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Artrite Reumatoide Introdu oçã Artrite Reumatoide (AR) é uma doença inflamatória crônica que pode afetar várias articulações. Sua causa ainda é desconhecida. Além disso, outros órgãos e tecidos podem ser acometidos, como a pele, as unhas, os músculos, os rins, o coração, o pulmão, o sistema nervoso, os olhos e o sangue o que é mais raro de acontecer.– E também pode ocorrer o desenvolvimento da Síndrome de Felty, caracterizada pelo aumento do baço, dos gânglios linfáticos e da queda dos glóbulos brancos. Epidemiologia Acomete 2x mais mulheres do que homens. Inicia-se, geralmente, entre 30 e 40 anos. Sua incidência aumenta com a idade. Sinais e sintomas Os mais comuns são: dor, edema, calor e vermelhidão em qualquer articulação sobretudo, mãos e punhos.– Assim, as articulações inflamadas provocam rigidez matinal, fadiga e, com a progressão da doença, há destruição da cartilagem articular, ao ponto de os pacientes poderem desenvolver deformidades e até incapacidade de realizar suas atividades diárias e profissionais. Exemplos de deformidades: os dedos em pescoço de cisne, dedos votoeira, desvio ulna e hálux valgo (joanete). Frenquentemente, há comprometimento da coluna cervical. OBS.: Já o comprometimento da coluna lombar e dorsal é raro. Diagn sticoó Segundo o Colégio Americano de Reumatologia, o diagnóstico de artrite reumatoide é feito quando pelo menos 4 dos seguintes critérios estão presentes por pelo menos 6 semanas: - Rigidez articular matinal durando pelo menos 1 hora - Artrite em pelo menos três áreas articulares - Artrite de articulações das mãos: punhos, interfalangeanas proximais (articulação do meio dos dedos) e metacarpofalangianas (entre os dedos e mão) - Artrite simétrica (por exemplo no punho esquerdo e no direito) - Presença de nódulos reumatóides - Presença de Fator Reumatoide no sangue - Alterações radiográficas: erosões articulares ou descalcificações localizadas em radiografias de mãos e punhos. OBS.: O diagnóstico precoce e o início imediato do tratamento são fundamentais para o controle da doença e, assim, permitem certa prevenção da incapacidade funcional e da lesão articular, ao ponto de que é possível o retorno do paciente ao seu estilo de vida normal o mais rapidamente. Na avaliação laboratorial, o fator reumatoide pode ser encontrado em cerca de 75% dos casos já no início da doença. Anticorpos contra filagrina/profilagrina e anticorpos contra peptídio citrulinado cíclico (PCC) são encontrados nas fases mais precoces da doença – mas é um exame de custo maior. Além disso, as provas de atividade inflamatória como o VHS e a proteína C reativa correlacionam-se com a atividade da doença. Exames de imagem, como radiografias, ultrassonografias, tomografias, ressonância, etc podem ser solicitados pelo médico reumatologista após a avaliação de cada quadro clínico individualmente. Tratamento A base do tratamento medicamentoso ´são os anti- inflamatórios, tanto que devem ser mantidos enquanto o paciente apresentar sinais inflamatórios e dores articulares. Ademais, há o uso de corticoides nas fases agudas e de drogas modificadoras do curso da doença em – sua maioria, imunossupressoras.. Em alguns pacientes, há indicação de tratamento cirúrgico, como a sinovectomia para sinovite persistente e resistente ao tratamento conservador – artrodese, artroplastias totais etc. Ademais, devem ser realizadas fisioterapia e/ou terapia ocupacional, afinal, contribuem para que o paciente possa continuar exercendo suas atividades. Deve ser trabalhada a proteção articular, em que há o fortalecimento da musculatura periarticular e um adequado programa de flexibilidade, evitando o excesso de movimento. É preciso que haja acompanhamento médico de forma contínua com o médico reumatologistas, sendo que as consultas podem ser mensais ou com intervalos maiores depende de cada paciente e devem ser – – realizados exames de acompanhamento com certa frequência, para avaliar a evolução da doença e os efeitos colaterais. OBS.: Nessas consultas, o médico pode diminuir ou aumentar a dose das medicações, modificar o tratamento quando necessário ou indicar a terapia de reabilitação mais adequada para o caso e para aquele momento. Referências bibliográficas: SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA. Artrite Reumatoide. São Paulo, 2011
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