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Emilly de Almeida Mello T16A Anatomia patológica I – processos patológicos e adaptativos – 03/02/2021 Olhar para uma célula como um corpo e perceber alterações estruturais. Processo patológico mostra sinais e sintomas quando atinge muitas células. Entender o que está acontecendo de anormal com a célula. Reverter o processo patológico para descobrir o que causou. Estuda causas, mecanismos, locais, alterações morfológicas, alterações funcionais. Causas = etiologia Mecanismos = patogênese Alterações morfológicas e ou moleculares = anatomia patológica Alterações funcionais = fisiopatologia Oferece bases para entendimento das manifestações clínicas, diagnósticos, tratamento, evolução e prognóstico. Pode aparecer alterações estruturais ou tintoriais (moleculares) – causas bioquímicas. Estado de sofrimento em que há uma sensibilidade que causa uma irritabilidade ao paciente. Emilly de Almeida Mello T16A Os sintomas são sentidos pelo doente através de queixas e por manifestações subjetivas. Isso deve ser seguido por uma investigação que permita organizar os sinais (manifestação objetiva), buscando uma linha de pensamento para chegar ao diagnóstico. O diagnóstico pode ser feito por uma boa anamnese, exame físico completo e também por exames laboratoriais que permitem a visualização de imagens, análise de secreção, busca do agente causal (exames de sangue, imunologia). Diagnóstico precoce: evita um sofrimento prolongado da célula, que pode levar a uma adaptação ou até mesmo a morte desta que foi acometida, afetando o prognóstico. Robbins Adaptação: forma de sobrevivência celular que pode ser observada por variações bioquímicas e fisiológicas. Morte celular: ocorre por grandes alterações funcionais em que não houve uma adaptação. Lesão ou processo patológico Ex: infarto cardíaco 1ª imagem: corte de VE que apresenta hiperemia reativa (aumento do volume de sangue como reação a algum dano, pode indicar infarto. Emilly de Almeida Mello T16A Duas formas de infarto: - Causa isquêmica: obstrução das aa coronárias que causa hipóxia tecidual - Hemorrágica: rompimento de um vaso, causa hipóxia também A hipóxia leva a diminuição da produção de ATP, uma vez que é super importante para a produção de energia nas mitocôndrias. Em consequência, as bombas iônicas param de funcionar por causa da falta de ATP à morte celular por variações do volume celular hídrico. Obs: a hiperemia reativa indica que houve um processo inflamatório na região devido a morte celular. 2ª imagem (fase aguda): ocorreu cariólise (morte do núcleo celular) e por isso as células alongadas organizadas em feixes do miocárdio não possuem núcleo. Quando o organismo percebe que há células morrendo por hipóxia, ele desencadeia uma reação a isso, enviando células do sistema imunológico para a região, de forma a fagocitar o possível agente causador e entender o que está acontecendo. Ocorre um aumento das células sanguíneas: invasão neutrofílica + hemácias que escapam. Nesse caso, a reação inflamatória não foi causada por um patógeno, por isso as células inflamatórias realizam fagocitose dos restos celulares. Em meio as células musculares cardíacas, encontra-se um acúmulo das células que veio entender o que estava acontecendo e de células inflamatórias que aumentam o espaço entre as fibras. As células inflamatórias removem algumas das células lesadas, mas não conseguem resolver todo o problema, do modo que começa o. processo de adaptação. 3ª imagem: após a fagocitose e retiradas das células mortas, começa o processo de adaptação das células com a substituição do tecido lesado por um cicatricial (fibrótico). Ainda que busque melhoria, esse processo de adaptação pode ter consequências que variam de acordo a extensão da lesão e a quantidade de células afetadas. No coração, pode levar ao imobilismo do coração, de forma que diminui sua contratilidade e ocorre perda da atividade cardíaca. Emilly de Almeida Mello T16A Prognóstico de lesão do miocárdio do VE é ruim, uma vez que esse lado do coração é o que exerce maior força para o bombeamento de sangue pelo corpo. Hiperemia reativa: acúmulo de sangue aumenta a coloração – é a reação do sistema imunológico a um dano grave que ocorreu a um tecido. Célula desprovida de 02 à morte celular à liberação de DAMPS padrão associado ao dano à é reconhecido como antígenos à reação inflamatória à ida de neutrófilos à acúmulo de células inflamatórias e do sangue à fagocitose e remoção das células mortas à substituição do tecido lesado por tecido cicatricial (fibrótico) como forma de adaptação. Células cardíacas são alongadas com núcleos centrais com os discos intercalares. Fibrose – tecido conjuntivo denso – houve uma cicatrização Cicatrização é uma resolução do problema. Pode ser adaptativa quando causa a hipertrofia compensatória. Hipercoloração do citoplasma na fase aguda deve-se ao pH mais ácido diante o acúmulo de H+ no interior das células. Termos: Período de incubação: sem manifestações à período prodrrômico: sinais e sintomas inespecíficos à período de estado: sinais e sintomas específicos à evolução Emilly de Almeida Mello T16A - Cura: com ou s/ sequelas - Cronificação - Complicação - Óbito Período de incubação: aplicado a patologias que tem o agente causal vivo. Refere- se à possibilidade do paciente estar ou não infectado, podendo ou não transmitir a doença. Período prondrômico: período no qual o paciente manifesta sintomas inespecíficos e gerais, de forma que não permite saber se tem a doença ou não. Paciente procura assistência médica após a intensificação dos sintomas. Período de estado: paciente apresenta sintomatologia específica que permite o diagnóstico. Ação direta e indireta de agentes agressores Todas as vezes que um tecido adoece, seja em um paciente saudável ou não, ocorre a participação do sistema imunológico no processo da doença, seja esta a presença de um patógeno ou um simples corte. Pneumonia por S. pneumoniae à direta = moleculares e morfológicas Capsula (adesão e anti fagocitose), hialuronidade, pneumolisina, protease IgA à indiretas = resposta orgânica de destruição ao agente causal Covid à inflamação nos alvéolos à alta resposta do corpo à neutrófilos nos alvéolos à acúmulo de secreção à síndrome da angústia respiratória Pneumonia é acúmulo de secreção nos alvéolos à síndrome da angústia respiratória Ação direta: é o agente etiológico (agressor) que causa respostas moleculares e morfológicas. Ex: rompimento de um vaso no AVC Ação indireta: é a resposta imunológica em grande escala. Resposta orgânica de destruição ao agente causal, causada pela resposta do corpo ao patógeno. No infarto: A hipóxia não é revertida pelas células imunológicas, as quais se concentram na lesão devido a cascata de acido araquidônico (medidores inflamatórios) e pela Emilly de Almeida Mello T16A liberação de substâncias vasodilatadoras pelas células de defesa (basófilos com substâncias que alteram a permeabilidade da membrana). AVE: No AVE ocorre a diminuição do fornecimento de nutrientes e oxigênio em certa região cerebral (que depende de qual vaso foi acometido) e o derramamento de sangue sobre as células do tecido. O agente etiológico não é um patógeno, mas sim um acidente vascular (hemodinâmico). Isso já é suficiente para a migração de leucócitos para a região, o que causa um processo inflamatório. - Ex: enzimas encontradas nos lisossomos de um neutrófilo, que degradam as estruturas fagocitadas pelos neutrófilos (tipo um patógeno) No AVC, os neutrófilos não têm tanta funcionalidade devido a potencialização do dano em um curto período de tempo. Logo, essas células morrem e liberam essas enzimas lisossomais nos tecidos adjacentes à inflamação Administração de corticoide em pacientes pós AVC para diminuir esse processoinflamatório à evita edema (hipertensão = alteração física) e a destruição do tecido Patógeno S. pneumoniae Bactéria encapsulada (dificulta a fagocitose dos macrófagos e neutrófilos), possui em seu genoma uma sequência de aa que pode sintetizar: - Proteína hialuronidase (degrada o ácido hialurônico, presente no tecido conjuntivo do pulmão) - Pneumolisina (destrói os pneumócitos da parede do alvéolo) - Protease IgA (degrada a imunoglobulina do tipo A, encontrada nas entradas do corpo – oral, nasal, auditiva – um anticorpo que se liga a superfície do patógeno invasor para melhor identificação) A infecção por essa bactéria deixa a cavidade alveolar infestada de células inflamatórias, como consequência ao tecido: perda de nutrientes e oxigênio, morte por grande quantidade de enzimas lisossômicas dos neutrófilos. COVID Emilly de Almeida Mello T16A SARS-COV-2 invade as células pela enzima conversora de angiotensina II (tem em vários tecidos) e utiliza seu maquinário para a reprodução viral. O corpo é afetado, em grande parte, pela resposta imunológica do organismo à tempestade de citocinas inflamatórias (proteínas liberadas pelas células de defesa que chamam mais células de defesa. Sua morte libera enzimas). O uso de corticoides na infecção por SARS-COV-2 é feita pela tentativa de diminuir esse processo inflamatório, e diminuir os sintomas respiratórios (ex: dispneia) A destruição das células pulmonares pode levar a adaptação (cicatrização) e, consequentemente, à fibrose à enfisema pulmonar Agentes agressores podem invadir certos tipos de células: A alteração causada pelo patógeno ou pela situação que levou a patologia pode lesar várias estruturas de um tecido, como: - Células parenquimatosas – típicas de cada órgão - Células estromais – fazem parte do órgão, mas não são sua parte funcional Ex 1: Vilosidade intestinal à microvilos à enterócitos (células colunares com núcleos em alturas diferentes, responsável pela absorção) + células caliciformes Células parenquimatosas do intestino: enterócitos + células caliciformes Já o tecido conjuntivo desse órgão é formado pelas células estromais, que possui vascularização e inervação. Possui a função de sustentar a parte funcional do órgão. Emilly de Almeida Mello T16A Ex 2: Células parenquimatosas do pulmão: pneumócitos I e II. Compõem a parede alveolar (camada única). No tecido conjuntivo que sustém os sacos alveolares tem células estromais permeadas por vasos e até por bronquíolos terminais. A doença pode se instalar em: células parenquimatosas, células estromais, no interstício, na circulação ou inervação. Pode resultar em alterações estruturais de cada uma delas. Áreas que podem ser lesadas: - Células parenquimatosas - Células estromais - Interstício - Circulação - Inervação Causas de lesões Exógenas: do meio ambiente. Ex: ácido, impacto, Emilly de Almeida Mello T16A Endógenas: do próprio organismo. Ex: falha no mecanismo mitocondrial que deixa de produzir ATP, lesões genômicas que influenciam no funcionamento de glândulas, tecidos Criptogenética: escondido/próprio – da genética Hipertrofia Aumento dos constituintes estruturais e das funções celulares à aumento de O2 e de nutrientes à é uma forma de adaptação a maior exigência de trabalho Aumento dos sinais tróficos (estímulos que as células recebem). Isto é, aumento do estímulo, de forma que o tecido vai tentar se adaptar a esse aumento de estímulo. Pode ocorrer por motivos fisiológicos ou patológicos. Ex: no exercício físico a demanda das células por nutrientes e oxigênio é maior. Principalmente no cardio, de forma que essa demanda funcional faz as células do miocárdio hipertrofiar para aumentar a demanda circulatória do corpo nas atividades físicas. Na patologia: células imobilizadas no coração fazem ter maior exigência das outras células cardíacas saudáveis, logo, essas células vão hipertrofiar a fim de compensar a ausência de funcionalidade das células lesionadas. VE já mais espesso do que o VD, por isso a hipertrofia do VE tem mais chance de ser patológica, uma vez que aumenta a espessura da parede do ventrículo e diminui a cavidade ventricular. Emilly de Almeida Mello T16A Aumento das organelas à aumento da célula Hipertrofia discreta: é bom, pois a célula está com mais organelas, mais mitocôndrias - No coração, mais mitocôndrias à mais energia à melhor funcionalidade do coração Maior uso do corpo à mais estímulo à maior produção de organelas Hipertrofia demasiada não é saudável à aumento do tamanho do órgão compromete a funcionalidade. Aumento demasiado das células à efeito compressivo nos vasos sanguíneos do interstício, da inervação e das demais células VE é mais espesso que VD. Emilly de Almeida Mello T16A VE mais espesso de forma patológica: diminui a cavidade cardíaca, limita a contração cardíaca hipertrofia compensatória na doença de Chagas Tripanosoma se aloja no cardiomiócito à acúmulo de parasita nessas células à lise dos cardiomiócitos à morte celular à inflamação à chegada de neutrófilos Ocorreu uma hipertrofia compensatória. Fibras atróficas x Fibras hipertróficas compensatórias (desnervação) Emilly de Almeida Mello T16A Onde os sinais tróficos chegam ocorre a reação deles. Ex: Casos de interrupção da inervação (conexão do sistema nervoso), o membro afetado não tem estímulos para a contração muscular, com isso, esse musculo terá menor quantidade de células hipertróficas e mais células atróficas. Algumas células ainda conseguem manter sua conexão com o sistema nervosa, de forma a manter sua hipertrofia. Logo, é possível encontrar algumas células hipertróficas em meio a atróficas, coexistindo em um mesmo tecido, como forma de compensação. Hipertrofia da bexiga urinária Aumento da musculatura vesical à diminui a cavidade urinária Emilly de Almeida Mello T16A Dificuldade para urinar pode causar hipertrofia. Essa dificuldade pode ser, p.ex., por processo inflamatório da próstata, que aumenta e comprime o canal da uretra à causa maior esforço para urinar Tentativa de compensar essa obstrução da uretra. Essa demanda. - Obstrução do colo vesical ou ao fluxo de saída de urina - Estenose uretral (hiperplasia prostática) - Por fibrose e contração inflamatórias da bexiga pós cistite. Nas mulheres, é mais comum cistites, que podem levar a hipertrofia devido a morte celular causada pela inflamação. Hipotrofia / atrofia Redução quantitativa dos componentes estruturais e das funções celulares. Diminuição do volume Redução do número de células e dos órgãos Atrofias fisiológicas: redução do volume de órgãos pelo processo normal de envelhecimento. Ex: timo, órgãos linfoides na puberdade, útero e mamas na menopausa. Quanto menos sinais tróficos chegam ao tecido, menor a regeneração do tecido. (menos produção de ATP, menor transporte de íons pela membrana) Ex: a criança apresenta um hemograma com elevado número de leucócitos em comparação ao de neutrófilos. Com o amadurecimento imunológico, ocorre uma inversão (nº neutrófilos > nº leucócitos), o resultado é um organismo mais preparado com anticorpos, o que leva a atrofia do timo. Atrofias patológicas: redução do volume de órgãos além do limite normal de variabilidade. - Resulta de inanição (diminuição da oferta de nutrientes) - Desuso – Ex: lesão medular causa perda da conexão neuronal com algum membro, fluxo de sangue com esse tecido diminui, junto com a chegada de nutrientes. - Compressão (tumores, cistos, aneurismas) Emilly de Almeida Mello T16A - Obstrução vascular – disfunção das valvas, obstruções por placas - Substâncias tóxicas que bloqueiam enzimas e a produção de energia (atrofia por intoxicação) - Hormônios, inervação, inflamações crônicas. Ex: AVE deixa paciente acamado e também pode haver diminuição dos estímulos. Norim: No rim normal, tem luz nos túbulos renais. Quando ocorre a nefrite, inflamação dos néfrons, ocorre uma diminuição das células, logo, diminuindo a luz dos túbulos. Nefrite = infiltrado inflamatório crônico intersticial e atrofia numérica Emilly de Almeida Mello T16A Atrofia numérica: atrofia até a morte das células Incapacidade proliferativa dos neurônios Senilidade – morte de neurônios à Atrofia numérica e morfológica à diminui a quantidade e o tamanho Hipoplasia Não houve uma redução significativa do número de células para causar uma atrofia, mas ele ainda é menor que o número normal, ocorrendo de forma progressiva. Emilly de Almeida Mello T16A Hipoplasia de medula Pouca plasticidade, modulação, forma. Poucas células. Queda brutal do número de células de um determinado órgão. Hipoplasia da medula óssea: estímulo negativo que diminuição a produção das células sanguíneas. Pode ocorrer por vírus, bactérias... Hipoplasia fisiológica: órgãos sexuais diminuem as quantidades de células conforme a idade. Atrofia do timo: período de transição na fase adulta após sua diminuição do tamanho. Ocorre uma redução gradativa do nº de células, diminuindo progressivamente de tamanho até atingir o tamanho atrófico na fase adulta, dado a baixa demanda desse órgão. Hipoplasia patológica: quantidade de células de um órgão diminui de forma não fisiológica, caracterizando uma debilitação do órgão Ex: hipoplasia da medula óssea vermelha As células troncos da medula óssea podem se diferenciar nas células mieloides ou linfoides. Linhagem mieloide à hemácias, linhagem branca (neutrófilos, megacariócitos, monócitos, basófilos) e plaquetas. (120h de vida) Linhagem linfoide à linfócitos B e T (helper e citotóxico) (8h de vida, quando não em confronto) Emilly de Almeida Mello T16A O transporte de oxigênio para a medula dever estar sempre ativo para que haja a produção dessas células. Caso ocorra processos de hipoplasia na medula, pode haver consequências como problemas de coagulação (falta de megacariócitos à plaquetas = falta de coagulação), imunológicos e transporte de O2. mielograma – amostra de sangue direto da medula Dipirona pode ser tóxico para algumas pessoas, podendo levar a hipoplasia. Hipoplasia pode causar uma atrofia numérica. Por ausência de reposição das células. Hiperplasia Proliferação em demasia das células de um determinado órgão, aumentando seu tamanho exercendo efeito compressivo. Pode ocorrer redução da apoptose. Aumento do número de células de um órgão. Aumentando volume e peso. Aumento da proliferação e/ou por diminuição da destruição celular (cessação da apoptose) Aumento na síntese de fatores de crescimento e de seus receptores, além de ativação de rotas intracelulares de estímulo a divisão celular é reversível. Emilly de Almeida Mello T16A Velocidade de proliferação de células relaciona-se com a qualidade. Proliferação rápida à erros genômicos que podem ser alterações inocentes ou alterações malignas. Suprimento sanguíneo, integridade morfofuncional das células e inervação. Hipertrofia e hiperplasia podem coexistir. Hiperplasia fisiológica: útero na gravidez, mamas na puberdade Hiperplasia compensatória: após remoção de um rim Hiperplasia patológica: hiperestimulação hormonal à inflamatórias, reprodução celular, citocinas e maior risco neoplásico. próstata Estroma de tecido muscular + tecido conjuntivo = fibromuscular Presença de glândulas (epitélio colunar simples) 1. Fibras alinhadas e espaçamento pequeno entre as lâminas 2. Bagunçado, maior quantidade de tecido estromal (hiperplasia do estroma) – aumento das fibras, dificuldade para agrupar essas fibras à prejudica a secreção, papel de compressão. 3. Emilly de Almeida Mello T16A 4. camada basal e várias camadas de colunar – mais células que o normal, não há mudança conformacional, mas tem muita célula agrupada - Células velhas que não morreram podem proliferar células erradas - Isso é hiperplasia glandular (células parenquimatosas) à diminuição da secreção prostática Principal sintoma da hiperplasia de próstata: urina várias vezes poucas quantidades de urina. Porque há compressão da uretra (dificuldade de urinar – hipertrofia da bexiga) Displasias: Alterações nas formas das células (Ex: muda conformidade das organelas) Fosfatidilcolina tem na membrana celular Aumento de fosfatidilcolina à grande número de células Hiperplasia músculo uterino – leiomioma – mioma (benigno m. liso) Emilly de Almeida Mello T16A Desorganização das fibras – hiperplasia da musculatura lisa Aumento de estrógeno à estímulo para a proliferação das células do miométrio Núcleos anormais – sinal de erro – grau de displasia Hiperplasia glandular cística do endométrio (ação de estrógeno) está estratificado Pegar em uma lâmina células em mitose à mal prognóstico – desconfiança da normalidade das células. Metaplasia Emilly de Almeida Mello T16A Mudança de um tipo tecidual maduro para outro da mesma linhagem. Metaplasia resulta da inativação de alguns genes (suja expressão define a diferenciação do tecido que sofre Metaplasia) e desrepressao de outros (que condicionam o novo tipo de diferenciação) Metaplasia é também um processo adaptativo que surge em resposta a várias agressões, o tecido metaplásico é mais resistente a agressões. Metaplasia é um processo reversível Epitélio normal da traqueia: simples e ciliado Fumantes tem mais metaplasia na traqueia: maior quantidade de substâncias toxicas à inflamação à adaptação tecidual Cigarro como injúria persistente à substâncias toxicas à corpo tenta adaptar a essa condição de inflamação contínua pelo cigarro. Genes desativados são ativados pelas citocinas inflamatórias, enquanto genes ativados são desativados, para que forme epitélio estratificado. Substituição do epitélio colunar por um epitélio escamoso (células pavimentosas) em busca de resistência. Emilly de Almeida Mello T16A Esôfago de Barret epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado Atrito com a passagem do alimento. Refluxo à esofagite (lesão inflamatória da mucosa esofágica pelo contato com o ácido gástrico) à úlceras à adaptação das células do esôfago: - Tem que ser um tecido com capacidade de controlar pH Emilly de Almeida Mello T16A Espelhando os enterócitos e células caliciformes (produtora de muco alcalino) do intestino: Genes ativos são inativados e outros genes (os mesmo que codificam células caliciformes) são ativados à adaptação para epitélio colunar com células caliciformes produtoras de muco alcalino. epitélio colunar contendo numerosas células caliciformes, presença de glândulas muco secretoras. Processos degenerativos Lesões do tipo degenerativas são reversíveis, porém deve ser feito em certo intervalo de tempo. Geralmente a causa delas são alterações bioquímicas, o que acumula substâncias no interior das células. Hidrópica: acúmulo de água e eletrólitos Emilly de Almeida Mello T16A Hialina e mucoide: acúmulo de proteínas Degeneração hidrópica Dano causado à célula pelo acúmulo de água dentro da célula. Manutenção do sódio intracelular à atividade bomba Na/K à gasto energético à desequilíbrio eletrolítico X efeito osmótico à degeneração hidrópica Hipóxia à Lesão mitocondrial à inibidores da fosforilação oxidativa Hipertermia à endógena à exógena Lesões de membranas à radicais livres Inibidores da bomba Na/K à desequilíbrio iônico Água tenta arrumar esse desequilíbrio iônico à entra muita água à ruptura de membrana à morte celular degeneração hidrópica no epitélio tubular renal Consequências da degeneração hidrópica: Aumento de peso e volume de órgãos Compressão capilar e palidez Vacúolos de água no citoplasma, edema de organelas e risco de ruptura Pode deixara célula viva, mas pode levar a morte Entrada de água no interior das células à degeneração hidrópica à aumento dos órgãos Emilly de Almeida Mello T16A fígado de mulher com eclâmpsa, que provoca desequilíbrio sistêmico à altera a circulação à degeneração hidrópica congestão vascular – sangue nos capilares aparecendo na lâmina – efeito compressivo Embolo pode causar obstrução do vaso à hipóxia à ... à degeneração hidrópica Manutenção do sódio intracelular à atividade da bomba Na/K à gasto energético à desequilíbrio eletrolítico x efeito osmótico à degeneração hidrópica Sem O2 na célula à glicólise anaeróbica à produz ácido lático à desnaturação de proteínas pelo pH ácido. Hipóxia As lâminas de uma degeneração hidrópica não têm coloração hidrópica, porque a água não cora com HE. Tumefac ̧ão celular é a primeira manifestação em quase todas as formas de agressão às células. É uma alteração morfológica difícil de observar à microscopia óptica; pode ser mais evidente examinando-se o órgão inteiro Quando afeta muitas células, provoca certa palidez, aumento do turgor e aumento do peso do órgão. No exame microscópico, pode ser observado pequenos vacúolos claros dentro do citoplasma à segmentos distendidos e destacados do retículo endoplasmático. Emilly de Almeida Mello T16A Esse padrão de lesão celular à degeneração hidrópica A tumefação é reversível. Degeneração lipídeo gordurosa / Esteatose Acúmulo de gorduras no citoplasma de células que não as armazenam. Lesão aparece quando aumenta a captação ou síntese de ácidos graxos ou dificulta sua utilização, seu transporte ou sua excreção. Excesso da ingestão de carboidratos, lipídeos e álcool, o fígado é responsável por sua metabolização, o que pode levar ao armazenamento em forma de gordura. Causa de Esteatose: Maior aporte de ácidos graxos por ingestão excessiva ou lipólise aumentada. Aumento da ingesta calórica. Síntese de ácidos graxos a partir de acetilCoA não oxidada no ciclo de Krebs (alcoolismo, hipóxia) Menor formação de lipoproteínas por deficiência na síntese de apoproteínas (desnutrição) Distúrbios no transporte de lipoproteínas por alterações no citoesqueleto (agentes tóxicos e lesão de retículo sarcoplasmático) Metabolismo do álcool: Emilly de Almeida Mello T16A Alto consumo de NAD fora de sua função normal (no ciclo de Krebs), como na metabolização do álcool, ocorre uma diminuição de NAD disponível para o ciclo de Krebs. Enquanto o álcool é convertido em acetilcoenzima-A, pode ser utilizado no ciclo de Krebs, mas não tem NAD para funcionar o ciclo de Krebs e produzir ATP. Logo, a acetilcoenzima-A é convertido em gordura para ser armazenado. Esse metabolismo ocorre no hepatócito, a gordura pode ser acumulada na gordura, mas quando há muita dessa função hepática (conversão do álcool em gordura), há maior demanda dos hepatócitos. Além disso, a gordura produzida pode ser armazenada nos hepatócitos (patológico) Fígado trabalhando exaustivamente para converter acetilcoenzima-A em gordura: pode apresentar gotículas múltiplas de gorduras, que podem se unir e formar macro gotículas. Núcleo é deslocado. Presença de vacúolos dentro dos hepatócitos (é triglicérides à LDL) Tamanhos variáveis Compressão capilar (degeneração hidrópica – imagem de um citoplasma que não é homogêneo) Risco de fibrose Emilly de Almeida Mello T16A presença de sangue retido Avalia o grau de Esteatose pelo tamanho das vesículas. - Mais grave o acúmulo de gordura à maior a necrose - Maior acúmulo à maior compressão dos capilares Esteatose pode levar a degeneração hidrópica por compressão dos capilares -à déficit de O2. Fibrose (quando a células morre e o organismo não consegue proliferar as mesmas células do tecido) do fígado = cirrose: acúmulo de gordura à lesão e cicatrização dos hepatócitos à maior risco de fibrose. Células fibróticas não chegam aos pés das funções das células que estão sendo substituídas. Lipidoses Acúmulos intracelulares de outros lipídeos que não triglicerídeos. Não acontecem no fígado. Colesterol – é a forma que a gordura circula pelo corpo. Pele (xantomas) Artérias (ateroesclerose) Inflamação crônica Emilly de Almeida Mello T16A Níveis de colesterol aumentados à visto como corpo estranho à macrófagos fagocitam gorduras à não são digeridas dentro do macrófago à macrófagos com gorduras Macrófagos com gorduras à liberam citocinas à inflamação + macrófagos com gorduras em uma mesma região - Início da ateroesclerose PELE com macrófagos cheios de gorduras Xantoma macrófagos com gorduras Nódulos e placas à aglomerados de macrófagos espumosos, carregados de colesterol à dislipidemias Na criança: doença vascular (ateroesclerose), problemas genéticos Ateroesclerose Emilly de Almeida Mello T16A LDL deposita-se no endotélio à visto como corpo estranho à macrófagos chegam e fagocitam à viram macrófagos espumosos (xantomizados) que não digerem gorduras à liberação de citocinas inflamatórias à persistência do processo inflamatório à dano Redução de diâmetro do vaso à reduz a entrega de nutrientes e O2 Degeneração hialina Material hialino à amorfo – difícil de descrever e cora com tom rosa (acidofilia) - Pode ser restos celulares, proteínas endocitadas Acúmulo de material proteico (acidófilo) Ação degradante de estruturas celulares por radicais livres, ação viral, bacteriana, reacional (imunoglobulinas). material amorfo que foi endocitados por linfócitos – hipercromados, com muito material hialino e corpúsculo de Russel - Lâmina de linfoma à linfócitos que estão produzindo muita imunoglobulina Emilly de Almeida Mello T16A Ex: biopsia de pacientes com COVID – muito material hialino por morte celular – muito material hialino pela inflamação. Endocitose desse material ocorre quando linfócitos chegam e liberam muita imunoglobulina. Forma muito material hialino à rosa Acúmulo pode ser: doença dos linfócitos, por resto celular, proteína de degeneração tecidual. Degeneração hialina de Mallory por: Ação de radicais livre / alcoolismo Hepatócito em degeneração, Esteatose. Proteínas dessa alteração: típicas do citoesqueleto dos hepatócitos. Resultante da agressão ao citoesqueleto dos hepatócitos pela conversão do álcool em acetaldeído. Ocorre no consumo recente de álcool. Degeneração hialina amiloide: Emilly de Almeida Mello T16A Doença de Alzheimer: proteína beta ou A4, codificada no cromossomo 21, receptor de membrana. Ocorre degeneração de proteínas de membrana dos neurônios, as proteínas dessas membranas são encontradas no material hialino amiloide. Marca de degeneração de neurônios. A análise de quais tipos de proteínas que tem no material hialino junto com o que está ao redor, é o que define o tipo do material hialino e o tipo da doença. - Ex: hialina de Mallory, fígado. - Ex: hialina amiloide, degeneração de neurônios Glicogenose Doenças genéticas pelo acúmulo de glicogênio. Deficiência de enzimas envolvidas na sua degradação ou pode ocorrer também por alterações no seu metabolismo. - Falta de alguma enzima que permite a degradação do carboidrato para a produção de ATP (deficiência na produção de energia) e isso leva ao acúmulo de carboidrato não degradado. No fígado, rins, músculos esqueléticos (frequente porque musculo usa muita energia) e coração. Emilly de Almeida Mello T16A material amorfo. Glicogênio ou glicose acumulada. Sinais e sintomas: QP é fraqueza (astenia), retardo do desenvolvimento – devido a falta de ATP. Glicogenose tipo-1 Deficiência enzimática à glicose-6-fosfatase deficiência de G6P Com essa deficiência, não ocorre a fosforilação da glicose quando esta chega à célula. Não ocorre glicólise. Fármacos para deficiências enzimáticas Emilly de Almeida Mello T16A reposição enzimáticaSintomas por déficit de crescimento, astenia. Em caso de suspeita: encaminhar para geneticista. Mucopolissacaridoses: Deficiência de enzimas.
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