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Pergunta 1 1 / 1 pts O fundamentalismo pode ser entendido como radicalização de uma ideologia política ou religiosa com o objetivo de protegê-la de toda mudança ou evolução que possa desvirtuar seus princípios. Literalmente, é uma posição que visa salvaguardar a integridade de uma tradição, defendendo-a de toda e qualquer forma de mudança ou inovação motivada pela crença segundo a qual seus princípio devam ser preservados. Por isto, alguns consideram o fundamentalismo como sendo a busca do sentido profundo das coisas, fidelidade aos modos de pensar de uma tradição, oposição aos mais liberais em relação à doutrina. Contudo, o mundo atual vive situações dramáticas, em parte, por causa de um tipo particular de fundamentalismo. Pois o fundamentalismo torna-se um problema quando entra em cena o fundamentalismo extremista. Este tipo de fundamentalismo provocou inúmeros conflitos no passado e ainda provoca nos dias atuais. É dele que nasce o fanatismo alimentado por adesão cega a uma ideologia, onde as evidências são desprezadas pois o que se busca é algo em que se possa crer acriticamente. Isto tudo tem provocado uma espiral de violências em vários países, com enormes derramamentos de sangue. Geralmente, as pessoas associam o fundamentalismo radical a algum tipo de Religião apenas, dando a entender que as motivações são meramente religiosas. Porém, isto não é correto. Religião em si não é violenta. Não se pode confundir Religião com outros âmbitos da vida, tais como a Política, a Economia etc. Religião é, antes de tudo, fonte de paz. Analise as afirmações abaixo. I. O fundamentalismo, como salvaguarda do arbítrio, pode ser caracterizado por uma busca do sentido profundo das coisas, por fidelidade aos modos de pensar de uma tradição, em oposição aos mais liberais em relação à doutrina. II. O fundamentalistas extremista radical se apresenta como opção viável e, sua razoabilidade está no fato de considerar sua própria interpretação como verdade absoluta, uma vez que vivemos em um mundo marcado pelo relativismo e pelo individualismo. III. A liberdade de expressão está ancorada na tolerância, entendida como um dos princípios fundantes das sociedades democráticas, cuja subsistência pressupõe tolerar tudo, sem restrições ou limites a qualquer tipo de ideologia e de ação. Com base nas informações e nos valores defendidos nossos estudos, aqui, é correto o que se afirma em: I, apenas. JUSTIFICATIVA: A "II" e "III" são afirmações falsas, porque radicalismo extremista - difusor de violência, destruição, sofrimento e morte - não é caminho viável para as sociedades humanas. Toda sociedade somente pode subsistir com base na solidariedade, em oposição ao individualismo, e as relações e projetos humanos dependem da confiança e de referenciais que se apoiam na noção do verdadeiro. Além de tudo, a tolerância não pode tolerar tudo, pois se assim o fizer, correrá o risco da intolerância destruir a própria democracia e, por sua vez, a tolerância. II e III, apenas. I e III, apenas. I, II, III. Pergunta 2 1 / 1 pts Em meio às diversas categorias do fenômeno religioso, encontramos o Sagrado, o Mito e o Rito. São categorias porque o exprimem, revelam, tornam visível e, por meio delas é possível distinguir o âmbito religioso de outros âmbitos, como o da legalidade (Direito), o da moralidade (ética/moral), o da organização e administração da vida pública (Política) etc. Numa rápida discriminação: 1) O Sagrado é descrito como experiência misteriosa, tremenda e fascinante; 2) O Mito, como forma literária, é interpretado por Jung (JUNG, Carl Gustav. Os arquétipos do inconsciente coletivo...) como conscientização dos arquétipos do inconsciente coletivo, heranças das vivências das gerações anteriores. Se o inconsciente coletivo é expressão da identidade de todos os homens, seja qual for a época e o lugar em que tenham vivido, o mito seria assim o elo entre o consciente e o inconsciente coletivo, formas através das quais o inconsciente se manifesta; 3) O Rito se situa na dimensão do agir humano, possui o poder de suscitar ou, ao menos, de reafirmar o mito e, por meio dele, o homem se incorpora ao mito, é práxis do mito, é o mito em ação, e, por isto, ambos mantêm permanente interação, assim, não há mito sem rito e rito sem mito. No caso particular do mito, este pode ser entendido, também, por meio de quatro características fundamentais: 1) caráter narrativo, 2) caráter sagrado, 3) caráter verdadeiro e 4) caráter exemplar; é possível identifica-las na citação abaixo: “Então Iahweh Deus modelou o homem com a argila do solo, insuflou em suas narinas um hálito de vida e o homem se tornou um ser vivente” (Gn 2,7). Observe, aqui, mais informações sobre o estudo dos Gêneros literários, em J. Konings. baixar https://pucminas.instructure.com/courses/64194/files/3382162?wrap=1 https://pucminas.instructure.com/courses/64194/files/3382162?wrap=1 https://pucminas.instructure.com/courses/64194/files/3382162/download?download_frd=1 https://pucminas.instructure.com/courses/64194/files/3382162/download?download_frd=1 https://pucminas.instructure.com/courses/64194/files/3382162/download?download_frd=1 https://pucminas.instructure.com/courses/64194/files/3382162/download?download_frd=1 De acordo com as informações acima, é correto o que se afirma em: Sendo GN 2,7 trecho de um texto cujo gênero é teológico-didático, ele ensina ao ser humano de todas as épocas que sua existência se situa num plano superior ao das demais espécies, pois o próprio Criador fez seu espírito penetrar nele. JUSTIFICATIVA: Sim. É este o objetivo do autor sagrado ao escrever o texto. Em Gn 2,7, por se tratar de um texto cujo gênero é histórico, o autor sagrado descreve como o homem foi criado, seu poder de submeter todas as outras criaturas (dominação da natureza) e a sua autonomia total no ser (independência). Se consideramos que não existe uma única interpretação correta para um texto sagrado, este perde o seu caráter de referência para as pessoas, lançando-as na escuridão da dúvida e da incerteza, gerando autoritarismo e caos no interior das comunidades religiosas. Na citação textual, acima, estamos diante de uma verdade objetiva, científica, que mostrar a origem divina do ser humano, ensinando que ela depende (criaturalidade), de algum modo, da vontade e da ação de Deus (criação). Pergunta 3 1 / 1 pts Ao analisarmos a origem etimológica do vocábulo “Diálogo” (“dia” = através de + logos = razão, verbo, palavra), percebemos que ele não é uma disputa onde os interlocutores se esforçam para vencer uma discussão; nele se dá a circulação da palavra, onde os envolvidos devem se dispor a suspender seus pontos de vista, ao elegerem o entendimento por objetivo. “O diálogo implica a tolerância filosófica e religiosa, em sentido positivo e ativo, ou seja, não como resignação pela existência de outros pontos de vista, mas como reconhecimento da sua legitimidade e como boa vontade de entendê-los em suas razões” (ABBAGNANO, Nicolas. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Martins fontes, 2000, pp. 274-275). Analise as asserções abaixo. I. Diálogo é a instância onde se constrói acordos e soluções objetivas com base na maioria, a qual legitima uma solução final sem necessidade de ulteriores revisões, uma vez que sua natureza veta qualquer possibilidade de soluções equivocadas ou injustas. PORQUE II. Diálogo é o caminho para se colocar as bases de uma sociedade mais justa, livre e dialogal, onde é possível ser com o outro, possibilitando o desenvolvimento de valores que se contrapõem ao individualismo egocêntrico tão nocivo para a coletividade. Com base nos nossos estudos, é correto afirmar: A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa. As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. A asserção I é uma proposiçãofalsa, e a II é uma proposição verdadeira. As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.
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