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Sucessão e Inventário no Direito Civil

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SUCESSÃO 
(Transferência da herança ou legatário em razão da morte de uma pessoa.) 
 
Art 1784 à 1861, C.C 
Conjunto de normas que disciplinam a transferência do patrimônio de alguém, depois de sua morte, ao herdeiro, em virtude de lei ou 
testamento. 
 Regem a transmissão de bens ou valores e dividas do falecido. 
 Transmissão do ativo e de passivo do de cujus ao herdeiro. 
 
1ª Sucessão Geral normas sobre sucessão legitima e testamentaria relativas à transmissão, à administração, a aceitação, à 
 renúncia, a petição da herança e aos excluídos da sucessão. 
 
2ª Sucessão Legitima transmissão da herança, que se opera em virtude de lei, as pessoas constantes da ordem de vocação 
 hereditária. 
 
3º Sucessão Testamentaria Contém disposições relativas à transferência de bens causa mortis por ato de ultima vontade. 
 
4ª Inventario e Partilha Processo judicial não – contencioso, por meio do qual se descrevem os bens da herança, se lavra o título 
 de herdeiro, liquida o passivo do monte, se paga o imposto de transmissão de causa mortis e se realiza a 
 a partilha dos bens entres os herdeiros. 
 
ESPECIES DE SUCESSÕES: 
 Podem ser alternativos ou simultâneos. 
 
Quanto a fonte a que deriva (Art. 1573, C.C) 
 Sucessão Testamentaria: decorrente de testamento valido ou de disposição de ultima vontade. 
 
 Sucessão Legitima: resultante de lei nos casos de ausência, nulidade, anulabilidade ou caducidade de 
 testamento, passando o patrimônio do falecido às pessoas indicadas pela lei, obedecendo-se a ordem de 
 vocação hereditária. 
 
Quanto aos seus efeitos: 
 Sucessão a título universal: É aquela em que há transferência de herança. Quando houver transferência da 
 totalidade ou de parte indeterminada da herança, tanto no seu ativo como no passivo, para o herdeiro do de 
 de cujos, que se sub roga, abstratamente, na posição do falecido, como titular de totalidade ou de parte ideal 
 daquele patrimônio no que concerne ao ativo, assumindo a resp. relativamente ao passivo. 
 
 Sucessão a título singular: É aquela em que há transferência de legado. (testamento), o testador transfere ao 
 Beneficiário apenas objetos certos determinados. 
HERANÇA: É o conjunto de relações patrimoniais deixado pelo falecido. (bens, créditos, débitos...) 
 Compreende o ativo e passivo; 
 Imóvel, indivisível (até o momento da partilha); 
 Universalidade de direitos (por determinação judicial); 
 Herdeiro = recebe herança (total) único herdeiro 
 Legatário = apenas uma fração, quota parte (divisão daquele direito) 
 
ABERTURA DA SUCESSÃO: 
 É aberta no momento da morte do de cujos, devidamente comprovada no plano biológico e jurídico. 
 Com abertura da sucessão os herdeiros legítimos ou testamentários, adquirem, de imediato, a propriedade e a posse dos bens 
que compõem o acervo hereditário, sem necessidade de praticar qualquer ato. 
 Só se abre a sucessão se o herdeiro sobrevive ao de cujos. 
 Requer apuração da capacidade sucessória. 
 A morte é o fato jurídico que transforma em direito aquilo que era, para o herdeiro (antes se tinha mera expectativa) 
 Não há herança de pessoa viva. 
 
DIREITO DE SAISINE: Princípio pelo qual no exato instante da morte tanto a propriedade, quanto a posse indireta são transmitidos 
automaticamente pelos herdeiros. (Fixação jurídica). 
 
INVENTARIO: Visa descrever e apurar os bens deixados pelo heredita a fim de que se proceda à sua partilha entre os sucessores, 
legalizando, assim, a disponibilidade da herança. 
 Procedimento que visa oficializa essa transmissão sucessória. 
 
TRANSMISSÃO DA HERANÇA: transmite-se a herança aos herdeiros na data da morte do de cujus, daí a importância da exata 
fixação do dia e da hora do óbito. 
 Foro competente (art. 1.785 – último domicilio do falecido)  Lugar da abertura do inventario. 
 
INVENTARIANTE 
 Função da inventariança: a inventariança é um MUNUS PÚBLICO, submetido à fiscalização judicial; o inventariante, tendo 
uma função auxiliar da justiça, adquire a posse direta dos bens do espolio para administra-los, inventaria-los e, oportunamente 
partilha-los entre os herdeiros. 
 Critérios para a nomeação do inventariante: para a escolha do inventariante dever-se-á obedecer à ordem indicada. 
 Capacidade para suceder: É a aptidão da pessoa para receber os bens deixados pelo de cujos no tempo da abertura da sucessão. 
É preciso haver os seguintes pressupostos: 
a) Morte do autor successionis; 
b) Sobrevivência do sucessor, herdeiro pertencente à espécie humana; 
c) Fundamento ou título jurídico de direito ao herdeiro. 
 
EXCLUSÃO DO HERDEIRO OU DO LEGATARIO POR INDIGNIDADE: É uma pena civil, que priva o direito à herança não só 
o herdeiro, bem como o legatário que cometeu os atos reprováveis, taxativamente enumerados em lei contra a vida, a honra e a 
liberdade do de cujus. 
 Causas de exclusão: 
a) Autoria ou cumplicidade em crime de homicídio voluntário, ou em sua tentativa, contra o autor da herança; 
b) Acusar o de cujus caluniosamente em juízo ou incorrer em crime contra a sua honra; 
 
c) Inibir, por violência ou fraude, o de cujos de dispor livremente de seus bens em testamento ou codicilo ou obstar-lhe a 
execução dos atos de ultima vontade. 
 Sentença proferia em ação ordinária, movida contra o herdeiro por quem tenha legitimo interesse na sucessão. 
EFEITOS: 
 Retroação ex tunc dos defeitos da sentença declaratória da indignidade. (EXCEÇÂO: salvo se causar prejuízo aos direitos de 3ºs 
de boa-fé) 
 O indigno não terá direito ao usufruto e à administração dos bens que as seus filhos menores couberem na herança ou a 
sucessão eventual desses bens; 
 O excluído da sucessão poderá apresentar seu pai na sucessão de outro parente; 
 O indigno, apura a obstação, ocultação ou destruição do testamento por culpa ou dolo, deve responder por perdas e danos. 
 
REABILITAÇÃO DO INDIGNO: pode ser reabilitado, se o ofendido assim o resolver por ato autentico ou testamentária. 
 
INCAPACIDADE SUCESSORIA INDIGNIDADE 
 A incapacidade sucessória impede que nasça o direito a sucessão, a indignidade obsta a const. da herança 
 A incapacidade é um fato oriundo do enfraquecimento da personalidade do herdeiro, enquanto a indignidade é um apena civil. 
 O incapaz não adquire a herança em momento algum, o indigno a adquire quando da abertura da sucessão, vindo a perde-la com 
o transito e julgado da sentença declaratória de sua indignidade. 
 O incapaz, como nunca foi herdeiro, nada transmite a seus sucessores ao passo que indigno, ante o caráter personalíssimo da 
pena, transmite sua parte na herança, como se morto fosse, a seus herdeiro. 
 
INDIGNIDADE DESERDAÇÃO 
 (Art. 1814, C.C) (Art. 1814,1962 e 1963, C.C) 
 
 A indignidade é própria da sucessão legitima, embora alcance o legatário, ao passo que a deserdação só opera na será
da 
sucessão testamentária. 
 A indignidade priva da herança sucessores legítimos e testamentários, a deserdação é o meio empregado pelo testador para 
excluir da sucessão os seus herdeiros necessários. 
 
ACEITAÇÃO: O herdeiro manifesta a concordância com a herança recebida (ele já recebeu a herança com a morte do de cujus, está 
apenas confirmando). 
 Eficácia Ex Tunc (retroage); 
 Irrevogável e irretratável e não possui direito de arrependimento; 
 Não pode voltar atrás em relação a sua vontade, mas se houver algum vicio de consentimento poderá ser anulada. 
Conceito: Ato jurídico unilateral pelo qual o herdeiro, legitimo ou testamentário, manifesta livremente sua vontade de receber a 
herança que lhe é transmitida. 
 Expressa (manifestação por escrito) 
 Pode ser: Tácita (pratica atos que deixa claro sua vontade) 
 Presumida (provocado através de notificação) 
 Direta (próprio herdeiro) 
Quanto a pessoa que manifesta: 
 Indireta (alguém faz pelo herdeiro) EX: aceitação pelo tutor. 
 
RENÚNCIA: Ato jurídico unilateral pelo qual o herdeiro declara expressamente que não aceita a herança a que tem direito. (pura ou 
abdicativa) 
 Capacidade jurídica do renunciante; 
 Forma prescrita em lei; 
 Inadmissibilidade de condição ou termo; 
Requisitos: Não realização de qualquer ato equivalente à aceitação da herança; 
 Impossibilidade de repudio parcial; 
 Objeto licito; 
 Abertura da sucessão. 
 
 Renunciante é tratado como se nunca tivesse sido chamado a sucessão; 
 Descendentes do renunciante não herdam por representação 
 Na sucessão testamentaria a renúncia do herdeiro torna caduca a disposição que o beneficia, a não ser que o 
 Efeitos testador tenha indicado substituto ou haja direito de acrescer entre os herdeiros; 
 O que repudia herança não está impedido de aceitar legado; 
 O renunciante não perde o direito a administração e ao usufruto dos bens que, pelo seu repudio, foram transmitidos 
 Aos seus filhos menores. 
 
CESSÂO DA HERANÇA: A cessão da herança, gratuita ou onerosa, consiste na transferência que o herdeiro, legitimo ou 
testamentaria, faz a outrem de todo quinhão hereditário ou de parte dele, que lhe compete após a abertura da sucessão. 
Princípios: 
a) Cedente deve ter capacidade genérica e a dispositiva; 
b) Cessão só valera após a abertura da sucessão e deverá ser feita por escritura pública; 
c) Cessão somente poderá ser efetivada antes da partilha: 
d) Cedente transfere sua quota ideal na massa hereditária, sem discriminar bens; 
e) Cessionários sucede inter vivos, sendo sucessor a título singular; 
f) Cessionário assume, em relação aos direitos hereditários, 
g) A mesma condição jurídica do cedente; 
h) Cessionário só responde pelos débitos intra vires hereditatis: 
i) Cessão de herança é negócio jurídico aleatório; 
j) Cedente, em regra, não responde pela evicção; 
k) Cessão de herança feita sem anuência dos credores do espolio autoriza que o cedente seja acionado por eles; 
l) Cessão onerosa realizada a estranho; 
m) Cessionário interem no processo de inventario, sendo contemplado na partilha, tirando-se em seu nome o pagamento que 
caberia ao cedente desde que nenhum dos co-herdeiros use do direito de preferência antes da partilha. 
n) A cessão rescindir-se-á se houver qualquer vicio do ato jurídico. 
 Renuncia impura (translativo) o herdeiro não quer a parte dele e indica um destinatário (falsa renúncia) 
 
Herdeiros necessários: descendentes, ascendentes e conjuges. 
Herdeiros facultativos: tios, irmãos ... (demais herdeiros até 3º grau) 
 
HERANÇA JACENTE: há herança jacente quando não houver herdeiro legitimo. 
A herança jacente é um ente despersonalizado, consistindo numa massa de bens arrecadada por morte do de cujus, sujeita a 
guarda, conservação e administração de um curador nomeado pelo juiz. 
 
 
Declarar-se-á vacante a herança: 
a) Se repudiada pelos herdeiros sucessíveis; 
b) Se após a realização de todas as diligências legais não aparecerem herdeiros sucessíveis, decorrido 1 ano da primeira 
publicação do edital convocatório dos interessados, desde que não haja herdeiro habilitado ou habilitação pendente, 
operando-se a devolução dos bens vagos ao poder público sem caráter definitivo; 
 
Efeitos: 
a) Cessação dos deveres do curador; 
b) Devolução da herança ao poder público conferindo-lhe propriedade resolúvel, que será definitiva se após 5 anos da abertura 
não surgir herdeiro sucessível; 
c) Possibilidade de os herdeiros reclamarem os bens vagos que se perfaça o quinquênio, contado da data da abertura da 
sucessão, mesmo após o transito em julgado da sentença declaratória da vacância com exceção dos colaterais que se 
habilitaram até a declaração da vacância, cujos direitos hereditários ficarão preclusos com a sentença da vacância. 
d) Obrigação do poder público, que adquiriu o domínio dos bens vagos, de aplica-los em fundações destinadas a desenvolver 
o ensino universitário. 
 
REPRESENTAÇÃO: A lei chama certos parentes do falecido a suceder em tos os direitos, em que ele sucederia, se vivo fosse.

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