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Lâminas de citologia – estudos 1: Elementos Citológicos Normais Epiteliais e Não Epiteliais Técnica do Exame Oncótico: 1) Óstio do útero (orifício externo). 2) Istimo do útero (orifício interno). 3) Corpo do útero. 4) Fundo do útero. 5) Região intramural da tuba. 6) Istimo da tuba. 7) Ampola. 8) Pregas Tubárias. 1) Corpo do útero (dividido em fundo, corpo e istmo): camada serosa (perimétrio), camada muscular (miométrio) e epitélio mucoso (endométrio). 2) Colo do Utero: ectocérvice (epitélio escamoso estratificado não ceratinizado) e endocérvice (epitélio colunar simples). A) Espátula de Ayre (braço alongado): citologia convencional – coleta de ectocérvice e endocérvice. B) Escova Cervical: citologia convencional – coleta de endocérvice. C) Espátula de Ayre (extremidade arredondada): citologia funcional - raspagem de fundo de saco para busca de angentes infecciosos. D) Espátula de Ayre (extremidade arredondada): citologia funcional - raspagem do terço superior da parede lateral da vagina. Espitélio Escamoso Estratificado Não Ceratinizado. Ectocérvice e canal vaginal. Camada superficial (células superficiais especializadas, marcadoras de estrógeno,maduras e diferenciadas), Camada Intermediária (células parabasais e basais), Camada Basal (células basais totipotentes, imaturas) e Estroma (células do tecido conjuntivo). As duas células superiores são células intermediárias, normalmente cianofílicas (coloração zulada) assim como a da direita, mas pode se mostrar eosinofílica, assim como a da esquerda. São ´células grandes, poligonais e de núcleo maior. Já a célula indicada mais abaixo é uma célula superficial, normalmente eosinofílica, grande, poligonal e de núcleo piquinótico (pequeno e denso). A célula indicada mais acima é uma célula para- basal imatura, uma vez que possui a relação núcleo/citoplasma maior (seu citoplasma é um pouco maior). A célula mais abaixo é uma célula basal madura, uma vez que essa relação núcleo/citoplasma diminui, evidenciando uma baixa atividade metabólica celular. Epitélio Colunar Simples. Encontrado do Endocérvice e no Endométrio. Composto pelas células Colunares que são ciliadas e caliciformes, e células de Reserva basal. Essas são as células do Pós-parto ou Lactação (para- basais), chamadas assim devido à grande influência de progesterona. O tecido se encontra atrofiado e as células são profundas com reforço de borda. Células Intermediárias Naviculares. São células intermediárias cheias de glicogênio (mancha de coloração laranja/amarelo, ou as vezes não corado), com reforço de bordas e dobras citoplasmáticas. São células da fase de pós-ovulação marcadoras de progesterona (que promove a secreção celular e o acúmulo de glicogênio no citoplasma). São células endocervicais em Colméia. São células cianofílicas, com cromatina frouxa e nucléolo (acúmulo de RNAt e substâncias nucleares) visível (corado de rosa). São células endocervicais em Paliçada. São células de formato alongado característico com núcleo em formato de charuto disposto na região periférica, com predomínio de eucromatina. Células colunares simples, porém, do endométrio. São células Endometriais glandulares (na borda) e estromáticas (no centro), provenientes da descamação em Êxodo. São células predominantes no ciclo menstrual (1º ao 15º dia) ou em mulheres usuárias de DIU. Apresentam alta densidade celular, com forte coloração dos núcleos presentes no centro da massa. São células endometriais provenientes da descamação em tira. São células que apresentam alta densidade celular, com forte coloração dos núcleos. Há, ainda, uma sobreposição cellular. As células do agrupamento (seta superior) são células do endométrio, células colunares simples, que se descamaram em Papilífero, identificadas pelo formato semelhante a uma “nuvem”. São células encontradas sobrepostas, com alta densidade, forte coloração dos núcleos e citoplasma arredondado. As células isoladas (indicadas pela seta inferior) são células da endocérvice (também classificadas como colunares simples), que sofreram descamação em Paliçada. Apresentam núcleo mais claro e excêntrico (em charuto) e coloração cianofílica mais suave. São elementos não epiteliais normais - Células Inflamatórias Polimorfonucleares. Compostas por neutrófilos, eosinófilos e basósfilos, são células menores que as epiteliais, que apresentam polimorfismo nuclear e coloração cianofílica. São elementos não epiteliais normais: histiócitos (macrófagos no tecido). São células que apresentam citoplasma espumoso devido aos vacúolos grandes, com núcleos polifórmicos e vesiculosos, e heterocromatina grosseira (cromocentros). Poderiam ser confundidas com células para-basais e linfócitos. Esta célula é um Histiócito multinucleado, também denominado de Gigantócito. Nesta lâmina são escontrados Histiócitos (células cianofilicas maiores com bordas indefinidas), neutrófilos (células cianofílicas pequenas arredondadas) e hemácias (células alaranjadas). Citólise de células naviculares ocasionada pela presença de lactobacilos (Cervicite Citolítica). Há presença de material citoplasmático espalhado pela lâmina a ainda núcleos “nus” sem citoplasma circundante a eles. Esta é uma flora Cocóide (predomínio de cocos). Esta é uma flora Bacilar (predomínio de Bacilos curtos). Esta é uma flora Mista. Esta é uma flora Anaeróbica. Bactérias Difteróides. Bactéria Fusobacterium sp. Essa lâmina apresenta uma falha no processo de fixação - Dessecamento, no qual as células ficam expostas ao ar por mais tempo do que se deveria e desidratam. Pode-se evitar esse erro utilizando o fixador de cobertura ou mergulhando a lâmina em álcool 95%. Necessário que seja mais rápido e mais ágil. Essa imagem apresenta outra falha no processo de fixação, na qual a lâmina ainda contém o fixador de cobertura (Citofix) que não foi corretamente retirado antes da análise. Para se evitar que isso ocorra e necessário a retirada do excesso de fixador mergulhando a lâmina no álcool 95% overnight. Essa imagem apresenta uma lâmina com amostra insatisfatória, consequente de um esfregaço muito espesso. Para evitar que isso ocorra, é necessário que as células sejam transferidas para lâmina com um movimento único a fim de se evitar a sobreposição indevida e garantir uma única camada a ser analisadas. Essa imagem apresenta uma lâmina com a presença de contaminantes externos, nesse caso, de um fungo. Uma forma de se evitar que esse erro técnico aconteça é evitar que a amostra fique exposta ao ar do ambiente por muito tempo, podendo por exemplo, mergulhar a lâmina no álcool 95% após a transferência das células. Esta imagem apresenta um erro resultante da demora na montagem da lâmina, denominado Blow up, correspondente à “queima” das células, decorrente do secamento natural do Xilol, nesse tempo demorado. Para evitar que isso aconteça, deve-se montar corretamente a lâmina imediatamente assim que se finaliza a aplicação do Xilol. Ocorre por demora na montagem (verniz). A estrutura amorfa da imagem é Muco, substância acelular proveniente da segunda fase do ciclo menstrual (influência de progesterona). Exame Hormonal (Funcional): No 1º dia do ciclo, a hipófise libera FSH que atua no ovário estimulando o desenvolvimento do folículo. O ovócito I termina a meiose e se transforma em ovócito II. Sob a ação do FSH, o ovário começa a liberar estrógeno. A medida em que a taxa de estrógeno aumenta induz as células do endométrio a proliferar e estimula a maturação e diferenciação das células epiteliais do colo do útero e da vagina. Essa fase dura do 6º ao 13º dias edurante ela, no colo e na vagina, passa a haver uma transição de células naviculares para superficiais (de descamação agrupada para isolada e flora reduzida). O estrógeno atua na hipófise estimulando a produção de LH e no 14º dia há um pico de LH, o que estimula a ovulação. O folículo que se rompe passa a ser chamado de corpo lúteo, que produz progesterona quando as concentrações de LH no útero são elevadas. No colo e na vagina, nesta fase tem-se a prevalência de células superficiais (de descamação agrupada) e o início da recuperação da flora, podendo aparecer alguns histiócitos e hemácias. Esta é a fase secretora, que vai do 16º ao 28º dias. O aumento da progesterona após a ovulação indica o período em que o endométrio mais se desenvolve, estimulando a secreção das glândulas que o prepara para a implantação do óvulo. Nesta fase, as células do epitélio do colo e da vagina apresentam acúmulo de glicogênio e forma navicular com flora aumentada. Caso não ocorra a fecundação, próximo ao 28º dia, o corpo lúteo morre, causando uma baixa de progesterona e de estrógeno, dessa forma, a ausência desses hormônios ocasiona a descamação do endométrio, o que corresponde à menstruação, dando início a um novo ciclo. Da esquerda para a direita: Primeira imagem: Trófico. Epitélio maduro, com três camadas, com presença de células superficiais e muita influência hormonal do estrógeno. Pode ser encontrado nas condições de menacme (período da primeira menstruação até o pós menopausa) ou na estimulação hormonal exógena (uso de anticoncepcionais). Segunda imagem: Hipotrófico. Epitélio encontrado na 2ª fase do ciclo menstrual, cuja a estimulação do estrógenio passa a ficar fraca e células profundas surgem, porém com a presença ainda de células maduras. Pode ser encontrado na fase luteínica plena (gravidez) ou no uso de anovulatórios progesterônicos. Terceira imagem: Atrófico. Epitélio com ausência total de células maduras e presença de células profundas, devido à ausência do hormônio estrógeno. Pode ser encontrado nas condições de insuficiência ovariana fisiológica, a exemplo na infância ou pós-menopausa, no pós-parto, na lactação ou em alguma insuficiência ovariana patológica. Fase pós ovulatória inicial. Caracterizada pelo aumento gradativo de progesterona enquanto ainda há secreção de estrógeno em poucas quantidades. O esfregaço apresenta um fundo que passa a ficar um pouco sujo devido ao aumento da flora. Observa-se células intermediárias naviculares em descamação agrupada. Fase ovulatória. Fase caracterizada pela presença de descamação isolada, prevalência de células superficiais, poucas células intermediárias e raríssimas células endometriais no esfregaço. Flora reduzida, em recuperação. Observa-se um esfregaço de fundo limpo, contudo, devido à ovulação podem aparecer algumas hemácias e histiócitos. Fase pré-ovulatória (entre a menstruação e a ovulação). Fase proliferativa caracterizada pelo aumento gradativo de estrógeno. Observa-se, portanto, uma transição de células intermediárias naviculares em descamação agrupada para células superficiais em descamação isolada, com uma presença em pouquíssima quantidade de células endometriais, com fundo limpo pela flora ainda reduzida, mas em recuperação. Fase Menstrual. Fase de prevalência de progesterona e, portanto, de células intermediárias naviculares de descamação agrupada. Observa-se a presença de células endometriais advindas da alta descamação do endométrio e fundo sujo pela presença de hemácias e aumento de histióctos. A flora encontra-se reduzida devido à alteração do pH nessa fase. Fase pós-ovulatória inicial. Caracterizada pelo aumento gradativo de progesterona enquanto ainda há secreção de estrógeno em poucas quantidades. Observa-se células intermediárias naviculares em descamação agrupada e poucas células superficiais em descamação isolada. O esfregaço apresenta um fundo que passa a ficar um pouco sujo devido ao aumento da flora e uma citólise discreta, mas em aumento. Fase Pré-ovulatória. Fase proliferativa caracterizada pelo aumento gradativo de estrógeno. Observa-se, portanto, uma transição de células intermediárias naviculares em descamação agrupada para células superficiais em descamação isolada. Observa-se ao centro células endometriais com descamação agrupada. Fundo limpo pela flora ainda reduzida, mas em recuperação. Fase pós-ovulatória tardia. Fase que contém grande influência da quantidade elevada de progesterona (apesar do estrógeno ainda ser secretado em poucas quantidades). Observa-se a presença de células intermediárias naviculares em descamação agrupada, além de uma citólise intensa. O esfregaço possui, portanto, fundo sujo devido a grande quantidade de muco e pela flora exuberante. 1) Pré-ovulatória: Fase proliferativa caracterizada pelo aumento gradativo de estrógeno. Observa-se, portanto, uma transição de células intermediárias naviculares em descamação agrupada para células superficiais em descamação isolada com fundo limpo pela flora ainda reduzida, mas em recuperação. 2) Pós-ovulatória inicial: Caracterizada pelo aumento gradativo de progesterona enquanto ainda há secreção de estrógeno em poucas quantidades. Observa-se células intermediárias naviculares em descamação agrupada e poucas células superficiais em descamação isolada. 3) Ovulatória: Fase caracterizada pela presença de descamação isolada, prevalência de células superficiais, poucas células intermediárias e raríssimas células endometriais no esfregaço. Flora reduzida, em recuperação. Observa-se um esfregaço de fundo limpo.
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