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LETRAS 2021_1-PELP-UI-Os protagonistas do processo ensino_aprendizagem da Língua Portuguesa

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Prática de Ensino e Orientação 
de Estágio Supervisionado em 
Língua Portuguesa
Os protagonistas do processo ensino/aprendizagem da Língua 
Portuguesa
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Ms. Fátima Furlan
Revisão Textual:
Prof. Esp. Tiago Araújo Vieira 
5
 
 Atenção
Recomendamos que você leia todo o material teórico, acesse os sites indicados, assista à 
videoaula, ouça/leia a nossa apresentação narrada e nos presenteie com as suas valiosas 
respostas nos fóruns.
 · Refletir sobre o papel do professor, aluno, escola, material didático e plano 
de ensino no processo ensino/aprendizagem da Língua Portuguesa
Os protagonistas do processo ensino/
aprendizagem da Língua Portuguesa
 · Introdução
 ·O papel do professor de Língua Portuguesa
 ·Os alunos
 · A escola
 ·O material didático
 ·O Plano de ensino
7
Introdução
“Onde quer que haja mulheres e homens, há sempre o que fazer, há sempre o que ensinar, 
há sempre o que aprender.” 
Paulo Freire
Vamos começar a nossa unidade refletindo sobre os protagonistas do processo ensino/
aprendizagem da Língua Portuguesa. Você se lembra do seu primeiro professor de português? 
Lembra-se da primeira aula? Do primeiro assunto? Você acha que eu estou forçando a sua 
memória? Tudo bem! Vou reformular as minhas perguntas. Você se lembra de algum professor 
de português do ensino fundamental ou médio? Lembra-se de alguma aula de português? De 
algum assunto?
Não sei se suas lembranças são positivas ou negativas. Na verdade, espero que sejam muito 
positivas e que as suas experiências façam de você um professor ou professora de português 
inesquecível, cujas aulas sejam aplicadas na vida de cada um de seus alunos e não apenas na escola.
Você sabe quais são os protagonistas do processo ensino/aprendizagem da Língua Portuguesa?
Um dos grandes protagonistas é a família que está inserida em uma sociedade cujo código 
linguístico é a Língua Portuguesa. Embora seja muito importante e parceira, não trataremos 
dela aqui. 
Trataremos dos protagonistas que estão diretamente envolvidos com o ensino formal da 
Língua Portuguesa. Vejamos quais são eles:
 » O professor
 » O aluno
 » A escola
 » O material didático
 » O plano de ensino
8
Unidade: Os protagonistas do processo ensino/aprendizagem da Língua Portuguesa
O papel do professor de Língua Portuguesa
O carro-chefe do processo ensino/aprendizagem 
da Língua Portuguesa é você, futuro PROFESSOR 
DE PORTUGUÊS ou, simplesmente e 
carinhosamente, “PRO”. 
O aprendizado dos seus futuros alunos é de 
sua responsabilidade e você deve certificar-se 
de que as metas de aprendizado e métodos de 
ensino estejam de acordo com o contexto no qual 
a sua escola está inserida.
Existem muitos recursos de ensino, mas o professor é o principal. De nada adianta tecnologia 
de ponta, os melhores livros, recursos e escola, se não há comprometimento do professor, se ele 
não se vê ou age como um dos protagonistas do processo de ensino/aprendizagem. O professor 
do século XXI não é mais o guardião do saber, ele é o mediador e parceiro que precisa usar 
todos os recursos disponíveis para envolver, conquistar e trazer o aluno para a sua disciplina. 
Você já ouviu falar em Augusto Cury? Ele é psiquiatra, cientista e autor. É também diretor da 
Academia de Inteligência, um instituto que promove o treinamento de psicólogos, educadores 
e público em geral.
Augusto Cury, em um dos seus livros chamado Pais brilhantes, professores fascinantes, 
apresenta os sete hábitos dos bons professores e dos professores fascinantes. Vou compartilhar 
esses hábitos com você, pois é de suma importância que o futuro professor reflita sobre a sua 
prática e exerça o seu papel social de educador fazendo a diferença na vida do aluno.
Vejamos então, segundo Augusto Cury (2003), os sete hábitos dos bons professores e dos 
professores fascinantes:
1- Bons professores são eloquentes, professores fascinantes conhecem o funcionamento 
da mente.
Bons professores têm uma boa cultura acadêmica e transmitem com segurança e eloquência 
as informações em sala de aula. Os professores fascinantes ultrapassam essa meta. Eles 
procuram conhecer o funcionamento da mente dos alunos para educar melhor. Para eles, 
cada aluno não é mais um número na sala de aula, mas um ser humano complexo, com 
necessidades peculiares.
2- Bons professores possuem metodologia, professores fascinantes possuem 
sensibilidade.
Bons professores falam com a voz, professores fascinantes falam com os olhos. Bons 
professores são didáticos, professores fascinantes vão além. Possuem sensibilidade para 
falar ao coração dos seus alunos.
Fonte: Thinkstock / Getty Images
9
3- Bons professores educam a inteligência lógica, professores fascinantes educam a 
emoção.
Bons professores ensinam seus alunos a explorar o mundo em que estão, do imenso 
espaço ao pequeno átomo. Professores fascinantes ensinam os alunos a explorar o mundo 
que são, o seu próprio ser. Sua educação segue as notas da emoção.
4- Bons professores usam a memória como depósito de informações, professores 
fascinantes usam-na como suporte da arte de pensar.
Bons professores usam a memória como armazém de informações, professores 
fascinantes usam a memória como suporte da criatividade. Bons professores cumprem o 
conteúdo programático das aulas, professores fascinantes também cumprem o conteúdo 
programático, mas seu objetivo fundamental é ensinar os alunos a serem pensadores e 
não repetidores de informações.
5 - Bons professores são mestres temporários, professores fascinantes são mestres 
inesquecíveis.
Um bom professor é lembrado nos tempos de escola. Um professor fascinante é um mestre 
inesquecível. Um bom professor procura os alunos, um professor fascinante é procurado 
por eles. Um bom professor é admirado, um professor fascinante é amado. Um bom 
professor se preocupa com as notas de seus alunos, um professor fascinante se preocupa 
em transformá-los em engenheiros de ideias.
6- Bons professores corrigem comportamentos, professores fascinantes resolvem 
conflitos em sala de aula.
Bons professores corrigem os comportamentos agressivos dos alunos. Professores 
fascinantes resolvem conflitos em sala de aula. 
7- Bons professores educam para uma profissão, professores fascinantes educam 
para a vida.
Um bom professor educa seus alunos para uma profissão, um professor fascinante os 
educa para a vida. Professores fascinantes são profissionais revolucionários. Ninguém 
sabe avaliar o seu poder, nem eles mesmos. Eles mudam paradigmas, transformam o 
destino de um povo e um sistema social sem armas, tão-somente por prepararem seus 
alunos para a vida através do espetáculo das suas ideias.
O que você achou dos sete hábitos? Sonho ou realidade? Possível ou impossível? Acreditamos 
que eles sejam possíveis no processo ensino-aprendizagem. De nada adianta ser doutor em 
língua portuguesa e usar tecnologia de ponta, se o professor não enxergar o aluno. Pense nisso 
quando for entrar em sala de aula, combinado? 
 
 
Explore
Recomendamos a leitura na íntegra do livro:
CURY, Augusto. Pais brilhantes, professores fascinantes. Rio de Janeiro: 
Sextante, 2003.
10
Unidade: Os protagonistas do processo ensino/aprendizagem da Língua Portuguesa
Os alunos
Agora, vamos tratar da outra ponta do processo ensino-aprendizagem: os alunos. Que bom 
seria se os nossos alunos pudessem ser programados para cada aula do ensino fundamental 
e médio, não? Seria perfeito, o professor prepara e ministra a aula; os alunos assistem à aula, 
fazem exercícios, respondem aos questionamentos e aprendem. Simples assim, não?
Na verdade, não é nem um pouco simples. Nossos alunos são únicos e trazem para a sala de aula 
toda bagagem cultural, educação, experiência de vida, medos, alegrias e anseios. E nós estamos lá 
na frente com a nossa aula preparada para o grupo e não para cada um deles. Difícil, não? 
Talvez pelo desejo subconsciente de simplificar seu trabalho docente, o professortende, em geral, a considerar o corpo discente como uma massa homogênea 
e indiferenciada. É possível que apenas três tipos de estudantes escapem desse 
anonimato: o estudante brilhante, o badalador e o encrenqueiro. No jogo das 
relações professor-aluno, com efeito, esses tipos de estudantes fornecem os 
maiores prêmios e ameaças e, por conseguinte, chamam a atenção do professor. 
(BORDENAVE & PEREIRA, 2005, p.59)
Existem as múltiplas inteligências e cada aluno aprende de maneira diferente, e é importante 
que o professor olhe e trate seus alunos como pessoas singulares e adeque seus métodos 
didáticos às diferenças individuais de cada um.
Em meio a tanta singularidade, cabe ao professor despertar nos alunos o interesse pela Língua 
Portuguesa, mostrando sempre a importância do idioma para a vida social, escolar e profissional.
Sabemos que não é fácil conhecer todos os alunos, memorizar seus nomes, preparar atividades 
individualizadas, dar conta do conteúdo programático e do calendário escolar. No entanto, só 
conseguiremos trazer os alunos para a nossa aula e disciplina, se formos competentes o suficiente 
para darmos conta do conteúdo, ou parte dele, em um ambiente repleto de significado, respeito 
e educação.
Os problemas nas salas de aula são inúmeros, muitos alunos são difíceis e trazem de casa 
sérios problemas familiares, mas quem deve ter maturidade e inteligência emocional para 
administrar os conflitos e propiciar bons momentos de ensino-aprendizagem é você, futuro 
professor de português.
Quando atuamos na área da educação, precisamos ficar atentos às inteligências múltiplas. 
Cada ser humano aprende de uma maneira. Nos ensinos fundamental e médio, as Instituições 
de ensino fornecem aos alunos diferentes disciplinas e, em tese, espera-se que eles desenvolvam 
as inteligências que lhes são inerentes. No entanto, algumas delas são mais valorizadas no 
período escolar e muitos alunos são rotulados quando não conseguem ter bons desempenhos 
em determinadas áreas. Como já foi dito anteriormente, cada um aprende de uma maneira, e 
tem uma inclinação para determinada área. É importante que os professores respeitem isso e 
permitam desabrochar o que há de melhor em todo aluno.
 A Teoria das Inteligências Múltiplas foi proposta por Howard Gardner (1985) como uma 
alternativa para o conceito de inteligência como uma capacidade inata, geral e única, que 
permite aos indivíduos um desempenho, maior ou menor, em qualquer área de atuação. 
11
Insatisfeito com essa ideia, Gardner redefiniu a inteligência à luz das origens biológicas da 
habilidade para resolver problemas. Depois de muitos estudos e pesquisas, a Teoria de Gardner 
apontou existência de 8 inteligências múltiplas:
1. Verbal/Linguística - A habilidade para brincar com as palavras, contar histórias, ler e 
escrever. A pessoa com esse estilo de aprendizagem tem facilidade em recordar nomes, 
lugares, datas e coisas semelhantes.
2. Lógica/Matemática – A capacidade para brincar com as questões, para o raciocínio 
e pensamento indutivo e dedutivo, para o uso de números e resolução de problemas 
matemáticos e lógicos.
Fonte: Thinkstock / Getty Images
3. Visual/Espacial – Habilidade para visualizar objetos e dimensões espaciais, para criar 
imagens internas. Esse tipo de pessoa adora desenhar, pintar, visitar exposições, visualizar 
slides, vídeos e filmes...
4. Somato-Quinestésica – Conhecimento do corpo e habilidade para controlar os 
movimentos corporais. As pessoas com esse tipo de inteligência movem-se enquanto 
falam, usam o corpo para expressar as suas ideias, gostam de dançar, de praticar desportos 
e outras atividades motoras.
Fonte: Thinkstock / Getty Images
12
Unidade: Os protagonistas do processo ensino/aprendizagem da Língua Portuguesa
Fonte: Thinkstock / Getty Images
5. Musical/Rítmica – Habilidade para reconhecer sons e ritmos; trata-se de pessoas que 
gostam de ouvir música, de cantar e até de tocar algum instrumento musical.
Fonte: Thinkstock / Getty Images
6. Interpessoal – Capacidade de relacionamento interpessoal. São pessoas que estão sempre 
rodeadas de amigos e gostam de conviver.
Fonte: Thinkstock / Getty Images
13
7. Intrapessoal – Autorreflexão, metacognição e consciência das realidades espirituais. São 
pessoas que preferem estar sozinhas e pouco dadas a convívios.
Fonte: Thinkstock / Getty Images
8) Naturalista – Alta sensibilidade para as questões ambientais. São pessoas com elevado 
interesse pelas ciências da natureza e particular dom para lidar com plantas e animais.
Fonte: Thinkstock / Getty Images
Você, futuro professor de português, pode explorar todas essas inteligências em suas aulas. 
Portanto, use sem moderação!
14
Unidade: Os protagonistas do processo ensino/aprendizagem da Língua Portuguesa
Quer saber mais sobre Howard Gardner e a sua Teoria das Inteligências Múltiplas? 
Então, acesse os sites abaixo:
• http://www2.uol.com.br/vivermente/reportagens/multiplas_inteligencias.html 
Acesso em 30/09/14
• http://www.homemdemello.com.br/psicologia/intelmult.html 
Acesso em 30/09/14
A escola
Fonte: Thinkstock / Getty Images
De um lado, o professor, do outro, o aluno; e entre os dois, a escola. A academia do 
conhecimento, o local onde os alunos passam longos anos de suas vidas. 
Antes de falarmos um pouco mais sobre a escola, vamos ler um poema de Paulo Freire sobre ela:
A escola é
... o lugar que se faz amigos.
Não se trata só de prédios, salas, quadros,
Programas, horários, conceitos...
Escola é, sobretudo, gente
Gente que trabalha, que estuda
Que alegra, se conhece, se estima.
O Diretor é gente,
O coordenador é gente,
http://www2.uol.com.br/vivermente/reportagens/multiplas_inteligencias.html
http://www.homemdemello.com.br/psicologia/intelmult.html
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O professor é gente,
O aluno é gente,
Cada funcionário é gente.
E a escola será cada vez melhor
Na medida em que cada um se comporte
Como colega, amigo, irmão.
Nada de “ilha cercada de gente por todos os lados”
Nada de conviver com as pessoas e depois,
Descobrir que não tem amizade a ninguém.
Nada de ser como tijolo que forma a parede, Indiferente, frio, só.
Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar,
É também criar laços de amizade, É criar ambiente de camaradagem,
É conviver, é se “amarrar nela”!
Ora é lógico...
Numa escola assim vai ser fácil! Estudar, trabalhar, crescer,
Fazer amigos, educar-se, ser feliz.
É por aqui que podemos começar a melhorar o mundo.
(Paulo Freire)
Viu como é possível encontrar poesia na escola? Paulo Freire encontrou e ele não deve ser o 
único a perceber que esse espaço, além de ser o do ensino formal e do conhecimento científico, 
é também um ambiente de socialização, de trocas, de amizade e de felicidade. 
Futuro professor (a), mesmo que na sua trajetória, você não encontre a melhor escola, a mais 
perfeita, com a melhor tecnologia ou o melhor salário; ainda assim é possível fazer desse espaço um 
ambiente especial para que seus alunos sejam, de fato, letrados e agentes do próprio aprendizado.
Quer saber mais sobre a escola? Siga os links abaixo e aprecie sem moderação.
http://noticias.terra.com.br/educacao/o-que-significa-a-escola-na-vida-do-adolesce
nte,3608ef80d96ea310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html Acesso em 01/10/14.
http://www.publico.pt/temas/jornal/quando-a-escola-deixar-de-ser-uma-fabrica-de-
alunos-27008265 Acesso em 01/10/14.
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aescola.pdf Acesso em 01/10/14.
http://noticias.terra.com.br/educacao/o-que-significa-a-escola-na-vida-do-adolescente,3608ef80d96ea310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html
http://noticias.terra.com.br/educacao/o-que-significa-a-escola-na-vida-do-adolescente,3608ef80d96ea310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html
http://www.publico.pt/temas/jornal/quando-a-escola-deixar-de-ser-uma-fabrica-de-alunos-27008265
http://www.publico.pt/temas/jornal/quando-a-escola-deixar-de-ser-uma-fabrica-de-alunos-27008265
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aescola.pdf
16
Unidade: Os protagonistasdo processo ensino/aprendizagem da Língua Portuguesa
O material didático
Material didático é o conjunto de instrumentos que serve para mediar, enriquecer e 
diversificar o processo de ensino/aprendizado da Língua Portuguesa. Em suas aulas, o professor 
de português pode utilizar:
 » livros;
 » apostilas;
 » revistas;
 » jornais;
 » gibis;
 » textos avulsos;
 » jogos;
 » música;
 » filmes;
 » poesia;
 » embalagens;
 » internet;
 » sites;
 » etc..
Nesta unidade, trataremos especificamente do livro didático, que é um dos principais materiais 
utilizados pelas instituições de ensino. 
O livro didático foi considerado durante muito tempo o vilão da história, mas na verdade 
por pior, ou melhor, que seja o livro, os alunos do Ensino Fundamental e Ensino Médio não 
aprenderão sozinhos. Quem vai fazer a diferença é o professor.
Muitos professores assumem que o autor do livro didático sabe mais do que ele e por falta de 
tempo, não analisam o livro minuciosamente antes de adotá-lo.
O processo de escolha do livro precisa partir da análise do contexto social no qual a escola está 
inserida. O conteúdo utilizado como suporte para mediar o processo de ensino/aprendizagem 
deve fazer sentido ao aluno, caso contrário não haverá interesse, motivação e entrega.
O Ministério da Educação e Cultura elaborou os Parâmetros Curriculares Nacionais que, a 
partir de 1997 para o Ensino Fundamental (Brasil, 1998) e 1999 para o Ensino Médio (Brasil, 
1999), apresentam muitos objetivos e algumas sugestões para o ensino da língua portuguesa, 
com fundamentos na concepção interacionista de linguagem. 
A partir de tais sugestões e objetivos, o material didático de modo geral passou a contemplar 
as orientações dos PCN em maior ou menor grau.
Fonte: T
hinkstock / G
etty Im
ages
17
É possível observar que em muitos livros existe a preocupação em fazer com 
que o aluno:
 » amplie, progressivamente, o conjunto de conhecimentos discursivos, semânticos e 
gramaticais envolvidos na construção dos sentidos do texto;
 » reconheça a contribuição complementar dos elementos não verbais (gestos, expressões 
faciais, postura corporal);
 » utilize a linguagem escrita, quando for necessário, como apoio para registro, 
documentação e análise; 
 » amplie a capacidade de reconhecer as intenções do enunciador, sendo capaz de aderir 
ou recusar às posições ideológicas sustentadas em seu discurso; 
 » saiba selecionar textos segundo seu interesse e necessidade; 
 » leia, de maneira autônoma, textos de gêneros e temas com os quais tenha construído 
familiaridade;
 » seja receptivo a textos que rompam com seu universo de expectativas, por meio de 
leituras desafiadoras para sua condição atual, apoiando-se em marcas formais do 
próprio texto ou em orientações oferecidas pelo professor.
De modo geral o conteúdo que acabamos de apresentar pode servir de orientação para a 
escolha do livro didático, mas se você quiser saber mais sobre essa escolha, recomendamos que 
siga os links abaixo:
1) O livro didático e a formação de professores
• http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/vol1b.pdf - Acesso em 03/10/2014
2) O livro didático como instrumento mediador no processo de ensino-aprendizagem de 
língua portuguesa: a produção de textos
• http://www.scielo.br/pdf/rbla/v11n1/v11n1a08.pdf - Acesso em 03/10/2014
O Plano de Ensino
O nosso próximo assunto é o plano de ensino. Você saberia defini-lo? Pois bem, vejamos a 
sua definição:
Plano de ensino é um direcionamento metódico e sistemático das atividades que serão 
realizadas durante o ano letivo.
Quando o professor assume uma disciplina, ele precisa decidir sobre os objetivos a serem 
alcançados pelos alunos, o conteúdo programático, as estratégias de ensino, os recursos adotados 
para motivar e facilitar a aprendizagem, os critérios de avaliação etc.
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/vol1b.pdf
http://www.scielo.br/pdf/rbla/v11n1/v11n1a08.pdf 
18
Unidade: Os protagonistas do processo ensino/aprendizagem da Língua Portuguesa
Essas decisões fazem parte do plano de ensino que é essencial tanto para o sucesso do 
trabalho docente quanto para o aprendizado dos alunos.
Antes de preparar o plano de ensino, o professor, além de seguir as orientações da escola, 
deve analisar o contexto no qual se insere a sua disciplina. Por exemplo, é necessário observar 
as necessidades e as expectativas dos alunos, a importância social da disciplina e recursos 
disponíveis para que o plano seja cumprido.
A partir dessa análise, o professor define objetivos, conteúdo, estratégias e recursos de 
ensino e avaliação.
À medida que as aulas se realizam, o professor pode observar se o seu plano está atendendo 
às necessidades e expectativas dos alunos. Caso a resposta seja negativa, se faz necessário 
alguns ajustes no plano. Observe então que, de certa forma, os alunos são coparticipantes do 
processo de sua elaboração. 
Segundo Gil (2007), o plano de ensino deve:
a. relacionar-se intimamente com o plano curricular de modo a garantir coerência 
com a curso;
b. adaptar-se às necessidades, capacidades e interesses do aluno;
c. ser elaborado a partir de objetivos realistas, levando em consideração os meios para 
alcançá-los;
d. envolver conteúdos que efetivamente constituem meios para o alcance dos objetivos; 
e. prever tempo suficiente para garantir a assimilação dos conteúdos pelos alunos;
f. ser suficientemente flexível para possibilitar o seu ajustamento a situações que não 
foram previstas;
g. possibilitar a avaliação objetiva de sua eficácia.
Não existe um modelo rígido de plano de ensino. É importante que você siga as orientações 
da sua escola, mas de modo geral ele deve conter: 
 » Identificação: nome da disciplina, curso, nome do professor, série, ano letivo e 
carga horária;
 » Ementa: é uma apresentação breve das ideias gerais que serão abordadas ao longo da 
disciplina. A redação da ementa deve se iniciar com substantivos.
 » Substantivos sugeridos: estudo, análise, compreensão, entendimento, conceituação, 
introdução, preparação, operacionalização, desenvolvimento, elaboração, produção, 
entre outros.
 » Objetivos: são os elementos centrais do plano, de onde derivam os demais. É comum 
classificar os objetivos em gerais e específicos. Os objetivos gerais referem-se àquilo que 
o aluno será capaz de fazer após a conclusão da disciplina em determinado ano letivo. 
Os específicos são intermediários e são utilizados para identificar o que se espera do 
aluno ao final de uma unidade, por exemplo.
19
Os objetivos, além de serem expressos por frases iniciadas por verbos, também podem ser 
separados em: cognitivos, de habilidades e de atitudes. 
Os objetivos cognitivos começam com verbos como refletir, aprender, adquirir conhecimento, 
apropriar-se de conceitos etc..
Os objetivos de habilidades começam com verbos procedimentais, tais como: relacionar, 
sintetizar, ler e redigir, comparar, organizar, analisar, reescrever, avaliar etc.
Os objetivos de atitudes podem iniciar-se com os verbos: valorizar, interessar-se, responsabilizar-
se etc..
 » Conteúdo: o conteúdo está diretamente relacionado às unidades do livro didático. 
As unidades são divididas ao longo do ano, de modo que todo o conteúdo proposto 
seja contemplado.
 » Estratégias de aprendizagem: Nas estratégias, o professor esclarece sobre os 
procedimentos que serão realizados para facilitar a aprendizagem, por exemplo, aulas 
expositivas, realização de exercícios, dramatização, jogral etc..
 » Recursos: são os instrumentos necessários para o desenvolvimento da disciplina que 
vão desde os mais simples, como lousa e giz até os mais complexos, como data show e 
lousa eletrônica, por exemplo.
 » Avaliação: mede o alcance dos objetivos propostos por meio de provas objetivas, 
dissertativas, práticas ou por meio da participação oral e escrita. Antes de elaborar ou 
fazer qualquer avaliação, é importante que o professor considere o sistema vigente na 
escola onde leciona.
 » Bibliografia: É a relação de livrosque podem ser consultados para se saber mais sobre 
a disciplina. Ela pode ser básica e complementar. A básica, é aquela que o professor 
tem como norte para as suas sequências didáticas; a complementar, é a que traz um 
conteúdo adicional para enriquecer a proposta de ensino.
Em meio a tanta tecnologia, é importante que o professor não ignore os inúmeros sites e 
e-books que podem tornar o aprendizado ainda mais interessante. 
Vejamos agora um modelo de plano de ensino:
20
Unidade: Os protagonistas do processo ensino/aprendizagem da Língua Portuguesa
PLANO DE ENSINO
Curso: Ensino Médio - Supletivo
Disciplina: Língua Portuguesa
Semestre: 1º C/H: 4 C/H semetral: 80
Professor 
Responsável:
Ementa
Exploração dos aspectos linguístico–gramático–discursivos, focando especificamente o uso 
da língua, as estratégias de leitura, a articulação dos parágrafos nos textos e os aspectos da 
coerência e da coesão, inserindo, ainda, temas políticos, sociais e econômicos contemporâneos, 
aderentes à área específica da carreira.
Objetivos
Cognitivos: Aprender as competências para o uso da língua escrita e falada, as habilidades e 
estratégias de leitura e o uso de coerência e coesão nos textos escritos. 
Habilidades: Relacionar a linguagem às suas diversas situações de uso e manifestações.
Atitudes: Responsabilizar-se pela importância social da língua portuguesa e utilizá-la como um 
instrumento de marketing pessoal e ascensão profissional.
Unidade C.H Conteúdo
I 8
Língua, Linguagem, Níveis de linguagem e Variação 
Linguística
Texto: Questões ligadas ao ensino da gramática - Maria 
Helena de Moura Neves
II 8
Coesão
Gramática de uso: Os porquês
III 8
Coerência
Gramática de uso: Há / A- Mau/mal
IV 8
Interpretação de enunciados – Verbos de comando
Gramática de uso: A fim de/Afim – Mas, más, mais
V 16
Paragrafação: a estrutura do parágrafo e o tópico frasal
Gramática de uso: Onde/aonde – Este/esse/aquele
VI 16
Análise Textual – Identificação da ideia central, do objetivo 
do autor, dos argumentos, da conclusão.
Gramática de uso: Concordância nominal e verbal
VII 8
Resumo
Gramática de uso: Homônimos e Parônimos
VIII 8
Resenha
Gramática de uso: Nova Ortografia
21
Estratégias de Ensino
Aulas expositivas, trabalhos individuais e em grupo, leitura e produção de textos diversos, 
atividades diversificadas, reescrita de textos dos alunos.
Avaliação
Avaliação contínua, tendo como possíveis instrumentos:
Produção textual; Análise de textos; Reescrita de produção textual; realização de atividades 
diversas, avaliação única, individual e escrita, tendo em vista conteúdos de leitura e de 
produção de texto. As avaliações serão, sempre, a critério do professor.
Bibliografia Básica
BOAVENTURA, Edivaldo. Como ordenar as idéias. 8. ed. São Paulo: Ática, 2002. 
CITELLI, Adilson. Linguagem e Persuasão. 15. ed. São Paulo: Ática, 2002. 
GARCIA, Othon Marques. Comunicação em prosa moderna. 14. ed. RJ: Fundação Getúlio 
Vargas, 1988. 
KLEIMAN, A. Oficina de leitura: teoria & prática. Campinas: Pontes/Editora da Unicamp, 
1993. 
KOCH, I. V. e TRAVAGLIA, L. C. Texto e coerência. São Paulo: Cortez, 1989. 
MARCUSCHI, L. A. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. São Paulo: Cortez, 
2001. 
VAL, Maria da Graça Costa. Redação e textualidade. São Paulo: Martins Fontes, 1999. 
Bibliografia Complementar
ABREU, Antônio Suárez. Curso de Redação. 11. ed. São Paulo: Ática, 2001. 
FARACO, C. A.; TEZZA, C. Prática de texto para estudantes universitários. Petrópolis: Vozes, 
1992. 
KLEIMAN, A. Leitura: ensino e pesquisa. Campinas: Pontes, 1987 
PÉCORA, Alcir. Problemas de redação. São Paulo: Martins Fontes, 1983. 
SERAFINI, M. T. Como escrever textos. 10. ed. Coleção dirigida por Humberto Eco. 
SP: Globo, 2000. 
Para saber mais sobre planos de ensino e visualizar mais alguns modelos, recomendamos que 
você siga os links abaixo:
 » http://www.udemo.org.br/RevistaPP_01_11PlanodeEnsino.htm - Acesso em 05/10/2014.
 » http://ufrr.br/cap/index.php/93-plano-de-ensino-de-lingua-portuguesa-2221-e-2222 - 
Acesso em 05/10/2014.
http://www.udemo.org.br/RevistaPP_01_11PlanodeEnsino.htm
http://ufrr.br/cap/index.php/93-plano-de-ensino-de-lingua-portuguesa-2221-e-2222
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Unidade: Os protagonistas do processo ensino/aprendizagem da Língua Portuguesa
Considerações finais
Chegamos ao final da nossa unidade e esperamos que você tenha observado que o processo 
de ensino/aprendizagem funciona como um sistema, no qual todos os protagonistas estão 
diretamente relacionados, ou seja, professor, alunos, escola, material didático e plano de ensino 
são dependentes. Se um protagonista estiver fora de sintonia, todo o processo de pode ser 
comprometido. 
Pense nisso assim que você entrar em uma sala de aula, combinado?
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Material Complementar
Olá,
Se você quiser saber mais sobre o assunto tratado na Unidade 1, acesse os sites abaixo:
http://www2.uol.com.br/vivermente/reportagens/multiplas_inteligencias.html - Acesso em 30/09/14.
http://www.homemdemello.com.br/psicologia/intelmult.html - Acesso em 30/09/14.
http://noticias.terra.com.br/educacao/o-que-significa-a-escola-na-vida-do-adolescente,3608e
f80d96ea310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html - Acesso em 30/09/14.
http://www.publico.pt/temas/jornal/quando-a-escola-deixar-de-ser-uma-fabrica-de-
alunos-27008265 - Acesso em 01/10/14.
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aescola.pdf - Acesso em 01/10/14.
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/vol1b.pdf - Acesso em 03/10/2014.
http://www.scielo.br/pdf/rbla/v11n1/v11n1a08.pdf - Acesso em 03/10/2014.
http://www.udemo.org.br/RevistaPP_01_11PlanodeEnsino.htm - Acesso em 05/10/2014.
http://ufrr.br/cap/index.php/93-plano-de-ensino-de-lingua-portuguesa-2221-e-2222 - Acesso 
em 05/10/2014.
Recomendamos também a leitura, na íntegra, do livro:
CURY, Augusto. Pais brilhantes, professores fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante, 2003.
http://www2.uol.com.br/vivermente/reportagens/multiplas_inteligencias.html
http://www.homemdemello.com.br/psicologia/intelmult.html
http://noticias.terra.com.br/educacao/o-que-significa-a-escola-na-vida-do-adolescente,3608ef80d96ea310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html
http://noticias.terra.com.br/educacao/o-que-significa-a-escola-na-vida-do-adolescente,3608ef80d96ea310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html
http://www.publico.pt/temas/jornal/quando-a-escola-deixar-de-ser-uma-fabrica-de-alunos-27008265
http://www.publico.pt/temas/jornal/quando-a-escola-deixar-de-ser-uma-fabrica-de-alunos-27008265
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aescola.pdf 
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/vol1b.pdf 
http://www.scielo.br/pdf/rbla/v11n1/v11n1a08.pdf 
http://www.udemo.org.br/RevistaPP_01_11PlanodeEnsino.htm
http://ufrr.br/cap/index.php/93-plano-de-ensino-de-lingua-portuguesa-2221-e-2222
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Unidade: Os protagonistas do processo ensino/aprendizagem da Língua Portuguesa
Referências
BORDENAVE, J. D. e PEREIRA, A. M. Estratégias de ensino-aprendizagem. Petrópolis: 
Vozes, 26. ed., 2005.
CURY, Augusto. Pais brilhantes, professores fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante, 2003.
GIL, Antonio Carlos. Metodologia de Ensino Superior. 3.ed. São Paulo: Atlas, 1997.
GOMES, Maria Lúcia de Castro. Metodologia do ensino de língua portuguesa. Curitiba: 
InterSaberes, 2012. (E-book)
NEVES, Maria Helena de Moura. Ensino de língua e vivência de linguagem: temas em 
confronto. São Paulo: Contexto, 2010. (E-Book)
PAULA, Anna Beatriz; SILVA, Rita do Carmo Polli da. Didática e avaliação em língua 
portuguesa. Curitiba: InterSaberes, 2012. (Coleção Metodologia do Ensino de Língua 
Portuguesa e Estrangeira; v.2) (E-Book)
PALOMANES, Roza; BRAVIN, Angela Marina (Org.). Práticas de ensino do português. São 
Paulo: Contexto, 2012. (E-Book)
RUARO, Dirceu Antonio. Problematização da prática reflexiva de professores de língua 
portuguesa na sala de aula. Curitiba: InterSaberes, 2013. (E-Book)
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Anotações

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