Buscar

Aula 3 - Células do sistema nervoso_1_para enviar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 67 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 67 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 67 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

Anatomia aplicada à 
enfermagem
Prof. Dr. Roberto Araujo
Anatomia aplicada à 
enfermagem
Componentes celulares e função
S
O
B
R
E
 D
IR
E
IT
O
S
 A
U
T
O
R
A
IS
 E
 R
E
P
R
O
D
U
Ç
Ã
O
Os conteúdos e mídias disponíveis nas
aulas da Cruzeiro do Sul Educacional têm
finalidade educacional e são destinados
para o seu estudo individual. É proibida a
cópia, reprodução (total ou parcial) ou
disponibilização deste material, por
quaisquer meios existentes ou que
venham a ser criados, sem autorização
prévia de seus autores.
!
ATENÇÃO
• Mais de 100 milhões de neurônios preenchem o sistema nervoso humano.
• Cada neurônio tem contato com mais de mil outros neurônios.
• Os contatos neuronais são organizados em circuitos ou redes que se comunicam
para o processamento de todas as informações conscientes e inconscientes do
encéfalo e da medula espinal.
• Células gliais, tem a função de apoiar e proteger os neurônios.
• As células gliais, ou glia, têm processos mais curtos e são mais numerosas que os
neurônios, em uma proporção de 10:1.
• A função da glia vai além de um simples papel de apoio.
• As células gliais também participam da atividade neuronal, formam um
reservatório de células-tronco no interior do sistema nervoso e propiciam a
resposta imunológica a inflamações e lesões
COMPONENTES CELULARES DO SISTEMA NERVOSO
Sistema nervoso
• A região inchada que contém o
núcleo celular recebe vários
nomes que podem ser usados
indiferentemente: corpo celular,
soma e pericário.
• Os finos tubos que irradiam do
soma são chamados de neuritos
e são de dois tipos: axônios e
dendritos.
• O termo neurópilo é usado para
descrever o conjunto de
neurônios e células da glia
presentes na substancia cinzenta.
COMPONENTES CELULARES DO SISTEMA NERVOSO
• Os neurônios são as células excitáveis do sistema nervoso. 
• Os sinais são propagados por meio de potenciais de ação, ou impulsos elétricos, 
ao longo da superfície neuronal.
• Os neurônios comunicam-se uns com os outros por sinapses, formando redes 
funcionais para o processamento e armazenamento das informações.
• Uma sinapse tem três componentes:
➢ O terminal axonal de uma célula, 
➢ O dendrito da célula receptora e
➢ Um processo de célula glial. 
A fenda sináptica é o espaço entre esses componentes.
Neurônios 
Neurônios multipolares: Tipo mais abundante no sistema nervoso
central; são encontrados no encéfalo e na medula espinal.
Os dendritos ramificam-se diretamente do corpo celular, e um axônio 
único surge a partir do cone axonal.
Tipos de neurônios: quanto a morfologia
Neurônios pseudounipolares: Os neurônios pseudounipolares são 
encontrados sobretudo nos gânglios espinais. Apresentam um ramo 
periférico do axônio que recebe a informação sensorial da periferia e a 
envia para a medula espinal, sem passar pelo corpo celular. 
Os neurônios pseudounipolares retransmitem a informação sensorial 
de um receptor periférico ao SNC sem modificar o sinal. 
Contudo, os neurônios bipolares na retina e no epitélio olfatório 
integram múltiplos inputs e, em seguida, passam essa informação 
modificada para o neurônio seguinte na cadeia.
Tipos de neurônios: quanto a morfologia
Neurônios bipolares: Os neurônios bipolares são encontrados
principalmente na retina e no epitélio olfatório.
Apresentam um único dendrito principal, o qual recebe o input
sináptico, que, por sua vez, é transportado para o corpo da célula e
daí para a camada de células seguinte, via axônio.
A diferença entre um neurônio pseudounipolar e um bipolar é a
quantidade de processamento que ocorre em cada um deles.
Tipos de neurônios: quanto a morfologia
Tipos de sinapses
Sinapses axodendríticas: Os contatos sinápticos mais comuns
no SNC ocorrem entre um axônio e um dendrito, as chamadas
sinapses axodendríticas.
A árvore dendrítica de um dado neurônio multipolar receberá 
milhares de inputs de sinapses axodendríticas, o que fará com que 
esse neurônio alcance o limiar e gere um sinal elétrico, ou 
potencial de ação. A arquitetura da árvore dendrítica é um fator-
chave no cálculo da convergência de sinais elétricos no tempo e 
no espaço (chamado de somação temporoespacial).
Tipos de sinapses
Sinapses axossomáticas: Um axônio também pode contatar
outro neurônio diretamente na soma da célula, o que é chamado
de sinapse axossomática.
Esse tipo de sinapse é muito menos comum no sistema nervoso
central e é um poderoso sinal muito mais próximo do cone axonal,
no qual um novo potencial de ação pode se originar.
Tipos de sinapses
Sinapses axoaxônicas: Quando um axônio contata outro, ocorre
a chamada sinapse axoaxônica.
Essas sinapses muitas vezes acontecem no cone axonal ou
próximo a ele, onde podem causar efeitos muito poderosos,
inclusive produzir um potencial de ação ou inibir um que, de outra
forma, teria sido desencadeado.
Moléculas produzidas no soma são
transportadas para as sinapses periféricas por
uma rede de microtúbulos.
O transporte do pericário ao longo do axônio
até a sinapse é denominado transporte
anterógrado, pelo qual são transportados os
neurotransmissores necessários à sinapse.
O transporte ao longo dos microtúbulos
também pode se dar do terminal sináptico ao
pericário, o que se chama de transporte
retrógrado. Ele é essencial para o vai-vém
dos fatores tróficos. Os neurônios dependem
das substâncias tróficas fornecidas por seus
alvos periféricos para a sobrevivência. É uma
espécie de mecanismo de retroalimentação
que informa ao neurônio que ele está
inervando um “alvo vivo”.
COMPONENTES CELULARES DO SISTEMA NERVOSO
Células da glia
Astrócitos
Astrócitos
https://doi.org/10.1590/S0103-40142013000100006
https://doi.org/10.1590/S0103-40142013000100006
A função principal dos oligodendrócitos e das células de 
Schwann é formam as camadas de membrana que fazem o 
isolamento dos axônios.
Como o axônio se ajusta ao interior desse envoltório espiralado 
como uma espada em sua bainha, o nome bainha de mielina 
descreve todo o envoltório.
A bainha de mielina é interrompida periodicamente, deixando 
pequenos espaços onde a membrana axonal está exposta. Esta 
região é chamada de nódulo de Ranvier.
Glia Formadora de Mielina
A mielina serve para acelerar a propagação dos impulsos
nervosos ao longo do axônio. Os oligodendrócitos e as células de
Schwann diferem em sua localização e em outras características.
Por exemplo,
Os oligodendrócitos são encontrados apenas no sistema
nervoso central (encéfalo e medula),
As células de Schwann são encontradas somente no sistema
nervoso periférico (partes externas ao crânio e à coluna
vertebral).
Outra diferença é que um único oligodendrócito contribui para a
formação da mielina de vários axônios, ao passo que cada célula
de Schwann mieliniza apenas um único axônio.
Glia Formadora de Mielina
Micróglia: Essas células gliais são derivadas da linhagem monócitos-macrófagos e
migram para o SNC durante o desenvolvimento.
As microglias são as células imunes do SNC. São pequenas, apresentam numerosos
processos e estão distribuídas por todo o SNC. A micróglia é ativada pela liberação de
moléculas inflamatórias, como as citocinas, de modo semelhante às vias de ativação
dos macrófagos transportados pelo sangue. Quando ativadas, as micróglias são
recrutadas para as áreas de lesão neuronal, onde fagocitam os detritos celulares e
estão envolvidas na apresentação do antígeno, novamente de modo semelhante aos
macrófagos de sangue.
Relação com Alzheimer ???
Células da glia
Células NG2 (polidendritos): Essa população de células gliais foi descoberta muito
recentemente. Uma de suas funções principais é atuar como as células-tronco dentro
do encéfalo; podendo gerar tanto glias quanto neurônios.
São de particular interesse nas doenças desmielinizantes, pois seu recrutamento e
sua ativação como células precursoras de oligodendroglias são o primeiro passo na
remielinização.
As células NG2 também podem receber inputs sinápticos diretos dos neurônios, o que
as fazser uma ligação direta entre a rede de sinalização neuronal e a rede glial. A
descoberta de que as células gliais recebem inputs sinápticos diretos revolucionou
nossa compreensão de como as redes são organizadas no SNC. Parece que há
comunicações cruzadas importantes entre as redes neuronais e as redes gliais
paralelas. As implicações funcionais disso permanecem sendo especulações.
Células da glia
Células ependimárias: Essas células do epitélio revestem os ventrículos e separam
o líquido cerebrospinal (LCS) do tecido nervoso, ou neurópilo.
Na sua superfície apical, têm numerosos cílios. Algumas células ependimárias têm
uma função especializada dentro dos ventrículos como parte do plexo coroide. O
plexo coroide produz LCS.
Células da glia
O cientista alemão Paul Ehrlich injectou um corante na
corrente sanguínea de ratos.
O corante espalhou-se lentamente pelos tecidos,
manchando todos os órgãos exceto o cérebro.
Na altura ele sugeriu que o tecido cerebral teria menos
afinidade com o corante.
Quando um dos seus alunos, Edwin Goldman, injetou o
corante diretamente no cérebro.
Ocorreu o efeito contrário: o cérebro ficou corado e os
restantes órgãos foram poupados.
Este foi o primeiro indício da existência da barreira
hematoencefálica, que separa o sangue que circula no
sistema nervoso central (SNC, cérebro e medula espinal)
do restante sistema circulatório.
https://www.scienceinschool.org/pt/content/guardi%C3%A3-do-c%C3%A9rebro-barreira-hematoencef%C3%A1lica
Barreira Hematoencefálica
O SNC precisa de um ambiente perfeitamente regulado para funcionar do modo correto.
Essa homeostase deve ser preservada e não pode ser influenciada por flutuações em nutrientes,
metabólitos ou outras substâncias transportadas pelo sangue.
A barreira hematencefálica isola e protege de forma eficaz o encéfalo do restante do corpo.
As células endoteliais no SNC são ligadas umas às outras por junções apertadas.
Além disso, os processos dos astrócitos (pés-terminais) contatam o vaso pelo lado do neurópilo.
Isso efetivamente separa o compartimento de sangue do compartimento do neurópilo.
O transporte através da barreira hematencefálica pode se dar por difusão de pequenas moléculas
lipofílicas, água e gás.
Todas as outras substâncias devem usar o transporte ativo. Isso é relevante do ponto de vista clínico, pois
limita os fármacos que podem ser administrados para tratamento de distúrbios encefálicos a aqueles que
podem atravessar a barreira hematencefálica.
1. Um déficit na função das oligodendroglias leva à desmielinização focal de feixes de axônios.
2. A desmielinização leva a uma diminuição na capacitância da membrana, o que atrasa a propagação dos 
potenciais de ação.
3. O sintoma mais comum é a fraqueza muscular, porque as células de Schwann mielinizam apenas axônios 
motores. 
4. O dano axonal é decorrente da migração da microglia para a bainha de mielina e de fagocitose dos 
segmentos axonais.
5. A velocidade de condução nos nervos está diminuída, porque os potenciais de ação não podem ser 
regenerados no próximo grupo de canais de Na+.
Um paciente é diagnosticado com síndrome de Guillain-Barré, uma síndrome
desmielinizante do nervo periférico. Ele apresenta déficits sensoriais e motores em seus
braços e pernas. Qual das seguintes afirmações descreve a causa subjacente para alguns de
seus sintomas?
NOÇÕES EM NEUROFISIOLOGIA BÁSICA
Condução do potencial de ação
Sinapses
Sinapses
A esclerose múltipla (EM) é uma doença
neurológica crônica que afeta adultos jovens. A
lesão subjacente é a perda da bainha de mielina
em torno dos axônios, um processo chamado de
desmielinização, e a perda de axônios
(neurodegeneração). Observa-se inflamação
grave nas áreas de desmielinização, e acredita-se
que seja um mecanismo subjacente para a
desmielinização e neurodegeneração. A
desmielinização pode ser vista como pontos claros
na ressonância magnética.
APLICAÇÃO CLÍNICA - Esclerose múltipla
A desmielinização prejudica o funcionamento do sistema nervoso central (SNC). A perda da bainha de mielina
leva a um bloqueio na condução no interior desse axônio. Um axônio mielinizado conduz os potenciais de
ação (PAs) pela condução saltatória. Sem a bainha de mielina, os grupos de canais de Na+ (sódio) estão
muito distantes, e a corrente passiva se dissipa antes que o próximo grupo de canais de Na possa ser ativado.
Uma forma que o SNC usa para responder ao bloqueio de condução é inserir canais de Na ao longo do axônio
desmielinizado para permitir a condução contínua não saltatória. Os canais de Na que são inseridos, no
entanto, têm uma dinâmica diferente e causam mais influxo de Na+ para o axônio. O trocador de Na/Ca
(cálcio) não é mais capaz de manter a homeostase de Na; ativam-se proteases; e os axônios degeneram-se.
Em alguns casos, a inserção de canais de Na no axônio desmielinizado é bem-sucedida; estabelece-se
condutância contínua; e o PA pode ser propagado, embora em ritmo mais lento.
Outra forma utilizada pelo SNC para restaurar a função é pela remielinização do axônio. As
oligodendroglias são as células mielinizadoras do SNC.
APLICAÇÃO CLÍNICA - Esclerose múltipla
A fim de iniciar a remielinização, as células NG2 (polidendrócitos) são recrutadas para a área afetada. Uma
vez que se maturam em oligodendroglias, podem iniciar o processo de remielinização. Os macrófagos
removem detritos de mielina da área afetada, pois, aparentemente, estes inibem a maturação das células
NG2 em oligodendroglias. Uma vez que o axônio foi remielinizado, a função é restaurada, mesmo que a
intrincada relação entre o axônio e sua bainha de mielina não tenha sido restabelecida. No encéfalo saudável,
a espessura da bainha de mielina é rigidamente correlacionada ao diâmetro do axônio e à distância entrenós
para assegurar a propagação rápida e eficiente do PA. Contudo, depois da remielinização, a função é
restaurada, mas não é tão rápida e eficiente. A perda de mielina na EM conduzirá a um bloqueio de condução
nos axônios afetados e, com isso, a uma perda aguda da função. A perda de mielina também afetará o
isolamento do axônio. Em circunstâncias normais, a corrente em um axônio não afeta a sinalização em um
axônio adjacente devido aos efeitos de isolamento da mielina. Quando a bainha de mielina é perdida, pode
ocorrer “comunicação cruzada” entre os axônios, o que pode resultar em parestesias ou sensações
anormais. A perda funcional permanente da EM é causada pela perda axonal e pela morte neuronal. Essa
perda axonal é devida ao prejuízo no papel de proteção da bainha de mielina, inserção de canais de Na+
deficientes e incapacidade de remielinizar.
APLICAÇÃO CLÍNICA - Esclerose múltipla
O cérebro consiste no telencéfalo e no diencéfalo,
derivados das partes mais rostrais do tubo neural em
desenvolvimento. O telencéfalo é composto de um cérebro
maciço, que é dividido em dois hemisférios. Os hemisférios
cerebrais consistem em uma cobertura de substância
cinzenta (córtex cerebral); estruturas profundas dentro do
cérebro, incluindo os gânglios da base e duas grandes
estruturas do sistema límbico (o hipocampo e a amígdala);
e a substância branca subjacente. O diencéfalo, também
derivado da parte anterior do tubo neural, consiste em
tálamo, hipotálamo e subtálamo.
Cérebro
Os dois grandes hemisférios cerebrais são, em termos anatômicos, quase
imagens espelhadas um do outro, embora haja alguma assimetria em sua
função. Cada hemisfério é dividido em quatro lobos, nomeados de acordo
com os ossos cranianos que a eles se sobrepõem. As cristas do córtex são
chamadas de giros, e as ranhuras são chamadas de sulcos ou fissuras
(sulcos mais profundos). A fissura longitudinal do cérebro está localizada
ao longo do plano sagital médio e separa os dois hemisférios. O sulco
lateral (ou fissura sylviana) separa o lobo temporal dos lobos frontal e
parietal. Já o sulco parietoccipital é visível na superfície medial do cérebro
e separa o lobo occipital do parietal.
Cérebro- Hemisférios cerebrais
Maior lobo cerebral. É separado do lobo parietal pelo sulco central e do temporal
pelo sulco lateral. O giro pré-central, localizado anteriormente ao sulco central,
contém as áreas motoras primárias. As áreas nas superfícies laterais e mediais são
essenciais não só para regular a atividade motora ou comportamento voluntário,
mas também para inicializar o comportamento motor, ou seja, “decidir” quais
movimentos devem ser realizados. Aspectos expressivos ou motores da linguagem
também são processados na superfície lateral do lobo frontal, sobretudo no
hemisfério dominante (normalmente o esquerdo) na área motora da fala (área de
Broca). O restante do lobo frontal consiste em regiões de associação conhecidas
como áreas de associação pré-frontal. É responsável por funções como emoção,
motivação, personalidade, iniciativa, julgamento, capacidade de concentração e
inibições sociais. Uma área na superfície medial, o giro do cíngulo, também é
importante para modular os aspectos emocionais do comportamento.
Cérebro -Lobo frontal
A próxima etapa importante no desenvolvimento do encéfalo anterior
é o surgimento de vesículas secundárias em ambos os lados do
prosencéfalo. As vesículas secundárias são as vesículas ópticas e
as vesículas telencefálicas. A estrutura central que permanece
ímpar após a origem das vesículas secundárias é chamada de
diencéfalo, ou “entre os encéfalos” . Assim, o prosencéfalo, neste
estágio, consiste em duas vesículas ópticas, duas vesículas
telencefálicas e o diencéfalo.
Diferenciação do Prosencéfalo
As vesículas ópticas crescem e invaginam-se para formar
os pedículos ópticos e os cálices ópticos, os quais se
tornarão os nervos ópticos e as duas retinas do adulto.
O ponto importante a assinalar é que a retina, na zona
posterior do olho, e os nervos ópticos, formados pelos
axônios que conectam o olho ao diencéfalo e ao
mesencéfalo, são partes do encéfalo, e não do SNP.
Diferenciação do Prosencéfalo
Cada nervo óptico contém fibras de um olho, no entanto, as fibras
nasais (mediais), que transmitem informações dos campos visuais
temporais (laterais), cruzam no quiasma óptico.
Como resultado disso, cada trato óptico contém fibras não
somente de um dos olhos, mas de metade do campo visual. Em
decorrência dessa disposição,
Correlação clínica
As vesículas telencefálicas, juntas, formam o telencéfalo, ou “extremo do encéfalo”, que consiste nos dois hemisférios cerebrais.
O telencéfalo continua a desenvolver-se, ocorrendo quatro eventos. (1) As vesículas telencefálicas crescem posteriormente, de
modo a se posicionarem dorsal e lateralmente ao diencéfalo (2) Outro par de vesículas surge da superfície ventral dos
hemisférios cerebrais, dando origem aos bulbos olfatórios e às estruturas relacionadas que participam do olfato. (3) As células
da parede de todo o telencéfalo dividem-se e diferenciam-se em várias estruturas.
Diferenciação do Telencéfalo e do Diencéfalo
(4) A substância branca desenvolve-se, levando axônios dos e para os neurônios telencefálicos.
Uma secção coronal através do prosencéfalo primitivo de mamífero, ilustra como as diferentes partes do telencéfalo e do
diencéfalo se diferenciam e se ajustam. Observe que os dois hemisférios cerebrais se situam acima e de cada lado do
diencéfalo, e que as superfícies ventromediais dos hemisférios se fundiram com as superfícies laterais do diencéfalo.
Diferenciação do Telencéfalo e do Diencéfalo
Os espaços preenchidos de líquido internos aos hemisférios cerebrais são chamados de ventrículos laterais, e o espaço
no centro do diencéfalo é chamado de terceiro ventrículo.
Os ventrículos laterais pareados são um ponto-chave de referência no encéfalo adulto: sempre que você observar os
ventrículos pareados em uma secção do encéfalo, saberá que o tecido que os circunda está no telencéfalo. O aspecto de
fenda alongada do terceiro ventrículo em secções coronais também é uma característica útil para identificar o diencéfalo.
Diferenciação do Telencéfalo e do Diencéfalo
As paredes das vesículas telencefálicas aparecem dilatadas, devido à proliferação de neurônios. Esses neurônios formam
dois tipos distintos de substância cinzenta no telencéfalo: o córtex cerebral e o telencéfalo basal. Da mesma forma, o
diencéfalo diferencia-se em duas estruturas: o tálamo e o hipotálamo. O tálamo, localizado profundamente no
prosencéfalo, recebe esse nome que em grego significa “câmara interior”.
Diferenciação do Telencéfalo e do Diencéfalo
Os neurônios do prosencéfalo em desenvolvimento estendem seus axônios para se comunicarem com outras partes do
sistema nervoso.
Estes feixes axonais se juntam para formar os três principais sistemas de substância branca: a substância branca
cortical, o corpo caloso e a cápsula interna.
Diferenciação do Telencéfalo e do Diencéfalo
A substância branca cortical contém todos os axônios que se projetam de ou para os neurônios do córtex cerebral. O
corpo caloso tem continuidade com a substância branca cortical e forma uma ponte axonal que conecta os neurônios
corticais dos dois hemisférios cerebrais. A substância branca cortical também tem continuidade com a cápsula
interna, que conecta o córtex com estruturas mais caudais no encéfalo, como o tronco encefálico e, sobretudo, o tálamo.
Diferenciação do Telencéfalo e do Diencéfalo
O prosencéfalo é o local de percepções, da consciência, da cognição e da ação
voluntária. Tudo isso depende de amplas interconexões com neurônios sensoriais e
motores do tronco encefálico e da medula espinhal.
Relações entre Estrutura e Função do Telencéfalo
Os neurônios do bulbo olfatório recebem informação de células que
percebem substâncias químicas (odores) na cavidade nasal e enviam esta
informação a uma parte do córtex cerebral para posterior análise. As
informações que provêm dos olhos, dos ouvidos e da pele são também
levadas ao córtex cerebral para serem analisadas. Contudo, todas as vias
sensoriais que transmitem a visão, a audição e as sensações somáticas
fazem sinapses com os neurônios do tálamo no caminho em direção ao
córtex. Assim, o tálamo frequentemente é referido como o portal para o
córtex cerebral
Relações entre Estrutura e Função do Telencéfalo
Um Guia Ilustrado da Neuroanatomia HumanaCapítulo 7A
O lobo parietal é importante na regulação das funções somatossensoriais. É
separado do lobo frontal pelo sulco central, do temporal pelo sulco lateral e do
occipital pelo sulco parietoccipital. O giro pós-central é a área somatossensorial
primária do córtex. O processamento e a percepção cortical inicial de tato, dor e
posição do membro ocorrem nos aspectos lateral e medial do lobo parietal. Os
aspectos receptivos ou sensoriais da linguagem também são processados nesse
lobo, sobretudo no hemisfério dominante (normalmente o esquerdo), na área de
Wernicke. A terceira função principal do lobo parietal envolve aspectos complexos de
orientação e percepção espacial, incluindo a autopercepção e a interação com o
mundo que nos rodeia.
Cérebro -Lobo parietal
O lobo occipital está envolvido principalmente no processamento da informação
visual. É separado do lobo parietal pelo sulco parietoccipital. A área visual primária
está localizada na superfície medial de ambos os lados do sulco calcarino.
As áreas de associação visual rodeiam e cobrem a superfície lateral desse lobo e
mediam a nossa capacidade de ver e reconhecer os objetos.
Cérebro -Lobo occipital 
O lobo temporal é importante para o processamento da informação auditiva. É
separado dos lobos frontal e parietal pelo sulco lateral e do lobo occipital por uma
linha que pode ser desenhada como um prolongamento do sulco parietoccipital.
O giro temporal superior é a área na qual nossa capacidade de ouvir e interpretar os
sons é processada. Além disso, uma área na superfície lateral do lobo temporal atua
na percepção da linguagem.
As áreas anteriores e mediais do lobo temporal são importantes emaspectos
complexos da aprendizagem, memória e emoção.
Cérebro -Lobo temporal
Além dos quatro lobos citados, um anel de córtex na superfície medial, os giros do
cíngulo e para-hipocampal, é normalmente chamado de “lobo límbico”. Na
verdade, não se trata de um pequeno lobo verdadeiro como os outros, mas que
abrange partes dos lobos frontal, parietal e temporal. Essa área de córtex se
sobrepõe a estruturas do sistema límbico e está interligada a elas.
Cérebro -Lobo límbico
A síndrome de Guillain-Barré é uma doença inflamatória dos nervos periféricos.
Acredita-se que sua causa subjacente seja uma resposta autoimune dirigida contra a bainha de mielina dos nervos periféricos após uma
infecção viral. Os pacientes apresentam fraqueza progressiva nos membros inferiores, a qual ascende rapidamente, envolvendo a
musculatura dos membros superiores e do tronco. Os reflexos espinais são ausentes ou reduzidos. Esses pacientes têm necessidade
aguda de cuidados médicos. Cerca de 30% precisarão de ventilação assistida devido à fraqueza dos músculos envolvidos na respiração.
Os pacientes se estabilizam após 1 a 2 semanas, e a maioria se recupera por completo. Terapeuticamente, o objetivo é atenuar os
anticorpos autoimunes. Isso pode ser conseguido pela plasmaferese para remover os autoanticorpos ou pela administração intravenosa de
imunoglobulinas, que se ligam aos autoanticorpos, neutralizando-os. A desmielinização dos nervos periféricos conduz a um bloqueio da
condução nesses nervos. As transmissões sensoriais (aferentes) e motoras (eferentes) estão envolvidas, o que leva a perda da informação
sensorial e fraqueza muscular. Para diagnóstico, pode-se realizar um estudo de condução nervosa, que monitora a velocidade de condução
nos nervos periféricos e pode mostrar um bloqueio de condução.
Síndrome de Guillain-Barré