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Caderno de Neuroanatomia

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Davi Cassiano, 119B 
 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
CADERNO DE TRANSCRIÇÕES 
-NEUROANATOMIA- 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Davi Cassiano Costa 
Turma 119, 2021 
Davi Cassiano, 119B 
 
2 
 
 
Sumário 
Tecido Nervoso e o Sistema Nervoso ...........................................................................................3 
Medula espinhal .........................................................................................................................14 
Tronco Encefálico .......................................................................................................................28 
Cerebelo .....................................................................................................................................38 
Diencéfalo- anatomia e função ..................................................................................................52 
Tálamo .......................................................................................................................................70 
Hipotálamo.................................................................................................................................89 
Telencéfalo ...............................................................................................................................108 
Núcleos da Base .......................................................................................................................127 
Classificação Funcional do Córtex Cerebral ..............................................................................140 
Sistema límbico ........................................................................................................................152 
Lateralização encefálica e linguagem .......................................................................................171 
Vascularização do SNC .............................................................................................................179 
 
 
Davi Cassiano, 119B 
 
3 
 
Tecido Nervoso e o Sistema 
Nervoso 
- O surgimento do sistema nervoso se dá 
por meio do processo de Neurulação: final 
da terceira semana do desenvolvimento e 
também na quarta semana. 
. Dividida em Neurulação primária 
e secundária. 
- A Neurulação dá origem as seguintes 
estruturas: 
 . Placa neural; 
. Sulco neural; 
. Pregas Neurais; 
. Tubo neural 
. Crista neural. 
- Processo de Neurulação: 
- Inicialmente o embrião é tri-dérmico, 
possui ectoderma, mesoderma e 
endoderma. 
- O ectoderma começa a se espessar e as 
células a proliferar na região da notocorda 
no mesoderma intra-embrionário. 
- A notocorda é a indutora da formação do 
tecido nervoso. 
- A partir de sinalização originada nas 
células da notocorda, as células do 
ectoderma proliferam e se modificam. 
- Nesse processo, começam a formar o 
sulco neural, afundando em direção ao 
mesoderma intra-embrionário na região da 
placa neural. 
- As células periféricas ao sulco neural 
formam as pregas neurais, nas quais as 
células se multiplicam enquanto o sulco 
neural continua a “afundar”. 
- Com a proliferação, as células começam a 
se “levantar” até se encontrarem. 
- Ao se encontrarem elas formam o tubo 
neural, se desprendendo da região do 
ectoderma. 
- As laterais do tubo neural se desprendem 
antes do fechamento do tubo e formam a 
crista neural. 
- A crista se desprende da região do tubo 
neural formado e juntamente com o tubo 
neural originam as estruturas de tecido 
nervoso e SNC e SNP. 
- Tubo neural origina células do SNP e 
outros tipos celulares e também estruturas 
do SNC. 
 
, 
Davi Cassiano, 119B 
 
4 
 
 
- Com o desenvolvimento, a crista neural se 
separa em estruturas distinta originando os 
gânglios nervosos em desenvolvimento e 
ainda estruturas dos nervos. 
- No tubo neural existem as células neuro-
epiteliais que são células troncos neurais 
(diferentes das células tronco neuronais). 
. Originam as células tronco 
neuronais (originam os neurônios) 
e gliais (originam as células da glia) 
. Com o desenvolvimento do tubo, 
estruturas, como as regiões 
encefálicas e medula espinal são 
formadas. 
- Dentro do tubo há o canal neural 
que constitui posteriormente o 
canal central da medula espinal e 
também ventrículos encefálicos. 
Origina as cavidades constituintes 
do SNC. 
- No tubo neural: as células se 
organizam em 3 zonas celulares: 
1- Ventricular: abrigam as células 
neuroepiteliais em divisão. As 
células quando entram em divisão 
migram para a região intermediária 
do manto. 
2- Zona intermediária: as células 
tronco neurais se diferenciam em 
células tronco neuronais e gliais. 
Ocorre o estabelecimento do tipo 
celular que constituirá a região em 
formação. 
3- Zona marginal: zona de 
estabelecimento dos 
prolongamentos celulares dos 
neurônios e células gliais. 
- O tubo neural está contido no 
mesoderma intraembrionário (tecido 
conjuntivo com presença de células 
mesenquimais). 
. O mesoderma aqui é responsável 
por formar as meninges e 
determinados tipos de células 
gliais. 
- Na crista neural, as células tronco neuro 
epiteliais formam também células tronco 
neuronais e gliais para formação dos 
neurônios e células da glia do SNP. 
Davi Cassiano, 119B 
 
5 
 
 
- O neuroepitélio forma células trocos 
neurais: 
. Originam os neuroblastos que 
originam os neurônios no SNC). 
. Origina também as células troncos 
glias (gliobastos) que podem 
entram em 2 vias de diferenciação: 
1- Via dos astroblastos: origina astrócitos 
e seus semelhantes. 
2- Via dos oligodendoblastos: origina os 
oligodendrócitos. 
. E ainda, origina as células tronco 
ependimárias (células gliais 
ependimárias com funções de 
células gliais e revestimento para 
produção de líquor). 
- O mesênquima do mesoderma intra-
embrionário origina ainda as meninges do 
SNC e ainda, a partir destas células, são 
formadas células tronco hematopoéticas 
que originam células da micróglia. 
- Na medula espinal não ocorre 
diferenciação das regiões que estão sendo 
formadas. Porém: 
- Na região encefálica formam-se 
as vesículas encefálicas (3 
primárias e 5 secundárias) a partir 
das quais são originadas as 
estruturas do SNC 
.Primárias: encéfalo anterior 
(prosencéfalo) + 
médio(mesencéfalo) + 
posterior(rombencéfalo). 
. Secundárias: telencéfalo, 
diencéfalo, mesencéfalo, 
metencéfalo e mielencéfalo. 
. A partir das vesículas secundárias 
surgem as estruturas 
correspondentes no adulto. Vide 
imagem abaixo: 
Davi Cassiano, 119B 
 
6 
 
 
Tecido nervoso 
- Função: comunicação. Ocorre por conta 
da irritabilidade e condutibilidade dos 
neurônios. 
. Irritabilidade: capacidade dos 
neurônios de responderem a 
estímulos. 
. Condutibilidade: capacidade dos 
neurônios de conduzir informações 
entre uma região e outra. 
- Constituição: células (neurônios e células 
da glia) e matriz extracelular (tecido 
conjuntivo; escassa no SNC e abundante no 
SNP) 
. A capacidade dos neurônios de 
realizar suas funções com perfeição 
no cérebro se dá graças a presença 
das células gliais no mesmo. 
. 80% da células no cérebro 
humano são representadas por 
células gliais. 
- Organização: SNC e SNP. 
 - Como funciona: Receptores sensoriais 
periféricos(captam estímulos das diversas 
naturezas pelo corpo) > centros superiores 
(interpretam as informações dos 
receptores )> respostas. 
Neurônios 
- Transmitem o impulso nervoso. 
- Divididos em: corpo celular (soma ou 
pericárdio), dendritos e axônio. 
- Corpo celular: núcleo da célula; centro 
trófico da células, é a região de alta 
atividade metabólica com via biossintética 
secretora (REG, Golgi, etc) bastante 
desenvolvida; abundante em mitocôndrias. 
- Do corpo se projetam dendritos que 
usualmente tem função de recepção do 
impulso nervoso na célula. 
- No polo oposto aos dendritos se projetao 
axônio que funciona como região de 
condução do impulso nervoso para fora da 
células; possui ramificações em suas 
terminações e pode estar ou não envolto 
pela bainha de mielina. 
- Transporte de substâncias nos 
neurônios: 
- Anterógrado: do corpo celular para o 
axônio. Também chamado de transporte 
lento. São transportadas substâncias do 
corpo celular para as regiões terminais do 
axônio e vesículas de exocitose. 
 - Retrógrado: pode ser lento ou rápido. 
Ocorre do sentido do axônio para o corpo 
celular. Transporta diversas substâncias e 
ainda vírus e toxinas. 
Classificação dos neurônios 
MORFOLOGIA 
Davi Cassiano, 119B 
 
7 
 
 
- Unipolares: Conta com apenas um corpo 
celular de onde parte apenas um 
prolongamento que funciona como axônio. 
.Somente existem, em humanos e 
vertebrados, no período 
embrionário, predomínio em 
animais invertebrados. 
 - Pseudounipolares: falso unipolar. Do 
corpo celular parte um prolongamento que 
se bifurca em 2 prolongamentos que 
morfologicamente são axônios porem 
funcionalmente, um dos prolongamentos 
atua como dendrito e o outro como axônio. 
. Existe em humanos e animais 
invertebrados; predomínio em 
gânglios do sistema nervoso 
periférico em humanos. 
- Bipolares: um corpo celular de onde 
partem prolongamentos distintos um 
cumprindo a função de dendrito outro de 
axônios. 
. Relacionados as áreas sensoriais: 
região olfatória e retina por 
exemplo. 
- Multipolar: Representam a maior parte 
dos neurônios. 
. Corpo celular com 1 axônio e 
vários dendritos “arborizados”. 
 
- Anaxônio: corpo celular que apenas 
emite dendritos. 
. Presente na retina (células 
amácrinas da retina) e bulbo 
olfatório. 
 
*NEURÔNIOS MULTIPOLARES* 
- Os neurônios multipolares possuem ainda 
4 tipos especiais: 
. Fussiformes: corpo celular em 
forma de fuso (semelhante a 
fibra muscular lisa); presentes no 
córtex cerebral. 
. Estrelado: dendritos muito 
arborizados; região motora da 
medula espinal (neurônios 
motores). 
. Piramidais: seus corpos celulares 
são um triângulo na lâmina 
histológica mas 
tridimensionalmente são em 
formas de “pirâmide”; presentes 
no córtex. 
Davi Cassiano, 119B 
 
8 
 
. Piriforme: células de Purkingie; 
presentes no cerebelo; forma de 
pera. 
 
 
COMPRIMENTO DO AXÔNIO 
- Golgi do tipo I: grandes prolongamentos 
axonares se projetando para fora do SNC. 
Neurônios de projeção. 
- Golgi do tipo II: axônios curtos, se 
mantêm no SNC. Neurônios de circuito 
local/interneurônios. 
FUNÇÃO 
- Sensoriais ou aferentes: levam a 
informação sensorial ao SNC. 
- Interneurônios: circuito local; presentes 
apenas no SNC; neurônios de conexão ou 
associação: interpretam as informação 
sensoriais e elaboram respostas. 
- Motores ou eferentes: deixam o SNC 
levando as informações/respostas aos 
estímulos ás regiões efetoras. 
OBS: ao longa da escala evolutiva, quanto 
mias neurônios de associação uma espécie 
possui, mais elaborada é a resposta a 
determinado estímulo. 
Organização dos corpos celulares dos 
neurônios em regiões do SNC 
- Formações corticais: corpos celulares em 
camadas distintas. Representam a 
substância cinzenta e em separado está a 
substância branca. 
- Núcleos: regiões de aglomeração de 
corpos celulares de neurônios que exercem 
mesma função no SNC em meio a 
substância branca. Os núcleos representam 
a substância cinzenta. 
Organização dos corpos celulares dos 
neurônios em regiões do SNP 
- Gânglios: regiões de corpos celulares. 
Gânglios autônomos por exemplo. 
- Plexos: na mesma região existem os 
corpos celulares dos neurônios em meio a 
vários axônios. Plexo submucoso de 
Meissiner e Plexo Mioentérico de 
Aurebach por exemplo. 
 
 
Organização dos axônios em áreas do SNC 
- Trato/ fascículo/comissura/lemnisco: 
conjuntos de axônios que exercem uma 
mesma função. 
Organização dos axônio em áreas do SNP 
- Nervos: espinais e cranianos. 
Células da Glia SNC 
- Astrócitos: 
. Provê suporte físico aos 
neurônios. 
. Podem ser protoplasmáticos 
(presentes na substância 
Davi Cassiano, 119B 
 
9 
 
cinzenta)ou fibrosos (presentes na 
substância branca). 
. Provêm suporte metabólico aos 
neurônios. Armazena glicose na 
forma de glicogênio e, mediante 
necessidade, quebra o glicogênio e 
envia piruvato ao neurônio. 
. A comunicação para 
passagem do piruvato é 
feita por junções do tipo 
GAP entre neurônios e 
astrócitos. 
. Controla o micro-meio-ambiente 
neuronal: faz o balanceio das 
concentrações de íons no sistema 
nervoso, meio extracelular. 
Bombeiam e retiram íons desse 
ambiente constantemente. 
. Liberam substâncias importantes 
para o estabelecimento das 
sinapses entre neurônios. Auxiliam 
o processo “sinaptogênico”. 
. Medeiam o processo inflamatório: 
liberam citocinas para o micro-
meio-ambiente neuronal que são 
importantes para a reação 
inflamatória no SNC. 
. Liberam substâncias para o 
reestabelecimento de sinapses em 
regiões específicas (regiões de 
regeneração nervosa, região 
hipocampal por Ex.). 
. Formam a glia limitante em 
regiões de meninges por meio dos 
seus prolongamentos . É uma 
barreira que separa o tecido do 
SNC do meio externo. 
. Se associam aos capilares 
contínuos sendo importante para a 
barreira hematoencefálica. Induz a 
formação da barreira, é importante 
para sua manutenção mas não faz 
parte da barreira. 
. Derivados das células tronco 
neuroepiteliais. 
OBS: observa-se uma grande diminuição 
na quantidade de astrócitos durante 
doenças neurodegenerativas no SNC. 
- Oligodendrócitos 
. Responsáveis pela formação da 
bainha de mielina no SNC. 
. Encontrados em regiões de 
substância branca e cinzenta. 
. Possuem vários prolongamentos 
cada um dos quais mielinizam 
determinada porção de um axônio. 
Vários oligodendrócitos mielinizam 
um axônio ao mesmo tempo. 
. Oligodendrócitos 
Interfasciculares: ficam na 
substância branca. Efetivamente 
associados a formação e 
manutenção da bainha de mielina. 
. Oligodendrócitos Perineuronais: 
substancia cinzenta; suporte 
estrutural e em caso de 
desmielinização são importante da 
nova mielinização. 
. Derivados das células tronco 
neuroepiteliais. 
- Células ependimárias: células epiteliais 
cilíndricas simples ciliadas; podem ser 
cúbicas em algumas regiões. 
. Revestem as cavidades no SNC: 
ventrículos encefálicos e canal 
central da medula espinhal. 
. Nos tetos das cavidades 
ventriculares do SNC constituem os 
plexos coroides, nesses locais, 
produzem e secretam o líquido 
cefalorraquidiano que circula nos 
ventrículos, canal central da 
medula e região trabecular da 
aracnóide. 
Davi Cassiano, 119B 
 
10 
 
. Derivados das células tronco 
neuroepiteliais. 
- Células microgliais: 
. Células de defesa. 
. Funcionam como células 
apresentadoras de antígenos e 
fagocíticas. 
.Derivadas das células 
hematopoiéticas. 
- Glia Radial (embrionária): 
. Sinaliza e direciona os neurônios 
em desenvolvimento para os seus 
efetivos lugares na formação do 
SNC. 
- Glia de Bergmann(cerebelo): 
. Presente na camada de purkingie. 
. Semelhante aos astrócitos 
(derivada do mesmo precursor 
embrionário) e com funções 
semelhantes. 
- Glia de Müller (retina): 
. Funções semelhantes aos 
astrócitos que, nesta região, não 
estão presente. 
- Glia embainhante olfatória do nervo 
olfatório e do bulbo olfatório: 
. Envolve as estruturas porém não 
são responsáveis pela mielinização. 
- Células intersticiais(pineal): 
. Suporte estrutural e metabólico. 
- Pituicitos (neuro-hipófise): 
. Apenas axônios amielinicos. 
. Armazenam hormônios 
produzidos nos núcleos 
hipotalâmicos. 
. Semelhantes aos astrócitos 
 – Tanicitos (regiões reguladoras da área 
neuroendócrina). 
. Onde não há barreira 
hematoencefálica; onde há 
capilares fenestrados não 
verdadeiros.. Seus prolongamentos formam 
barreira entre sangue e tecido. 
. Estão relacionados à saciedade. 
- Polidendrócitos(células NG2): 
. Expressam proteoglicanos NG2 
em suas membranas, importante 
para o reestabelecimento e 
crescimento de axônios em regiões 
de lesão. 
. Podem originar novos 
oligodendrócitos. 
Células da glia SNP 
- Célula de Schwann: envolvem o axônio e 
dão suporte estrutural. 
. Podem produzir e secretar bainha 
de mielina nos axônios que 
envolvem. 
- Células satélites: 
. Envolvem os corpos celulares dos 
neurônios em gânglios. 
. Expressam as mesmas moléculas 
que os astrócitos exercendo, 
portanto, funções semelhantes aos 
mesmos. 
- Glia entérica: 
. Encontrada nos plexos entéricos. 
. Classificada em 6 tipos (de I a VI). 
. Funções semelhantes aos 
astrócitos. 
. Tem funções relacionadas ao 
sistema imunológico. 
Davi Cassiano, 119B 
 
11 
 
Bainha de mielina 
- Característica: possui substâncias lipídicas 
da famílias doa esfingolipídios 
(esfingomielina). 
- Função: isolante elétrico; impulsiona a 
propagação do PA; torna a velocidade da 
passagem do impulso nervoso maior. 
Estabelecimento do tecido 
nervoso 
- SNC: encéfalo e medula espinal 
. Encéfalo: cérebro (telencéfalo e 
diencéfalo) + cerebelo + tronco 
encefálico (mesencéfalo, ponte e 
bulbo). 
- Substância branca: presença de axônios 
mielinizados. 
- Substância cinzenta: prolongamentos de 
neurônios não mielinizados. 
- Na medula espinal a substância branca é 
periférica e a cinzenta é interna (forma o H 
medular) 
- Na região encefálica a substância cinzenta 
é externa e a substância branca é interna. 
 
 
SNC: córtex cerebral, camadas celulares: 
.I Camada molecular: menor 
quantidade de neurônios; maior 
presença de axônios . 
. II Camada granular externa: os 
neurônios são menores com 
aspectos arredondados de 
grânulos. 
. III camada piramidal externa: 
neurônios piramidais 
. IV camada granular interna: 
. V camada piramidal interna 
.VI camada de células fusiformes. 
. Formam juntos a substância 
cinzenta do córtex cerebral. 
 
SNC: córtex cerebelar, camadas celulares: 
. Camada molecular. 
. Camada de Purkingie. 
. Camada glandular ou granulosa. 
Davi Cassiano, 119B 
 
12 
 
 
SNC: medula espinal 
 
SNC: meninges 
. Membranas protetora do SNC 
. Dura-máter + aracnóide-máter + 
pia-máter. 
SNC: barreira hematoencefálica 
. Induzida a se formar pelos pés 
vasculares dos astrócitos 
. Os capilares contínuos não 
possuem espaçamentos entre 
lâmina basal ou endotélio. 
. A barreira se forma por meio das 
junções de oclusão das células 
endoteliais dos capilares contínuos 
. Os pés vasculares dos astrócitos 
estão ligados quimicamente aos 
elementos moleculares da lâmina 
basal. Essa ligação liberam sinais 
que indicam para as células 
endoteliais para que expressem 
moléculas que vão formar as 
junções de oclusão. 
. Uma vez formada a barreira, os 
astrócitos envia sinais químicos 
para que ela seja mantida. 
Sistema nervoso periférico 
- Nervos+ gânglios + terminações nervosas. 
- São 12 pares de nervos cranianos e 31 
pares de nervos espinais 
- Gânglios: cérebro-espinais e autônomos 
- Terminações nervosas: aferentes ou 
sensitivas e eferentes ou motoras 
 SNP Somático: 
. Leva informações motoras ao 
músculo estriado esquelético. 
. Informações de contração 
voluntária. 
. Informação direta entre neurônio 
e músculo 
SNP autônomo: 
Davi Cassiano, 119B 
 
13 
 
. A informação sensorial vai para o 
SNC pela medula espinal, passa por 
regiões ganglionares. 
. A resposta é gerada e percorre o 
caminho de volta passando por 
regiões ganglionares antes de 
alcançar a região efetora. 
. Inerva músculos de contração 
involuntária: estriado cardíaco e 
liso e ainda glândulas. 
. Dividido em Simpático e 
Parassimpático. 
SNP entérico 
. Localizado no sistema digestório 
. Esôfago, estômago e intestinos. 
. Plexo submucoso e mioentérico. 
SNP: gânglio nervoso 
. São como, histologicamente, se 
organizam as estruturas no SNP. 
. Podem ser associados a medula 
espinal, encapsulados por tecido 
conjuntivo. 
. Dentro do gânglio estão os 
neurônios e seus copos celulares 
rodeados de células satélites. 
SNP: nervo 
. Formados por feixes nervosos que 
por sua vez são constituídos de 
vários axônios. 
. Contam com proteção de tecido 
conjuntivo. Epineuro é o nome da 
membrana que envolve o nervo 
sendo rica em fibras colágenas do 
tipo I e fibroblastos. 
. Ao redor de cada feixe nervoso há 
uma nova estruturas de proteção, 
o perineuro formado também de 
fibras colágenas do tipo I e 
fibroblastos 
. Ao redor de cada axônio há o 
endoneuro formado de fibras 
reticulares e fibroblastos. 
 
 
Davi Cassiano, 119B 
 
14 
 
Medula espinhal 
- Para controlar a estrutura bilateral 
corporal o sistema nervoso evoluiu de 
modo a se organizar em: 
. SNC: eixo de neurônios localizados na 
porção central do corpo. 
. O conteúdo e quantidade de 
neurônios cresce muito nesse 
sistema, principalmente nos 
vertebrados. 
. O neurônio é uma célula que se 
lesada, em condições normais, não 
costuma se multiplicar, assim se 
fazem necessárias a presença da 
coluna vertebral e da caixa 
craniana como estratégias de 
defesa aos neurônios. 
. No interior da caixa craniana está 
o encéfalo, mais recente na 
evolução, formado por cérebro, 
cerebelo e tronco encefálico. 
. Na coluna vertebral está uma 
estrutura mais primitiva, 
evolutivamente falando, a medula 
espinhal. 
. Juntos, encéfalo e medula 
constituem o SNC. 
. SNP: . O SNC, precisa se comunicar com 
as estruturas corpóreas para receber e 
enviar informações de modo a organizar a 
resposta corporal. 
. Tais conexões são feitas através 
de axônios e corpos de neurônios 
ganglionares formam o SNC. 
- A medula espinhal é a parte menos 
evoluída do SNC, possuindo menor 
quantidade de neurônios mas foi ela a base 
para o desenvolvimento das demais 
estruturas do SNC. 
- A medula é protegida pela coluna 
vertebral, ocupando espaço no interior do 
canal vertebral. Os dois terços superiores 
do canal contêm a medula e o teço inferior 
é constituído de raízes nervosas para as 
partes mais baixas do corpo. 
- Superiormente a medula se continua com 
o encéfalo. 
- Cranialmente a medula é limitada pelo 
tronco encefálico e caudalmente se 
continua até a altura do processo 
espinhoso de L2. 
- Dá origem a uma série de nervos 
espinhais que se originam aos pares: 
nervos pares espinhais. 
 
- Em algumas áreas a medula é mais 
desenvolvida, na parte mais alta e mais 
baixa. Essas regiões de maior 
desenvolvimento são as intumescências. 
. Intumescência cervical (mais alta) 
intumescência lombra/lombo-
sacra (parte mais baixa). 
. Correspondem ao ponto de 
chegada e saída de nervos que 
atendem aos membros superiores 
e inferiores respectivamente, 
inervando os músculos e 
recebendo informações sensoriais. 
. AS intumescências correspondem 
aos locais de formação do plexo 
braquial e plexo lombo-sacral. 
Davi Cassiano, 119B 
 
15 
 
. Apesar da medula se continuar 
cranialmente com o tronco 
encefálico, caudalmente ela 
termina formando uma estrutura 
cônica, o cone medular. 
. O cone é uma estrutura de 
afunilamento, marca a terminação 
da medula. 
- A parte alta da medula tem 
correspondência com o bulbo. 
. As regiões mais altas da medula 
são parecidas com as regiões mais 
baixas do bulbo. 
- A medula está envolvida pela coluna 
vertebral: 
- No interior da parte óssea existem outras 
formas de proteção da medula: 
. Tecido adiposo. 
. Parte ligamentar. 
. Plexo venoso vertebral interno. 
. Meninges: membranas 
conjuntivas. 
. Dura-máter, aracnóide-
máter e pía-máter. 
. Esta última em contato 
direto com o tecido 
nervoso. 
- Entre a aracnóide e a pía-máterexiste 
uma proteção líquida da medula, o líquor 
ou líquido cerebro-espinhal. 
 
 
Davi Cassiano, 119B 
 
16 
 
 
OBS: as meninges espinhais se continuam 
no encéfalo formando meninges cranianas. 
- Os envoltórios protetivos formam 
manguitos ao redor das raízes 
nervosas/pares de nervos espinhais. 
- Pia-máter: dá consistência e firmeza ao 
tecido nervoso que, sem ela, tem 
consistência gelatinosa. 
. Serve também para a fixação da 
medula nas demais meninges. 
. Bilateralmente na pia-máter 
existem os ligamentos 
venticulados. Tais ligamentos 
atravessam a aracnóide e se fixam 
na dura-máter ancorando 
lateralmente a medula. 
. Os ligamentos formam os 
processos de 
ancoragem/processos triangulares 
do ligamento venticulado com 
formato de triângulo. 
. Esses processos dão um aspecto 
serrilhado a medula. 
- Veja abaixo as meninges representadas: 
 
Davi Cassiano, 119B 
 
17 
 
 
- As raízes nervosas deixam a medula 
espinhal sob o formato de pequenos 
filamentos, os filamentos 
radiculares/radículas. Anteriormente e 
posteriormente. 
. As radículas se unem e formam 
uma raiz maior anterior e uma 
posterior. 
 
- O espaço entre a dura-máter e a 
aracnóide é uma espaço ínfimo, 
constituindo um espaço virtual com líquor 
o suficiente apenas para impedir o 
colabamento das duas meninges. 
- Entre a aracnóide e a pia-máter há um 
espaço mais pronunciado, espaço 
subaracnóide preenchido por líquor. 
- A pia-máter se funde ao epineuro. 
 
- As radículas dos ligamentos venticulares 
formam raízes nervosas. 
. Raiz anterior: funções motoras. 
. Raiz posterior: funções sensitivas. 
- Gânglio sensitivo: antecede a raiz 
anterior. É o corpo do neurônio sensitivo. 
. Após o gânglio as raízes se 
fundem e formam o nervo 
espinhal que é um nervo misto, ou 
seja, possui parte motora e parte 
sensitiva. 
 
- Os neurônios motores e sensitivos 
convergem para a medula formando o 
gânglio espinhal. Após o gânglio, dividem-
se a raiz anterior e posterior que se tornam 
radículas a medida que se aproximam da 
medula. 
- O conjunto dos filamentos 
radiculares/radículas que formam um par 
Davi Cassiano, 119B 
 
18 
 
de nervos espinhais é chamado de 
segmento medular. 
. Como existem 31 pares de nervos 
espinhais, existem 31 segmentos 
medulares. 
. Cada um dos segmentos 
medulares inerva um segmento 
corporal. 
. A parte sensorial e motora de 
uma parte do corpo é direcionada 
a um segmento medular específico, 
daí surge a ideia de segmentação 
corporal. 
- As medula, como dito, não é homogênea, 
possui dilatações/intumescências alta e 
baixa. 
- A medula pode ser dividida em regiões: 
. As porções laterais correspondem 
a substância branca. 
. A parte central corresponde a 
substância cinzenta. 
- A medula possui diferentes morfologia a 
depender do nível do corte: 
. Quanto mais baixo o corte, menor 
a quantidade de substância branca 
em relação a substância cinzenta. 
. Quanto mais alto é o corte, maior 
é a quantidade de substância 
branca presenta. 
. A substância cinzenta cresce nas 
regiões das intumescências. 
- A substância cinzenta é conhecida como 
H medular. 
 
OBS: na 
imagem a coloração se encontra invertida 
por uso de técnicas especiais. Coloração 
pela prata. 
- Os segmentos medulares vão são 
responsáveis por inervar os segmentos 
corporais e se dividem da seguinte forma: 
. 8 segmentos cervicais. 
. 12 segmentos torácicos. 
. 5 segmentos lombares. 
. 5 segmentos sacrais 
. 1 segmentos coccígeo (podem ser 
dois, mas, a medula coccígea está 
involuindo nos primatas por conta 
da ausência de cauda. 
 
 
Davi Cassiano, 119B 
 
19 
 
 
- Para reforçar: é característica da medula 
a ocupação parcial do canal vertebral e é 
ela que dá origem a pares de nervos 
espinhais. 
- Vista “por dentro” a medula é formada 
por duas partes simétricas separadas por 
dois sulcos, diametralmente opostos, na 
linha média: 
. Sulco mediano posterior. 
. Fissura mediana anterior. 
- Ainda, existem dois sulcos laterais de 
cada lado: 
. Sulco lateral anterior: direito e 
esquerdo. 
. Sulco lateral posterior: direito e 
esquerdo. 
. Estes, estão mais próximos da 
substância cinzenta, do H medular. 
São portanto locais de chegada e 
saída de neurônios. 
- O H medular e a substância branca são 
divididos em áreas. 
- Substância branca: é dividida pelos sulcos 
mediano posterior, fissura mediana 
anterior, sulco lateral posterior e sulco 
lateral anterior. 
- As áreas da substância branca recebem o 
nome de funículos: 
. Entre o sulco mediano posterior e 
sulco lateral posterior: funículo 
posterior (esquerdo e direito). 
. Entre os dois sulcos laterais: 
funículo lateral. 
. Entre a fissura mediana anterior e 
o sulco lateral anterior: funículo 
anterior (direito e esquerdo). 
Davi Cassiano, 119B 
 
20 
 
 
- A substância cinzenta tem conformação 
semelhante à da substância branca, por 
sua vez, ela é dividida em colunas/cornos: 
. Coluna anterior: - A informação motora, 
deixa a coluna anterior, formando a raíz 
anterior e se enchaminha para o 
músculo/glândula. 
NA IMAGEM A SEGUIR: Arco 
reflexo simples 
+ A informação sensorial chega na coluna 
posterior pelo nervo espinal e alí faz 
sinápse com o neurônio motor. 
+ O neurônio motor, localizado na coluna 
anterior da medula espinal, ativa o 
músculo gerando resposta. 
Davi Cassiano, 119B 
 
21 
 
 
. Coluna lateral: ligada a funções 
motoras e sensoriais das vísceras. 
Daqui partem impulsos sensoriais 
autonômicos. 
. Coluna posterior: As informações 
sensoriais chegam pelo nervo 
espinhal, o corpo do neurônio 
estando localizado no gânglio 
espinhal e penetrando 
posteriomente na coluna porterior 
da medula. 
. Portanto, a coluna posterior da 
medula tem função sensitiva da 
mesma forma que a raíz posterior. 
. Da coluna posterior, saeem 
neurônios que levam as 
informação para medula ou regiões 
encefália (vias longas da medula). 
 
- No começo da formação embrionária a 
medula tem o mesmo tamanho da coluna 
vertebral. Com o desenvolvimento, a parte 
óssea cresce mais, assim tracionando a 
medula para baixo. 
. Com o tracionamento inferior, o 
indivíduo ao nascer tem a medula 
localizada nas proximidades da 
coluna lombar a níveis de L1/L2. 
. No adulto a medula se estabelece 
um pouco abaixo de L2. Dessa 
forma de L2 para inferior não há 
mais medula e apenas raízes 
nervosas. 
. As raízes nervosas constituem um 
conjunto de fibras em forma de 
cauda de cavalo, daí o seu nome, 
cauda equina. 
 
- Por conta disso, quando é necessário 
fazer uma punção no canal vertebral, 
punção lombar, a agulha é introduzida 
Davi Cassiano, 119B 
 
22 
 
abaixo de L2 pois não há risco de acertar a 
medula. 
. A punção pode ser feita para 
injetar líquor, contraste, retirada 
de líquor em suspeita de infecções 
do SNC, injeção de anestésicos. 
- Em condições normais o líquor tem um 
aspecto cristalino. 
. Em caso de infecções ou AVE, no 
líquor aparecerão células 
sanguíneas por exemplo. 
A estrutura interna da medula 
- No funículo posterior nas regiões mais 
altas da medula surgem o sulco 
intermédio-posterior que o divide em: 
. Fascículo grácil 
. Fascículo cuneiforeme. 
- As vias neurais dos funículos são 
mapeadas específica e rigorosamente nos 
indivíduos. 
. Cada fascículo ou trato são 
“estradas” ondem passam 
impulsos neurais específicos. 
 
- Na imagem acima: 
. Em vermelho: vias motoras. 
. Em cinza: vias sensórias. 
OBS: os dois lados possuem ambas as vias, 
a representação aqui possui caráteres 
didáticos. 
- Além dos tratos, a medula se comunica 
consigo mesma por meio dos fascículos 
próprios da medula. São vias muito 
antigas, localizadas bem próximas da 
medula. 
- A medula espinhal pode ser mapeada 
histologicamente em lâminas (lâminas de 
Rexed):. De I a IV: ligadas a sensibilidade 
corporal. 
Davi Cassiano, 119B 
 
23 
 
. De V até parte de VII: 
sensibilidade visceral e muscular. 
. VII, parte de VIII e X: motricidade 
e sensibilidade visceral. 
. IX: região anterior da medula, 
região motora. 
- O importante é: 
. A parte externa da medula está 
ligada a sensibilidade corporal 
geral. 
. A porção profunda está legada a 
sensibilidade motora e visceral. 
. Lâmina VII ligada a motricidade e 
sensibilidade visceral. 
. Lâmina IX ou coluna anterior é 
inteiramente motora. 
 
- Substância gelatinosa: área de filtro de 
informações sensoriais, associação e 
inibição sensorial. 
- Núcleo próprio: núcleo sensorial que 
recebe informações de temperatura, dor, 
tato e pressão. 
- Núcleo dorsal: sensibilidade motora 
profunda. 
- Coluna lateral: origem dos neurônios 
motores viscerais, neurônios simpáticos. 
 
 
- Em síntese: 
. Coluna posterior = sensitiva. 
. Coluna anterior = motora. 
. Centro e coluna lateral = 
sensibilidade e motricidade 
visceral. 
OBS: a coluna lateral apenas está presente 
na medula torácica e lombar. De T1 a L2. 
Davi Cassiano, 119B 
 
24 
 
- Somatotopia: representações corporais 
de acordo com o local da medula. 
. Coluna anterior: 
. A distribuição da saída das 
fibras nervosas obedece a 
anatomia do próprio corpo. 
. Porção medial: inerva a 
musculatura proximal. 
Musculatura axial e 
proximal dos membros. 
. Porção lateral: inerva a 
porção distal dos 
membros. 
. Os núcleos da linha 
mediana inervam músculos 
proximais e à medida que 
se tornam laterais inervam 
músculos mais distais. 
. A regra é válida para 
membros superiores e 
inferiores. 
 
NA CLÍNICA: 
. Quando ocorre uma lesão seletiva 
na porção lateral da coluna 
anterior ocorre perda motora (no 
caso do plexo braquial) da região 
da mão e dedos. 
. Caso a lesão seja na porção 
proximal, a perda motora é nas 
regiões da musculatura do ombro, 
peitorais e sucessivamente. 
. O mesmo se aplica aos membros 
inferiores (plexo lombo-sacro). 
- Ainda: os neurônios da musculatura 
extensora são mais anteriores e da 
musculatura flexora, mais posteriores 
(ainda no conceito de somatotopia). 
- A morfologia da medula muda de acordo 
com qual segmento foi realizado o corte. 
Regiões de intumescências o H medular 
cresce lateralmente pela presença dos 
membros e sua consequente inervação e 
região tóraco-lombra o H medular é 
“magrinho” 
 
- Caminhos de vias neurais 
ligados a substância cinzenta: 
Davi Cassiano, 119B 
 
25 
 
 
- A informação chegada na via sensorial da 
medula faz sinapse na coluna anterior, o 
neurônio cruza o plano mediano e ascende 
em direção ao encéfalo. 
. Dessa forma, um impulso que 
entra no lado direito corporal 
chega no cérebro no hemisfério 
cerebral esquerdo. 
. O mesmo acontece com as vias 
motoras que ligam o cérebro a 
medula. Um hemisfério cerebral 
forma uma resposta motora que 
cruza o plano mediano e inerva um 
neurônio do lado oposto. 
. Assim as informações do dimídeo 
corporal direito chegam ao 
hemisfério cerebral esquerdo e o 
contrário também é verdade. 
. O Hemisfério cerebral direito 
controla o lado esquerdo do corpo 
e o hemisfério cerebral esquerdo 
controla o lado direito do corpo. 
OBS - No cerebelo não ocorre esse 
fenômeno. 
 
- As vias neurais (tratos, fascículos, 
leminiscos) levam informações 
semelhantes originadas em uma região do 
corpo, com padrão sensorial/motor 
próprio, portanto, semelhante e se dirigem 
as mesmas regiões de chegada no 
encéfalo. 
- Quanto a nomenclatura: o primeiro nome 
do trato em geral diz respeito a região 
onde ele começa e o segundo nome, onde 
ele termina. 
. Ex.: vias que começam na medula 
espinhal e se dirigem para o tálamo 
= trato espino-talâminco. 
. Quando uma via neural cruza ela 
vai se alojar em locais diferentes da 
medula. Por exemplo, a via que 
Davi Cassiano, 119B 
 
26 
 
ocupa lugar no funículo lateral 
recebe o nome de trato espino-
talâmico lateral. 
. Trato espino-talâmico lateral: 
conduz para o cérebro informações 
de dor e temperatura. 
. Trato espino-talâmico anterior: 
conduz para o cérebro informações 
de pressão e tato grosseiro. 
- É importante guardar que: as vias que 
vão em direção da medula para o cérebro 
são vias cruzadas. 
- Via do funículo posterior: Forma os 
fascículos grácil e cuneiforme. 
. Estes fascículos conduzem 
informações pela medula do 
mesmo lado até o bulbo onde 
fazem a sua primeira sinapse, 
cruzam a medula e ascendem ao 
tálamo. 
. É uma via espino-bulbar e recebe 
os nomes de fascículo grácil 
(medial) e fascículo cuneiforme 
(em forma de cunha). 
 
 
- Ao contrário das vias espino-talâmicas as 
vias espino-cerebelares são homolaterais, 
ou seja, terminam no cerebelo do mesmo 
lado. 
OBS: o cerebelo tem papel essencial no 
controle motor. Controla toda a parte do 
sincronismo motor automaticamente, 
inconscientemente. 
- A informação vem de músculos e 
tendões, penetram a região posterior da 
medula, núcleo torácico/dorsal, faz uma 
sinapse e ascende ao cerebelo. 
. Outra parte da via, o neurônio faz 
sinapse na medula, a via cruza para 
o funículo lateral do outro lado, 
sobe, descruza novamente para o 
lado de origem, terminando no 
cerebelo homo-lateral. 
. São nomes desses tratos: espino-
cerebelar direto e espino 
cerebelar-cruzado, 
respectivamente. 
. Quanto a posição no funículo 
lateral, o trato cruzado é mais 
anterior e o direto mais posterior, 
podendo ser chamados de trato-
espino-cerebelar posterior e trato-
espino-cerebelar anterior. 
- Importante: as vias que vão para o 
cérebro são vias cruzadas (ontra-laterais) e 
as vias que vão para o cerebelo são vias 
homo-laterais(mesmo lado). 
 
Davi Cassiano, 119B 
 
27 
 
 
OBS: ocorre dentro dos tratos medulares 
segmentação de acordo com quais 
segmentos medulares enviam fibras para 
aquele trato. Veja abaixo: 
 
 
 
- Como se pode observar, as fibras sacrais 
tem uma tendência de permanecerem 
lateralizadas. Isso posto, em doenças como 
a Siringomielia que começa no canal 
central da medula e se expande de forma 
centrifuga, as fibras sacrais são as últimas a 
serem atingidas. Esse é o fenômeno 
conhecido como preservação sacral. 
 
Davi Cassiano, 119B 
 
28 
 
Tronco Encefálico 
- É uma estrutura que compõe o encéfalo 
juntamente com cérebro e cerebelo. 
- Se continua inferiormente com a medula, 
tendo muita semelhança com esta. 
- Composto de Bulbo, ponte e 
mesencéfalo. 
- Posicionado entre o cérebro, cerebelo e 
medula espinhal. 
- Entre o tronco e cerebelo está o 4º 
ventrículo: 
. Forma uma cavidade. 
. 1º ao 3º ventrículo estão contidos 
no cérebro. 
. O 4º recebe o líquor produzido 
pelos 3 outros ventrículos. 
. Entre o tronco encefálico e o 
cerebelo. 
 
- Mesencéfalo: parte mais alta em 
continuidade com o diencéfalo (no 
cérebro). 
- Bulbo: em continuidade com a medula 
espinhal, porção mais baixa. 
- Ponte: posição intermediária. 
 
 
- Aqueduto cerebral: comunicação das 
estruturas do tronco encefálico e 3º 
ventrículo (pertencente ao diencéfalo). 
 
- O 1º e 2º ventrículo estão dentro das 
cavidades cerebrais (ventrículo cerebral 
esquerdo e direito respectivamente; ou 
ainda ventrículos laterais). 
Davi Cassiano, 119B 
 
29 
 
. Se comunicam com o 3º 
ventrículo pero forame 
interventricular. 
- Do 3º ventrículo transfere o líquor para o 
quarto ventrículo. 
- No 4º existem duas cavidades que 
drenam o líquor para o espaço 
subaracnóide: abertura lateral e mediana 
(forames). 
 
- Estruturas da ponte e do bulbo fazem o 
assoalho do 4º ventrículo e o cerebelo faz o 
teto: 
 
 
- Com a evolução do cérebro, o tronco 
encefálico é quase que escondido pelo 
cerebelo e cérebro. 
. Para um estudo adequado do 
tronco é necessárioexpor ele, 
retirando assim cerebelo e cérebro. 
 
- O tronco possui uma série de filamentos 
nervos, os nervos cranianos, que dele 
emergem e saem pelos forames da base do 
crânio. 
Davi Cassiano, 119B 
 
30 
 
 
- O tronco encefálico é: 
. Sede para os nervos pares 
cranianos: evolutivamente surge 
quando o animal ganha a cabeça. 
. Surgem órgão especiais 
de sentido, órgão 
sensoriais, 
concomitantemente: visão, 
audição, gustação e 
olfação. 
. Permitem assim que se 
observem fontes a 
distancias. Ex.: você 
percebe um som sem que 
esteja necessariamente 
perto dele. 
. Aumento da capacidade 
perceptiva. 
. Os NC estão ligados a 
informações sensoriais e 
motoras da cabeça. 
. Dos 12 NC, 10 deles se 
ligam diretamente ao 
tronco encefálico, tendo 
seus núcleos localizados ali. 
. A substância cinzenta do 
tronco encefálico é a sede 
dos NC de modo 
semelhante ao que ocorre 
com os nervos espinhais na 
medula no H medular. 
. A substância é chamada 
de Substância cinzenta 
homóloga. 
. Os NC são sede dessa 
substância. 
. Passagem de vias longas: as vias 
que saem da medula para o 
cerebelo, da medula para o 
cérebro ou vice e versa fazem, na 
maior parte das vezes, sinapses no 
tronco encefálico. 
. O mesmo vale para vias 
que vão do cérebro para o 
cerebelo ou o contrário. 
. O local de sinapses dessas 
vias, onde estão os corpos 
de neurônios, formam 
núcleos. 
. Porém, essa substância é 
diferente da subs. 
Homóloga, e tem o nome 
próprio de substância 
cinzenta própria 
relacionada com as vias 
longas que passam pelo 
tronco. 
Davi Cassiano, 119B 
 
31 
 
 
. Sede dos centros reticulares: o 
momento de surgimento da 
cabeça, evolutivamente, é um 
momento de grandes mudanças 
funcionais para os animais. 
. As mudanças funcionais 
precisam de um comando e 
organização mais 
complexos. 
. Daí surge, no tronco 
encefálico em sua parte 
central, a centros 
reticulares. 
. É uma mistura de 
substância cinzenta e 
substância branca. 
. Formada de tecido 
conjuntivo frouxo. 
. Dentre outras coisas, 
controla os ritmos (ritmo 
respiratório, ritmo 
circadiano, ritmo cardíaco 
por ex.) 
. Essa substância recebe o 
nome de substância 
reticular. 
. É o primeiro grande 
centro neural focalizado 
que surge no tronco 
encefálico. Integra reflexos, 
mecanismos sensoriais 
primitivos, mecanismos 
motores primitivos, ritmos 
biológicos básicos. 
 
- 10 dos nervos cranianos (exceção do 
primeiro e segundo par) saem do tronco 
encefálico e se dirigem aos forames da 
base do crânio. 
 
 
Davi Cassiano, 119B 
 
32 
 
- Dessa maneira, temos as seguintes 
correspondências para os nervos cranianos 
(vermelho para funções motoras, azul para 
funções sensoriais): 
 
 
- A sede desses nervos está próxima ao 
assoalho do 4º ventrículo, muitas das 
estruturas do assoalho são formadas por 
esses núcleos: 
 
 
Formação reticular 
- Ocupa da transição bulbo/medula até 
regiões altas do diencéfalo. 
- É uma coluna de centros reticulares 
- Ocupam região central no tronco 
encefálico. 
- Chamados de Núcleos da Rafe: 
 
 
- Se comunica com quase todo o sistema 
nervoso central: 
 
Davi Cassiano, 119B 
 
33 
 
Estruturas anatômicas do tronco 
encefálico 
- Transição bulbo-medular: transição entre 
bulbo e medula. 
. Muito sutil. 
. Marcada pela emergência do 
primeiro filamento radicular de C1. 
. São muito semelhantes (bulbo e 
medula) portanto é difícil a 
identificação. 
. Outro marco é a decussação das 
pirâmides (cruzamentos das vias 
que vão do cérebro para a medula 
ou vice e versa). 
. Os sulcos medulares se continuam 
com os sulcos bulbares. (Ex.: fissura 
mediana anterior, sulco mediano 
posterior, etc). 
. Na mudança bulbo para medula 
há interrupção da fissura mediana 
anterior, ou seja, no cruzamento 
de fibras do cérebro para medula 
(trato cortiço espinhal), 
. A borda inferior da 
decussação das pirâmides 
marca o início do bulbo. 
. Ainda há filamentos 
radiculares que formam os 
nervos pares cranianos. 
- Sulco bulbo-pontino: transição entre 
bulbo e ponte. 
. À medida que o bulbo se distancia 
da medula começam a aparecer 
diferenças mais perceptíveis em 
relação a ela. 
- Uma das primeiras estruturas diferentes a 
surgir é a pirâmide bulbar: 
- Pirâmide bulbar: formada pelas 
vias que formam o trato cortico 
espinhal fazendo uma elevação. 
- Oliva: localizada ao lado da pirâmide. 
 
 
Estruturas da ponte 
- Base da ponte: fenômenos parecidos com 
os da decussação das pirâmides. 
. Cruzamento da via cortico 
cerebelar na base da ponte, se 
encaminhando para o cerebelo. 
. Apoiada na base do crânio. 
- Pedúnculo cerebral: ligada a vias motoras 
descendentes. 
. Relacionada ao mesencéfalo. 
. Entre um pedúnculo e outra está 
a fossa inter-peducular. 
 
Davi Cassiano, 119B 
 
34 
 
- Mesencéfalo 
 
- Tubérculo grácil e cuneiforme: onde as 
vias do fascículo grácil e cuneiforme fazem 
sinapse e se dirigem ao cérebro. 
 
- Pedúnculos cerebelares: 
. Inferior: Liga o Bulbo ao cerebelo. 
. Médio: Liga a ponte ao cerebelo 
. Superior: liga cerebelo ao 
mesencéfalo. 
 
 
- Fascículos grácil e cuneiforme se 
continuam da medula ao bulbo e terminam 
em estruturas com nome de tubérculo 
grácil e cuneiforme, respectivamente. 
Davi Cassiano, 119B 
 
35 
 
 
- O bulbo tem a chamada porção aberta e 
porção fechada em vista posterior. 
- Porção fechada: fascículo grácil, 
cuneiforme, olivas, parte das pirâmides. 
- Porção aberta: tem ventrículos e a porção 
fechada não tem. 
- Colículos: 2 superiores e 2 inferiores. 
. São 4 “bolinhas” semelhantes. 
. Chamados de corpos 
quadrigêmeos. 
 
- O quarto ventrículo: 
. Sulco mediano: um sulco ímpar no 
4 ventrículo na linha média. 
.Sulcos limitantes : Paralelos ao 
sulco mediano. 
. Lateralmente a eles, estão 
regiões ligadas aos núcleos 
sensitivos. 
. Portanto, lateralmente 
aos sulcos limitantes 
existem núcleos sensitivos. 
. Na parte mediana estão 
núcleos motores. 
. Lesões lateralizados ao 
assoalho do 4º ventrículo 
são sensitivas e lesões 
medianas são motoras. 
Davi Cassiano, 119B 
 
36 
 
 
- Trígono do vago. 
- Trígono do hipoglosso. 
 
 
- Fóveas: superior e inferior. São dilatações 
do sulco limitante. Na imagem: 15 = fóvea 
superior; 17 = fóvea inferior. 
 
 
Davi Cassiano, 119B 
 
37 
 
 
- O teto do 4º ventrículo pertence ao 
cerebelo. 
- Plexo coróide: produtor de líquor. 
. Forma também estruturas do teto 
do 4º ventrículo. 
. Não pertence ao tronco 
encefálico. 
-Na imagem abaixo: os forames do 4º 
ventrículo marcados com os alfinetes. 
Drenam o ventrículo em direção ao espaço 
subaracnóide. 
 
 
Davi Cassiano, 119B 
 
38 
 
Cerebelo 
- Tem função supra segmentar: 
. Em animais medulares as 
informações sensoriais geram 
respostas por meio de arco-reflexo 
simples. 
. Com a evolução dos seres vivos, 
fica difícil manter a organização 
medular porque seriam necessários 
inúmeros corpos de neurônios 
presentes na medula. 
. Assim, em animais 
filogeneticamente mais evoluídos, 
as informações passam a ser 
processadas por uma nova 
estrutura, que se organiza em 
camadas de corpos de neurônios, o 
córtex. 
. O cerebelo, surgindo como uma 
estrutura supra-segmentar, possui 
3 camadas de córtex. 
- O cerebelo se localiza abaixo do cérebro e 
posterior ao tronco encefálico. 
- É ligado ao tronco encefálico pelos 
pedúnculos cerebelares (superior, médio e 
inferior). 
- É uma das estruturas que delimitam o 
quarto ventrículo (forma o teto deste). 
- Um corte na linha média evidencia o 
verme cerebelar e os hemisférios 
cerebelares (esquerdo e direito). 
- É possível verificar, no verme, uma 
estrutura com aspecto de árvore, 
denominada de árvore da vida 
 
 
- O verme está localizado na linhamédia 
entre os dois hemisférios cerebelares 
(Vermis, em latim). 
 
- As conexões do cerebelo por meio dos 
pedúnculos cerebelares com o tronco 
encefálico são as únicas vias por onde 
saem e chegam axônios ao cerebelo. 
- O cerebelo possui “sulcos” denominados 
de folha cerebelar ou lâmina cerebelar. 
. As folhas aumentam a quantidade 
de córtex sem aumentar o 
tamanho do cerebelo assim este 
acomodar mais corpos de 
neurônios em um mesmo espaço. 
Davi Cassiano, 119B 
 
39 
 
- Os sulcos maiores recebem o nome de 
fissuras, entre duas fissuras está localizado 
um lóbulo cerebelar. 
- Lóbulos são áreas entre fissuras formadas 
por vários sulcos e lâminas. Os lóbulos vão 
de um lado ao outro nos dois hemisférios 
cerebelares. 
- O conjunto de lóbulos forma um lobo 
cerebelar. O cerebelo possui 3 lobos, 
discutidos em breve. 
. Em comparação a uma cidade: um 
lobo é um bairro, um lóbulo são as 
ruas e as folhas são as casas. 
 
- As fissuras quando vistas do interior do 
cerebelo, são profundas, o que aumenta 
bastante a quantidade do córtex sem 
aumentar o tamanho absoluto do cerebelo. 
 
- O córtex acompanha a estrutura das 
fissuras e sulcos, assim, um grande 
contingente cerebelar é localizado na 
profundidade do córtex cerebelar e não na 
periferia. 
- Abaixo do córtex está o corpo medular. 
- Ainda, o cerebelo tem núcleos nas partes 
mais profundas. 
 
- O cerebelo forma o teto do IV ventrículo. 
- Os lobos do cerebelo são: 
. Lobo posterior: maior lobo. 
. Lobo anterior: tamanho 
intermediário. 
. Lobo flóculo-nodular: menor dos 
lobos. 
 
 
- É característica a comunicação do 
cerebelo com o tronco encefálico por meio 
dos pedúnculos cerebelares. Os 
Davi Cassiano, 119B 
 
40 
 
pedúnculos são em essência feixes de 
axônios de neurônios 
 
- Abaixo, pedúnculo cerebelar inferior, 
conectando o bulbo e o cerebelo: 
 
 
- O córtex cerebelar cobre toda a superfície 
do tronco encefálico. Assim, o grande 
contingente cortical não está na superfície 
mas mergulhada nas fissuras do cerebelo. 
Portanto, vão existir no cerebelo núcleos 
profundos. 
 
- Os núcleos profundos principais são: 
 
- Núcleo denteado: mais lateralizado e 
maior. 
- Núcleo Fastigial: na linha média. 
- Núcleos Interpostos: são núcleos 
separados que funcionam como um só na 
espécie humana: 
. Núcleo emboliforme: maior e 
lateralizado. 
. Núcleo globoso: formado de 
vários grupos que são parcialmente 
fragmentados. 
Davi Cassiano, 119B 
 
41 
 
. Em outras espécies se apresentam 
como um único núcleo. 
 
 
 
 
- Os núcleos profundo são importantes pois 
os axônios que saem do córtex cerebelar 
vão em direção a um deles (SEMPRE), a 
partir deles os impulsos neurais saem para 
fora do cerebelo (vão principalmente para 
tronco, medula e cérebro). 
- A parte mais antiga do cerebelo surge 
com os primeiros vertebrados aquáticos, os 
ciclóstomos(ex.: lampreia). Seu 
deslocamento era guiado por estruturas 
que se localizam no ouvido interno, 
constituindo o arquicerebelo. 
- O arquicerebelo é constituído do 
lobo floculonodular. 
- O lobo floculonodular é formado por dois 
componentes: um nódulo (na linha média) 
e um flóculo (na periferia) sendo que 
ambos são lóbulos.. 
- Recebem informações do aparelho 
vestibular e tem funções ligadas ao 
equilíbrio e postura corporal. 
- Assim, essa é a primeira porção do 
cerebelo que surgem em animais 
primitivos (na imagem a seguir atará 
representado em azul). 
- Os animais evoluem para peixes com 
membros, ampliando a capacidade 
funcional de movimento. 
- Surge, com isso, o lobo 
anterior/paleocerebelo (paleo = 
intermediário) para controlar a atividade 
de marcha do animal que agora possui 
membros. 
- Quando o animal sai do meio aquático e 
ganha a superfície o lobo se desenvolve 
ainda mais para controlar os membros e a 
postura. 
- Recebe informações dos fusos 
neuromusculares sendo chamado também 
de espino-cerebelo/ cerebelo 
espinhal. 
- É responsável pela postura e marcha 
(lembrar disso). 
- Quando o animal já está com postura e 
marcha bem solidificados, adquire uma 
função de exploração do meio por meio 
dos membros. Coordenação da atividade 
motora fina. 
- Com isso, surge a parte mais recente do 
cerebelo, o lobo posterior. 
- O lobo posterior é um novo componente 
cerebelar relacionado com a coordenação 
da atividade motora fina a partir que o 
animal começa a ter funções mais 
refinadas/sofisticadas. 
- Nos primatas (principalmente humanos) é 
a área mais desenvolvida. 
Davi Cassiano, 119B 
 
42 
 
- Faz o sincronismo entre musculatura 
agonista e antagonista e músculos 
fixadores de funções complexas(ex.: 
encaixar a linha em um buraco de agulha). 
- Essa parte do cerebelo é o 
neocerebelo, formado a partir do lobo 
posterior, também chamado de cérebro-
cerebelo responsável pela coordenação 
motora fina. 
 
(vista 
posterior) 
- Até aqui, a classificação explicada para as 
regiões do cerebelo é uma classificação 
filogenética. 
 
- A parte córtex-cerebelar do cerebelo é bem 
desenvolvida em termos de funções: 
. Tem uma estrutura morfológica 
semelhante por todo o cerebelo, é 
padrão. Assim, em lesões por exemplo, 
é mais fácil que “partes adormecidas” 
despertem para compensar a parte 
lesada. 
Davi Cassiano, 119B 
 
43 
 
1- Camada granular: camada receptora. 
Formada por células granulares. 
. Informações provenientes do 
cérebro e medula por exemplo, 
chegam nessa camada pelas fibras 
musgosas e fazem conexão com as 
células granulares. 
. É UMA CAMADA RECEPTORA. 
. A célula granular tem um axônio que 
se dirige para a camada superficial 
(camada molecular) e as informações 
são processadas. 
. As informações processadas deixam a 
camada pela célula de purkingie. 
2- Camada de purkingie: camada 
efetora. Composta de células de 
purkingie. 
. Pelo axônio das células de purkingie 
saem as informações para os núcleos 
profundos (denteado, interposto ou 
fastigial). 
3- . Extrato molecular: camada efetora, 
composta de células associativas. 
.Célula estrelada e célula em cesta. 
. São majoritariamente inibitórias 
sobre as células de purkingie. 
- Ainda existe a célula de Golgi(pode tanto estar 
na camada granular quanto na camada de 
purkingie): 
. Tem função inibitória sobre as células 
granulares. 
Assim, as célula de associação são: Células de 
Golgi, célula estrela e célula em cesta. 
. Todas tem função inibitória nas 
células de purkingie ou granular. 
 
 
 
Davi Cassiano, 119B 
 
44 
 
 
- A célula de Purkingie tem fibras externas que 
provém da oliva(bulbo) e excitam a célula de 
Purkingie. São chamadas de fibras trepadeiras. 
. Purkingie, uma vez estimulada, vai 
para as regiões profundas. 
 
Davi Cassiano, 119B 
 
45 
 
 
 
Davi Cassiano, 119B 
 
46 
 
 
- As células de Purkingie sai do cerebelo de 
forma organizada, assim, é possível dividir o 
cerebelo em zonas: 
. Zona lateral. 
. Zona intermediárias: espino 
cerebelo. 
. Zona Vermiana. 
- As fbras provenientes do lobo 
floconodular e vermes vão para o núcleo 
fatigial. 
- A zona lateral se projeta para o nucleo 
denteado. 
- A zona intermédiaria se projeta para os 
núcleos interpostos. 
- Essa organização ajuda a entender os papeis 
funcionais de cada um dos núcleos. 
- Abaixo, uma sucessão de figuras que mostram 
as fibras, saindo de seus respectivos lobos e se 
encaminhando para os núcleos respectivos: 
Davi Cassiano, 119B 
 
47 
 
 
- Acima, via ligada ao equilíbrio e sustentação da musculatura axial. Vias do lobo floco-nodular -> 
núcleos vestibulares – trato vestíbulo-espinhal-lateral e/ou vestíbulo-espinal-medial
 
Davi Cassiano, 119B 
 
48 
 
 
-Fibras da região mediana (vemiana) se projetando para o núcleo fastigial. Do núcleo fatigial podem 
seguir o mesmo caminho que as fibras do lobofloco-lobular. 
- Podem também formar vias retículo-espinhais (formação reticular do tronco encefálico). Importantes 
na marcha, sustentação do corpo contra a gravidade.
 
Davi Cassiano, 119B 
 
49 
 
 
- A zona intermediária projeta informações através do núcleo interposto, para o núcleo rubro e de volta 
para a medula para controle da musculatura das extremidades. Feixes rubro-espinhais. 
 
 
Davi Cassiano, 119B 
 
50 
 
- As projeções da zona lateral recebem informações do córtex cerebral que chegam na ponte e cruzam 
nas fibras transversais contínuas (pedúnculo cerebelar médio) e chegam na zona lateral. 
- A zona lateral processam essas informações e encaminham para o núcleo denteado. 
- Do denteado, as vias voltam por meio do tálamo para o córtex motor. Via córtico-ponto-cerebelar. 
- Planeja o movimento complexo.
 
Lesões cerebelares 
- Lesões na parte medial do cerebelo levam a 
ataxia, onde o indivíduo aumenta o tamanho da 
base para poder caminhar. Desenvolvem a 
marcha atáxica pois essas lesões causam 
alteração no controle da musculatura postural. 
 
- Se você fecha os olhos do indivíduo e manda 
ele andar em linha reta para frente e para trás 
ele descreve uma estrela, se endireitando para 
o lado da lesão cerebelar. 
 
- Lesões na parte lateral do cerebelo geram um 
tremor no indivíduo quando ele se aproxima de 
um objeto, apresenta um tremor em 
movimento. 
. Em Parkinson, o indivíduo apresenta 
tremor quando está parado e o tremor 
cessa quando ele se movimenta. 
. Em indivíduos com tremor essencial, 
vai haver tremor em movimento ou 
repouso. 
- Movimentos rápidos e alternados são 
impedidos em lesões cerebelares. 
Disdiadococinesia. O indivíduo erra o alvo dos 
seus movimentos (tocar a ponta do nariz se 
torna um movimento difícil). 
 
- Indivíduos com lesão cerebelares não 
conseguem frear movimentos anormais. 
. Ex.: uma sacola pesada arrebenta. Em 
primeiro momento a tendência do 
braço é subir subitamente mas o 
cerebelo percebe que este não é um 
movimento planeado e freia o 
movimento. Indivíduos lesados 
perdem essa capacidade: 
Davi Cassiano, 119B 
 
51 
 
 
- Achados em lesões cerebelares podem ser: 
 
- A fala em indivíduos com lesão cerebelar 
também é comprometida. Ora o indivíduo fala 
demasiadamente acelerado ou 
demasiadamente devagar. 
- O álcool pode mimetizar lesões cerebelares 
temporariamente. Em alcóolatras crônicos 
essas inativação temporária pode se tornar 
permanente. 
 
 
 
 
Davi Cassiano, 119B 
 
52 
 
Diencéfalo- anatomia e 
função 
-Parte central do cérebro. 
. Diencéfalo + telencéfalo = cérebro 
- É encoberto pelo crescimento dos 
hemisférios cerebrais. 
 
Figura 1
 
- O corpo caloso, é um grande marco 
anatômico para encontramos o diencéfalo: 
. É a grande comissura do 
telencéfalo, abaixo do corpo caloso 
se localiza o diencéfalo. 
. Comissura = feixe de subst. 
branca que liga uma área do lado 
direito a outra área do lado 
esquerdo do SNC. As fibras brancas 
estão em paralelo, retas, 
horizontais. 
. Abaixo do corpo caloso é o local 
para a identificação do diencéfalo. 
- O III ventrículo é uma cavidade central, 
ímpar e mediana que se localiza abaixo do 
tálamo. 
OBS: O limite entre mesencéfalo e 
diencéfalo é arbitrário. 
. Uma linha através da comissura 
posterior e o corpo mamilar. 
- Nas bordas do III ventrículo dividiremos o 
diencéfalo em 4 partes anatômicas: 
. Tálamo: mais ou menos ovóide. 
Estrutura mais proeminente, visível 
e anatomicamente expressiva do 
diencéfalo. 
. Hipotálamo: abaixo do tálamo. 
Davi Cassiano, 119B 
 
53 
 
. Epitálamo: atrás do tálamo com a 
glândula pineal. 
. Subtálamo: não está em contato 
com o III ventrículo. Está 
lateralmente ao hipotálamo. 
Figuras 1, 2 e 3 
 
 
Figura 2
 
- O aqueduto cerebral irá ligar o III e IV 
ventrículo. 
- Abaixo, corte coronal: 
Davi Cassiano, 119B 
 
54 
 
 
Figura 3
 
- O tálamo é uma grande massa de subst. 
Cinzenta, é um aglomerado de núcleos. 
. Tem lâminas de subst. branca que 
divide a subst.. cinzenta em 
subnúcleos. 
- No subtálamo a estrutura mais 
importante é o núcleo. 
. 
- Nos hemisférios cerebrais (telencéfalo) 
existe um área de substância branca que 
tem núcleos, núcleos da base: ocupam o 
interior da substância branca dos 
hemisférios cerebrais. 
. Vão ter uma relação importante 
com o subtálamo. 
- O limite do diencéfalo passa por uma 
região de substância branca, a cápsula 
interna. 
. É uma grande via de comunicação 
de estruturas subcorticais com o 
córtex cerebral. 
. É uma via de axônios mielinizados 
que deixam e chegam ao córtex 
cerebral. 
Davi Cassiano, 119B 
 
55 
 
. O tálamo se aproveita dessa via 
para enviar suas influência para o 
córtex cerebral. 
. Faz o limite externo do diencéfalo. 
- O terceiro ventrículo é bem estreito visto 
em corte coronal, permitindo que os 
tálamos se toquem formando a aderência 
intertalâmica. 
III ventrículo 
- Ímpar e mediano. 
- O aqueduto liga-o ao IV ventrículo. 
- Os forames/canais interventriculares (de 
Monro) ligam o III ventrículo os ventrículos 
laterais. 
- Abaixo, um molde em resina dos 
ventrículos. 
 
Figura 4
 
. Impressão talâmica: onde o 
tálamo entra no III ventrículo. 
- Abaixo, um corte horizontal: 
. Observa-se de 
frontal/anterior/rostral para 
caudal/posterior: 
1- Corpo caloso. 
2- Ventrículo lateral. 
3- III ventrículo. 
4- Forames interventriculares. 
5- Tálamo. 
6- Pineal. 
Figura 5 
Davi Cassiano, 119B 
 
56 
 
- Na imagem abaixo, vai ser possível 
observar estruturas do tronco encefálico, 
permitindo observar a transição entre 
mesencéfalo e diencéfalo. 
 
 
Figura 6
 
- Paredes laterais do III ventrículo: 
. Sulco hipotalâmico: 
. Do aqueduto ao forame 
interventricular. 
. Tálamo. 
. Hipotálamo. 
. Aderência intertalâmica: 
. A aderência intertalâmica 
NÃO é uma comissura pois 
não há nenhuma 
informação passando nela, 
apenas é um contato dos 
dois tálamos e não uma 
comunicação fisiológica 
dos dois tálamos. 
- Assoalho do III ventrículo: 
. Quiasma óptico: cruzamento 
parcial de fibras do nervo óptico 
próximo ao hipotálamo. 
. A hipófise está atrás do 
quiasma. 
. A hipófise tem um 
pedúnculo e infundíbulo e 
o túber cinério. 
. Infundíbulo: estreitamento da 
hipófise. 
. Túber cinério: posterior ao 
infundíbulo. 
. Corpos mamilares: função 
importante na produção de 
memórias. 
- Parede posterior do III ventrículo: 
. Epitálamo. 
- Tecto do III ventrículo: 
. Estria medular do tálamo. 
. Tela corióide. 
. Plexos corióides. 
Davi Cassiano, 119B 
 
57 
 
 
Figura 7
 
- Parede anterior do III ventrículo: 
. Lâmina terminal. 
. Comissura anterior. 
- Recessos do III ventrículo: são as partes 
mais pronunciadas/pra fora do ventrículo. 
. Infundibular: relacionado ao 
quiasma óptico. 
. Óptico. 
. Pineal. 
. Suprapineal. 
Tálamo 
- Volumosas massas ovoides de substância 
cinzenta na porção laterodorsal do 
diencéfalo. 
. Látero-dorsal. 
- Tubérculo anterior. 
- Pulvinar. 
- Metatálamo. 
Davi Cassiano, 119B 
 
58 
 
 
Figura 8
 
- Lâmina medular interna: divide o tálamo 
em seus grupamentos nucleares. 
. Cada grupamento é subdivido em 
núcleos. 
 
- O tálamo recebe informações de todo o 
sistema nervoso. As informações passam 
no tálamo e se dirigem para o córtex 
fazendo com que o tálamo seja uma 
estrutura organizadora: 
. Dirige as informações para as 
áreas específicas do córtex 
cerebral. 
Davi Cassiano, 119B 
 
59 
 
 
Figura 9
 
- A via olfatória, uma parte dela, se 
comunica diretamente com o córtex (lobo 
temporal) sem passar pelo tálamo. Não é 
toda a via olfatória mas sim uma parte 
dela. 
. O restante dos sentidos vão 
TODOS diretamente para o tálamo 
antes de irem para o córtex. 
- Face súperolateral do tálamo: 
. Se relaciona com o assoalho do 
ventrículo lateral. 
- Face súpero medial do tálamo: 
. Se relaciona com assoalho da 
fissura transversa do cérebro. 
Davi Cassiano, 119B 
 
60 
 
 
Figura 10 
- Face medial do tálamo: 
. Abaixo das estrias medulares. 
. Parede lateral do III ventrículo. 
- Face lateral do tálamo: 
. Cápsula interna. 
- Face inferior do tálamo: 
. Hipotálamo. 
. Subtálamo. 
Hipotálamo 
 
- Parede lateral do III ventrículo abaixo do 
sulco hipotalâmico. 
 
Davi Cassiano, 119B 
 
61 
 
 
Figura 11
 
- Assoalho do III ventrículo: 
. Corpos mamilares. 
. Quiasma óptico. 
. Túber cinéreo. 
. Infundíbulo. 
- É dividido em diversos núcleos: 
Davi Cassiano, 119B 
 
62 
 
 
Figura 12
 
- O corpo mamilar recebe o fórnice que 
divide o hipotálamo em área lateral e 
medial. 
- A área medial possui diversos núcleos, 
dentre eles: 
. Núcleo supraóptico e 
paraventricular: 
. Estão relacionados com o 
controle endócrino 
corporal pela produção de 
ocitocina que será 
armazenada na neuro-
hipófise. 
 
Figura 13 
Davi Cassiano, 119B 
 
63 
 
 
Figura 14
 
. Núcleo supraquiasmático: (não 
chegou a explicar, só destacou). 
- Os núcleos participam do controle central 
autonômico do SNA, controle de sede, 
fome, saciedade, comportamentais, 
temperatura corporal, etc. 
Davi Cassiano, 119B 
 
64 
 
 
Figura 15
 
Epitálamo 
- Limite posterior do III ventrículo. 
- Próximo da transição com o mesencéfalo. 
- Glândula pineal: é uma estrutura do 
epitálamo. 
- Comissura posterior: 
. Junto a abertura do aqueduto. 
. Limite entre mesencéfalo e 
diencéfalo. 
. Relacionada aos reflexos 
pupilares. 
. As informações da retina nem 
sempre vão para o córtex, algumas 
vão para áreas secundárias que são 
essenciais para o funcionamento 
normal do olho. 
. Ex.: informações para o 
reflexo pupilar chega em 
núcleos da área pré-tectal 
- Em suma a comissura posterior é uma 
área do diencéfalo mas que trabalha como 
uma estrutura mesencefálica e isso tudo 
tem haver com a via óptica (não sei 
também, espero ter ajudado). 
- Via óptica: 
Obviamente não entendi nada mas sigo 
escorado na fé até o fim
Davi Cassiano, 119B 
 
65 
 
 
Figura 16
- Um tumor da glândula pineal que por 
ventura cresça e comprima o teto 
mesencefálico, pode continuar tendo o 
reflexo foto motor, mas abolir o reflexo 
consensual. 
. Reflexo consensual diminuído e 
reflexo foto motor preservado tem 
de se pensar em uma possível 
lesão de teto mesencefálico ou de 
comissura posterior. 
. As imagens no fim do documento 
vão tentar explicar isso, mas 
seguimos em fé. 
- Comissura habenular: 
. Trígonos habenulares(núcleos 
habenulares) 
. Relacionados diretamente 
com a estria medular do 
tálamo. 
. A estria liga a área ceptal 
com os núcleos 
habenulares. 
. Dos núcleos habenulares 
vai sair um feixe de fibras 
(fassículo retroflexo) que se 
dirige ao tronco encefálico. 
. Chega no núcleo 
interpeduncular que se 
comunica com a formação 
reticular do tronco 
encefálico. 
. Os sistemas ativadores 
cerebrais (serotoninérgico 
e dopaminérgicos) se 
Davi Cassiano, 119B 
 
66 
 
relacionam com essa 
formação reticular. 
. Estria medular do tálamo. 
 
Figura 17
 
- Recesso pineal. 
Glândula pineal 
- É uma estrutura ímpar que fica próxima 
ao centro geométrico do crânio. 
. Ser estrutura neurológica ímpar é 
uma coisa rara no cérebro 
(diferente das comissuras ou das 
cavidades do terceiro e quarto 
ventrículo). 
- A pineal está relacionada com os ciclo 
circadiano, regula a produção de 
melatonina. 
. Ela é informada da disponibilidade 
pela retina. 
Subtálamo 
- Tem relação com o globo pálido dos 
núcleos da base. 
. Ajuda na via indireta que é uma 
via que freia o movimento. 
. O paciente não consegue segurar 
os movimentos de repente solta 
um chutão ou levanta 
repentinamente a mão. 
- Não se relaciona com o III ventrículo 
- Limite superior 
. Tálamo 
- Limite lateral 
. Cápsula interna 
- Limite medial 
. Hipotálamo 
. Núcleo subtalâmico 
Davi Cassiano, 119B 
 
67 
 
 
- Sobre a parte da comissura superior: 
 
. Essa comissura é muito próxima com o teto mesencefálico. 
.Está colada na abertura do aqueduto. 
. Está relacionada com o evento dos reflexos pupilares. 
. Uma parte das aferencias retinianas é ipslateral e a outra parte é contra lateral, ou 
seja, alguma informações recebidas na retina “cruzam” para fazer sinapse no córtex 
visual do outro lado do e outras não. 
. A retina capta as informações visuais para que elas cheguem no córtex e se tornem 
conscientes, outras informações da retina vão para alvos secundários que são 
importantes para manter a função primária de levar informações visuais. 
. Algumas informações da retina ainda não vão para o córtex cerebral e sim mandam 
informações para os reflexos pupilares (midríase e miose). 
. O)o trajeto das informações captadas pela retina é o seguinte: 
. Retina capta luz -> via aferente -> área pré-tectal -> conexão no núcleo de 
Edinger-Westphal -> informação pelo NCIII gerando contração da pupila. 
. O núcleo de Edinger-Westphal: é uma parte do complexo nuclear no NCIII 
(oculomotor), parte parassimpática. Ele que envia informações para a contação da 
pupila. Na imagem a gente vê o trajeto dele pela linha vermelha. 
. O que é o reflexo consensual: quando vc ilumina um olho, a pupila daquele olho se 
contrai mas a pupila do outro olho se contrai também. Mesmo que vc isole um olho e 
aplique luz somente nele sem que o outro veja a luz, vai haver a contração do outro 
olho. 
. Ex.: ilumino o olho direito mas no olho esquerdo a pupila se contrai mesmo 
sem ver a luz. 
. A comunicação de um olho com o outro é justamente feita pela comissura posterior. 
. Apesar então de a comissura posterior se localizar no diencéfalo, as conexões que são 
feitas ali se relacionam mais com o mesencéfalo. Isso foi explicado na aula do 
mesencéfalo. 
.Um tumor da glândula pineal que por ventura cresça e comprima o teto 
mesencefálico, pode continuar tendo o reflexo foto motor, mas abolir o reflexo 
consensual. 
. Reflexo consensual diminuído e reflexo foto motor preservado tem de se 
pensar em uma possível lesão de teto mesencefálico ou de comissura 
posterior. 
- A última foto deste documento é de um tumor na pineal (é a bolota branca rostral ao 
cerebelo).
Davi Cassiano, 119B 
 
68 
 
 
Figura 18
Davi Cassiano, 119B 
 
69 
 
 
 
 
Davi Cassiano, 119B 
 
70 
 
Tálamo 
- É uma parte do diencéfalo. 
- A referência anatômica é o sulco-
hipotalâmico. O tálamo está acima do sulco 
hipotalâmico, parede lateral e teto do 
terceiro ventrículo. 
. Na imagem está em vermelho: 
 
Figura 19 
- Posicionado na parede lateral e superior 
do III ventrículo e se adentra para o 
cérebro em direção a parte profunda do 
cérebro: 
. É o maior dos componentes do 
diencéfalo. 
. Na imagem, está representado 
em Roxo. 
 
Figura 20 
- É formado por uma grande quantidade de 
núcleos. 
. Uma massa ovalada de tecido 
nervoso, ovóide, que possui grande 
quantidade de núcleos. 
- Mergulhada na porção mais interna dos 
hemisférios cerebrais. Tem um aspecto 
ovalado. 
- Na formação do sistema nervoso, 
inicialmente temos a medula, superior a 
ela está o tronco encefálico. 
. Observe a imagem: 
Davi Cassiano, 119B 
 
71 
 
 
Figura 21
 
- O diencéfalo é uma estrutura que cresce 
na parte mais alta do tronco encefálico. 
- Em torno do diencéfalo, no eixo 
diencéfalo-tronco encefálico o córtex 
cerebral se desenvolve. 
. Cresce do meio para a região 
periférica com o acúmulo de 
neurônios. 
. O desenvolvimento 
cortical permite consigo 
um grande 
desenvolvimento 
funcional. 
. Em animais menos evoluídos em 
que o córtex não se desenvolveu 
ainda, o controle corporalé feito 
principalmente por tronco 
encefálico e diencéfalo. 
. É com a evolução do córtex que as 
funções vão sendo realocadas para 
este. 
. Em animais menos 
desenvolvidos o diencéfalo 
é um centro de controle 
(hormonal, visceral, motor, 
etc.). 
. Apesar então de o córtex 
ser uma estrutura mais 
avançada, os centros 
inferiores já são o 
suficiente para o 
desenvolvimento de 
funções básicas 
adaptativas. 
- O tálamo é o primeiro centro que 
controla a atividade sensorial, movimento, 
comportamento emocional, memória, 
suprindo assim, parcialmente, o papel do 
córtex em animais menos evoluídos. 
. Ele transfere informações visuais, 
motoras, auditivas para as áreas 
corticais responsáveis pela sua 
interpretação. 
. É um grande centro de integração 
motora, sensorial, emocional, etc. 
- O córtex apenas consegue trabalhar 
aquelas informações que tenham sido 
previamente processados pelo tálamo. 
. Assim, em humanos ele é um 
centro evoluído de transição das 
Davi Cassiano, 119B 
 
72 
 
áreas corticais mais recentes com 
planos de informações mais 
antigas/primitivas. 
. Lesões talâmicas comprometem 
gravemente processamento de 
informações de memória, 
sensitivas, motoras, etc. 
- Um tálamo se comunica com o outro pela 
aderência intertalâmica , porém sem a 
transferência de fibras entre eles, apenas a 
presença de núcleos. 
. Em pessoas que não possuem a a 
aderência intertalâmica não há 
perda de funções pois não existem 
informações sendo transferidas por 
meio de fibras. Os núcleos da 
aderência simplesmente se 
realocam nesses indivíduos. 
 
Figura 22 
- Está localizado acima do sulco 
hipotalâmico, faz o teto e a parede lateral e 
superior do III ventrículo. Observe: 
 
Figura 23 
- O tálamo adentra lateralmente no 
cérebro. 
 
Davi Cassiano, 119B 
 
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Figura 24
 
- Está localizado entre os hemisférios 
cerebrais. 
 
Figura 25 
- Há duas elevações na superfície do 
tálamo: tubérculo anterior e pulvinar 
(imagem) 
. Tubérculo anterior: formado por 
um conjunto importante de 
neurônios. 
. Pulvinar: é uma elevação 
posterior do tálamo. 
- Tálamo = leito; 
- Pulvinar = travesseiro. 
. O pulvinar é o travesseiro do 
tálamo. 
 
Figura 26 
Davi Cassiano, 119B 
 
74 
 
- Isolando-se um tálamo, é possível 
observar a lâmina medular interna 
(imagem)que tem o formato da 
letra Y na linha média. 
. A partir dela, é possível 
delimitar regiões 
específicas do tálamo. 
. A linha é formada de 
fibras que fazem conexões 
dos núcleos talâmicos 
entre si mesmos. 
- São5 grupamentos nucleares presentes 
no tálamo (imagem) 
. Grupo medial. 
. Grupo lateral. 
. Grupo anterior. 
. Grupo posterior. 
. Grupo mediano: faz a parede do 
terceiro ventrículo. 
. A nomenclatura dos grupos se dá 
pela sua posição em relação á 
lâmina medular interna. 
 
Figura 27
 
- Abaixo (imagem) um corte axial dos 
hemisférios cerebrais(corte alto). 
. Nas paredes laterais do terceiro 
ventrículo aparece o tálamo. 
. Lateralmente o tálamo é 
delimitado do restante do 
diencéfalo por um grande 
contingente de substância branca, 
a cápsula interna. 
Davi Cassiano, 119B 
 
75 
 
 
Figura 28 
- Abaixo (imagem), a divisão de núcleos do 
tálamo: 
. Lembrar que são nomeados de 
acordo com a sua posição em 
relação a lâmina medial interna. 
- Dentro da própria lâmina medular 
existem núcleos, são chamado de núcleos 
intralaminares que são costumeiramente 
estudados junto com o grupo medial. 
- Lateralmente ao tálamo existe a lâmina 
medular externa/lâmina medular lateral 
(imagem) separando o tálamo de um outro 
subgrupo de núcleos que não pertence 
diretamente ao tálamo, o núcleo reticular. 
. É uma continuidade da formação 
reticular do tronco encefálico. 
. Tem funcionalidades ligadas 
principalmente com o tronco 
encefálicos e estruturas da 
formação reticular do tronco. 
 
Figura 29
 
Davi Cassiano, 119B 
 
76 
 
 
Figura 30
 
- Agora um corte frontal para observação 
do tálamo: (imagem) 
. A cápsula interna separa o tálamo 
do restante do telencéfalo. 
 
Figura 31 
Davi Cassiano, 119B 
 
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Figura 32
 - Agora, um corte em peça anatômica 
semelhante a imagem anterior (imagem): 
 
Figura 33
Davi Cassiano, 119B 
 
78 
 
 
- Um corte mais anterior em relação ao 
corte anterior evidencia melhor os 
grupamentos nucleares do tálamo: 
(imagem) 
 
Figura 34
 
- Agora um corte com coloração especial, 
subst.. cinzenta em azul: (imagem) 
. Observar a lâmina medular 
interna. 
. Observar os grupos nucleares. 
. Ver também a aderência 
intertalâmica 
 
Figura 35
 
Davi Cassiano, 119B 
 
79 
 
 
Figura 36
 
- O grupo mediano do tálamo tem grande 
conexão com o hipotálamo e tem funções 
associadas a esse (comando visceral, 
produção hormonal). Esse grupamento vai 
ser estudado em outra aula. (imagem) 
- O tálamo pode ser dividido em: 
. Sensorial, motor, associativo e 
emocional. (imagem) 
 
Figura 37
 - Os núcleos talâmicos anteriores estão 
ligados a área emocional do tálamo, 
tálamo associativo. 
Davi Cassiano, 119B 
 
80 
 
. Envolvido em integrações 
informações de memória afetiva. 
. Há uma conexão do hipotálamo 
com o hipocampo do córtex que 
vai ter projeções para os núcleos 
talâmicos anteriores. 
. Vão formar o chamado 
circuito de Papez. 
- Os núcleos mediais do tálamo se 
associam com as páreas associativa e 
emocional: 
. Recebe informações ligadas a 
memória emocional. 
. Aqui, principalmente o núcleo 
medial dorsal é o principal 
componente. 
. Recebe informações da memória 
emocional, comportamento 
emocional, informações sensoriais 
e projeta essas informações para o 
lobo frontal. 
. Lobo frontal está ligado 
ao pensamento abstrato, 
julgamento crítico, montar 
soluções funcionais para os 
problemas. 
. Lesões na projeção desses núcleos 
talâmicos para o lobo frontal 
geram déficit cognitivo e 
comportamentais. 
- Ainda ligado a área associativa está o 
núcleo pulvinar do tálamo: 
. Maior dos componentes do grupo 
posterior. 
. É um importante núcleo 
associativo que integra o tálamo ao 
próprio tálamo (comunica 
diferentes áreas talâmicas). 
- Os núcleos intralaminares fazem parte 
também do tálamo associativo: 
. Principalmente aqui o núcleo 
centro-mediano. Importante no 
processamento de dor crônica, 
ativação do cérebro no despertar, 
etc. 
. Importante no processamento de 
informações que requerem 
sensibilidade. 
. São considerados pertencentes ao 
grupaemtno nuclear medial. 
- O tálamo motor e sensorial estão 
associados ao grupo lateral (maior 
componente talâmico). 
. Sua parte mais anterior é motora. 
. A porção posterior é sensitiva. 
- Fazem parte o : 
. Núcleo ventral anterior e lateral: 
importante no processamento de 
informações motoras. Recebem 
informações do cerebelo e núcleos 
da base e enviam para áreas 
motoras. 
. Núcleo ventral intermédio: 
associado aos movimentos do 
globo ocular. 
. São em conjunto o tálamo motor. 
- Os núcleo ventral póstero lateral e 
póstero medial estão associados com o 
tálamo sensitivo. 
. Recebem informações sensoriais 
do corpo. Informações da medula 
chegam no ventral póstero lateral e 
informações que vem da cabeça 
chegam no núcleo ventral póstero 
medial. 
. Esses núcleos portanto recebem 
informações das regiões básicas. 
- Corpo geniculado medial: informações 
auditivas, processamento. 
Davi Cassiano, 119B 
 
81 
 
. Também compõe o tálamo 
sensorial. 
- Corpo geniculado lateral: processa 
informações da retina. 
. Os corpos geniculados fazem 
parte do tálamo sensitivo. 
Tálamo motor e sensitivo 
-Tálamo motor: região mais anterior do 
grupamento lateral. 
- Tálamo sensitivo: região mais posterior 
do grupamento lateral 
. Lesões aqui levam a 
comprometimento gravíssimo do 
processamento

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