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AÇÃO POPULAR

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR (A) DOUTOR (A) DA VARA XX FEDERAL DE FLORIANÓPOLIS/SC
JOÃO SOBRENOME, brasileiro, estado civil, profissão, portador do RG nº XXX e CPF nº XXX, residente e domiciliado em Florianópolis/SC ( endereço completo) CEP nº XXX, vem, respeitosamente perante V. Ex. por meio de advogado ao final subscrito (procuração em anexo), endereço eletrônico, com banca de advocacia no endereço completo, CEP nº XXX, onde recebe notificações e intimações sob pena de nulidade, para efeito no artigo 105, 106 e 77 inciso v todos do Código de Processo Civil com fulcro no artigo 5° inciso LXXIII da Constituição Federal ,e, na Lei de n°. 4.7 17/65 ajuizar a presente 
AÇÃO POPULAR COM PEDIDO DE LIMINAR
em, face de SENADOR sobrenome, brasileiro, estado civil, senador, portador do RG nº XXX e CPF nº XXX residente profissional no Senado Federal, na Esplanada dos Ministério em Brasília – DF, pela lide e fundamentos que passa a expor; 
I- DO PEDIDO DE LIMINAR 
Meritíssimo, em decorrência com a urgência da presente ação peço que seja 
deferido o pedido da liminar, pois a situação atenta contra o principio da moralidade administrativa expresso no artigo 37 da CF demostrando o fumus boni iuris, como o processo licitatório já se encerrou se faz presente também o periculum im mora, embora a obra não tenha sido iniciada é necessário para evitar os gastos, tendo em vista a exuberante dificuldade de reembolso ou ressarcimento futuros do Erário por parte do AUTOR.
 Além disso, Meritíssimo esse pedido serve para defender o patrimônio público em conformidade com o artigo 5º e parágrafo 4º da Lei 4.717/65 quando afirma que caberá á suspensão liminar do ato lesivo impugnado, ou seja, é cabível no presente caso, como forma de impedir o dano ao patrimônio público, uma vez presente os requisitos do fumus boni iuris e o periculum in mora.
II- DA COMPETENCIA DO JUIZO 
 Meritíssimo, segundo a Lei 4.717/65, que regula a ação popular, a competência para julga-la é determinada pela origem do ato lesivo a ser anulado, ou seja, em regra o juízo competente é o de primeiro grau, conforme as normas de organização judiciária.
No entanto o artigo 5º da referida Lei aufere que a origem do ato impugnado, é para o conhecimento da ação, processar e julgar as causas de interesse da União, ou distrito federal, estado e município, seja então artigo sugerido;
Art. 5º Conforme a origem do ato impugnado, é competente para conhecer da ação, processá-la e julgá-la o juiz que, de acordo com a organização judiciária de cada Estado, o for para as causas que interessem à União, ao Distrito Federal, ao Estado ou ao Município.
        § 1º Para fins de competência, equiparam-se atos da União, do Distrito Federal, do Estado ou dos Municípios os atos das pessoas criadas ou mantidas por essas pessoas jurídicas de direito público, bem como os atos das sociedades de que elas sejam acionistas e os das pessoas ou entidades por elas subvencionadas ou em relação às quais tenham interesse patrimonial.
        § 2º Quando o pleito interessar simultaneamente à União e a qualquer outra pessoas ou entidade, será competente o juiz das causas da União, se houver; quando interessar simultaneamente ao Estado e ao Município, será competente o juiz das causas do Estado, se houver.
        § 3º A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações, que forem posteriormente intentadas contra as mesmas partes e sob os mesmos fundamentos.
        § 4º Na defesa do patrimônio público caberá a suspensão liminar do ato lesivo impugnado.
 Cabe ressaltar que segundo o artigo 109 paragrafo 2º da Constituição Federal afirma que as causas intentadas contra a União poderão ser aforadas na seção judiciária em que for domiciliado o autor, naquela onde ocorreu o fato que deu origem á demanda ou onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal.
 Portanto Meritíssimo fica clara que a presente ação é de competência do juízo de primeiro grau para processar e julga a referida ação popular, sendo cabível a foro do autor para apresentar a mesma. 
III- DOS FATOS
O AUTOR indignou-se ao souber em abril de 2009 por meio da imprensa, que o 
RÉU, candidato que confiou seu voto, tinha determinado a reforma total do seu gabinete eleitoral avaliado em R$1.000.000 (um milhão de reais) que seria custeado pelo Senado Federal.
 A referida reforma incluía aquecimento e resfriamento com controle individual para o ambiente e instalação de ambiente físico para projeção de filmes em DVD, sendo estas melhorias desnecessárias e incompatíveis com a realidade brasileira.
 Entretanto RÉU declarou em entrevistas, que os gastos com a reforma seriam necessários para a manutenção da representação adequada ao cargo que exerce. Tendo tomado conhecimento de que o processo de licitação já se encerrara e que a obra não havia sido iniciada, o AUTOR, temendo que nenhum ente público tomasse qualquer atitude para impedir o início da referida reforma, dirigiu-se a uma delegacia de polícia civil, onde foi orientado a que procurasse a Polícia Federal.
	
IV- DO DIREITO 
 Meritíssimo, conforme visto nos fatos, fica explícito a presença dos requisitos legais da Lei 4.717/65 para a referida Ação Popular tornando o AUTOR parte legitima conforme o artigo 5º inciso LXXIII da CF, uma vez que o RÉU agiu contra os princípios norteadores da administração pública dispensando a demonstração dos prejuízos material aos cofres públicos, visto que o mesmo por vaidade deseja realizar uma reforma exuberante em seu gabinete com valor exordial pagos pelo Senado Federal, indo contra o princípios da administração pública. 
 Ademais, segunda a professora Maria Sylvia Zanella, afirma em sua doutrina que;
“Ação Popular é a ação civil pela qual qualquer cidadão pode pleitear a invalidação de atos praticados pelo poder
público ou entidades de que participe, lesivos ao patrimônio público, ao meio ambiente, à moralidade administrativa ou ao patrimônio histórico e cultural, bem como a condenação por perdas e danos dos responsáveis pela lesão. (Maria Sylvia Zanella di. Direito Administrativo. 14a Ed. Atlas. São Paulo – SP . 2002. p. 655)
 Além disso, o RÉU já estava em seu gabinete há bastante tempo e recebia seus convidados sem que tivesse algum tipo de incomodo, e só agora determinou a fazer essa reforma, justo no momento que estamos vivendo em uma crise onde é preciso cortar gastos para que não haja possibilidade de prejuízo ao Erário.
 Cabe ressaltar Meritíssimo, esse ato do AUTOR trará lesão aos cofres públicos, uma vez que irá usar dinheiro do Senado Federal para se beneficiar por ser um agente publico, e, isso é vedado pela Constituição, nos termos do art. 37, caput, já que a administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
 Ademais, segundo o artigo 2º da Lei 4.717/65, são nulos os atos lesivos ao patrimônio da União, distrito Federal, Estados e Municípios, nos caso de incompetência, vicio de forma, ilegalidade do objeto, inexistência de motivo e desvio de finalidade, cabendo perfeitamente no caso. 
 Então vejamos o entendimento jurisprudencial a esse respeito;
COMPETÊNCIA – AÇÃO POPULAR – DECLINAÇÃO. 1. O assessor Dr. Gustavo Mascarenhas Lacerda Pedrina prestou as seguintes informações: George Salomão Leite, com a petição/STF nº 21.802/2018, propõe ação popular com pedido de liminar, considerado o artigo 101, alínea “n”, da Constituição Federal, figurando no polo passivo a juíza federal Fabíola Utzig Haseloff. Busca seja assentada a nulidade de decisão judicial que, conforme aduz, afronta o princípio constitucional da igualdade e da moralidade pública. Narra que, em 2014, a magistrada, respondendo pelo Juízo da 14ª Vara da Justiça Federal da Seção Judiciáriado Rio de Janeiro, praticou ato lesivo ao patrimônio público nacional na ação ordinária nº 0168069-35.2014.4.02.5101, no que deferiu aos autores nesse processo, magistrados federais, o pagamento de valores a título de ajuda de custo para moradia, por meio da inclusão em folha de pagamento suplementar, tendo em vista o artigo 65, inciso II, da Lei Orgânica da Magistratura Nacional. Informa que a União, ré, devidamente intimada, deixou de interpor apelação. Não houve, segundo frisa, a remessa necessária ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região. Aponta que o pronunciamento mostra-se ensejador de impugnação por intermédio de ação popular, veiculada mediante esta petição. Conforme aduz, a concessão do auxílio-moradia revela-se ato lesivo contra a moralidade administrativa e o patrimônio público, dizendo consubstanciar evidente privilégio concedido a certa parcela da população em detrimento da maior parte da sociedade, custeado por esta. Assevera não ter a requerida observado o artigo 3º da Resolução nº 199/2014 do Conselho Nacional de Justiça. Argumenta que o benefício não é condizente com o modelo republicano de governo, o qual tem a igualdade como princípio basilar da sociedade. Aponta possível o ajuizamento de ação ordinária em face de ato normativo do Poder Judiciário a favorecer os próprios integrantes, destoando dos preceitos constitucionais e provocando dano ao erário público. Relata que o magistrado Marcelo Bretas e a esposa, a também magistrada Simone de Fátima Diniz Bretas, recebem mensalmente o valor correspondente a R$ 11.168,46, mesmo residindo em imóvel próprio na cidade do Rio de Janeiro, onde atuam. Requer, no campo precário e efêmero, o sobrestamento do pagamento do auxílio-moradia implementado no referido processo, até o julgamento desta ação, assinalando que a percepção da vantagem traduz-se em lesão contínua ao patrimônio público. Pede a concessão do benefício da justiça gratuita. A fase é de exame da medida acauteladora. 2. Está-se diante de propositura de ação popular. Não cabe ao Supremo o julgamento do processo, porquanto ausente situação prevista no rol taxativo do artigo 102, inciso I, da Constituição Federal. A própria Lei de Ação Popular – de nº 4.717/1965 – dispõe que a competência para a análise do pleito será definida ante a origem do suposto ato lesivo que se pretende anular. Os pronunciamentos do Supremo são reiterados nesse sentido. Confiram os seguintes precedentes: AÇÃO POPULAR – AJUIZAMENTO CONTRA A PRESIDENTE DA REPÚBLICA – PRETENDIDA DECRETAÇÃO DA PERDA DO MANDATO PRESIDENCIAL E DA PRIVAÇÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS – FALTA DE COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – REGIME DE DIREITO ESTRITO A QUE SE SUBMETE A DEFINIÇÃO CONSTITUCIONAL DA COMPETÊNCIA DA CORTE SUPREMA – DOUTRINA – PRECEDENTES – AÇÃO POPULAR NÃO CONHECIDA – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. – A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal – quer sob a égide da vigente Constituição republicana, quer sob o domínio da Carta Política anterior – firmou-se no sentido de reconhecer que não se incluem na esfera de competência originária da Corte Suprema o processo e o julgamento de ações populares constitucionais, ainda que ajuizadas contra atos e/ou omissões do Presidente da República. Doutrina. Precedentes. (Agravo regimental na petição nº 5.856/DF, relator ministro Celso de Mello) Agravo regimental em petição. Ação Popular. Decisão singular de não conhecimento da ação por incompetência da Corte para seu julgamento, com fundamento no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal e nos precedentes jurisprudenciais. […]. Competência originária do Supremo Tribunal Federal. Regime de direito estrito. Hipóteses taxativamente previstas no art. 102, inciso I, da Constituição Federal. Incompetência da Corte para apreciar ação popular. Precedentes. Agravo regimental não provido. […]. 2. A competência originária do Supremo Tribunal Federal submete-se a regime de direito estrito, estando suas atribuições jurisdicionais originárias taxativamente enunciadas no art. 102, inciso I, da Constituição Federal de 1988, dentre as quais não se inclui o processamento e o julgamento de ação popular”. (Agravo regimental na petição nº 6.375/DF, relator ministro Dias Toffoli) 3. Ante o quadro, assento a incompetência do Supremo e determino a remessa do processo à Seção Judiciária do Distrito Federal. 4. Publiquem. Brasília, 11 de junho de 2018. Ministro MARCO AURÉLIO Relator
(STF - MC Pet: 7577 RJ - RIO DE JANEIRO 0069241-45.2018.1.00.0000, Relator: Min. MARCO AURÉLIO, Data de Julgamento: 11/06/2018, Data de Publicação: DJe-117 14/06/2018)
 Portanto Meritíssimo, diante a jurisprudência e doutrina acima referida, fica definido que o REU agiu de forma irresponsável ao querer fazer uma reforma desse porte sem que haja uma licitação e com valor exorbitam de um milhão de reais, ficando explicito que a mesma não condiz com a realidade que estamos vivendo, e em decorrência disso peço que a seguinte ação seja julgada procedente, para evitar constrangimento aos cofres públicos. 
V- DA LEGITIMIDADE DAS PARTES
Meritíssimo, em conformidade com a Constituição Federal o AUTOR é parte
 legitima da presente ação, uma vez que o artigo 5º inciso LXXIII do referido código afirma que, qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural.
 Assim como a Lei nº 4.717/65, afirma que qualquer cidadão será parte legitima para pleitear a anulação ou a declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados e Município, de autárquicas, de sociedade de economia mista, de sociedades mútuas de seguro nas quais a União represente os segurados ausentes, de empresas públicas, de serviços sociais autônomos, de instituições ou fundações para cuja criação ou custeio o tesouro público haja concorrido ou concorra com mais de 50% (cinquenta por cento) do patrimônio ou da receita ânua, de empresas incorporadas ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios, e de quaisquer pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas pelos cofres públicos.
 Portanto Meritíssimo, está evidente na presente Lei que o AUTOR é parte legítima para pleitear a presente ação popular. 
VI- CITAÇÃO DO MINISTÉRIO PUBLICA 
Meritíssimo, em decorrência com a Lei 4.717/65, em seu artigo 6º paragrafo 4º, 
aufere que o Ministério Público deverá acompanhar a presente ação, cabendo-lhe apressara a produção de provas e promover a responsabilidade civil ou criminal, dos que nela incidem, sendo-lhe vedado, em qualquer hipótese, assumir a defesa do ato impugnado ou dos seus autores. 
 Cabe ressaltar que a presente ação pode ser proposta contra as pessoas públicas ou privadas e as entidades referida no artigo 1º da mesma Lei, ou seja, cabe contra o RÉU uma vez que agiu contra a administração publica para se beneficiar de forma irresponsável.
 
 
VII- DOS PEDIDOS 
 Diante do exposto requer: 
a) A procedência do pedido de liminar;
b) Citação do RÉU, para responder os termos da ação, querendo, sob pena de não o fazendo ser-lhe aplicação a pena de confissão revelia quanto a matérias de fato;
c) Citação do Ministério Público nos termos da a Lei 4.717/65, em seu artigo 6º paragrafo 4º;
d) Deferimento da presente Ação Popular;
e) Condenação do Réu ao Ônus de sucumbência.
VIII- DAS PROVAS
 Protesta-se provar o alegado, por todos os meios de Direito, inclusive prova documental, além do depoimento pessoal do RÉU. 
IX- DO VALOR DA CAUSA
 Dar-se-á a causa no valor de R$ 1.000.000,00 ( um milhão de reais)
Neste termo
Pede deferimento
Florianópolis/SC
 Data XXX
ADVOGADO/OAB

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