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CÂNCER DE PELE

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CÂNCER DE PELE 
INTRODUÇÃO 
❖ CARCINOMA BASOCELULAR (CBC) 77% - É o mais benigno, em sentido de tratamento, entre os canceres de pele. 
Tem o nome basocelular porque “é semelhante às células basais”. O CBC corresponde a 1/2 dos canceres de pele 
e 1/6 dos canceres em brancos. 
❖ CARCINOMA ESPINOCELULAR (CEC) 20% - É mais comum nas áreas expostas cronicamente ao sol, como couro 
cabeludo, orelha, pescoço e mãos. Pode ocorrer também nos lábios e genitais. Ocorre principalmente a partir 
dos 50- 60 anos, com maior frequência no sexo masculino. Ele é mais agressivo e de crescimento mais rápido 
que o carcinoma basocelular, podendo atingir outros órgãos (metástases), caso não seja diagnosticado e tratado 
precocemente. 
❖ MELANOMA e OUTROS 3% 
❖ Etiologia: dependente do tipo de pele, olhos, exposição solar cumulativa, idade (incidência aumenta a partir dos 
50 anos). 
LESÕES PRÉ-MALIGNAS 
❖ CERATOSE ACTÍNICA – muito comum em pessoas de pele clara e que tem alta exposição ao sol. 
❖ CORNO CUTÂNEO – queratina, lesão dura benigna, mas na base tem grandes chances de ter um carcinoma. 
❖ LEUCOPLASIA – lesões esbranquiçadas em mucosa dos lábios e vagina. Foto no slide mostrava uma placa branca 
no lábio inferior. Se não tratada, essa leucoplasia pode evoluir para um CEC. Cigarro é um fator agressor! 
❖ XERODERMA PIGMENTOSO – é uma lesão hereditária, manchas brancas que podem atingir todo o corpo. O 
paciente não pode se expor ao sol pelo risco de malignização da lesão. 
❖ RADIODERMITE – causada por queimadura ionizante, RX. 
❖ DOENÇA DE BOWEN – carcinoma espinocelular in situ. Lesões/manchas que podem aparecer e voltar vão 
evoluir. 
❖ ERITROPLASIA DE QUEYTRAT – lesões úmidas e avermelhadas em mucosa da boca/ peniana/glânde 
❖ DOENÇA DE PADGET – acomete mamilo e aréola. É um carcinoma in situ. 
❖ ÚLCERA DE MARJOLIN – ferida de CEC que se desenvolveu sobre lesão de queimadura não corretamente 
tratada. 
❖ NEVOS DISPLÁSICOS – nevos atípicos que podem se transformar em melanoma se não tratados corretamente. 
Paciente deve usar chapéu, protetor solar,... 
CARCINOMA BASOCELULAR 
❖ É o câncer mais comum, sendo 1/3 de todos os canceres diagnosticados atualmente (câncer de pele mais 
comum). São células neoplásicas semelhantes às basais da epiderme. Respondem bem a muitas formas de 
tratamento, como crioterapia, eletroterapia, cremes. Raramente metastatiza, mas pode ocorrer pela via 
linfática. Podem ser localmente agressivos, principalmente na face, não é comum a recidiva, mas pode causar 
graves deformidades. Morte por infiltração de estruturas ou por metástases (não é comum). 
❖ É um tumor localmente invasivo, de crescimento lento, raramente metastatiza, aparece na epiderme, ou em 
folículos pilosos. Simulam células basais da pele. 
❖ Etiologia: radiação solar (UVA e UVB), predisposição genética, indivíduos de meia- idade/idosos com história de 
exposição crônica ao sol. 
❖ Origem: podem vir de diferentes tipos celulares com diferentes evoluçoes e aspectos. Kint, Pinkus e Lever. 
Margem de segurança: extensão tecidual de aparência clinicamente normal, ao redor do tumor que é ressecado 
junto para erradicar, usado para visualizar sua extensão o microscópio. Margem de 0,2-0,4 cm (nos livros diz de 0,5 a 
1cm). Marcar a peça (qual lado é qual). 
❖ Excisão incompleta: 
▪ Sem margem de segurança quando não se retira completamente 
▪ Com margem positiva ou comprometida (1/3 deles evoluiriam bem mesmo assim, mas 2/3 recidiva). 
▪ Tumor se estende até a margem, mas na verdade saiu todo. 
▪ Tumor junto da margem de ressecção – se tira mais um pedacinho 
▪ Os CBC’s recidivados podem ser curados se tratados adequadamente 
▪ Critérios histológicos – importa para o patologista, que é quem vai nos dizer a margem (é agressivo e de 
grande chance de ressidivar? Margem maior). 
* Questionamento: Re-excisar ou observar se ocorre recidiva? Ideal para o professor é retirar mais um pouco 
sempre, pois é mais seguro ao invés de esperar a recidiva, mas vai de cada médico (recidiva volta sempre um pouco 
mais agressivo). 
❖ Macroscopia: 
1. NODULAR – variante tumoral mais comum; apresenta pápula elevada perolada e nódulo firme com bordo 
elevado translúcidos com telangiectasias. Com o tempo vai ulcerando no centro e forma uma crosta que 
necrosa e cai, criando um buraco no meio. 
2. SUPERFICIAL/MULTICÊNTRICO – lesões planas de placas ou pápulas eritematoescamosas róseas ou 
acastanhadas, escamosas ou crostosas, medidndo vários centímetros, não conseguimos ver a margem real, 
por isso é difícil de retirar tudo e é o que mais recidiva! Espalha-se pela superfície (várias bolinhas). 
3. MICRONODULAR – placas firmes endurecidas e mal definidas, associada a altos índices de recidiva. 
4. ESCLERODERMIFORME ou morfético ou esclerosante ou fibrosante – cicatriz ou mancha pequena de 
escleroderma ou placa fibrótica amarelada ou esbranquiçada com margem mal definida. 
5. INFILTRATIVO – tumores amarelo-esbranquiçados mal definidos, difíceis de distinguir da pele ao redor. Todo 
basocelular mal tratado pode virar infiltrativo. 
6. PIGMENTADO – importante fazer diagnóstico diferencial do melanoma/ceratose seborreica (faz excisão 
igual!), é um basocelular escuro. Bastante comum em peles escuras; são papilas ou placas bem definidas de 
aparência perolada ou translucida, variando de cor rosa ao marrom escuro ou preto. 
7. METATÍPICO – características clínicas de ambos carcinoma baso ou espino. Precisa de histopatológico para 
saber qual é. 
❖ Comportamento clínico: 
▪ ULCUS RODENS: comparado a uma úlcera roedora pelo seu comportamento destrutivo local. 
▪ ULCUS TEREBRANS: tipo de crescimento mais rápido, destrutivo e agressivo, principalmente ocorrendo na 
face. 
❖ Biologia Tumoral: 
▪ FATORES INTRÍNSECOS: modo de crescimento, histologia, heterogeneidade celular. 
▪ FATORES EXTRÍNSECOS: Status histológico do hospedeiro, local do tumor, história de exposição ao sol, 
compleição clara, pacientes idosos. 
❖ Tratamentos: 
▪ Curetagem, crioterapia, citostáticos tópicos (5-fluoracil), dermoabrasão, laser, interferon (para melanoma, 
mas não é o ideal), imunoterapia tópica, radioterapia, quimiocirurgia, eletrocauterização, CIRURGIA (melhor 
tratamento). 
▪ Exérese – recidivas mais frequentes em áreas de pouco tecido subcutâneo, planos de fusão embriológicos, 
pacientes femininas, jovem, pela influencia hormonal, histologia morfética, crescimento multifocal (varias 
pequenas lesões), erro diagnóstico, técnica inadequada, inexperiência. 
▪ Tumores na face: muito utilizado o retalho de Gillies. Canto do olho – retalho frontoglabelar funciona bem. 
▪ Segmento: revisão de 3 em e meses no primeiro no; de 6 em 6 por mais 2 anos, depois anualmente por mais 
2 anos. 
MARGEM CIRÚRGICA: CEC: 0,5-1,5 cm -------- CBC: 0,2-0,4 cm --------------- Melanoma: 1,0-2,0 cm

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