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1 Alline Alvarez DIGOXINA, ANTIAGREGANTES, ANTICOAGULANTES E TROMBOLÍTICOS Digoxina Efeito inotrópico positivo: aumenta a contratilidade cardíaca e, dessa forma, aumentam o débito cardíaco. Mecanismo de ação: a digoxina inibe a Na+ /K+ ATPase e com isso diminui a capacidade dos miócitos de bombearem Na+ para fora da célula. Desse modo, ocorre acúmulo intracelular de sódio, causando uma inversão do trocador Na+/Ca+2, que passa a bombear cálcio para dentro da célula. Devido a inibição de bomba de sódio e potássio, ocorre aumento de Na+ intracelular, diminuindo o gradiente eletroquímico, que reduz a quantidade de Na+ que entra para dentro da célula (pois já tem muito sódio dentro da célula). Com isso, mais lenta será a eliminação de Ca2+ pelo trocador Na+/Ca2+ (Que necessita do gradiente eletroquímico do sódio para fazer efluxo de cálcio para fora da célula). O cálcio aumentado é armazenado no retículo sarcoplasmático e ocorre aumento da quantidade de Ca2+ liberado em cada potencial de ação. A ação inotrópica é resultado do aumento da concentração de cálcio citoplasmático, o qual aumenta a contratilidade do músculo cardíaco. Glicosídeos digitálicos: Trata-se de um grupo de compostos quimicamente similares que podem aumentar a contratilidade do músculo cardíaco e, em vista disso, são usados no tratamento da IC. Pequena margem entre a dosagem terapêutica e a que é tóxica ou mesmo fatal. Quando a bomba de sódio e potássio é inibida pela digoxina, o potencial de repouso da membrana pode aumentar (–90 mV passa a ser -70mV), o que torna a membrana mais excitável, aumentando o risco de arritmias (toxicidade) Devido ao aumento da atividade vagal ocorre: Diminuição da frequência cardíaca e da demanda de oxigênio pelo miocárdio. Diminuição a velocidade de condução através do nó AV, útil para fibrilação atrial. Se a frequência ventricular for excessivamente rápida, o tempo disponível para enchimento diastólico será inadequado, assim a redução da frequência cardíaca aumenta o volume sistólico porque dá tempo do ventrículo se encher durante a diástole. Usos terapêuticos: O tratamento com digoxina é indicado em pacientes com ICFEr grave depois de iniciar o IECA, o β-bloqueador e o diurético. 2 Alline Alvarez Pacientes com IC leve ou moderada respondem a IECAs, β- bloqueadores, antagonistas da aldosterona, vaso e venodilatadores diretos e diuréticos; eles não precisam de digoxina. Efeitos adversos: Índice terapêutico muito estreito: sua toxicidade é uma das mais comuns reações adversas de fármacos que levam à hospitalização. Anorexia, náusea e êmese podem ser indicadores iniciais de toxicidade. Os pacientes também podem apresentar visão turva, visão amarelada (xantopsia) e várias arritmias cardíacas. Normalmente, a toxicidade pode ser controlada descontinuando a digoxina, determinando a concentração sérica de potássio e, se indicado, repondo o potássio. A redução da velocidade de condução AV pode culminar em bloqueio AV. A digoxina também deve ser usada com cautela com outros fármacos que diminuem a condução AV, como β-bloqueadores, verapamil e diltiazem. Concentração de potássio baixa (hipopotassemia) causa aumento do efeito da digoxina, podendo levar à toxicidade. Isso ocorre pois a digoxina normalmente compete com o potássio pelo mesmo local de ligação na bomba Na+ /K+ -ATPase. Nota: os pacientes que recebem diuréticos tiazídicos ou de alça são propensos à hipopotassemia e consequentemente, possuem mais chance de ter arritmias devido toxicidade pela digoxina. A digoxina é substrato da gpP, e inibidores da gpP, como: claritromicina, verapamil e amiodarona, podem aumentar significativamente a concentração de digoxina, obrigando à redução da sua dosagem. Lesão endotelial A lesão vascular causa vasoconstrição arteriolar transitória por meio de mecanismos neurogênicos reflexos, aumentados pela secreção local de endotelina (um potente vasoconstritor derivado do endotélio). Esse efeito é fugaz, porém, e o sangramento rapidamente retornaria se não fosse a ativação de plaquetas e dos fatores de coagulação. 1) Adesão plaquetária Quando o endotélio está lesado, as plaquetas se aderem ao colágeno e ao fator de fvW presentes na MEC subendotelial que foi exposta devido a lesão. Desse modo, a lesão endotelial põe as plaquetas em contato com o Fator de Von Willebrand, que se liga simultaneamente ao colágeno subendotelial e ao receptor Gp1b presente nas plaquetas. 3 Alline Alvarez Essas interações permitem a ação do fvW como uma espécie de cola molecular que liga fortemente as plaquetas ao colágeno subendotelial. Adesão plaquetária: O fator de von Willebrand funciona como uma ponte de adesão entre o colágeno subendotelial e o receptor plaquetário GpIb. 2) Ativação plaquetária Quando os receptores da superfície das plaquetas se ligam ao colágeno subendotelial eles são ativados e as plaquetas sofrem drástica alteração na forma, passando de discos lisos para esferas com numerosas extensões longas e espiculadas, além disso, ocorre liberação de grânulos pelas plaquetas com mediadores químicos, como ADP, serotonina, PAF, tromboxano A2 e trombina. Esses mediadores se ligam aos receptores presentes na membrana das plaquetas vizinhas, que ainda estavam em repouso. Com isso, as plaquetas vizinhas tornam-se ativadas e iniciam a agregação. 3) Agregação plaquetária A agregação é promovida pelas interações de ligação entre o fibrinogênio e os receptores GpIIb/IIIa nas plaquetas adjacentes. O aumento do cálcio citosólico que acompanha a ativação decorre da liberação de estoques armazenados no interior da plaqueta. Isso leva a: Liberação de grânulos de plaquetas contendo mediadores, como ADP e serotonina, que ativam outras plaquetas; Ativação da síntese de tromboxano A2 Ativação dos receptores de glicoproteínas (GPs) IIb/IIIa que ligam fibrinogênio e, finalmente, regulam as interações plaquetas-plaquetas e a formação do trombo. O fibrinogênio, uma GP plasmática solúvel, liga-se simultaneamente aos receptores de GP IIb/IIIa de duas plaquetas vizinhas, resultando na ligação cruzada entre plaquetas e na sua aglutinação. A agregação plaquetária é realizada pela ligação de fibrinogênio aos receptores GpIIb-IIIa em diferentes plaquetas. Cascata de coagulação: 4 Alline Alvarez O sistema extrínseco inicia com ativação do fator de coagulação VII pelo fator tecidual (também denominado tromboplastina). O fator tecidual é uma proteína de membrana que normalmente é separada do sangue pelas células endoteliais que revestem os vasos. Contudo, em resposta a uma lesão no vaso, o fator tecidual fica exposto ao sangue. Ali, ele pode se ligar e ativar o fator VII, iniciando a via extrínseca. O sistema intrínseco é iniciado pela ativação do fator de coagulação XII, e isso acontece quando o sangue entra em contato com o colágeno na parede lesada de um vaso sanguíneo. Ao final, é produzido o fator Xa, o qual converte protrombina em trombina. A trombina converte fibrinogênio em fibrina. Fibrinólise: As células endoteliais sintetizam o ativador de plasminogênio do tipo tecidual, uma protease que cliva plasminogênio para plasmina; esta, por sua vez, cliva a fibrina para degradar os trombos. Antiagregantes plaquetários: AAS, clopidogrel, abciximabe, eptifibatida e tirofiban. AAS O AAS pode ser considerado um AINE tradicional, mas ele apresenta efeito anti-inflamatório apenas em dosagens relativamente altas, raramente usadas. Ele é mais usado em dosagens baixas para a prevenção de eventos cardiovasculares, como o acidente vascular encefálico e o infarto do miocárdio. O AAS é diferenciado dos outros AINEs por ser um inibidor irreversível da atividade da cicloxigenase. O AAS inibe irreversivelmente a COX-1e com isso diminui a síntese de tromboxano A2, reduzindo assim a agregação plaquetária. Como as plaquetas não possuem núcleo, elas não podem sintetizar novas enzimas COX-1, e com isso, a falta de tromboxano persiste por toda vida da plaqueta. O AAS deve ser suspenso pelo menos 1 semana antes da realização de cirurgia, pois o efeito antiplaquetário pode aumentar o tempo de sangramento. 5 Alline Alvarez Clopidogrel Inibem a ligação do ADP aos seus receptores (P2Y12) nas plaquetas e, assim, inibem a ativação dos receptores de GP IIb/IIIa necessários para que as plaquetas se liguem ao fibrinogênio e umas às outras. O clopidogrel inibe irreversivelmente o receptor do ADP, chamado P2Y12 que está presente na plaquetas. Usos terapêuticos: O clopidogrel é aprovado para a prevenção de eventos ateroscleróticos em pacientes com IAM ou acidente vascular encefálico (AVE) recentes e naqueles com doença arterial periférica estabelecida. Ele também está aprovado para a profilaxia de eventos trombóticos na síndrome coronária aguda (angina instável ou IAM sem elevação do segmento ST). Além disso, o clopidogrel é usado para prevenir eventos trombóticos associados com intervenção coronária percutânea (ICP) com ou sem stent coronário. O clopidogrel é um pró-fármaco, e sua eficácia terapêutica depende totalmente do metabólito ativo produzido via biotransformação pela CYP2C19 do fígado. Além disso, outros fármacos que inibem a CYP2C19, como omeprazol e esomeprazol, não devem ser administrados junto com o clopidogrel. Clopidogrel pode causar dispepsia, rash e diarreia. 6 Alline Alvarez Abciximabe, eptifibatida e tirofiban São antagonistas dos receptores Gp IIb/IIIa Ligando-se ao GP IIb/IIIa, o abciximabe bloqueia a ligação do fibrinogênio e consequentemente, não acontece a aglutinação plaquetária. Antigoagulantes (Heparina, rivaroxabana e varfarina) Heparina A heparina é um anticoagulante injetável de ação rápida, usado com frequência para interferir agudamente na formação de trombos. A heparina se liga e ativa a antitrombina III. Com isso, há uma inibição da trombina. Já a HBPM ao se ligar a antitrombina III inativa o fator Xa. A heparina se liga a antitrombina III e com isso altera a sua conformação e aumenta sua afinidade pela trombina. Na ausência de heparina, a antitrombina III interage lentamente com a trombina e o fator Xa. Quando a heparina se liga à antitrombina III, ocorre uma alteração conformacional que catalisa a inibição da trombina cerca de mil vezes. As HBPMs se ligam com a antitrombina III e inativam o fator Xa (incluindo o localizado nas superfícies das plaquetas), mas não se ligam tão avidamente à trombina. Para inibir a trombina, é necessário que a heparina se ligue tanto a heparina como à antitrombina III; para inibir o fator Xa, é necessário apenas que a heparina se ligue à antitrombina III. 7 Alline Alvarez As HBPMs potencializam a ação da antitrombina III sobre o fator Xa, mas não sua ação sobre a trombina, porque as moléculas são pequenas demais para se ligarem à enzima e ao inibidor simultaneamente, o que é essencial para a inibição da trombina, mas não para inibição do fator Xa Os fragmentos de heparina (p. ex., enoxaparina, dalteparina) denominados heparinas de baixo peso molecular (HBPMs), têm uma ação mais longa do que a heparina não fracionada e são geralmente preferidos, sendo a não fracionada reservada para situações especiais, como pacientes com insuficiência renal para os quais as HBPMs estão contraindicadas. Usos terapêuticos: A heparina e as HBPMs limitam a expansão dos trombos, prevenindo a formação de fibrina. Esses fármacos são usados no tratamento do tromboembolismo venoso agudo. Profilaxia de trombose venosa pós-cirúrgica em pacientes que serão operados (p. ex., substituição de bacia) e naqueles com IAM. A heparina e as HBPMs são os anticoagulantes de escolha para o tratamento da gestante, pois não atravessam a placenta, devido ao grande tamanho e à carga negativa. Farmacocinética: A heparina precisa ser administrada por via subcutânea (SC) ou IV, pois não atravessa membranas com facilidade. As HBPMs são administradas por via SC. A heparina age imediatamente após a administração intravenosa, mas seu início de ação demora até 60 minutos quando é administrada por via subcutânea. A heparina com frequência é administrada por via IV em bólus para obter anticoagulação imediata. A insuficiência renal prolonga a meia-vida da HBPMs. Por isso, a dose de HBPMs deve ser reduzida em pacientes com insuficiência renal Efeitos adversos: A principal complicação da heparina e das HBPMs é o sangramento. É necessária uma monitoração cuidadosa do paciente. O sangramento excessivo administrando SULFATO DE PROTAMINA. Que se combina com a heparina para formar um complexo estável e inativo. É muito importante que a dosagem de sulfato de protamina seja titulada cuidadosamente (1 mg para cada 100 unidades de heparina administrada), pois o sulfato de heparina é um anticoagulante fraco, e seu excesso pode iniciar sangramento ou piorar a hemorragia. 8 Alline Alvarez As preparações de heparina são obtidas de suínos e, assim, podem ser antigênicas. Possíveis reações adversas incluem calafrios, febre, urticária e choque anafilático. A trombocitopenia induzida por heparina (TIH) é uma condição grave na qual o sangue circulante tem uma quantidade anormalmente baixa de plaquetas. Outros efeitos colaterais: Osteoporose com tratamento prolongado (mais de 6 meses) e hipoaldosteronismo e consequente hipercalemia. Rivaroxabana Mecanismo de ação: inibidor do fator Xa, de uso oral. Ambos se ligam ao centro ativo do fator Xa impetindo a conversão de protrombina em trombina. Usos terapêuticos: Rivaroxabana é aprovado para o tratamento e a prevenção da TVP, do EP e do acidente vascular em fibrilação atrial não valvar. Efeitos adversos: O sangramento é o efeito adverso mais grave dos inibidores do fator Xa. Não há antídoto disponível para reverter a hemorragia causada por rivaroxabana. Varfarina Antagoniza a função de cofator da vitamina K. Anticoagulante oral As doses terapêuticas de varfarina diminuem a quantidade total de cada um dos fatores da coagulação dependentes de vitamina K sintetizados pelo figado em 30-50%. A varfarina tem um índice terapêutico estreito. Mecanismo de ação: Os fatores II, VII, IX e X precisam da vitamina K como um cofator para sua síntese pelo fígado. Esses fatores sofrem uma modificação pós-traducional dependente de vitamina K, na qual alguns de seus resíduos de ácido glutâmico são carboxilados para formar resíduos de ácido γ-carboxiglutâmico. 9 Alline Alvarez Os resíduos de γ-carboxiglutamil ligam íons cálcio, que são essenciais para a interação entre os fatores de coagulação e as membranas das plaquetas. O cofator vitamina K reduzido é convertido em epóxido de vitamina K durante a reação. A vitamina K é regenerada do epóxido pela vitamina K epóxido redutase, a enzima que é inibida pela varfarina. O tratamento com varfarina resulta na produção de fatores de coagulação menos ativos (de 10 a 40% do normal), pois lhes faltam suficientes cadeias laterais γ-carboxiglutamil. Diferentemente da heparina, os efeitos anticoagulantes da varfarina não são observados imediatamente após a administração. Em vez disso, o pico do efeito pode atrasar por 72 a 96 horas, tempo necessário para esgotar a reserva de fatores de coagulação circulantes. O efeito anticoagulante da varfarina pode ser anulado com a administração de vitamina K. Usos terapêuticos: A varfarina é usada na prevenção e no tratamento da TVP e da EP, na prevenção do AVE e do AVE na condição de fibrilação ventricular e/ou válvulas cardíacas prostéticas,na deficiência de proteína C e S e na síndrome antifosfolipídica. Ela é também usada para a prevenção do tromboembolismo venoso durante cirurgias ortopédicas ou ginecológicas. Ela é extensamente ligada à albumina plasmática. Contudo, fármacos que tenham maior afinidade pelo local de ligação da albumina, como as sulfonamidas, podem deslocar os anticoagulantes e levar a um aumento transitório da atividade. 10 Alline Alvarez A varfarina é teratogênica e nunca deve ser usada durante a gestação. Se o tratamento anticoagulante é necessário durante a gestação, deve-se administrar heparina ou HBPM. Sangramentos podem ser revertidos pela administração de vitamina K. Fatores que potencializam a varfarina: Doença hepática em que há diminuição na produção de fatores de coagulação, estados que ocorre alta taxa metabólica como febre e tireotoxicose aumenta a degradação de fatores de coagulação e com isso potencializa o efeito da varfarina. Fármacos: metronidazol, cotrimoxazol, amiodarona e ciprofloxacino. (inibem o metabolismo da varfarina). AAS e AINES, aumentam a chance de sangramento pois há diminuição da produção de tromboxano. Fatores que diminuem efeito da varfarina: o efeito dos anticoagulantes orais se encontra diminuído no hipotireoidismo, que se associa a menor degradação dos fatores de coagulação. A indução enzimática (p. ex., por rifampicina, carbamazepina) aumenta a velocidade de degradação da varfarina. Efeitos adversos: Hemorragia (principalmente intestinal e cerebral). O tratamento pode consistir na administração de vitamina K, ou plasma fresco ou concentrados de fatores de coagulação (para sangramentos com risco de morte). Pode ocorrer hepatotoxicidade, mas é incomum. Necrose de tecidos moles (mamas ou nádegas) devido trombose de vênulas é incomum, porém grave, que ocorre logo após o início do tratamento. Trombolíticos (Estreptoquinase, alteplase) A doença tromboembólica aguda em determinados pacientes pode ser tratada com a administração de fármacos que ativam a conversão de plasminogênio em plasmina, que hidrolisa fibrina e dissolve coágulos. 11 Alline Alvarez Mecanismo de ação dos trombolíticos: Convertem plasminogênio em plasmina, que hidrolisa a fibrina, hidrolisando, assim, os trombos. Os trombolíticos são administrado em geral por via IV Usos Clínicos: usados principalmente para reabrir artérias ocluídas em pacientes com infarto agudo do miocárdio ou acidente vascular devido a um coágulo e, menos frequentemente, em pacientes com trombose venosa com risco de morte ou embolia pulmonar. Efeitos adversos: Os trombolíticos não diferenciam entre a fibrina de um trombo indesejado e a fibrina de um tampão hemostático benéfico. Assim, a hemorragia é o principal efeito adverso. Por exemplo, uma lesão prévia como a úlcera péptica, pode sangrar após a injeção de um trombolítico. Esses fármacos são contraindicados em gestantes e pacientes com ferimentos em cicatrização, histórico de AVE, tumor cerebral, traumatismo na cabeça, sangramento intracranial e câncer metastático. A alteplase tem baixa afinidade pelo plasminogênio livre no plasma, mas ativa rapidamente o plasminogênio que está ligado à fibrina em um trombo ou um tampão hemostático. Assim, a alteplase em doses baixas é considerada seletiva para fibrina. Ela é aprovada para o tratamento de IAM, EP massiva e AVE isquêmico agudo. A alteplase pode causar angiedema orolingual, e o risco desse efeito aumenta quando há associação com inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECAs). A estreptoquinase é uma proteína extraída de culturas de estreptococos que ativa o plasminogênio em plasmina que irá degradar fibrina. Administrada por infusão intravenosa, reduz a mortalidade no infarto agudo do miocárdio. Alteplase é mais ativa sobre o plasminogênio ligado à fibrina do que sobre o plasminogênio plasmático e, portanto, são consideradas “seletivas para o coágulo’’. A estreptoquinase, um dos primeiros desses fármacos aprovados, causa um estado fibrinolítico sistêmico que pode levar a problemas de 12 Alline Alvarez sangramento. A alteplase atua mais localizadamente na fibrina trombótica para produzir fibrinólise.
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