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FILME: O MÍNIMO PARA VIVER Um grupo pode ser entendido basicamente como uma associação ou um conjunto de pessoas, reunidas com um objetivo comum, desde que seus integrantes estejam em constante interação e que, por meio desta, o conhecimento de suas singularidades seja possível (Osório, 2013). No filme "O Mínimo para Viver" é possível observar esses processos grupais na vida da personagem Ellie, que participa de diversos "grupos de apoio" para controle/cura de anorexia. Retrata uma última tentativa de internação dessa garota que apresenta muitos problemas com a família e conflitos internos. Ao ser levada para uma casa de internamento conhecida por ser "não convencional" mediada pelo Dr. William Beckham, Ellie entra em contato com aquelas pessoas que viriam a ser suas companheiras de grupo. Todo conjunto de pessoas ligadas entre si por constantes de tempo e espaço, articuladas por sua mútua representação interna, configura uma situação grupal. E quando é denominado um propósito a ser atingido, um objetivo imediato, a partir da estipulação das normas, tarefas e regras que regulam as relações entre as pessoas, é caracterizado um grupo social. No filme foram expostos alguns fenômenos importantes do funcionamento de grupo, como o comportamento de um membro interage e influencia o comportamento dos demais e vice-versa. Essa situação se sustenta por uma rede de motivações e as pessoas interagem entre si por meio de complexos mecanismos de identificação e atribuição de papéis. O doutor exerce uma liderança mas se mostra muito acessível aos pacientes, e em certas cenas até demonstra sua fragilidade, esse personagem demonstra de maneira mais atual de como um líder é visto, não mais como o perfeito e intocável, mas como um integrante do grupo que a partir da interação entre os participantes regula e mantém firme os objetivos grupais. É durante esse processo grupal que surge o reconhecimento de cada pessoa em sua própria singularidade, se enxergando socialmente como um indivíduo único e que merece atenção e cuidado. Capaz de ter forças para enfrentar a problemática que tange a sua vida, no filme, a anorexia. Referências OSÓRIO. L. C. (2013). Como trabalhar com sistemas humanos: Grupos, casais e famílias, empresas. Porto Alegre: Artmed.
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