Buscar

Atividade 3 - Estágio de Coordenação

Prévia do material em texto

UNIP – Universidade Paulista
Instituto de Ciências Humanas
Curso: Pedagogia
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
CURRICULAR 
5° Semestre
Atividade 3: Origem e evolução histórica da Orientação Educacional
Limeira
2021
Introdução
O trabalho de orientação educacional está enlaçado com o aluno, professor, currículo e com a escola de modo geral, mas não apenas em sua organização, mas também às relações com a sociedade em que está inserida, considerando os aspectos socioculturais que a constituem. A origem/história da orientação educacional teve início no começo do século XX, e pode-se dizer que o termo orientação tem origem antiga, em que a orientação de uma pessoa mais velha era sempre bem acolhida. A educação tem um relacionamento muito grande com a Orientação Educacional e como foi seu surgimento.
Se dá conta de que a origem da Orientação Educacional se começou por Platão, filósofo e matemático do período clássico da Grécia Antiga, autor de diversos diálogos filosóficos e fundador da Academia em Atenas, a primeira instituição de educação superior do mundo ocidental, organizando entre quem era mais hábito e o que era menos hábito para ocupar diferentes funções, entre maior e menor cargo. Porém somente em 1575 foi considerado o marco inicial da Orientação Educacional, quando o filosofo e médico Juan de Dios Huarte de San Juan criou a escola para os engenhos para assim ocorrer a separação de cargos. E assim dando início a uma marcha de vários acontecimentos para a introdução da orientação nas escolas. 
Desenvolvimento
Ao começo da aula da Profª Mirian Paura, relata sobre a música de Lulu Santos, que segundo ela narra o centro da história da educação, com a letra da música “Tudo que se vê não é igual ao que a gente viu há um segundo. Tudo muda o tempo todo no mundo.” Da a entender que as novas conquistas viram assim como novas histórias, nada nunca fica do mesmo jeito para sempre. 
A professora recorda que no Brasil a orientação educacional se deu início através dos povos indígenas, que contavam com ajuda de pajés para orientação da população mostrando-lhes novas tarefas dentro da tribo, pois com sua experiencia dirigia de melhor forma as situações a serem resolvidas. A partir disso o ser humano começou a ser colocado em diferentes culturas. 
A vídeo aula assistida mostra-nos a origem da orientação educacional, que se deu através de Platão, filosofo e matemático do período clássico a Grécia Antiga, quando criou a escola classificativa de cargos, ou seja, pessoas mais aptas conseguiam ocupar cargos maiores e os menos aptos ocupavam assim cargos menores e eram comandados.
Após esse período de classificação nasceu os primeiros fundamentos da orientação educacional e da orientação profissional, através da escolha das funções de cada indivíduo. Porém o marco da orientação educacional foi em 1575, quando Ruan Duarte criou uma escola voltada para os engenhos que separava as pessoas por aptidão, determinando qual profissão cada pessoa seguiria. 
No início no século XX, surgiram os primeiros movimentos que indicariam as mudanças na história educacional, como o surgimento da psicanálise vinda de Froid, o movimento psicopedagógico, o movimento da psicometria, o movimento em prol da saúde mental, o movimento da democratização da escola, a revolução industrial e pôr fim a 1° Guerra Mundial. 
Focando um pouco na Revolução Industrial, está se deu importância por conta das novas necessidades que se acenderam, fazendo com que a indústria viesse à tona e repensasse em todo seu processo, obrigando os cidadãos a rever os conceitos e as necessidades de suas profissões.
Os anos de 1908/1909 foram marcados pelo professor Frank Parsons e a sua criação, o escritório para escolha vocacional, e fez com que seus alunos escolhessem suas profissões de acordo com as suas necessidades e aptidões, assim nascendo os fundamentos básicos da orientação nas escolas. 
Por conta dos movimentos que estavam rodeando nosso mundo, foi dado os primeiros conceitos da orientação e dos orientadores, que seriam como uma bussola, serviam como norteadores para as pessoas, mostrando-lhes as direções corretas e os objetivos que cada um necessitava alcançar.
Mas o que seria a educação? A professora explica que provem das palavras Educare e Educere, em que Educare seria quando a educação ocorre de um lugar para o outro, orientando alguém de um ponto para o outro. E Educere quer dizer retirar de dentro para fora as potencialidades do indivíduo, acreditando que cada um tem a sua potencialidade. 
Em um ponto da aula a professora trás dois autores. Arthur Jones, dizente que todo professor no processo de análise e ensinamento do seu aluno está sustido e observado pela orientação educacional e que isso se faz presença logo a partir do momento que se começa a observação e o acompanhamento do desenvolvimento de seu aluno. E George Myers, construtor inglês, conhecido por seu trabalho com o arquiteto Augustus Pugin, que diz que a educação e a orientação não existem separadas uma da outra.
Em sua aula Mirian nos apresenta dois modelos de orientação educacional, sendo eles o modelo americano e o modelo francês. Sendo o modelo americano mais terapêutico, psicológico e preventivo, já o francês mais pedagógico e educacional. No Brasil o modelo americano foi o que se iniciou, podem hoje em dia o modelo é dado de uma maneira mesclada. 
Voltando ao surgimento da orientação educacional a professora listou alguns marcos significativos como, os Serviços de seleção e orientação profissional do Liceu e Artes e Ofícios – São Paulo em 1924. O primeiro serviço de orientação profissional no Brasil em 1931. O Serviço de orientação educacional no Colégio Amaro Cavalcanti – Rio de Janeiro em 1934. A lei orgânica de ensino industrial obrigatoriedade da orientação educacional e a criação do SENAI em 1945. 
Assim, focando em 1934 contando sobre a obra de Araci Luís Freire, que em uma de suas obras de 1940 foi convidada a trabalhar nessa disciplina. Já em 1942 teve a criação da orientação educacional como obrigatório, sendo assim o Brasil o primeiro país a aderir as escolas de ensino industriais.
E dando origem a lei a atribuir a profissão do orientador educacional: Art 1. Lei n°5564/68, condizente que a orientação educacional deve acompanhar o educador individualmente ou em grupo, dentro dos sistemas escolares e escolas de ensino primário ou médio, prestando orientação nas práticas do orientador, dando-lhe meios para que se desenvolva profissionalmente. 
Podendo avaliar sua prática para que perceba os locais em que se necessita mudanças e melhorias, formando um ambiente profissional e amplo, que seja capaz de fornecer uma estrutura de ensino integral para todos dentro dos âmbitos educacionais.
E citando ainda em seus Art. 2, 3, 4 e 5, que a lei exige que só poderá exercer a orientação aquele que é profissional apto em formação, derivada de cursos, graduações e pós-graduação. E a obrigatoriedade do registro do diploma do profissional de orientador educacional junto ao Ministério da Educação e Cultura e ainda afirmando que é de responsabilidade do orientador a devida e prioritária orientação educacional de seus alunos.
Essa é a lei que determina a profissão de orientador educacional e verificando que ela se trata não somente das questões educacionais, mas incluem também a política educacional da época de 1968 em que está foi anunciada.
Após a palestra da Professora Mirian, assisti a palestra feita com Beatriz Gouveia sobre os “Dilemas da rotina de Coordenador Pedagógico” que começou relatando as funções dos coordenadores escolares, sendo responsáveis pela formação dos professores, propondo algumas palestras e reflexões para melhorar a relação dos professores e dos conhecimentos e transformando a escola em um espaço de formação permanente. 
Ao falar do papel dos coordenadores, Beatriz relata que por muito tempo o coordenador não era um profissional formador, porém em dias atuais ele continua sem exercer esse papel de formador de professores por conta das questões administrativasque são de sua responsabilidade. 
Existem alguns aspectos que dificultam a sua atuação no ambiente escolar como, gerenciamento das suas tarefas do dia a dia, ter a autonomia para realizar algumas funções, contar com o apoio da direção e dos professores para aprimorar o desenvolvimento pedagógico e a sua relação com o público e a tecnologia. 
Bem como o coordenador, o diretor deve ocupar-se dos princípios do PPP (Projeto Político Pedagógico) que além de definir a identidade da escola, indica caminhos para ensinar com qualidade e é uma ferramenta essencial, como os projetos, leituras e eventos. 
Beatriz diz que o trabalho do coordenador pedagógico quando está em seu trabalho de formação deve conter dinâmica em seus encontros, diálogo, seminários, planos de aulas e trabalhos com prazos de entrega, com correção e feedback dos erros e acertos, para que o profissional consiga se organizar melhor dento e fora da sala de aula.
Sendo assim, evidencia que o trabalho do coordenador nas instituições de ensino é competente e complexo, que de todas as suas funções de supervisionar, acompanhar, assessorar, apoiar e avaliar as atividades pedagógicas extra e curriculares a mais importante delas e conceder a assistência didática-pedagógica aos professores. 
 
Considerações Finais
Em virtude dos fatos mencionados, a Orientação Educacional sempre existiu, desde as primeiras formações de grupos e seus chefes, e com o passar dos anos e de alguns acontecimentos específicos, surgiu a orientação educacional e profissional, que é envolvida com a formação do desenvolvimento humano, buscando um processo dinâmico e contínuo, estando presente até por lei em todo o currículo escolar, tendo o aluno como um ser geral que deve ser desenvolvido de forma integral e equilibrada.
Além da Orientação Educacional o coordenador pedagógico se faz necessário nesse processo de educação na escola. Por tanto o coordenador precisa fazer uso de suas habilidades para auxiliar os professores na tarefa de educar, mostrando-lhes suas obrigações como profissionais como, os desafios, a exigência da paciência, dedicação e tempo. Fazendo observações esclarecedoras para buscar inovações para a escola, viabilizando ao professor um suporte necessário para uma aprazível prática de ensino.
Referências Bibliográficas 
Palestra ministrada pela Profª Drª Mirian Paura S. Z. Grinspun, disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=Xkl-lYg2Cvc.
Entrevista intitulada “Dilemas da rotina do Coordenador Pedagógico” feita com Beatriz Gouveia. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=-O1jD5wViZc.
PLACCO, Vera Maria Nigro De Souza; SOUZA, Vera Lucia Trevisan De; ALMEIDA, Laurinda Ramalho De. O coordenador pedagógico: aportes à proposição de políticas públicas. Cad. Pesqui. São Paulo, v.42, n.147, p.754-771, dez.2012. Disponível em: 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010015742012000300006&lng=en&nrm=iso.

Continue navegando