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Sars (Corona Vírus): Referência Bibliográfica: Livro: MICROBIOLOGIA MEDICA, 8º edição Livro: MICROBIOLOGIA, 12º edição Classificação: RNA fita simples positiva 26 a 32 kilobases Aparência de coroa Família Coronaviridae (4 gêneros): Alfacoronavírus Betacoronavírus (Zoonóticos) - 5 subgêneros: Embecovírus Hibecovírus Merbecovírus Nobecovírus Sarbecovírus Deltacoronavírus Gammacoronavírus Identificados na década de 1960 São conhecidos por infectar seres humanos e uma variedade de animais (incluindo aves e mamíferos) SARS-CoV- causador da Síndrome Respiratória Aguda São conhecidos 7 coronavírus que infectam homem: 4 causam quadros de resfriados comuns, porém podem causar infecções graves (jovens e idosos) Betacoronavirus: HCoV-OC43 e HCoV-HKU1 Alphacoronavirus HCoV-229E e HCoV-NL63 3 Coronavírus zoonóticos adicionais surgiram e causaram sin- tomas respiratórios graves em humanos: Grave ou SARS (2002, Betacoronavirus, subgênero Sar- becovirus) Transmissão a partir de camelos e dromedários Guangdong, China, novembro de 2002 - 8000 pessoas infectadas e 774 mortes em 37 países. Transmissão a partir de “civet cat” MERS-CoV - causador da Síndrome Respiratória do Oriente Médio ou MERS (2012, Betacoronavirus, subgênero Merbecovirus) Arábia Saudita em 2012, 2494 pessoas infectadas e 858 mortes (38 mortes relacionadas a um mesmo trans- missor, na Coreia) SARS-CoV-2: China em 31 de dezembro de 2019 - rela- cionado a um conjunto de casos de pneumonia em Wuhan, China (2019-nCoV) foi identificado. O 2019-nCoV está intimamente relacionado ao SARS- CoV e a grupos genéti- cos do subgênero Betacoronavirus Sarbecovirus Taxa de letalidade na China de 4%. A partir de abril, ta- História da doença: Dezembro de 2019: muitos casos de pneumonia, sem etiologia confirmada, no hospital de Wuhan, China Identificação: Tratava-se de um novo Coronavírus 02/03/20: 80302 casos na China xa de letalidade em 6% em todo mundo. Taxas menores que Sars-CoV (10%) e Mers-CoV (37%) Sars-CoV-2: similaridade genômica com coronavírus Origem Sars-Cov-2: Provável origem de Coronavírus de Morcegos Pode ter ocorrido de: Morcegos - humanos Morcegos - outros animais – humanos de morcego, mas há possibilidade de que a transmissão ao homem tenha ocorrido a partir de cobras Partícula viral: Família Coronaviridae Vírus envelopados, de 120 a 160 nm Genoma ssRNA de fita simples positiva – igual ao - - - - - - - - - - - - - - - - - - - * * * • • • • • • • • • • • • • RNAm Zoonose: Aves e Mamíferos (camelos, morcegos, ratos, ca- chorros e gatos) – vírus que saltam de animais para homens, são os vírus que tem maior capacidade causar endemia e pandemias Características partícula viral: Proteína S: está relacionada com a adsorção do vírus Resumo: S1 se liga ao ECA 2, e é clivado por uma protease trans- Domínios S1 e S2 da proteína Spike: Domínio S1 se liga ao receptor celular ECA2 (Enzima Con- versora de Angiotensina 2) – adsorção Domínio S1 possui um subdomínio chamado de RBD (Re- ceptor Binding Domain) Domínio S2 se liga ao receptor celular TMPRSS2 (Serina Protease Transmembrana 2) ou Furina – fusão de membrana membrana da célula hospedeira, após clivagem de S1 o S2 fica exposto fazendo a fusão de membrana ou endocitose do vírus nas células Duas formas de entrar na célula: fusão de membrana ou Replicação: Proteína spike apresenta dois domínios S1 (adsorção) e S2 (fusão de membrana) Receptor: enzima conversora da angiotensina 2(ACE-2) Infecção primária no tecido epitelial ciliado do trato respiratório superior Nos pulmões: pneumócitos tipo I, II e macrófagos al- veolare endocitose 3. Após desnudamento (liberação do material genético), 1. Ligação do domínio S1 no receptor celular (ACE-2). Cli- vagem do domínio S1 por uma protease transmembrana ce- lular, levando a exposição do domínio S2 2. Entrada: endocitose ou fusão de membrana, através da li- gação do domínio S2 (problema para Cloriquina) RNA viral é traduzido no citoplasma celular, ocorrendo sín- tese das proteínas não estruturais (envolvidas na replicação viral, por exemplo) e das proteínas estruturais – não causa lise celular Possibilidade de transmissão (ainda não confirmada) Obs: a replicação é muito rápida e cada vírus pode criar de 10 mil a 100 mil cópias infectando as células vizinhas. Con- segue se replicar no sistema respiratório e no trato digestó- rio (enterócitos) Transmissão: Contato direto com a pessoa infectada, gotículas e aerossóis Transmissão através de secreções respiratórias (direta e indireta) por via fecal-oral: eliminação vírus nas fezes - - - - - - - - - - - - • COVID-19 passou a ser considerada uma doença sistêmi- Incubação: 1-14 dias. Em média 5-6 dias Indivíduos assinto- máticos podem transmitir o SARS-CoV-2 COVID-19 (manifestações clínicas): Quando tudo começou! COVID-19 – Doença respiratória Infecções variam desde leves a graves, incluindo casos fatais. Sintomas (2-14 dias após exposição viral): Febre Tosse Falta de ar Pneumonia Insuficiência respiratória aguda Grupos de risco: idosos, indivíduos com doenças de base (crô- nicas) RO: 2 - 2,5. Alguns estudos demonstram RO: 6,47 RO: termo matemático para definir a taxa de contagio da do- ença ca O célula morre por exaustão e não pela lise Patogênese: Infecção primária: células ciliadas do trato respiratório supe- rior Características imunológicas do hospedeiro/carga viral inocu- lada: vírus migra para os pulmões, infecta, preferencialmente pneumócitos tipo II Estudos demonstram a possibilidade de infecção nos pneumó- citos Tipo I e em macrófagos alveolares Após replicação no pulmão, viremia, que dissemina o vírus para qualquer órgão e tecido que, expresse ECA-2 na membrana celular Outras células que possuam ACE2!! Tropismo celular: Faringe Epitélio respiratório Pneumócitos tipo II Parênquima pulmonar Endotélio Miocárdio Células nervosas Bulbo olfatório Rins Trato gastrointestinal Linfócitos A infecção viral não é lítica (não lisa as células), porém, Modulação da resposta imune: proteínas virais alteram a fisiologia normal da célula infe- ctada: Proteína NSP1: provoca a supressão da expressão Ocorre a ativação de NF-KB (controle da expressão de genes celulares induzidos na resposta imunológica antiviral, como o interferon tipo I de genes ligados a resposta inflamatória), com conse- quente liberação de citocinas pró-inflamatórias e necro- ptose. Esses eventos levam a um aumento de morte celular, hiper inflamação e tempestade de citocinas A tempestade de citocinas, nos casos graves, é fator im- portante falência múltipla dos órgãos e alta mortalidade Desregulação da resposta imune: COVID-19 GRAVE: Linfopenia (diminuição da resposta imune Th1) Neutrofilia (presença resposta imune Th17) Tempestade de citocinas: IL-6, TNF-alfa, IL-12, IL-17 Possíveis causas da linfopenia: - - - - - - - - - - - - - - - • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • - Características do paciente que evolui para SDRA: Comorbi- Modulação da resposta imune pelo vírus Depleção de linfócitos (se multiplica neles) Destruição de baço e tecidos linfóides Possíveis causas da neutrofilia: Modulação da resposta imune pelo vírus Infecção secundária bacteriana Possíveis causas da Tempestade de citocinas: interferon-gama, IL-1B, IL-6, IL-12, IL-17, TNF-a, fator estimu- lador de granulócitos Responsável pelo quadro de Síndrome da Angústia (Descon- forto) Respiratória Aguda (SARA ou SDRA) e Falência dos órgãos SDRA: se desenvolve com 8-9 dias após o início dos sintomas dades, idade avançada, febre alta, neutrofilia, linfopenia, PCR elevada, ferritina sérica elevada, D- dímero elevado 12. "tempestade de citocinas" induzida por SRAG e provável 10. Infecção pulmonar (Síndrome respiratória aguda Grave - SRAG) 11. vasodilatação, aumento da permeabilidade capilar, apop- tose/necrose de células endoteliais entrada de vírus na circulação Fases da COVID-19: Fase pró-trombótica final: agregação plaquetária ge- Fase pulmonar:SARS-CoV-2 infecta as células- alvo do hospedeiro, causando pneumonia intersticial e síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA), provocando de- ficiência da enzima conversora de angiotensina 2 (ACE2) e um subseqüente desequilíbrio do sistema renina-angiotensi- na (SRA) Fase pró-inflamatória: células alvo infectadas e os lin- fócitos respondem à infecção por SARS-CoV-2 pela super- produção de citocinas pró-inflamatórias, o que resulta em lesão pulmonar aguda (LPA) e tempestade de citocinas via inflamação sistêmica neralizada e trombose, dando origem a coagulopatia e fa- lência de múltiplos órgãos (MOF) no estágio final de paci- entes com COVID19 Óbito pode estar associado a sepse e/ou lesão aguda Sepse viral: o ataque direto a outros órgãos pela dissemi- nação da SARS-CoV-2, a patogênese imunológica causada pela tempestade sistêmica de citocinas e as disfunções da microcirculação juntas levam à sepse viral Sintomas: Assintomáticos Sintomáticos: Febre (variando de 44% a 89% dos casos) Tosse (68%) Fadiga (38%) Comprometimento sist. res. inferior: dispneia, sibi- lância, síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) Falência múltipla de órgãos e óbito do miocárdio Patogênese associada aos óbitos: Sepse viral - 100% Insuficiência respiratória 98% SDRA - 93% Choque séptico - 70% Lesão cardíaca aguda - 59% - - - - - - - • • • • • • • • • • • • • • • • • Lesão renal aguda - 50% Insuficiência cardíaca - 52% Coagulopatia - 50% Infecções secundárias - 50% Resposta Imunológica: Em pacientes que foram a óbito: estudos pós mortem de teci- dos pulmonares demonstram menor indução na produção de in- térferon e aumento citocinas pró-inflamatórias Resposta Imune de memória (ainda inconclusivo) Estudos demonstram soroconversão após 3 ou 4 semanas do início dos sintoma (alguns mais tardiamente ainda) Cultivo do vírus em culturas celulares: compreensão sobre o Diagnóstico clínico e Diagnóstico laboratorial: Detecção de antígeno: biologia molecular (RT -PCR) e teste rápido Detecção de anticorpos: sorologia e teste rápido Imagem (TCAR: opacidade de vidro fosco) Exames inespecífico Sequenciamento: análise da variabilidade genética viral vírus e a patogênese da doença Vacinas: Coranavac: vírus inativado quimicamente, maior parte não evolui para forma grave, apenas infecções leves Vacina Oxford/Astrazeneca, Janssen, Sputinik V: Vetor viral não replicante como adenovírus, a AstraZeneca utiliza um adenovírus de chimpanzé, ele é manipulado em laboratório inserindo a sequência genica para a produção da proteína spike - - - - - - - - - - - - - gozaria russo Vacinas Moderna, BioNTech/Pfizer: RNA: célula humana produz antígeno codificado pelo RNAm in- serido Vacinas de proteínas virais: Subunidade proteica: proteínas recombinantes, como a S (pro- duzidas por E. coli) VLP (partículas livres de vírus): partículas virais sintéticas se- melhantes ao SARSCoV-2 iodopovidona Variantes do SARS-CoV-2: Como as variantes surgem? Quantas existem atualmen- te? Alta replicação viral/RNA não consegue corrigir erros de cópias/mutação (vírus mutantes)/seleção natural selecio- na os vírus mais aptos/favoráveis (vírus variantes)/359! (15.03.2021) Quais são as variantes atuais mais preocupantes? Reino Unido, África do Sul, Brasil (P1) e Califórnia Mais preocupante por quê? Maior transmissão, podem escapar à ação de anticorpos, provoca doença mais grave As variantes podem prejudicar a eficácia das vacinas? R: Sim, mas não se pode esquecer da memória imunológica de linfócitos T Coronavírus – resistência ambiental: Em diferentes tipos de materiais, pode permanecer in- feccioso por 2 horas a 9 dias Inativação: 30 °C ou 40 °C: reduziram a duração da persistência de MERS-CoV, TGEV e MHV altamente patogênicos Etanol (78 - 95%) 2-propanol (70 - 100%) combinação de 45% de 2-propanol com 30% de 1-pro- panol glutardialdeído (0,5 - 2,5%) formaldeído (0,7 e 1%) - • • • • • • • • • • • • • minha
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