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Prática de Ensino em Química no Ensino Médio

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Prática de Ensino 
em Química no 
Ensino Médio
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Dr.ª Solange de Fátima Azevedo Dias
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Como ser professor de Química no Ensino Médio?
• Introdução;
• Competências e Habilidades a serem Desenvolvidas em Química;
• O Currículo do Ensino Médio;
• Conhecimentos Químicos da Base Comum.
 · O Ensino de Química no Ensino Médio.
 · O que ensinar em Química?
 · Os PCN e PCN+ no Ensino de Química.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Como ser professor de 
Química no Ensino Médio?
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você 
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Como ser professor de Química no Ensino Médio?
Introdução
O aluno do Ensino Médio (EM) não apresenta bom desempenho nas avaliações 
de Química, no final da Educação Básica. Um dos motivos para esses resultados, 
apresentado por várias pesquisas, é a falta de professores capacitados para ensinar.
Na contramão desse dado, há cada vez menos pessoas interessadas em ingressar 
nos Cursos de Licenciatura, devido aos Planos de Carreira insuficientes, à violência 
nas Escolas, aos salários baixos e à falta de infraestrutura nas Escolas Públicas, 
entre outros motivos (BRASIL, 2007).
Os alunos e a maioria dos professores de Escolas Públicas enfrentam muitos 
problemas de ordem social, econômica e financeira. Dessa forma, o ensino e a 
aprendizagem simplesmente não acontecem.
Os professores têm dificuldades de ensinar conteúdos de Química ligada ao co-
tidiano dos alunos e as Escolas não possuem estrutura para o ensino de conteúdos 
usando espaços apropriados para aulas de Química, carteiras adequadas ao tama-
nho dos alunos, pessoal de apoio, funcionários administrativos e de serviços gerais.
As aulas tornam-se apenas cópias de livros didáticos ou do Caderno do Aluno 
(CA), no caso do Estado de São Paulo, e exercícios que, por vezes, não são corrigidos. 
Não ocorre contextualização dos conteúdos na realidade de vida dos alunos e essa 
falta de contextualização os leva à desmotivação e ao desinteresse pelos assuntos.
A Química é definida como instrumento de formação humana, meio de 
interpretar o mundo e de intervir na realidade. Se o ensino não estiver alicerçado 
na contextualização, a compreensão dos processos químicos fica desestruturada.
As Ciências Naturais, as transformações e as reações que ocorrem a todo ins-
tante no Universo são difíceis de entender. Há a necessidade de se desenvolver um 
ensino voltado para as competências e para as habilidades indicadas na Base Nacio-
nal Comum, correspondentes à área de Ciências da Natureza (PCN, 2000, p. 4).
A Figura 1 mostra um modelo de aula tradicional, em que alunos copiam e 
ouvem as explicações do professor, de forma descontextualizada.
Figura 1 – Sala de aula tradicional
Fonte: iStock/Getty Images
8
9
O aluno precisa ser preparado para enfrentar os desafios da vida moderna e 
os conteúdos devem propiciar a busca de interdisciplinaridade e contextualização 
para que ele esteja em condições de trabalhar e desenvolver relações entre o 
que aprendeu no Ensino Básico e a vida. Se os professores não estiverem bem 
formados, o ensino se torna ineficiente.
A Figura 2 mostra uma sala de aula em que professor e alunos conseguem 
realizar experimentos que relacionam os modelos teóricos à vida cotidiana.
Nesse caso, foi utilizada a própria sala de aula. Não havendo Sala de Laborató-
rio específica para a prática de experimentos, o professor e os alunos conseguem 
elaborar atividades que auxiliem a aprendizagem e o desenvolvimento de conceitos 
e modelos teóricos x prática.
Figura 2 – Sala de aula interativa
Fonte: iStock/Getty Images
Os PCNs (2000) definem como deve ser a formação de professores para que o 
ensino e a aprendizagem ocorram de forma a propiciar um ensino de qualidade.
Dos Profissionais da Educação
Art. 61. A formação de profissionais da educação, de modo a atender aos 
objetivos dos diferentes níveis e modalidades de ensino e às características 
de cada fase do desenvolvimento do educando, terá como fundamentos:
I - a associação entre teorias e práticas, inclusive mediante a capacitação 
em serviço;
II - aproveitamento da formação e experiências anteriores em instituições 
de ensino e outras atividades.
Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-
se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, 
em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como 
formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e 
nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível 
médio, na modalidade Normal (PCN, 2000, p. 39).
9
UNIDADE Como ser professor de Química no Ensino Médio?
Quando se fala de formação de profissionais de Educação, fica claro na Legislação 
que essa responsabilidade não é só dele. A formação de professores está a cargo 
dos Cursos de Licenciatura e se estes não cumprem seu papel principal, são 
corresponsáveis pelo insucesso dos profissionais que formam e corresponsáveis 
pelos alunos da Educação Básica.
É notório, também, em seus fundamentos que, se as Instituições de Ensino 
Superior não conseguirem formar profissionais capazes de correlacionarem teorias 
e práticas, os Cursos de Reciclagem devem ser oferecidos por Instituições de Ensino 
durante o exercício de trabalho.
Cabe aos responsáveis legais das Secretarias de Estado de Educação oferecer 
Cursos de atualização aos seus profissionais, para que possam complementar sua 
formação acadêmica, com isso aprimorar seu desempenho como educador e assim 
melhorar a aprendizagem de seus alunos, como também prevê a LDB – Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (BRASIL, 1996).
Os princípios definidos na LDB para o currículo, apoiados em competên-
cias básicas para a inserção de nossos jovens na vida adulta, prevê um ensino 
que busque significado para o conhecimento escolar, mediante a contextuali-
zação interdisciplinar, e que incentive o raciocínio e a capacidade de aprender. 
No caso específico das Ciências da Natureza e suas Tecnologias, as Competências 
e habilidades a serem desenvolvidas em Química, segundo os Parâmetros Curricu-
lares Nacionais (2006), são as apresentadas a seguir.Competências e Habilidades a 
serem desenvolvidas em Química
Representação e Comunicação
• Descrever as transformações químicas em linguagens discursivas;
• Compreender os códigos e os símbolos próprios da Química atual;
• Traduzir a linguagem discursiva em linguagem simbólica da Química e vice-versa;
• Utilizar a representação simbólica das transformações químicas e reconhecer 
suas modificações ao longo do tempo;
• Traduzir a linguagem discursiva em outras linguagens usadas em Química: 
gráficos, tabelas e relações matemáticas;
• Identificar fontes de informação e formas de obter informações relevantes 
para o conhecimento da Química (livro, computador, jornais, manuais etc.).
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Investigação e Compreensão
• Compreender e utilizar conceitos químicos dentro de uma visão macroscópica 
(lógico-empírica);
• Compreender os fatos químicos dentro de uma visão macroscópica (lógi-
co-formal);
• Compreender dados quantitativos, estimativa e medidas, compreender relações 
proporcionais presentes na Química (raciocínio proporcional);
• Reconhecer tendências e relações a partir de dados experimentais ou outros 
(classificação, seriação e correspondência em Química);
• Selecionar e utilizar ideias e procedimentos científicos (leis, teorias, modelos) 
para a resolução de problemas qualitativos e quantitativos em Química, 
identificando e acompanhando as variáveis relevantes;
• Reconhecer ou propor a investigação de um problema relacionado à Química, 
selecionando procedimentos experimentais pertinentes;
• Desenvolver conexões hipotético-lógicas que possibilitem previsões acerca das 
transformações químicas.
Contextualização Sociocultural
• Reconhecer aspectos químicos relevantes à interação individual e coletiva do 
ser humano com o ambiente;
• Reconhecer o papel da Química no sistema produtivo, industrial e rural;
• Reconhecer as relações entre o desenvolvimento científico e tecnológico da 
Química e os aspectos sócio-político-culturais;
• Reconhecer os limites éticos e morais que podem estar envolvidos no 
desenvolvimento da Química e da Tecnologia (PCN, 2006, p. 39).
Os temas citados não compreendem os únicos assuntos e conteúdos a serem 
ministrados nas escolas; são apenas os mínimos a serem trabalhados.
No entanto, eles não são fechados, pode-se e se deve introduzir outros conte-
údos que se fizerem necessários, obedecendo aos costumes, hábitos e regionalis-
mos brasileiros.
Os itens servem como guia de orientação e de organização de conteúdo, mas cabe 
a cada professor(a) utilizar uma Metodologia de Ensino que propicie a introdução 
de assuntos que possam desenvolver as competências e habilidades necessárias a 
cada realidade e contexto da região, comunidade escolar e objetivos da Escola.
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UNIDADE Como ser professor de Química no Ensino Médio?
Como o EM é a etapa final da Educação Básica (LDB, Art. 36), ele se torna 
base para o Ensino Superior, caracterizado como término da escolarização básica 
necessária para a vida e para o início do indivíduo no campo de trabalho.
Nesse sentido, a construção de sua identidade deve assegurar que, ao término 
do EM, o cidadão possa prosseguir nos estudos, trabalhar, exercer a cidadania e 
continuar a aprender, sempre.
O Currículo do Ensino Médio
Nessa perspectiva, incorporam-se como diretrizes gerais e orientadoras da 
Proposta Curricular as quatro premissas apontadas pela UNESCO como eixos 
estruturais da Educação na sociedade contemporânea (PCN, 2000, p.14): apren-
der a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver e aprender a ser.
Aprender a conhecer
Considera-se a importância de uma educação geral, suficientemente ampla, 
com possibilidade de aprofundamento em determinada Área de Conhecimento; 
prioriza-se o domínio dos próprios instrumentos do conhecimento, considerado 
como meio e como fim.
Meio, como forma de compreender a complexidade do mundo, condição neces-
sária para viver dignamente, para desenvolver possibilidades pessoais e profissio-
nais, para se comunicar; fim, porque seu fundamento é o prazer de compreender, 
de conhecer, de descobrir.
O aumento dos saberes que permitem compreender o mundo favorece o 
desenvolvimento da curiosidade intelectual, estimula o senso crítico e permite 
compreender o real, mediante a aquisição da autonomia na capacidade de discernir.
Aprender a conhecer garante o aprender a aprender e constitui o passaporte 
para a Educação permanente, na medida em que fornece as bases para continuar 
aprendendo ao longo da vida.
Aprender a fazer
O desenvolvimento de habilidades e o estímulo ao surgimento de novas apti-
dões tornam-se processos essenciais, na medida em que criam as condições ne-
cessárias para o enfrentamento das novas situações que se apresentam.
Privilegiar a aplicação da teoria na prática e enriquecer a vivência da Ciência na 
Tecnologia e destas no Social passa a ter significação especial no desenvolvimento 
da Sociedade contemporânea.
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Aprender a viver
Trata-se de aprender a viver juntos, desenvolvendo o conhecimento do outro 
e a percepção das interdependências, de modo a permitir a realização de projetos 
comuns ou a gestão inteligente dos conflitos inevitáveis.
Aprender a ser
A Educação deve estar comprometida com o desenvolvimento total da pessoa. 
Aprender a ser supõe a preparação do indivíduo para elaborar pensamentos 
autônomos e críticos e para formular os seus próprios juízos de valor, de modo a 
poder decidir por si mesmo, frente às diferentes circunstâncias da vida. Supõe, ainda, 
exercitar a liberdade de pensamento, discernimento, sentimento e imaginação, 
para desenvolver os seus talentos e permanecer, tanto quanto possível, dono do 
seu próprio destino.
Aprender a viver e aprender a ser decorrem, assim, das duas aprendizagens 
anteriores – aprender a conhecer e aprender a fazer – e devem constituir ações 
permanentes que visem à formação do educando como pessoa e como cidadão.
A partir desses princípios gerais, o currículo deve ser articulado em torno de 
eixos básicos orientadores da seleção de conteúdos significativos, tendo em vista 
as competências e as habilidades que se pretende desenvolver no Ensino Médio.
Um eixo histórico-cultural dimensiona o valor histórico e social dos conhecimen-
tos, tendo em vista o contexto da sociedade em constante mudança e submetendo 
o currículo a uma verdadeira prova de validade e de relevância social. Um eixo 
epistemológico reconstrói os procedimentos envolvidos nos processos de conheci-
mento, assegurando a eficácia desses processos e a abertura para novos conheci-
mentos (BRASIL, 2000).
A Figura 3 mostra que ao término do EM os alunos têm de ter possibilidade 
de seguir os estudos de forma cidadã, exercer os direitos e cumprir os deveres 
instituídos pela Federação.
Figura 3 – Cidadãos prontos para enfrentar a vida
Fonte: iStock/Getty Images
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UNIDADE Como ser professor de Química no Ensino Médio?
Conhecimentos Químicos da Base Comum
Transformações Químicas: Reconhecimento 
e Caracterização Conceitos Químicos 
Transformações químicas no dia a dia: transformações rápidas e lentas e suas 
evidências macroscópicas; liberação ou absorção de energia nas transformações.
Objetivos
• Reconhecer as transformações químicas por meio de diferenças entre os seus 
estados iniciais e finais;
• Descrever transformações químicas em diferentes linguagens e representações, 
traduzindo umas nas outras;
• Reconhecer que a transformação química ocorre em certo intervalo de tempo;
• Identificar formas de energia presentes nas transformações químicas;
• Reconhecer transformações químicas que ocorrem na natureza e em diferentes 
sistemas produtivos ou tecnológicos;
• Buscar informações sobre transformações químicas que ocorrem na natureza 
em diferentes sistemas produtivos e tecnológicos.
Relações quantitativas de massa
Conservação da massa nas transformações químicas (Lavoisier); proporção 
entre as massas de reagentes e de produtos (Proust); relação entre calor envolvido 
na transformação e massas dereagentes e produtos.
Objetivos
• Compreender e utilizar a conservação da massa nas transformações químicas;
• Compreender e utilizar a proporção de reagentes e produtos nas transforma-
ções químicas;
• Estabelecer relação entre o calor envolvido nas transformações químicas e as 
massas de reagentes e produtos;
• Representar e interpretar informações sobre variáveis nas transformações 
químicas por meio de tabelas e gráficos;
• Fazer previsões de quantidades de reagentes, de produtos e energia envolvidos 
em uma transformação química;
• Buscar informações sobre as transformações químicas que ocorrem na natureza 
e nos sistemas produtivos;
• Associar dados e informações sobre matérias-primas, reagentes e produtos 
de transformações químicas que ocorrem nos sistemas produtivos, com 
implicações ambientais e sociais.
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Reagentes, produtos e suas propriedades
Caracterização de materiais e substâncias que constituem os reagentes e os pro-
dutos das transformações em termos de suas propriedades; separação e identifica-
ção das substâncias.
Objetivos
• Identificar uma substância, reagente ou produto, por algumas de suas proprie-
dades características: temperatura de fusão e de ebulição, densidade, solubili-
dade, condutividade térmica e elétrica; 
• Utilizar as propriedades para caracterizar uma substância pura;
• Representar informações experimentais referentes às propriedades das subs-
tâncias em tabelas e gráficos e interpretar tendências e relações sobre essas 
propriedades;
• Elaborar procedimentos experimentais baseados nas propriedades dos mate-
riais, objetivando a separação de uma ou mais substâncias presentes em um 
sistema (filtração, flotação, destilação, recristalização, sublimação);
• Identificar e avaliar as implicações dos métodos de separação de substância 
utilizados nos sistemas produtivos.
Reações orgânicas na obtenção de novos materiais
Objetivos
• Compreender as transformações de polimerização;
• Compreender as transformações químicas dos carboidratos, lipídeos e proteí-
nas na produção de materiais e substâncias como, por exemplo, etanol, carvão 
vegetal, fibras, papel, explosivos, óleos comestíveis, sabão, elastômeros, laticí-
nios, lã, couro, seda, vacinas, soros, vitaminas, hormônios etc.;
• Compreender os processos de transformação do petróleo, carvão mineral e 
gás natural em materiais e substâncias utilizados no sistema produtivo – refino 
do petróleo, destilação seca do carvão mineral e purificação do gás natural.
Transformações químicas: aspectos energéticos
Produção e consumo de energia térmica e elétrica nas transformações quími-
cas: entalpia de reação (balanço energético entre ruptura e formação de novas 
ligações); reações de óxido-redução envolvidas na produção e consumo de energia 
elétrica; potenciais de eletrodo; energia de ligação.
Objetivos
• Identificar a produção de energia térmica e elétrica em diferentes transforma-
ções químicas;
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UNIDADE Como ser professor de Química no Ensino Médio?
• Relacionar a formação e a ruptura de ligação química com energia térmica;
• Compreender a entalpia de reação como resultante do balanço advindo de 
formação e ruptura de ligação química;
• Prever a entalpia de uma transformação química a partir de informações 
pertinentes obtidas em tabelas, gráficos e outras fontes;
• Relacionar a energia elétrica, produzida e consumida na transformação quími-
ca, e os processos de oxidação e redução;
• Compreender os processos de oxidação e de redução a partir das ideias sobre 
a estrutura da matéria;
• Prever a energia elétrica envolvida numa transformação química a partir dos 
potenciais-padrões de eletrodo das transformações de oxidação e redução;
• Compreender a evolução das ideias sobre pilhas e eletrólise, reconhecendo as 
relações entre conhecimento empírico e modelos explicativos;
• Buscar informações sobre transformações químicas que produzem energia e 
são utilizadas nos sistemas produtivos;
• Avaliar as implicações sociais e ambientais do uso de energia elétrica e térmica 
provenientes de transformações químicas.
Energia e estrutura das substâncias
Interações eletrostáticas entre átomos, moléculas e íons nos sólidos e líquidos; 
ligações covalentes, iônicas e metálicas como resultantes de interações eletrostá-
ticas; relação entre propriedades da substância e sua estrutura; experiências de 
Faraday (eletrólise) para explicar o consumo de energia, em quantidades iguais a 
múltiplos de certa quantidade fixa de eletricidade e teorias da valência para explicar 
a ligação covalente.
Objetivos
• Identificar e compreender a energia envolvida na formação e na quebra de 
ligações químicas;
• Compreender os estados sólido, líquido e gasoso em função das interações 
eletrostáticas entre átomos, moléculas ou íons;
• Compreender as ligações químicas como resultantes de interações eletrostáticas 
entre átomos, moléculas ou íons;
• Relacionar as propriedades macroscópicas das substâncias e as ligações 
químicas entre seus átomos, moléculas ou íons.
16
17
Produção e consumo de energia nuclear: processos 
de fusão e fi ssão nucleares; transformações 
nucleares como fonte de energia
Objetivos
• Compreender os processos de fusão e fissão nucleares e a produção de energia 
neles envolvida;
• Reconhecer transformações nucleares como fonte de energia;
• Buscar fontes de informação sobre geração e uso de energia nuclear;
• Avaliar os riscos e os benefícios dos diferentes usos da energia nuclear.
Transformações químicas: aspectos dinâmicos
Controle da rapidez das transformações no dia a dia: variáveis que modificam a 
rapidez de uma transformação química; modelos explicativos.
Objetivos
• Observar e identificar transformações químicas que ocorrem em diferentes 
escalas de tempo;
• Reconhecer e controlar variáveis que podem modificar a rapidez de uma trans-
formação química (concentração, temperatura, pressão, estado de agregação, 
catalisador);
• Propor e utilizar modelos explicativos para compreender a rapidez das trans-
formações químicas;
• Reconhecer as relações quantitativas empíricas entre rapidez, concentração e 
pressão, traduzindo-as em linguagem matemática;
• Propor procedimentos experimentais para determinar e controlar a rapidez de 
uma transformação química.
Estado de equilíbrio químico
Coexistência de reagentes e produtos; estado de equilíbrio e extensão da trans-
formação; variáveis que modificam o estado de equilíbrio; previsões quantitativas, 
modelos explicativos, pH de soluções aquosas, hidrólise salina, solubilidade, inte-
ração ácido-base.
Objetivos
• Reconhecer que, em certas transformações químicas, há coexistência de 
reagentes e produtos (estado de equilíbrio químico, extensão da transformação);
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UNIDADE Como ser professor de Química no Ensino Médio?
• Identificar as variáveis que perturbam o estado de equilíbrio químico;
• Representar, por meio da constante de equilíbrio químico, a relação entre as 
concentrações de reagentes e produtos em uma transformação química;
• Prever as quantidades de reagentes e produtos em uma transformação química 
em equilíbrio;
• Propor e utilizar modelos explicativos para compreender o equilíbrio químico;
• Compreender a importância e o controle da dinâmica das transformações 
químicas nos processos naturais e produtivos;
• Propor meios e avaliar as consequências de modificar a dinâmica de uma 
transformação química.
Modelos de constituição da matéria
Primeiras ideias ou modelos sobre a constituição da matéria: ideias de Dalton 
sobre transformação química e relações entre massas (Lavoisier e Proust); modelo 
de Rutherford sobre a matéria com carga elétrica e a desintegração radioativa; 
ideias sobre interações entre os átomos formando substâncias – ligação química 
como resultante de interações eletrostáticas, classificação periódica dos elementos 
químicos, modelo cinético dos gases.
Objetivos
• Compreender e utilizar as ideias de Dalton para explicar as transformações 
químicas e as relações de massa;• Compreender e utilizar as ideias de Rutherford para explicar a natureza elétrica 
da matéria;
• Compreender a ligação química como resultante de interações eletrostáticas;
• Aplicar ideias sobre arranjos atômicos e moleculares para entender a formação 
de cadeias, ligações, funções orgânicas e isomeria;
• Compreender a transformação química como resultante de quebra e formação 
de ligação;
• Compreender os modelos explicativos como construções humanas num dado 
contexto histórico e social;
• Reconhecer que o conhecimento químico é dinâmico, portanto, provisório;
• Compreender o “parentesco” e a classificação dos elementos químicos e seus 
compostos por meio de suas propriedades periódicas;
• Reconhecer e relacionar as variáveis de estado (pressão total e parcial, volume, 
temperatura) para compreender o estado gasoso.
18
19
Radiações e modelos quânticos de átomo: radiações 
eletromagnéticas e quantização da energia
Objetivos
• Associar a luz emitida por gases de substâncias aquecidas (espectro descontínuo) 
com transições entre seus níveis quânticos de energia;
• Conhecer os modelos atômicos quânticos propostos para explicar a constituição 
e as propriedades da matéria;
• Compreender a maior estabilidade de certos elementos químicos e a maior 
interatividade de outros, em função da ocupação dos níveis eletrônicos 
na eletrosfera;
• Conhecer os modelos de núcleo, constituídos de nêutrons e prótons, identifi-
cando suas principais forças de interação;
• Interpretar a radiação gama como resultante de transições entre níveis quânti-
cos da energia do núcleo.
Modelagem quântica, ligações químicas 
e propriedades dos materiais
Tendência a não decomposição (estabilidade) e à interação de substâncias; ligações 
químicas; propriedades periódicas; propriedades e configurações moleculares.
Objetivos
• Compreender as ligações químicas como resultantes das interações eletrostáti-
cas que associam átomos e moléculas de forma a lhes dar maior estabilidade;
• Interpretar a periodicidade das propriedades químicas em termos das sucessivas 
ocupações de níveis quânticos em elementos de número atômico crescente.
Constituição nuclear e propriedades físico-químicas: 
núcleo atômico; interações nucleares; isótopos; 
radiações e energia nuclear
Todos esses conteúdos estão indicados com o objetivo principal de levar o aluno 
a ser um cidadão atuante na sociedade, de forma consciente e produtiva.
19
UNIDADE Como ser professor de Química no Ensino Médio?
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Práticas Pedagógicas no Ensino Médio: Perspectivas da Docência em Salas-Ambientes
GUERRA, V. P. Práticas pedagógicas no Ensino Médio: perspectivas da docência 
em salas-ambientes. 2007. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade de 
Tuiuti do Paraná, Curitiba, 2007;
Vida de Aprendiz 2 – Estágio Supervisionado no Ensino Médio I
MEDEIROS, J. B. L. P.; PONTE, E. L.; CRAVEIRO, A. C. Vida de Aprendiz 2 – 
Estágio Supervisionado no Ensino Médio I. Fortaleza: SEAD/UECE, 2011;
Novas Tecnologias e Mediação Pedagógicas
MORAN, J. M. M. Novas tecnologias e mediação pedagógicas. São Paulo: 
Papirus, 2000;
Avaliação da Excelência à Regulação das Aprendizagens: Entre Duas Lógicas
PERRENOUD, P. Avaliação da excelência à regulação das aprendizagens: entre 
duas lógicas. Porto Alegre: Artmed, 1999.
 Leitura
Habilidades e Competências na Prática Docente: Perspectivas a partir de Situações-Problema
https://goo.gl/Y613WB
A Afetividade na Sala de Aula e a atuação dos Professores no Ensino Médio – Reflexões Pontuais
https://goo.gl/77xPK3
20
21
Referências
BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros curriculares nacionais para o 
Ensino Médio. Ciências Matemáticas e da Natureza e suas tecnologias. Brasília: 
Ministério da Educação (Secretaria de Educação Média e Tecnológica), 1999. v. 3.
________. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCNEM). 
2000. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/blegais.pdf>. 
Acesso em: 2 jan. 2018.
CACHAPUZ A. et al. (org.) A Necessária Renovação do Ensino de Ciências. 
São Paulo: Cortez, 2005.
CARDOSO, S. P.; COLINVAUX, D. Explorando a Motivação para Estudar 
Química, Química Nova, Ijuí, UNIJUÍ, v.23, n.3. p. 401-404, 2000.
GUERRA, V. P. Práticas pedagógicas no Ensino Médio: perspectivas da docên-
cia em salas-ambientes. 2007. p. 39-86. Dissertação (Mestrado em Educação) – 
Universidade de Tuiuti do Paraná, Curitiba, 2007;
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