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PRINCÍPIOS PENAIS CONSTITUCIONAIS Princípios são normas: grau de abstração maior, extensão mais ou não, programáticos, um p alcançar algo Vinculam todos os operadores: legislador, polícia, etc Fonte constitucionais e hierarquia superior às leis Podem ser explícitos ou implícitos (se deduz pela jurisprudência, doutrina, etc) São limites ao poder punitivo do Estado: formais: legalidade, devido processo legal; materiais: lesividade, culpabilidade. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE Art. 5, XXXIX = “não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal.” Dois grandes marcos: Idade Média e Rev. Francesa. Sempre esteve presente na Constituição Brasileira. → Postulado: Reserva legal. Não há crime nem pena sem lei. A lei é a única fonte primária do direito penal; Demais fontes (costumes, pgds, doutrina, etc) são secundárias, apenas para a interpretação da lei. Proíbe a analogia em prejuízo do acusado: a favor pode pois o princípio é contra o Estado. Cabimento de “leis penais em branco”: LPB + Complemento = LEI PENAL (EX: art 33 (tráfico) + 11343/2006 definindo quais drogas) Proveniente do congresso nacional (lei em sentido próprio/ restrito): Lei ordinária ou complementar (exclui medidas provisórias). → Postulado: Anterioridade: A lei penal deve ser anterior ao fato criminalizado. “A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu”. Art 5, XL CF A lei penal desfavorável NUNCA RETROAGE A lei penal favorável SEMPRE retroage (descriminalizar) → Postulado: Taxatividade: É implícito. A lei penal (o texto) deve ser, tanto quanto possível, determinada (certa, específica). Questões de ambiguidade. Deve-se evitar o uso de termos ou expressões ambiguas ou indeterminadas. Deve-se preferir a linguagem comum à linguagem técnica. PRINCÍPIO DA MÍNIMA INTERVENÇÃO: Implícito – Deduzido da noção de Estado de Direito: proteção a direitos fundamentais. A itervenção penal é admitida quando adequada e necessária à proteção de bens jurídicos fundamentais à existência da sociedade. → Postulado: Fragmentário: Só os valores mais relevantes (fundamentais) reclamam criminalização. Dignidade constitucional. → Postulado: Subsidiário: Última opção entre as demais. Todas as demais formas de intervenção se mostraram insuficientes – art. 330 (poucos casos: é subsidiário. quando nenhum ramo prevê senção). PRINCÍPIO DA LESIVIDADE (ofensividade): Implícito – Deduzido pelo Estado de Direito. Só há crime quando o comportamento for lesivo (ofensivo) a um bem jurídico ALHEIO. LESIVIDADE: DANO # PERIGO Proíbe autolesividade (si mesmo) Proíbe criminalização por quem é, como vive, etc: proíbe direito do autor. Lesividade irrelevante não são cabíveis de punição. ESSE PRINCÍPIO ATENDE AO DE MIN. INTERVENÇÃO PRINCÍPIO DA CULPABILIDADE: Toda incriminação pressupõe a reprovabilidade de um comportamento consciente e voluntário do agente. Fundamento e limite da pena (proporcionalidade). Não se admite a incriminação objetica (sem demonstração do dolo ou culpa do agente): TEM QUE SER VOLUNTÁRIA Imputabilidade do agente; O inimputável não é culpável: menor de 18, doente mental, embriaguez acidental. Proíbe a aplicação da pena a terceiro/intranscedência: Art. 5, XLV CF nenhuma pena passará da pessoa condenada. Exige a individualização da pena: Art.5, XLVI CF adequar a pena ao condenado. PRINCÍPIO DA HUMANIDADE: Implicíto. A pessoa tem direito a ser tratado como tal. Referências constitucionais. Art. 1§ III dignidade humana Art. 5 § III tortura Art. 5 § XLVII pena de morte, caráter pertétuo, trab. Forçado, banir, tratamentos cruéis Art. 5 § XLVIII individualização da pena Art. 5 § XLIX integridade física e moral Art. 5 § L mães amamentar PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL: Art. 5 § LIV “ninguém será privado de liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”. Princípio síntese: totalidade das garantias processuais. 1° formal: garante o contraditório e ampla defesa com todos os meios e recursos: todos os devidos procedimentos devem ser seguidos. 2° substancial: cabe ao judiciário proceder a necessária avaliação e adequação. Proporcionalidade e razoabilidade. Subprincípio: Iniciativa das partes: Implicíto. Garante a imparcialidade jurisdicional. Judiciário é inerte: não pode tomar a iniciativa. Julga em correlação com a sentença e o promotor. Juiz e promotor natural.
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