Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Processamento de RNA - Controle pós transcricional O processamento do RNA é necessário para que haja a correção de alguns erros para fazer a tradução.Essa etapa de processamento é composta por alguns detalhes que abordaremos ao longo do estudo. Essa aula foi baseada no livro: “Fundamentos da biologia celular - 3º Edição. Região promotora - promove a expressão dos genes,sendo que nem todos os genes usam TATA BOX (Guanina e timina terminam o TATA BOX) Após sabermos sobre esse conceito é importante lembrar que a RNA polimerase se liga nessa região para reconhecer o gene que será transcrito.A primeira cópia de transcrição é chamado de transcrito primário. Lembrando que a fita molde é utilizada para fazer a transcrição,no sentido 5´3´. Nessa imagem é possível ver,no início do RNA uma sequência chamada CAP: Compostas por proteínas adicionadas ao início do RNA.Essa sequência tem duas funções:Previne a degradação do RNA na porção 5´ do RNA e indica o início do RNAm para os ribossomos depois do processamento (tradução). No final da cadeia do RNA há a presença de PoliA - composição de várias adeninas - há o reconhecimento do final do RNA que será transcrito para fazer a tradução.Outra função também é ajudar na preservação do RNA.O RNA é capeado pela adição de um nucleotídeo atípico – um nucleotídeo guanina (G) com um grupo metila associado. Esse capeamento ocorre após a RNA-polimerase ter sintetizado um fragmento de aproximadamente 25 nucleotídeos de RNA, muito antes que a transcrição do gene esteja completa.Vale lembrar que no DNA a metilação causa o silenciamento enquanto no RNA ele causa esse capeamento. A guanina metilada representa a sinalização do local do capeamento. As primeiras trincas que codificam serina no RNA são compostas pela adição do grupamento fosfato nos mostram que podemos iniciar a segunda fase do processamento,este é chamada de splicing. Splicing é definido como retirada de introns,ou seja, o RNA que será lido,será composto apenas por éxons.O processo de remoção dos íntrons, chamado splicing, converte o pré-mRNA em mRNA maduro e precisa ocorrer com grande precisão, evitando a perda ou adição, ainda que de apenas um nucleotídeo, nos sítios de junção de éxons. As reações de retirada de íntrons são promovidas por uma grande “máquina” molecular, chamada spliceossomo, complexo com cerca de 150 proteínas e 5 snRNAs (tamanho equivalente ao um ribossomo).Os cinco RNAs (U1, U2, U4, U5 e U6) são chamados, conjuntamente,de pequenos RNAs nucleares (snRNAs, small nuclear RNAs). Estes complexos RNA-proteína são chamados de pequenas proteínas ribonucleares (snRNPs, small nuclear ribonuclear proteins). As snRNPs desempenham três funções no processamento: 1. Reconhecem o sítio de processamento 5' e o sítio de ramificação; 2. Aproximam esses sítios; 3. Catalisam (ou auxiliam a catálise) a clivagem do RNA e as reações de religação. Poliadenilação ● O evento final do processamento do RNA, a poliadenilação da extremidade 3' do mRNA, está intimamente relacionado ao término da transcrição. ● A cauda CTD da polimerase está envolvida no recrutamento das enzimas necessárias para a poliadenilação ● Quando a polimerase chega ao fim de um gene, ela encontra sequências específicas que, após serem transcritas em RNA, desencadeiam a transferência das enzimas de poliadenilação para esse RNA, levando à: 1. Clivagem do RNAm; 2. Adição de vários resíduos de adenina àsua extremidade 3'; 3. Degradação do RNA remanescente associado à RNA-polimerase por uma ribonuclease 5'-3'; 4. Término da transcrição. A cauda poliA é exclusiva dos transcritos produzidos pela polimerase II. Splicing alternativo A retirada de íntrons e a emenda dos éxons compõem um passo crucial do processamento do RNA em eucariotos. ● As células utilizam o processamento do RNA como uma importante forma de regulação da expressão gênica. Tal mecanismo é denominado "Splicing“ alternativo (união) e consiste em selecionar os éxons que serão emendados e rearranjados para compor o RNAm final.Permite, que diferentes proteínas sejam produzidas a partir de um mesmo gene, elevando o potencial de codificação de seus genomas – aumento da variabilidade proteica. Transcrição - acúmulo do RNAm correspondente no citoplasma da célula – disponibilidade para a tradução. ● RNAms possuem “vida útil” - após certo tempo tais moléculas precisam ser eliminadas. ● Se os RNAms não fossem degradados, a quantidade no citoplasma atingiria níveis altíssimos, inviabilizando o funcionamento celular. ● O controle da estabilidade do RNAm de um dado gene é um importante mecanismo de regulação de sua expressão.O principal processo de degradação do RNAm, é iniciado pela remoção da cauda poliA e é denominado desadenilação. ● Em seguida ao processo de desadenilação,ocorre a remoção do capacete presente na extremidade 5’ do RNAm, realizada por um conjunto de proteínas e fatores. ● Após a retirada das estruturas de proteção o transcrito é rapidamente degradado por enzimas denominadas exonucleases. Ao passar por esse processo, os RNAm são exportadas pelas exportinas para o citosol da célula para fazer a tradução. A partir do momento em que um RNAm se encontra no citoplasma, seu processo de tradução também pode ser regulado. A regulação pode ser mediada por pequenos RNA´s ↓ Pareamento de uma sequência curta de RNA com uma sequência alvo de RNAm. Essa regulação tem como função: ● Inibição da tradução; ● Degradação do RNAm Essa regulação pode ser feita por: MicroRNA(pequenos RNAs NÃO codificantes que funcionam como reguladores traducionais da expressão gênica) - A partir do próprio genoma (endógeno) e siRNA - Originados de genomas exógenos: virais,transposons ou sintetizados em laboratórios. Tradução Iniciação em eucariotos - A sequência iniciadora é detectada pela varredura no mRNA (O primeiro AUG da extremidade 5´,será o códon de iniciação). Alguns fatores influenciam nesse processo pós transcricional. Os microRNAS podem controlar/bloquear a tradução,esse é denominado o controle pós transcricional. Podem ser bloqueados antes de traduzidos. O ligamento de 4E no CAP promove um desempacotamento de RNAm. Nesse processo, uma proteína reconhece o cap da extremidade 5’ dos mensageiros eucarióticos, enquanto que outros fatores proteicos desfazem dobramentos no início do mensageiro. Há a promoção do desenrolamento. O maior intuito do fator é encontrar o AUG para que encontre onde há de começar a tradução. Os fatores são liberados após encontrar o início da tradução, o AUG. Os microRNAs podem interferir na tradução,bloqueando/ silenciando esse processo.Isso ocorre pela degradação do RNA pelo miRNA ou pelo bloqueio de leitura. o RNA é cortado enquanto está no núcleo e assim é exportado para o citosol,onde é clivado pela enzima Dicer para formar miRNA apropriado. O argonauta, em conjunto com outros componentes de RISC, inicialmente associa-se a ambas fitas de miRNA, então cliva e descarta uma delas. A outra fita guia RISC para mRNAs específico pelo pareamento de bases .Se a combinação RNA-RNA for extensa,como visto muitas vezes em plantas,Argonauta civa o RNAm-Alvo,induzindo a sua rápida degradação. Nos mamíferos, a combinação de miRNA e mRNA frequentemente não se estende além da curta região ‘semente’ de sete nucleotídeos próxima da extremidade 5´ do miRNA. Esse pareamento de bases menos extenso induz a inibição da tradução, a desestabilização do mRNA e a transferência do mRNA para os corpos P,nos quais finalmente é degradado. Controle pós transcricional A taxa final de síntese de uma proteína pode, em princípio,ser controlada em qualquer das etapas,listadas em letras maiúsculas.Além disso, o splicing de RNA,a edição de RNA e a tradução recodificada também podem alterar a sequência de aminoácidos em uma proteína,tornando possível para a célula produzir mais de uma variante proteica a partir do mesmo gene.Somente algumas das etapas descritas aqui provavelmente sejam importantes para a regulação de qualquer proteína em particular. Interferência de RNA Os RNAs deinterferência de fita simples são gerados a partir de RNAs de fita dupla.Eles localizam o RNAs-alvo por meio de pareamento de bases e,nesse ponto,como mostrado,vários destinos são possíveis.Existem vários tipo de interferência de RNA:a forma como o RNA de fita dupla é produzido e processado e o destino final de RNA-alvo dependem do sistema em particular. Níveis de regulação gênica 1.Pré transcricional: controle do grau de compactacão do DNA; 2. Transcricional:Controle dos processos de síntese de RNAm. 3.Processamento de RNAm:Controle dos processos de maturação do RNA mensageiro 4.Transporte de RNAm:Controle da exportação do RNAm a partir do núcleo em direção ao citosol; 5.Estabilidade do RNAm:Controle de degradação das moléculas de RNAm. 6.Traducional:Controle dos processos de tradução da fita de RNAm em proteínas pelos ribossomos. 7.Atividade da proteína: Controle sobre a ativação,desativação,degradação ou endereçamento para o compartimento correto.
Compartilhar