF, vem respeitosamente 
perante Vossa Excelência, com fulcro no Art. 840 da CLT, propor: 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA C/C PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE 
TUTELA 
 
pelo procedimento SUMARÍSSIMO, em face de RECLAMADA, pessoa jurídica de 
direito privado, inscrito no CNPJ através do Nº 00.000.000/001-00, endereço 
eletrônico: xxxxxxx@xxxx.com, estabelecida na Rua xxxxxxxxxxx, Nº 000 – bairro, 
CEP, cidade/UF, pelos fatos e fundamentos expostos a seguir: 
 
I – DA TRAMITAÇÃO PRIORITÁRIA 
 
O Reclamante é considerado idoso, contando na presente data com 63 (sessenta e três) 
anos de idade, razão pela qual requesta a prioridade da tramitação da presente 
demanda, nos termos do Estatuto do Idoso – Lei Nº 10.741/13 e nos termos do 
Art. 1.048, inciso I, do Código de Processo Civil de 2015. 
 
II – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA 
O Reclamante requer o benefício da gratuidade de justiça assegurado no Art. 5º, 
inciso LXXIV da Constituição Federal e disciplinado nos Artigos 98 e seguintes da 
Lei 13.105/15 (CPC), inclusive para efeito de possível recurso, tendo em vista estar 
impossibilitado de arcar com as despesas processuais sem prejuízo do próprio sustento 
e de sua família, conforme declaração de hipossuficiência em anexo. 
III – DOS FATOS 
O Reclamante foi admitido pela empresa Reclamada em 18/04/2011 para exercer o 
cargo de professor, função essa desenvolvida até a data efetiva da rescisão do seu 
Contrato de Trabalho. Percebia mensalmente R$ 1.893,39 (um mil, oitocentos e 
noventa e três reais e trinta e nove centavos), conforme Demonstrativo de Pagamento 
Mensal acostado aos autos. 
Em 20/12/2016, o Reclamante foi notificado pela Reclamada que seu contrato de 
trabalho seria rescindido sem justa causa, e que seu afastamento se daria na mesma 
data, ficando então dispensado do cumprimento do aviso prévio, isto é, este ocorreria 
de forma indenizada. A Notificação de Dispensa e o comunicado do Aviso Prévio 
indenizado encontram-se devidamente anexados aos autos da presente peça exordial. 
Todavia, até a presente data não houve a homologação da Rescisão do Contrato de 
Trabalho, nem tampouco o pagamento das verbas contratuais e rescisórias. Sendo 
assim, não restou ao Reclamante outra alternativa que não fosse o ajuizamento da 
presente Reclamação Trabalhista. 
IV – DO PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA – EXPEDIÇÂO DE ALVARÁ 
JUDICIAL PARA MOVIMENTAÇÃO DA CONTA VINCULADA DO FGTS. 
 
Conforme já mencionado acima, o Reclamante foi demitido sem justa causa em 
20/12/2016. Ocorre que, até a presente data, a Reclamada não lhe forneceu o TRCT, 
assim como também não ocorreu a devida homologação perante ao sindicato de classe, 
impedindo dessa forma o saque do valor existente na conta vinculada do FGTS. 
No presente caso, os requisitos para a concessão da antecipação dos efeitos da tutela 
estão presentes, uma vez que os documentos que instruem esta peça exordial 
demonstram que o rompimento do vínculo empregatício se deu por iniciativa do 
empregador, sem justa causa. 
O Art. 300 do CPC, subsidiariamente aplicado no caso em tela por força do 
Art. 769 da CLT, estabelece que a tutela de urgência pode ser concedida liminarmente 
quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de 
dano. O fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação encontra-se presente 
na necessidade do Reclamante garantir a sua subsistência e de sua família. 
Neste sentido, observamos o recente posicionamento do TRT-1 
TRT-1 - MANDADO DE SEGURANÇA MS 00111950820155010000 (TRT-1) 
Data de publicação: 17/02/2017 
Ementa: SEGURANÇA. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. LIBERAÇÃO DO FGTS E 
HABILITAÇÃO NO SEGURO DESEMPREGO. Inexistindo fato novo que autorize a 
modificação da decisão liminar, e ainda, diante do fundado receio de dano irreparável 
ou de difícil reparação na espera pelo provimento jurisdicional final, uma vez que o 
levantamento do FGTS e a habilitação no benefício do seguro desemprego são 
institutos cuja mens legem foi dar proteção ao trabalhador imotivadamente 
dispensado, especialmente em face do caráter alimentar e familiar dos créditos 
trabalhistas, há de ser mantida a liminar e concedida a segurança. 
Por todo exposto, REQUER o deferimento da antecipação dos efeitos da tutela, a fim 
de que seja expedido alvará judicial, para que o Reclamante possa sacar o valor 
existente na sua conta vinculada do FGTS, nos termos do Art. 300 do CPC. 
V – DAS VERBAS CONTRATUAIS E RESCISÓRIAS 
 
V. 1 - DOSALDO DE SALÁRIO 
O último salário percebido pelo Reclamante foi o correspondente ao mês de 
Novembro/2016. Em virtude do mesmo ter seu contrato de trabalho rescindido em 
20/12/2016, tem direito ao recebimento do saldo de salário correspondente aos 20 
(vinte) dias laborados no mês de Dezembro/2016, assim como os seus reflexos. 
Desse modo, a Reclamada deverá pagar ao Reclamante o respectivo saldo de salário, 
perfazendo o total de R$ 1.262,26 (um mil, duzentos e sessenta e dois reais e vinte e 
seis centavos), devidamente acrescidos de juros e correção monetária. 
V. 2 – DO AVISO PRÉVIO INDENIZADO 
 
Tendo em vista a inexistência de justa causa para a rescisão do contrato de trabalho, 
surge para o Reclamante o direito ao Aviso Prévio indenizado, prorrogando o término 
do contrato para o mês de Janeiro/2017, uma vez que o § 1º do Art. 487 da CLT, 
estabelece que a não concessão do aviso prévio pelo empregador dá direito ao 
empregado o recebimento dos salários correspondentes ao prazo do aviso. 
Eis o dispositivo, in verbis: 
CLT - Art. 487 - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser 
rescindir o contrato, deverá avisar a outra da sua resolução, com a antecedência 
mínima de 30 dias. 
(...) 
§ 1º - A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos 
salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse 
período no seu tempo de serviço. 
Diante disso e consoante ao Art. 1º, parágrafo único, da Lei 12.506/11 o Reclamante 
faz jus, portanto, ao aviso prévio indenizado correspondente a 45 (quarenta e cinco) 
dias de tempo de serviço, assim como os seus reflexos. Sendo assim, a Reclamada deve 
pagar ao Reclamante o valor de R$ 2.840.09 (dois mil, oitocentos e quarenta reais e 
nove centavos), devidamente corrigido monetariamente e acrescido de juros legais. 
V. 3 – DAS FÉRIAS PROPORCIONAIS + 1/3 CONSTITUCIONAL 
 
O Reclamante tem direito a receber o período incompleto de férias, acrescido do terço 
constitucional, em conformidade com o Art. 146, parágrafo único da CLT e Art. 7º, 
inciso XVII da CRFB/88. 
CLT - Art. 146 - Na cessação do contrato de trabalho, qualquer que seja a sua causa, 
será devida ao empregado a remuneração simples ou em dobro, conforme o caso, 
correspondente ao período de férias cujo direito tenha adquirido. 
Parágrafo único - Na cessação do contrato de trabalho, após 12 (doze) meses de 
serviço, o empregado, desde que não haja sido demitido por justa causa, terá direito à 
remuneração relativa ao período incompleto de férias, de acordo com o art. 130, na 
proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de serviço ou fração superior a 14 
(quatorze) dias. 
CRFB/88 - Art. 7º - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros 
que visem à melhoria de sua condição social: 
(...) 
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o 
salário normal; 
Observa-se que o parágrafo único do Art. 146 da CLT, prevê o direito do empregado 
ao período incompleto de férias na proporção de 1/12 por mês trabalhado ou fração 
superior a 14 (quatorze dias). Sendo assim, tendo o período aquisitivo iniciado em 
18/04/2016 e o término efetivo do contrato de trabalho ocorrendo em 19/01/2017, o 
Reclamante faz jus a 9/12 de férias proporcionais acrescidas do terço constitucional. 
Diante disso, a Reclamada deverá pagar ao Reclamante o correspondente a R$ 
1.893,39 (um mil, oitocentos e noventa e três reais e trinta e nove centavos), valor esse 
que deverá ser acrescidos de juros e correção monetária. 
V. 4 – DO 13º SALÁRIO PROPORCIONAL 
 
As Leis 4.090/62 e 4.749/65 preceituam que o décimo terceiro salário deverá ser pago 
até o dia 20 de dezembro de cada ano, sendo ainda certo que a fração igual ou superior 
a 15 (quinze dias) de trabalho será havida como mês integral para efeitos do cálculo do 
13º salário. 
Assim, tendo o contrato de trabalho findado em 19/01/2017, o Reclamante tem direito 
ao recebimento do correspondente a 1/12 em relação a remuneração percebida, 
observando neste caso, o valor de R$ 157,78 (cento e cinquenta e sete reais e setenta e 
oito centavos), que deverá ser pago pela Reclamada devidamente corrigidos 
monetariamente e acrescidos de juros. 
V.5 – DOS DEPÓSITOS DO FGTS 
 
O Art. 15 da Lei 8.036/90 estabelece que todo empregador deverá depositar até o dia 7 
de cada mês na conta vinculada do empregado a importância correspondente a 8% de 
sua remuneração devida no mês anterior. 
in verbis: 
Lei 8.036/90 - Art. 15. Para os fins previstos nesta lei, todos os empregadores ficam 
obrigados a depositar, até o dia 7 (sete) de cada mês, em conta bancária vinculada, a 
importância correspondente a 8 (oito) por cento da remuneração paga ou devida, no 
mês anterior, a cada trabalhador, incluídas na remuneração as parcelas de que tratam 
os artigos 457 e 458 da CLT e a gratificação de Natal a que se refere a Lei nº 4.090, 
de 13 de julho de 1962, com as modificações da Lei nº 4.749, de 12 de agosto de 1965. 
Na ocasião da rescisão do contrato de trabalho não constava na conta vinculada do 
FGTS os depósitos referentes as competências de Setembro, Outubro, Novembro e 
Dezembro de 2016, conforme extrato da conta do FGTS em anexo. 
Nesse sentido, o Reclamante faz jus ao valor correspondente aos quatro depósitos 
acima mencionados, perfazendo um total de R$ 606,40 (seiscentos e seis reais e 
quarenta centavos). 
V.6 – DA MULTA DE 40% 
 
Em virtude de se tratar de uma rescisão sem justa causa do contrato de trabalho, deverá 
ser paga uma multa, em favor do Reclamante, de 40% sobre o valor total do saldo do 
FGTS, de acordo com o § 1º do Art. 18 da Lei 8.036/90 c/c Art. 7º, inciso I, 
da CRFB/88. 
Conforme o extrato analítico de conta vinculada do FGTS acostado aos autos, o valor 
base para fins rescisórios é de R$ 11.511,98 (onze mil, quinhentos e onze reais e 
noventa e oito centavos), que acrescidos os depósitos faltantes mencionados no item 
anterior, perfaz um total de R$ 12.118,38 (doze mil, cento e dezoito reais e trinta e oito 
centavos). 
Cabe então, em favor do Reclamante o correspondente a R$ 4.847,35 (quatro mil, 
oitocentos e quarenta e sete reais e trinta e cinco centavos). Valor este que deverá ser 
pago pela Reclamada devidamente corrigido monetariamente e acrescido de juros 
legais. 
V.7 – DA MULTA DO ARTIGO 477 DA CLT 
 
No prazo estabelecido no Art. 477, § 6º, da CLT, não houve o pagamento das verbas 
rescisórias acima elencadas. Neste sentido se impõe em favor do Reclamante uma 
multa equivalente a um mês de salário revertida em seu favor, conforme consubstancia 
o § 8º do mesmo artigo da CLT acima citado. 
V.8 – DA MULTA DO ARTIGO 467 DA CLT 
 
A Reclamada deverá pagar ao Reclamante, no ato da audiência, todas as verbas 
incontroversas, sob pena de acréscimo de 50%, conforme Art. 467 da CLT, transcrito a 
seguir: 
CLT - Art. 467. Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia 
sobre o montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao 
trabalhador, à data do comparecimento à Justiça do Trabalho, a parte incontroversa 
dessas verbas, sob pena de pagá-las acrescidas de cinquenta por cento. 
Desta forma, protesta o Reclamante pelo pagamento de todas as parcelas 
incontroversas na primeira audiência. 
VI – DO DANO MORAL 
 
Nos exatos termos do Art. 114 da Constituição Federal, a Justiça do Trabalho é 
competente para julgar, também, o pedido de indenização por danos morais, quando 
este advém da relação de emprego. 
No transcorrer de liame contratual é evidente que o reclamante foi vítima de danos 
morais praticado pela reclamada que constantemente atrasava os salários. Cabendo 
ainda destacar, como agravante, o fato de que sequer adimpliu as verbas rescisórias e 
saldo de salários. 
É de extrema nitidez que o Reclamante foi submetido a situação de humilhação, 
constrangimento e desprestígio, expondo-a ao ridículo e a uma condição de penúria que 
não pode ser tolerada por este M.M. Juízo. 
Diantedo exposto pugna-se pela condenação da Reclamada ao pagamento de 
indenização por danos morais. 
Em que pese o grau de subjetivismo que envolve o tema da fixação da reparação, vez 
que não existem critérios determinados e fixos para a quantificação do dano moral, a 
reparação do dano há de ser fixada em montante que desestimule o ofensor a repetir o 
cometimento do ilícito. Diante disso acreditamos que o valor correspondente a R$ 
5.000,00 (cinco mil reais) esteja dentro do que preconiza o Princípio da Razoabilidade. 
VII – DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
 
O Art. 133 da Constituição Federal de 1988, norma cogente, de interesse público, das 
partes e jurisdicional, tornou o advogado indispensável à administração da justiça. 
Em que pese existir, no âmbito da Justiça do Trabalho, o Princípio jus postulandi, 
sabe-se que, caso um reclamante comece um litígio sem auxílio de um advogado, este 
poderá ser seriamente prejudicado, em virtude de geralmente não possuir o 
conhecimento técnico adequado para litigar em juízo. 
Além disso, é sabido que as empresas Reclamadas, por serem detentoras de poder 
econômico avantajado, certamente estarão sempre acompanhadas por operadores do 
direito altamente qualificados, o que, somado ao jus postulandi do Empregado, tornaria 
o trabalhador ainda mais hipossuficiente na busca por seus próprios direitos. 
Dessa forma, na busca de uma igualdade material dentro de uma demanda, se faz 
necessária, sim, a presença do advogado em juízo, acompanhando o Reclamante. Nada 
mais justo e coerente, portanto, do que o deferimento de honorários advocatícios por 
força do Princípio da Sucumbência, estabelecido nos termos do Art. 85 do CPC. 
VIII – DOS PEDIDOS 
 
Diante de todo o exposto Requer: 
1 - A prioridade da tramitação da presente demanda, nos termos do Estatuto do Idoso – 
Lei Nº 10.741/13 e nos termos do Art. 1.048, inciso I, do Código de Processo Civil de 
2015 em virtude do Reclamante contar na presente data com 63 (sessenta e três) anos 
de idade. 
2 – O benefício da gratuidade de justiça assegurado no Art. 5º, 
inciso LXXIV da Constituição Federal e disciplinado nos Artigos 98 e seguintes da 
Lei 13.105/15 (CPC); 
3 - O deferimento da antecipação dos efeitos da tutela, inaudita altera pars, a fim de 
que seja expedido alvará judicial, para que o Reclamante possa sacar o valor existente 
na sua conta vinculada do FGTS, nos termos do Art. 300 do CPC. 
4 – A Notificação da reclamada, para que compareça em audiência, e, querendo, 
conteste a presente ação, sob pena de, não o fazendo, incidirem os efeitos da revelia; 
5 - A condenação da reclamada ao pagamento das seguintes verbas, acrescidas de juros 
e correção monetária, na forma apurada em liquidação de sentença: 
Saldo de Salário R$ 1.262,26 
Aviso Prévio R$ 2.840,99 
Férias Proporcionais de 9/12 + 1/3 Constitucional R$ 1.893,39 
13º Salário proporcional de 1/12 R$ 157,78 
Depósitos do FGTS R$ 606,40 
Multa de 40% do FGTS R$ 4.847,35 
Multa do Art. 477, § 8º da CLT R$ 1.893,39 
Multa do Art. 467 da CLT R$ 5.804,09 
Indenização por Danos Morais R$ 5.000,00 
Total: R$ 24.305,65 
 
6 - A condenação da Reclamada ao pagamento de custas e demais despesas 
processuais, inclusive em honorários advocatícios, estes arbitrados em 20% (vinte por 
cento); 
7 - A intimação da reclamada para juntar aos autos todos os documentos referentes à 
contratação e ao período laborado pela reclamante, em especial os comprovantes de 
depósitos bancários que constatem o pagamento dos salários e das férias, sob pena de 
confissão dos pedidos alegados; 
8 - A PROCEDÊNCIA TOTAL da presente Reclamação Trabalhista, com o 
deferimento de todos os pedidos. 
Por fim, requer a produção de todos os meios de provas admitidas em direito, em 
especial depoimento pessoal da Reclamante e oitiva de testemunhas, além dos 
depoimentos pessoais dos representantes legais das Reclamadas. 
Dá-se a causa o valor de R$ 24.305,65 (vinte e quatro mil, trezentos e cinco reais e 
sessenta e cinco centavos). 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
Local e data 
 
 
 
Advogado 
OAB/UF – 000.000

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