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Quimica_Prog10_11_12_20130318


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[1] 
 
 
 
 
 
 
PROGRAMA 
 
 
 
 
QUÍMICA 
10.º, 11.º e 12.º ANOS DE ESCOLARIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
República Democrática de Timor-Leste 
Ministério da Educação 
[2] 
 
PROGRAMA 
QUÍMICA 
10.º, 11.º e 12.º anos de escolaridade 
 
Título: 
Química 
Ano de Escolaridade: 
10.º, 11.º e 12.º Anos 
Autores: 
António José Ferreira 
Mª Otilde Simões (11.º e 12.º ano) 
Cátia Fonseca (10.º ano) 
Mª Arminda Pedrosa 
Coordenadora de disciplina: 
Mª Arminda Pedrosa 
Consultora científica: 
Isabel P. Martins 
Colaboração das equipas técnicas timorenses da disciplina: 
Este Programa foi elaborado com a colaboração de Equipas Técnicas Timorenses 
da Disciplina, sob a supervisão do Ministério da Educação de Timor-Leste 
Design e Paginação: 
Esfera Crítica Unipessoal, Lda. 
Conceção e elaboração: 
Universidade de Aveiro 
Coordenação geral do Projeto: 
Isabel P. Martins 
Ângelo Ferreira 
 
 
 
Projeto - Reestruturação Curricular do Ensino Secundário Geral em Timor-Leste 
Cooperação entre o Ministério da Educação de Timor-Leste, o Instituto Português de 
Apoio ao Desenvolvimento, a Fundação Calouste Gulbenkian e a Universidade de Aveiro 
Financiamento do Fundo da Língua Portuguesa 
[3] 
 
ÍNDICE 
 
PROGRAMAS DE QUÍMICA 
1. VISÃO GERAL DOS PROGRAMAS PARA O CICLO DE ESTUDOS ................................................................. 4 
2. COMPETÊNCIAS A DESENVOLVER PELOS ALUNOS ................................................................................... 6 
2.1 COMPETÊNCIAS GERAIS TRANSVERSAIS ........................................................................................... 6 
2.2 COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS ............................................................................................................ 6 
3. ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DOS PROGRAMAS PARA O CICLO DE ESTUDOS........................................ 8 
4. PROGRAMA DE QUÍMICA – 10.º ANO DE ESCOLARIDADE ..................................................................... 12 
4.1 APRESENTAÇÃO .............................................................................................................................. 12 
4.2 ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DAS UNIDADES TEMÁTICAS ............................................................ 13 
UNIDADE TEMÁTICA A: MATERIAIS, RESÍDUOS E GESTÃO DE RISCOS ............................................................ 14 
UNIDADE TEMÁTICA B: ALIMENTAÇÃO, HIGIENE E SAÚDE ......................................................................... 26 
5. PROGRAMA DE QUÍMICA – 11.º ANO DE ESCOLARIDADE ..................................................................... 35 
5.1 APRESENTAÇÃO .............................................................................................................................. 35 
5.2 ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DAS UNIDADES TEMÁTICAS ............................................................ 36 
UNIDADE TEMÁTICA A: MATÉRIAS-PRIMAS, RECURSOS ENERGÉTICOS E CONSUMO ........................................ 37 
UNIDADE TEMÁTICA B: QUALIDADE DA ÁGUA, AR E SOLOS ........................................................................ 46 
6. PROGRAMA DE QUÍMICA – 12.º ANO DE ESCOLARIDADE ..................................................................... 55 
6.1 APRESENTAÇÃO .............................................................................................................................. 55 
6.2 ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DAS UNIDADES TEMÁTICAS ............................................................ 56 
UNIDADE TEMÁTICA A: SEGURANÇA ALIMENTAR E QUALIDADE AMBIENTAL .................................................. 57 
UNIDADE TEMÁTICA B: MEIOS DE DIAGNÓSTICO E INVESTIGAÇÃO FORENSE .................................................. 65 
7. ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS ........................................................................................................... 72 
8. RECURSOS DIDÁTICOS ............................................................................................................................ 75 
9. AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS ......................................................................................................... 75 
10. BIBLIOGRAFIA DE REFERÊNCIA ............................................................................................................. 77 
 
[4] 
 
 
1. VISÃO GERAL DOS PROGRAMAS PARA O CICLO DE ESTUDOS 
A organização dos programas de Química tem em conta conhecimento construído em 
investigação em educação em ciências, em geral, e particularmente em educação em química. 
Especificamente, fundamenta-se em recomendações de investigação no âmbito dos 
designados movimentos Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS) e de conceções alternativas 
(CA) e em recomendações de estudos internacionais dedicados à avaliação de níveis de 
literacia científica de populações escolares (e.g., sucessivas avaliações no âmbito do programa 
PISA). Investigações em educação em química merecem atenção especial, tendo em vista 
contribuir para melhor definir finalidades e metas de aprendizagem que estimulem os alunos a 
desenvolver um conjunto de competências, em quatro níveis: macroscopicamente observável, 
simbólico, sub-microscópico e contextual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 – Tetraedro dos domínios a considerar em educação em química. 
 
Trata-se de níveis considerados essenciais para aprendizagens significativas em química e 
relevantes numa perspetiva de Educação para o Desenvolvimento Sustentável (EDS), tendo em 
consideração a realidade timorense. 
A disciplina de Química contribuirá para que os alunos desenvolvam, além de competências 
transversais essenciais e de literacia científica, competências específicas para participarem 
ativamente, e numa perspetiva de EDS, na vida das comunidades em que se inserem, e 
inserirão no futuro. 
Procura-se que esta disciplina contribua nomeadamente para: 
 Que os alunos reconheçam a relevância pessoal e social do desenvolvimento de 
competências em química, designadamente para exercícios informados e responsáveis 
de cidadania e para prosseguimento de estudos em domínios científico-tecnológicos; 
 Promover a concretização dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, enquadrando 
conteúdos canónicos de química (conteúdos normalmente tratados numa perspetiva 
 
PROGRAMA DA DISCIPLINA 
QUÍMICA 
Refere-se a caraterísticas 
macroscopicamente observáveis de 
materiais e substâncias e de 
transformações que os envolvem. 
Domínio 
Sub-microscópico 
Domínio 
Simbólico 
Domínio 
Contextual 
Refere-se a contextos, próximos ou 
familiares e a temas abrangentes, 
potencialmente úteis ou interessantes 
para os alunos, adequados a 
subsequentes atividades de 
aprendizagem. 
Refere-se a caraterísticas de 
entidades sub-microscópicas 
de materiais e substâncias e 
transformações respetivas. 
Refere-se a representações de: 
materiais, substâncias, 
entidades constituintes e 
transformações que com eles 
ocorrem. 
Domínio 
Macroscópico 
[5] 
 
disciplinar tradicional orientada para prosseguimento de estudos) em temas mais 
abrangentes, por exemplo consumo, saúde, ambiente, qualidade e segurança, que 
ajudem a contextualizá-los, valorizá-los e relacioná-los com processos que ocorrem no 
dia a dia em situações não escolares. 
As finalidades seguintes articulam-se com as enunciadas para este ciclo de estudos: 
1. Apreciar o valor das ciências, em particular de química, para o progresso científico e 
desenvolvimento económico, social e ambiental; 
2. Compreender a relevância das ciências, em particular de química, para os cidadãos 
comuns, visando contribuir para que os trabalhos científicos sejam respeitados, 
compreendidos e valorizados. Tomar consciência da necessidade e utilidade de 
projetos científicos, cujo desenvolvimento requer recursos, incluindo financiamento; 
3. Compreender o papel de atividades laboratoriaise experimentais na construção de 
conhecimento em química; 
4. Reconhecer a natureza do conhecimento em química e formas como é construído e 
validado; 
5. Compreender o valor de química enquanto corpo de conhecimentos, o seu caráter 
evolutivo e que, enquanto produto de atividade humana, não é, em cada contexto, 
neutra nem isenta de influências pessoais e sociais; 
6. Compreender e explicar, recorrendo a exemplos, de preferência percetíveis 
localmente e com repercussões globais, as interações entre seres humanos, ambiente 
e química; relevar a importância destas interações em perspetivas de 
desenvolvimento sustentável (DS); 
7. Estimular nos alunos o interesse por informação de natureza científica e 
proporcionar-lhes oportunidades para desenvolverem as competências necessárias à 
sua compreensão, de forma a distinguirem entre factos, opiniões e suposições; 
8. Estimular os alunos a avaliarem, com base em critérios pertinentes e de forma crítica, 
o seu próprio trabalho e o dos outros; 
9. Contribuir para o desenvolvimento cultural dos alunos, ajudando-os a compreender 
que química proporciona uma visão do mundo que integra a cultura atual, 
permitindo-lhes continuarem a aprender e tomarem decisões fundamentadas ao 
longo da vida; 
10. Incentivar os alunos a aprender conceitos e teorias relevantes em química que lhes 
permitam desenvolver níveis de linguagem apropriados e dominar convenções 
específicas desta área disciplinar, desenvolvendo um conjunto de conhecimentos 
necessário ao prosseguimento de estudos. 
 
A Química é uma disciplina trienal com três tempos letivos (50 minutos) semanais em cada ano 
deste ciclo de estudos. Em cada ano de escolaridade, dois destes tempos letivos destinam-se 
prioritariamente à realização de atividades práticas, orientadas para a identificação e 
resolução de problemas, centradas nos alunos. Dada a natureza destas atividades, na 
organização dos horários é essencial que estes dois tempos letivos sejam seguidos e que a 
turma esteja dividida em turnos. Esta organização por turnos deve preferencialmente 
articular-se com organização idêntica de outras disciplinas da área CFNM. 
Em cada ano letivo serão abordadas duas unidades temáticas. Cada unidade temática engloba 
diversos subtemas para os quais se especificam os conteúdos a abordar, as metas a atingir e 
atividades práticas e práticas laboratoriais consideradas essenciais. 
[6] 
 
Na seleção da temática geral para cada ano letivo e dos temas respeitantes a cada unidade, 
destacam-se problemas atuais e propostas de solução, tendo por matriz geral de referência os 
Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, especificamente os que pareceram mais facilmente 
relacionáveis com conteúdos canónicos de química. 
 
2. COMPETÊNCIAS A DESENVOLVER PELOS ALUNOS 
2.1 Competências gerais transversais 
Os temas gerais e as unidades temáticas adequam-se a perspetivas de EDS e permitem o 
estabelecimento de articulações horizontais e verticais com outras disciplinas, tanto da 
componente específica «Ciências e Tecnologias», como da componente geral, podendo 
estimular a construção de conhecimentos interdisciplinares. Com efeito, a sua abordagem 
pode ser enriquecida com contributos de diversas disciplinas, tornando-se mais interessante e 
estimulante para os alunos 
Partindo do Plano Curricular do Ensino Secundário Geral e Estratégia de Desenvolvimento, 
transcrevem-se as finalidades formativas da área Ciências e Tecnologias que são suscetíveis de 
ser trabalhadas de forma transversal; reformulam-se as necessárias para explicitar aspetos 
relativos a Química: 
A. Compreensão pelos alunos de condições materiais e humanas necessárias para 
resolver ou mitigar alguns problemas, bem como da importância de mobilizar 
competências em ciências e tecnologias nesses processos de resolução, ou mitigação; 
B. Promoção nos alunos de tomadas de consciência sobre problemáticas atuais, com 
dimensões científicas e tecnológicas, que sejam importantes numa perspetiva de 
educação para exercícios de cidadania e relacionáveis com química; 
C. Promoção de condições para ajudar os alunos a relacionar conhecimentos construídos 
em Química, relacionando-os com processos de cariz social e com os construídos 
noutras disciplinas científico-tecnológicas e noutras áreas disciplinares; 
D. Consolidação de competências linguísticas, nucleares em Química, comunicação 
interpessoal e desenvolvimento pessoal e social; 
E. Desenvolvimento pelos alunos de uma formação sólida em Química, que, além de 
conceitos e processos, contemple o desenvolvimento de competências de pensamento 
crítico e de argumentação; 
F. Aplicação de conhecimentos de química em questões pessoal ou socialmente 
relevantes, que envolvam também outras dimensões, por exemplo éticas, com vista à 
promoção de literacia científica e à integração de EDS em Química. 
 
2.2 Competências específicas 
Os temas gerais, as unidades temáticas, os subtemas e os conteúdos selecionados devem ser 
entendidos de forma flexível e permeável a contextos localmente relevantes. 
Simultaneamente, apresentam-se claros relativamente ao que ensinar, de modo que as 
atividades educativas contribuam para que os alunos efetivamente desenvolvam 
competências, numa perspetiva de cidadania ativa e de prosseguimento de estudos. Para tal, é 
necessário assegurar a concretização de diversas condições, em particular as necessárias para 
que interpretações pessoais não comprometam ou adulterem finalidades educativas definidas. 
Esta perspetiva requer clareza nos conteúdos a abordar, os quais incluem os contextos 
[7] 
 
utilizados para enquadrar conteúdos canónicos de química, ou seja, os conteúdos a abordar 
não devem restringir-se a conteúdos canónicos de química, devendo estes apresentar-se 
integrados em contextos pessoal e/ou socialmente relevantes. 
Pretende-se que a Química, nos três anos do Ensino Secundário, contribua de forma decisiva 
para que os alunos, em geral, desenvolvam o conjunto de competências específicas que se 
enunciam a seguir com referência a cada aluno. 
O aluno deverá ser capaz de: 
1. Caraterizar objetos de estudo de química, enunciar e aplicar conceitos, princípios e 
teorias de química no âmbito da natureza da matéria e suas transformações, 
propriedades físicas e químicas de substâncias e aplicações correlacionadas; 
2. Desenvolver raciocínio, espírito crítico e outras competências necessárias para 
resolver problemas, em particular as referentes a observar, inferir, classificar, prever, 
medir, formular e testar hipóteses, controlar variáveis, interpretar dados, planear e 
executar experiências; 
3. Utilizar construções teórico-conceptuais apropriadas para explicar relações entre a 
estrutura da matéria e as suas propriedades, bem como as transformações que 
ocorrem em reações químicas; 
4. Conhecer e identificar terminologia específica de química e utilizá-la corretamente em 
diversas situações: contextos escolares com conteúdos canónicos para explicar 
expressões científicas integradas em contextos quotidianos diversos dos de química 
escolar, de ora em diante designados outros quotidianos; para interpretar linguagens 
utilizadas nestes e relacioná-las com linguagem científica, em particular terminologia 
específica de química; 
5. Relacionar experiências ou observações realizadas em contextos de química com 
situações e experiências de outros quotidianos; 
6. Compreender que os processos que se desenvolveram e se desenvolvem em química 
tiveram, e têm, consequências positivas e negativas; 
7. Obter informação proveniente de diversas fontes, utilizando também tecnologias de 
informação e comunicação, analisar e avaliar o seu conteúdo; 
8. Desenvolver competências para organizar e realizar trabalho, individualmente e em 
grupo, e para comunicar ideias, oralmente e por escrito, usando linguagem adequada 
e terminologia científica correta; 
9. Desenvolver atitudes necessáriasà construção de conhecimentos no contexto da 
realização de atividades em química, designadamente curiosidade, perseverança e 
rigor; 
10. Ponderar e avaliar argumentos sobre assuntos socialmente controversos que 
envolvam dimensões científicas e tecnológicas, em particular de química, numa 
perspetiva de aprendizagem ao longo da vida. Ou seja, proporcionar oportunidades 
de formação que ajudem os alunos a, no futuro, acompanharem desenvolvimentos 
científico-tecnológicos e avaliarem a sua importância numa perspetiva de DS; 
11. Procurar compreender informação relativa a desenvolvimentos científico-
tecnológicos e avaliar a sua importância para promover DS; 
12. Numa perspetiva de DS, compreender quais os aspetos que, em situações concretas, 
têm de ser ponderados, ou devem ser ponderados, na tomada de decisões; 
13. Pesquisar, selecionar e utilizar informações de química (em materiais impressos e por 
via eletrónica) para formar opiniões pessoais fundamentadas; 
[8] 
 
14. Usar corretamente terminologia técnico-científica, símbolos e unidades; 
15. Manipular reagentes com segurança e confiança, reconhecendo os perigosos e 
respeitando escrupulosamente normas para a sua manipulação; 
16. Utilizar diversas competências manipulativas associadas à realização de atividades 
laboratoriais; 
17. Realizar diversas atividades laboratoriais, respeitando normas de segurança e 
aplicando técnicas apropriadas; 
18. Formular hipóteses relativas ao que prevê vir a observar em atividades laboratoriais; 
19. Preparar registos de dados referentes a atividades laboratoriais, analisá-los e discuti-
los com base em modelos ou quadros teóricos pertinentes; 
20. Interpretar os resultados obtidos e confrontá-los com as hipóteses previamente 
formuladas e/ou com outros que sirvam como referência; 
21. Discutir a validade dos resultados obtidos, tendo em conta limites relativos a 
observadores, técnicas e instrumentos utilizados; 
22. Reformular o planeamento de atividades laboratoriais e justificar as alterações 
propostas com base na interação entre modelos ou quadros teóricos pertinentes e 
resultados obtidos. 
 
3. ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO PROGRAMA PARA O CICLO DE 
ESTUDOS 
Os programas da disciplina de Química foram concebidos para ajudar a formar cidadãos 
capazes de refletirem sobre conhecimentos de química e sobre a sua importância para 
percecionarem problemas que atualmente afetam as sociedades, a diversos níveis incluindo o 
local, nacional e global, numa perspetiva de cidadania ativa e no sentido de melhorar a 
qualidade de vida dos timorenses num quadro mais amplo de sustentabilidade do sistema 
Terra. Neste quadro, desenvolver competências que permitam percecionar os problemas 
constitui um requisito essencial, porque inerente a necessidades de se identificarem causas, 
consequências e atores sociais intervenientes. Estas identificações, por seu turno, são 
requeridas para que os alunos compreendam a multiplicidade de papéis que, numa perspetiva 
de sustentabilidade, competem a diversos atores sociais, incluindo eles próprios, as suas 
famílias e comunidades locais. 
Os programas de Química distribuem-se por três anos de escolaridade (10.º, 11.º e 12.º anos), 
integrando cada ano duas unidades temáticas. A figura 2 apresenta as diferentes unidades 
temáticas exploradas em Química e a sua distribuição por anos de escolaridade. 
 
 
 
[9] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 – Esquema conceptual dos programas de Química. 
[10] 
 
A tabela 1 mostra os temas gerais e as unidades temáticas para cada ano letivo. 
 
Ano / Tema Geral Unidade Temática 
10.º Ano 
Sobrevivência e Qualidade de Vida 
A – Materiais, Resíduos e Gestão de Riscos 
B – Alimentação, Higiene e Saúde 
11.º Ano 
Recursos Materiais e Sustentabilidade 
Ambiental 
A – Matérias-primas, Recursos Energéticos e Consumo 
B – Qualidade da Água, Ar e Solos 
12.º Ano 
Controlo de Qualidade, Saúde e Segurança 
A – Segurança Alimentar e Qualidade Ambiental 
B – Meios de Diagnóstico e Investigação Forense 
Tabela 1 – Temas gerais e unidades temáticas 
 
Os subtemas estão mais próximos de conteúdos canónicos de química. Desta forma, pretende-
se que os alunos aprendam química em múltiplas dimensões, incluindo tomadas de 
consciência de questões relativas a DS. Simultaneamente, pretende-se contribuir para que os 
alunos desenvolvam competências e clarifiquem projetos de vida compatíveis com perspetivas 
de DS. Estes projetos podem englobar o prosseguimento de estudos em ciências e tecnologias, 
incluindo áreas afins de química. 
As tabelas 2, 3 e 4 mostram as unidades temáticas para cada ano de escolaridade e os 
subtemas que as integram. 
 
 
Ano – Unidade Temática Subtemas 
10.º Ano 
A – Materiais, Resíduos e Gestão de Riscos 
1. Classificação dos Materiais 
2. Tabela Periódica dos Elementos Químicos 
3. Técnicas de Separação e Purificação 
4. Reações Químicas 
10.º Ano 
B – Alimentação, Higiene e Saúde 
1. Soluções – Caraterísticas e Composição 
2. Estrutura da Matéria 
3. Ligações Intermoleculares 
Tabela 2 – Subtemas para o 10.º ano. 
 
 
 
 
 
 
[11] 
 
Ano – Unidade Temática Subtemas 
11.º Ano 
A – Matérias-primas, Recursos Energéticos e 
Consumo 
1. Quantidade de Matéria e Cálculos 
Estequiométricos 
2. Compostos Orgânicos 
3. Energia em Reações Químicas 
11.º Ano 
B – Qualidade da Água, Ar e Solos 
1. Equilíbrio Químico 
2. Equilíbrios de Ácido-Base 
3. Dissoluções e Equilíbrios de Solubilidade 
4. A Química da Atmosfera 
Tabela 3 – Subtemas para o 11.º ano. 
 
 
 
Ano – Unidade Temática Subtemas 
12.º Ano 
A – Segurança Alimentar e Qualidade Ambiental 
1. Medições em Química 
2. Reações em Solução Aquosa 
3. Oxidação-redução 
12.º Ano 
B – Meios de Diagnóstico e Investigação Forense 
1. Estrutura Eletrónica em Átomos e Moléculas 
2. Química Nuclear 
3. Ligações intermoleculares 
Tabela 4 – Subtemas para o 12.º ano. 
 
No que respeita à componente laboratorial, além de atividades laboratoriais de demonstração 
e ilustração, estabelecem-se também atividades práticas laboratoriais, a realizar pelos alunos, 
trabalhando em pequenos grupos, sob orientação do professor. Estas atividades devem 
realizar-se nas aulas que funcionem em turnos, cuja dimensão, além de razões de foro 
pedagógico, deve ter em conta razões logísticas e de segurança. 
As atividades práticas laboratoriais definem-se tendo em conta os seguintes critérios: 
1. Exequibilidade, face às condições humanas e materiais existentes. Previsão de 
viabilidade utilizando materiais laboratoriais simples; 
2. Potencialidade para evolução e extensão, em função de melhorias aos níveis de 
condições materiais, formação de professores, aprendizagens efetivas dos alunos e 
tempo disponível; 
3. Grau de abertura elevado e proximidade em relação à natureza do trabalho científico, 
de acordo com práticas pedagógicas alicerçadas em investigação pertinente; 
4. Estreita articulação com o tema geral, unidades temáticas, subtemas e conteúdos 
definidos; 
5. Moderação no número de atividades práticas laboratoriais essenciais a realizar, o que 
permitirá dispor de várias aulas por atividade prática laboratorial. 
 
[12] 
 
 
 
4.1 APRESENTAÇÃO 
Na seleção da temática geral e dos temas respeitantes a cada unidade, destacam-se problemas 
atuais e propostas de solução, tendo por matriz os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, 
especificamente os que parecem mais facilmente relacionáveis com química. 
No 10.º ano o programa divide-se em duas unidades temáticas, com base na abordagem do 
tema geral, Sobrevivência e Qualidade de Vida. As duas unidades temáticas são: 
 Unidade temática A – Materiais, Resíduos e Gestão de Riscos; 
 Unidade temática B – Alimentação, Higiene e Saúde. 
 
A escolha deste tema Sobrevivência e qualidade de vida permite integrar dois Objetivos de 
Desenvolvimento do Milénio (Objetivo 4,Reduzir a mortalidade infantil e Objetivo 6, Combater 
a SIDA, malária e outras doenças) tendo ainda em conta diversas relações entre conhecimento 
químico e problemáticas relacionadas com sobrevivência e qualidade de vida, nomeadamente 
as relações entre: 
 Classificação de materiais, a sua rotulagem e acidentes, em particular os acidentes 
infantis; 
 Técnicas de separação e purificação e obtenção de água potável; 
 Tabela Periódica e propriedades de elementos químicos, como toxicidade; 
 Reações químicas e a eliminação de resíduos por combustão; 
 Composição quantitativa de soluções, estabelecimento de doses e a realização de 
diluições; 
 Estrutura da matéria, componentes ativos em medicamentos e produtos de higiene; 
 Forças intermoleculares e atuação de produtos de higiene e limpeza. 
 
Além de várias atividades laboratoriais, sugeridas como demonstração, apontam-se três 
atividades laboratoriais que devem ser realizadas pelos alunos, organizados em pequenos 
grupos. 
1. Separação de componentes de uma mistura-problema: trabalho de pesquisa, isto é, 
atividades de resolução de problemas que incluam também atividade laboratorial. Por 
exemplo, separar componentes de água residual doméstica, água de pântano, água de 
uma salina, água de maré negra, água do mar, água residual de oficina. 
2. Preparação de soluções: atividade exploratória, isto é, inclui discussão de dificuldades 
sentidas durante o processo e de limitações identificáveis na solução final obtida 
(nomeadamente incerteza, grau de pureza e assepsia). Por exemplo, recorrendo a 
processos de diluição, produzir uma solução que possa funcionar como medicamento: 
soro fisiológico ou desinfetante. 
3. Testes laboratoriais de solubilidade: atividade experimental, isto é, envolve 
manipulação e controlo de variáveis, como a temperatura, a massa de soluto, o 
volume de solvente, o tempo de agitação, etc. Por exemplo, testar a solubilidade de 
possíveis componentes ativos de medicamentos em vários solventes. 
 
PROGRAMA DA DISCIPLINA 
QUÍMICA 
10.º ANO DE ESCOLARIDADE 
[13] 
4.2 ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DAS UNIDADES TEMÁTICAS 
A diversidade de materiais e a constante procura de novas aplicações úteis à humanidade conduz à evolução do conhecimento científico, em geral, e, em particular, 
de química. Os progressos científico-tecnológicos resultam de necessidades diversas, incluindo as que se sentem no quotidiano. Por um lado, relacionam-se com 
necessidades associadas à sobrevivência, por exemplo referentes a alimentação, higiene e saúde. Por outro lado, resultam de estímulos que dão resposta a um 
incessante ímpeto consumista, proporcional à dependência de novos materiais e a avanços tecnológicos, que se vinculam a novos costumes pessoais e sociais. O 
consumo pode relacionar-se com problemas de sustentabilidade relativamente à utilização de recursos materiais e com perceções de necessidades diversas, as 
quais também dependem de contextos em que cada um vive, podendo relacionar-se com parâmetros utilizados para caraterizar DS e conceções de qualidade de 
vida. 
É, assim, imperativo que os alunos, enquanto cidadãos e consumidores, desenvolvam competências essenciais para tomar decisões orientadas por preocupações e 
princípios de DS. É igualmente nesta perspetiva de DS que se procura relacionar os conteúdos abordados ao longo do 10.º ano de escolaridade com os Objetivos de 
Desenvolvimento do Milénio, com foco no Objetivo 4: Reduzir a mortalidade infantil e no 6: Combater a SIDA, malária e outras doenças. Também nesta perspetiva, 
é essencial desenvolver competências em química. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3 – Organização do programa do 10.º ano. 
[14] 
Unidade Temática A: Materiais, resíduos e gestão de riscos 
O tema Materiais, resíduos e gestão de riscos justifica-se pela sua pertinência face à diversidade de materiais, às formas como são utilizados, armazenados, 
transportados e eliminados. A classificação de materiais baseia-se em critérios diferenciados, por exemplo perigosidade (grau ou tipo), o que pressupõe utilizações 
e conhecimentos específicos. A classificação é também importante em gestão de resíduos. Uma adequada gestão de resíduos, além de pressupor o envolvimento 
dos cidadãos, pressupõe conhecimentos em química, designadamente de diversas caraterísticas de elementos químicos, técnicas de separação de substâncias e 
purificação, bem como de reações químicas, em particular reações de combustão. 
Os conhecimentos de química a mobilizar nesta unidade temática integram-se em quatro subtemas: 
Subtema A.1 – Classificação dos Materiais 
Subtema A.2 – Tabela Periódica dos Elementos Químicos 
Subtema A.3 – Técnicas de Separação e Purificação 
Subtema A.4 – Reações Químicas 
 
Subtema A.1 - Classificação dos Materiais 
 
Classificar materiais surge como uma necessidade face à diversidade de proveniências, caraterísticas e aplicações, sendo igualmente necessário para estruturar conhecimentos. 
Para classificar materiais, em química, recorre-se a diversos critérios, por exemplo estado físico, que tem implicações práticas, nomeadamente no que respeita ao transporte, 
armazenamento e manuseamento. Uma outra classificação amplamente usada baseia-se no conceito de substância, central em química, e está intimamente ligada à estrutura da 
matéria. A classificação pela perigosidade de substâncias, e suas misturas, é particularmente importante em termos tecnológicos e sócio-ambientais, por ter implicações para a 
segurança individual, coletiva e ambiental. 
 
Conteúdos Metas de aprendizagem Atividades práticas e práticas laboratoriais essenciais 
 
A.1.1 Classificação pelo estado 
físico 
 
 Estados físicos 
 Mudanças de estado 
 Ponto de fusão 
 Ponto de ebulição 
 
 
 
 
a) Identifica mudanças de estado físico em casos concretos do 
quotidiano, atribuindo-lhes nomes: vaporização (evaporação e 
ebulição), condensação, fusão, solidificação (congelação) e 
sublimação; explicita que numa mudança de estado não há 
modificação da natureza da substância. 
 
 
b) Descreve os estados físicos a nível sub-microscópico em termos 
de agregação das partículas, * relaciona o estado de agregação a 
nível sub-microscópico com propriedades macroscópicas. 
 
 
 Analisar e interpretar: 
 Representações (esquemas, figuras) relativas a mudanças de 
estado; 
 Descrições de situações em que ocorrem mudanças de estado; 
 Representações de estados físicos a nível sub-microscópico, 
incluindo limitações dessas representações. 
 
 Realizar exercícios de aplicação sobre: 
 Identificação de estados físicos ou mudanças de estado a partir das 
suas representações ou descrições; 
[15] 
 
 
 
 
 
 
 
c) Carateriza ponto de fusão e ponto de ebulição de substâncias, 
reconhece que dependem da pressão a que estão sujeitas; * 
identifica o estado físico de uma substância, a partir do 
conhecimento dos pontos de fusão e de ebulição e da 
temperatura e pressão a que se encontra. 
 
 
 Identificação do estado físico predominante a partir de informações 
sobre os pontos de fusão e de ebulição; 
 Relações entre propriedades macroscópicas e sub-microscópicas 
(por exemplo: a mobilidade elevada e compacticidade elevada das 
partículas nos líquidos implica que estes tenham forma variável e 
volume constante). 
 
A.1.2 Classificação das misturas 
e das substâncias 
 
 Substâncias 
 Fórmulas químicas 
 Misturas de substâncias 
 Substâncias puras 
 Misturas homogéneas 
 Misturas heterogéneas 
 Substâncias elementares 
 Substâncias compostas 
 
a) Associa a designação de substância a um material com 
composição química bem definida, o que se traduz por uma 
fórmula química. 
 
b) Explica que a generalidade dos materiais são misturas de 
substâncias, de composição variável, dando alguns exemplos. 
 
c) Associa a designação substâncias puras a materiais constituídos 
por uma única substância, referindo que estes materiais 
apresentampropriedades bem definidas, nomeadamente estado 
físico, ponto de fusão e ponto de ebulição; *identifica alguns 
materiais em que predomina uma substância e cujo grau de 
pureza (elevado) permite considerá-los substâncias puras. 
 
d) * Distingue o termo puro em contexto químico e noutros 
contextos (por exemplo bacteriologicamente puro ou 
naturalmente puro). 
 
e) Aplica os conceitos de ponto de fusão e de ebulição, utilizando-
os como critérios de pureza. 
 
f) Classifica, por observação a olho nu ou por descrição, misturas 
como sendo homogéneas ou heterogéneas; * carateriza 
misturas homogéneas e heterogéneas (por exemplo, quando se 
apresentam uniformes em toda a sua extensão ou quando é 
possível distinguir constituintes a olho nu). 
 
g) Classifica substâncias como elementares ou compostas, 
recorrendo às respetivas fórmulas químicas ou nomes 
sistemáticos; 
* designa as substâncias elementares também por «substâncias 
simples» e as substâncias compostas também por «compostos». 
 Analisar a composição de materiais recorrendo a rótulos ou etiquetas e 
classificá-los como misturas de substâncias ou como substâncias puras. 
 
 Classificar misturas como homogéneas ou heterogéneas: 
 Por observação de materiais ou de suas imagens; 
 Por análise de informação de rótulos e etiquetas. 
 
 Classificar substâncias em compostas ou elementares a partir de: 
 Representações simbólicas (por ex. fórmulas químicas); 
 Nomes sistemáticos. 
 
 Realizar exercícios de aplicação que visem: 
 Classificar materiais, por observação e por análise de informação, 
nomeadamente em rótulos e etiquetas; 
 Classificar substâncias em compostas ou elementares; 
 Interpretar fórmulas químicas ao nível sub-microscópico (água, 
H2O, é formada por moléculas, cada uma com dois átomos de 
hidrogénio e um de oxigénio; ferro, Fe, é formado por uma 
estrutura com átomos de ferro; sal, NaCl, é formado por uma 
estrutura em que existem os elementos sódio e cloro; Néon, Ne, é 
formado por átomos do elemento com o mesmo nome). 
 
 Realizar a determinação laboratorial do ponto de ebulição (ou de 
fusão) da água – atividade prática laboratorial de demonstração. 
 
[16] 
A.1.3 Classificação pela 
perigosidade 
 
 Informação de segurança 
 Símbolos de perigo 
 Equipamento de proteção 
individual 
 
a) Interpreta um sistema básico de classificação de perigosidade 
para materiais (produtos químicos), incluindo simbologia usada e 
graduação de perigo. 
 
b) Enuncia a regra mais importante relativa ao armazenamento de 
produtos perigosos: «manter fora do alcance das crianças». 
 
c) Enumera equipamentos de proteção individual (EPI) usados na 
manipulação de produtos químicos; * identifica limitações no 
uso de EPI (por exemplo: máscara para poeiras não protegem de 
vapores e gases; as luvas de borracha não proporcionam 
proteção universal, etc.) 
 
d) Consulta informação de segurança, disponível nos rótulos ou em 
Fichas de Dados de Segurança (por exemplo: informação sobre 
riscos, conselhos de segurança e símbolos de perigo), para gerir 
riscos na utilização de produtos químicos, assim como na sua 
eliminaçã0, em situações concretas. 
 Analisar e interpretar: 
 Informação e símbolos de perigo em rótulos e etiquetas; 
 Informação de segurança em casos concretos (etanol, acetona, 
ácido sulfúrico, hidrogénio, naftaleno, etc.). 
 
 Realizar exercícios de aplicação para: 
 Associar símbolos e respetivas designações e/ou definições; 
 Agrupar e hierarquizar materiais de acordo com a perigosidade; 
 Selecionar EPI. 
 
 Elaborar trabalho de pesquisa sobre perigosidade de um produto (em 
alternativa). 
 
 
* Assinala nível de desempenho superior (ver Orientações metodológicas). 
 
[17] 
Subtema A.2 - Tabela Periódica dos Elementos Químicos 
 
A organização sistemática dos diversos elementos químicos na Tabela Periódica, traduzindo a periodicidade das suas propriedades, proporcionou uma das sínteses de 
conhecimento científico mais interessantes e úteis. É, pois, imprescindível que os alunos desenvolvam não só conhecimentos sobre esta importante fonte de informação, como 
também competências para a consultarem, analisarem e recolherem informações sobre diversas propriedades, tanto relativas a elementos como às correspondentes substâncias 
elementares. Para explorar o mundo material, o conceito de átomo e o conhecimento da sua constituição são incontornáveis. Estes conhecimentos são fundamentais para se 
compreender a constituição da matéria a nível sub-microscópico e a sistematização de propriedades atingida em diversas versões da Tabela Periódica. São também necessários para 
se compreenderem práticas quotidianas que se recomendam numa perspetiva de proteção ambiental, por exemplo no âmbito da gestão de resíduos perigosos. 
 
Conteúdos Metas de aprendizagem Atividades práticas e práticas laboratoriais essenciais 
 
A.2.1 Estrutura atómica 
 
 Elementos químicos 
 Átomos 
 Iões 
 Protões, neutrões e eletrões 
 Número atómico 
 Número de massa 
 Isótopos 
 Massa atómica relativa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a) Interpreta a composição de materiais identificando, através das fórmulas 
químicas apresentadas, elementos químicos constituintes. 
 
b) * Explica que qualquer material é constituído por elementos químicos, aos 
quais correspondem símbolos químicos, que existem em número limitado 
(pouco mais de uma centena) e cuja sistematização se apresenta na Tabela 
Periódica. 
 
c) Descreve os átomos como unidades estruturais da matéria constituídos por 
protões, neutrões e eletrões, e utiliza-os para explicar a existência de 
moléculas e iões. 
 
d) Caracteriza protões, neutrões e eletrões, em termos de carga elétrica, e 
refere que o átomo, tendo igual número de protões e eletrões, é 
eletricamente neutro; * refere que a massa do protão é praticamente igual 
à massa do neutrão, sendo a massa do eletrão desprezável relativamente 
àquelas. 
 
e) Descreve a constituição dos átomos identificando o núcleo, com protões e 
neutrões, e os eletrões, exteriores ao núcleo, em número igual ao de 
protões. 
 
f) Caracteriza os elementos pelo número atómico, Z, ou seja, pelo número de 
protões. 
 
g) Caracteriza os átomos pelo seu número atómico, Z, pelo número de massa, 
A, e pelo símbolo químico; usa a notação . 
 
 Analisar rótulos de produtos alimentares, de limpeza, bulas 
de medicamentos ou boletins de análises para, através de 
nomes sistemáticos e fórmulas químicas, identificar os 
elementos químicos presentes. 
 
 Realizar exercícios de aplicação para: 
 Utilizar a notação , ou descrição similar, para 
caracterizar átomos, iões e isótopos de elementos; 
 Determinar a carga de iões por soma algébrica da carga 
de protões, neutrões e eletrões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
XAZ
XAZ
[18] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A.2.2 O modelo quântico do 
átomo e a estrutura eletrónica 
 
 Modelo quântico 
 Quantização da energia 
 Níveis e subníveis de 
energia 
 Orbitais 
 Nuvens eletrónicas 
 Notação spdf 
 Forma e orientação das 
orbitais 
 Configuração eletrónica 
 Spin 
 Eletrões de valência 
 Fotão 
 Efeito fotoelétrico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
h) Identifica átomos pertencentes ao mesmo elemento químico mas que são 
diferentes entre si, por não terem o mesmo número de neutrões, 
designando-os por isótopos. 
 
i) Explica a utilidade do conceito de massa atómica relativa com base em 
argumentos de escala ao nível sub-microscópico – a massa dos átomos é 
extremamente reduzida. Refere como termo de comparação 1/12 da massa 
do átomo de carbono-12. 
 
j) * Caracteriza massa atómica relativa de um elemento químico, explicitando 
a contribuição dos seus isótopos naturais através das massas isotópicas 
relativas e respetivas abundâncias. 
 
 
a) Explica que, de acordo com o modelo atómico mais atual – modelo 
quântico –, a energia dos eletrões no átomo está quantizada, isto é, só 
pode assumir certos valoresassociados a níveis e subníveis de energia. 
 
b) Explica que o modelo quântico descreve o comportamento dos eletrões nos 
átomos através de orbitais, as quais se representam através de nuvens 
eletrónicas, * que traduzem a possibilidade (probabilidade) de encontrar o 
eletrão no espaço exterior ao núcleo atómico; * explica diferentes 
representações de nuvens eletrónicas. 
 
c) Interpreta a notação spdf (por exemplo: 2py2 representa dois eletrões cujo 
comportamento é descrito por uma orbital de um subnível do 2º nível de 
energia, com a nuvem eletrónica em forma de haltere, referindo-se y á 
orientação dessa orbital no espaço); * explicita que a forma das orbitais 
pode ser esférica – orbitais s –, em forma de haltere – orbitais p –, ou em 
forma de trevo (e outras) – orbitais d –, e que as orbitais podem ter 
diferentes orientações: por exemplo, px, py e pz. 
 
d) Interpreta a configuração eletrónica de um átomo como correspondendo à 
distribuição dos seus eletrões por orbitais, a qual obedece a uma ordem, 
baseada em princípios e regras; refere que no estado fundamental só é 
permitida uma configuração eletrónica (por exemplo 11Na – 1s2 2s2 2p6 3s1); 
* refere que cada orbital comporta no máximo dois eletrões, os quais terão 
spins diferentes, representando esta situação por . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Analisar e interpretar: 
 Esquemas que representem a quantização de energia 
eletrónica em átomos; 
 Diferentes representações de orbitais; 
 Configurações eletrónicas em casos particulares; 
 Informação sobre configurações eletrónicas em tabelas 
periódicas. 
 
 Realizar exercícios de aplicação para retirar informação a 
partir de configurações eletrónicas e da tabela periódica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
[19] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A.2.3 Tabela Periódica e 
substâncias elementares 
 
 Tabela Periódica 
 Grupos e períodos 
 Elementos representativos 
 Elementos de transição 
 Metais e não-metais 
 Propriedades de substâncias 
elementares 
 Alótropos 
 Famílias de substâncias 
elementares 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
e) Utiliza configurações eletrónicas, por exemplo disponíveis em tabelas 
periódicas, para apurar o número de eletrões de valência. 
 
f) * Explica que a quantização da energia é uma propriedade intrínseca do 
mundo quântico (sub-microscópico), assim como de todas as radiações 
eletromagnéticas. 
 
g) * Interpreta o efeito fotoelétrico (ejeção de eletrões por um metal quando 
nele incide determinado tipo de radiação) com base na interação de fotões 
com eletrões, explicitando a importância deste efeito em Física. 
 
h) Enumera famílias de substâncias elementares (gases nobres, metais 
alcalinos, halogéneos); * relaciona algumas propriedades caraterísticas para 
cada família com utilizações concretas. 
 
 
 
a) Interpreta a organização da Tabela Periódica em termos de grupos e 
períodos, de elementos representativos e de transição, bem como de 
metais e não-metais. 
 
b) Associa, para os elementos representativos, grupo e período a eletrões de 
valência: o grupo ao número de eletrões de valência e o período ao nível de 
energia. 
 
c) Interpreta, com base no posicionamento dos elementos químicos na Tabela 
Periódica, a existência de alguns elementos essencialmente na forma de 
iões (por exemplo o sódio ocorre na forma Na+ em compostos iónicos, 
como o cloreto de sódio). 
 
d) Identifica propriedades das substâncias elementares: estado físico, ponto 
de fusão, ponto de ebulição e caráter metálico. 
 
e) Aponta exemplos de alótropos e indica que, apesar de constituídos pelo 
mesmo elemento químico, são substâncias diferentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Analisar as informações de uma Tabela Periódica, e 
interpretar informações relativas a elementos (por exemplo, 
número atómico, número de massa) e a substâncias 
elementares (por exemplo, estado físico, ponto de ebulição 
e fusão). 
 
 Realizar exercícios de aplicação para identificar grupo e 
período de um elemento, ou elementos pertencentes ao 
mesmo grupo ou período, a partir de informações variadas 
(eletrões de valência, níveis de energia, notação AZX, 
configuração eletrónica). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
[20] 
A.2.4 Tabela Periódica e 
elementos 
 
 Propriedades de elementos 
químicos 
 Reatividade 
 Toxicidade e essencialidade 
 Caráter metálico 
 Energia de ionização 
 Afinidade eletrónica 
a) Identifica propriedades associáveis aos elementos químicos: reatividade; 
toxicidade e essencialidade; caráter metálico. 
 
b) Descreve a reatividade em grupos específicos: gases nobres; metais 
alcalinos; halogéneos. 
 
c) Relaciona a reatividade dos elementos com energia de ionização e 
afinidade eletrónica identificando regularidades e padrões de variação na 
Tabela Periódica; * explica requisitos incluídos nas definições de energia de 
ionização e de afinidade eletrónica. 
 
d) Distingue propriedades de elementos das propriedades de correspondentes 
substâncias elementares, designadamente referentes a toxicidade (por 
exemplo: o ozono, substância elementar, é tóxico, embora toxicidade não 
seja caraterística intrínseca do elemento oxigénio. Já no caso do elemento 
chumbo a toxicidade pode considerar-se intrínseca, pois esta caraterística é 
quase sempre independente da forma em que este elemento se encontra). 
 Analisar as informações de uma Tabela Periódica e 
interpretar as informações relativas a elementos e a eles 
associáveis. 
 
 Realizar exercícios de aplicação para: 
 Caraterizar a reatividade de elementos pertencentes a 
um mesmo grupo, para vários grupos específicos; 
 Distinguir propriedades de elementos das de substâncias 
elementares. 
 
 Elaborar um trabalho de pesquisa sobre um elemento 
químico (em alternativa – ver Orientações Metodológicas). 
 
 
 
[21] 
 
Subtema A.3 - Técnicas de Separação e Purificação 
 
As técnicas de separação de misturas permitem, idealmente, a obtenção de substâncias puras. Efetivamente, permitem separar substâncias com graus de pureza tais que, para 
efeitos práticos, se consideram substâncias puras. No dia a dia, estas técnicas revestem-se de particular importância, por exemplo na indústria petroquímica para separar os 
derivados do petróleo. As técnicas usadas na separação de misturas heterogéneas têm importantes aplicações em diversos domínios. Destacam-se aplicações no tratamento de 
águas residuais e no processamento de resíduos sólidos urbanos. Já as técnicas de separação de misturas homogéneas podem ser usadas, por exemplo, no tratamento de água para 
consumo humano – essencial para preparar alimentos numa perspetiva de prevenção de doenças e de promoção de saúde. Para assegurar o controlo de qualidade, em particular 
da água para consumo humano, é importante distinguir entre desinfeção e purificação. 
 
Conteúdos Metas de aprendizagem Atividades práticas e práticas laboratoriais essenciais 
 
A.3.1 Técnicas de separação e 
suas aplicações 
 
 Purificação 
 Desinfeção 
 Impurezas 
 Contaminantes 
 
 
 
A.3.2 Separação de 
componentes de misturas 
heterogéneas 
 
 Decantação 
 Filtração 
 Centrifugação 
 Peneiração 
 Separação magnética 
 
 
 
 
 
 
 
a) * Explica o que são impurezas do ponto de vista químico; 
* Explica o que são contaminantes. 
 
b) Distingue purificação (uso de técnicas de separação para 
remover impurezas) de desinfeção (processo de inativação de 
microrganismos); explica que a água potável deve ser 
bacteriologicamente pura mas não quimicamente pura, * ainda 
que não deva conter contaminantes. 
 
 
a) Identifica, por descrição, representação ou definição, técnicas 
usadas para separar componentes de misturas heterogéneas: 
decantação; filtração; centrifugação; peneiração; separação 
magnética. 
 
b) * Pesquisa, interpreta e usa informação sobre técnicas de 
separação (definição, descrição, aplicações, limitações): filtração; 
decantação; centrifugação; peneiração; separação magnética.c) Assinala técnicas de separação de misturas heterogéneas 
particularmente úteis no processamento de Resíduos Sólidos 
Urbanos, águas residuais e efluentes gasosos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Analisar e interpretar representações e definições de técnicas de 
separação. 
 
 Analisar sequências de técnicas de separação que permitam separar 
vários componentes a partir de misturas. 
 
 Elaborar trabalho de pesquisa sobre técnicas de separação e suas 
aplicações (em alternativa – ver Orientações Metodológicas). 
 
 
 
 
 
 
 
[22] 
A.3.3 Separação de 
componentes de misturas 
homogéneas 
 
 Destilação 
 Cristalização 
 Centrifugação 
 Adsorção 
 Absorção 
 Extração 
 Diálise 
 Osmose inversa 
 
 
A.3.4 Separação de 
componentes de uma mistura-
problema 
 
 Regras gerais de segurança 
 Procedimentos laboratoriais 
básicos 
 Regras de segurança 
específicas 
a) Identifica, por descrição, esquema ou definição, técnicas de 
separação aplicáveis a misturas homogéneas: destilação, 
cristalização, adsorção, absorção, extração, diálise, osmose e 
osmose inversa. 
 
b) Aponta técnicas de separação de misturas homogéneas 
particularmente úteis na purificação de água. 
 
c) * Pesquisa, interpreta e usa informação sobre técnicas de 
separação (definição, descrição, aplicações, limitações): 
destilação; cristalização; adsorção; absorção; extração; diálise; 
osmose; osmose inversa. 
 
 
 
a) Cumpre regras gerais de segurança durante a realização de 
atividades laboratoriais. 
 
b) Realiza, usando técnicas adequadas, procedimentos laboratoriais 
básicos relacionados com a separação de componentes de 
misturas (transferência de sólidos, transvase de líquidos, 
agitação, aquecimento, dobragem de papel de filtro, preparação 
de montagens), tendo em conta regras de segurança específicas. 
 
c) Planifica e executa atividade laboratorial onde aplica processos 
de separação (usando procedimentos laboratoriais corretos, 
numa sequência adequada e cumprindo regras de segurança) 
com o objetivo de separar componentes a partir de uma 
mistura-problema (real ou simulada). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Analisar e interpretar quadro ou cartaz com regras gerais de segurança. 
 
 Observar procedimentos laboratoriais básicos usados na separação de 
componentes de misturas (por exemplo, transferência de sólidos, 
transvase de líquidos, agitação, aquecimento, dobragem de papel de 
filtro, preparação de montagens) – atividade prática laboratorial de 
demonstração. 
 
 Realizar individualmente alguns dos procedimentos laboratoriais 
básicos usados na separação de componentes de misturas – atividade 
prática laboratorial. 
 
 Proceder à purificação de uma água – atividade prática laboratorial 
de grupo. Por exemplo, purificação de uma água residual doméstica, 
água de uma salina, água do mar, água residual de oficina, água de 
maré negra. 
 
 
[23] 
Subtema A.4 - Reações Químicas 
 
Umas mais percetíveis que outras, as reações químicas são uma constante no dia a dia. A multiplicidade e diversidade de reações químicas conduziram à necessidade de as 
representar de forma prática e universal. Química engloba diversas áreas de estudo, entre as quais cinética química dedicada ao estudo da velocidade das reações, que se 
repercutem em diversos setores de atividade. Referem-se diversas aplicações quotidianas relacionadas com a conservação e degradação de alimentos. Abordam-se reações 
químicas numa perspetiva de EDS, associando-as a processos naturais e devidos a ação humana, por exemplo em queimadas e incineração. Relevam-se inter-relações entre reações 
químicas e materiais, resíduos e gestão de riscos, referindo formação de gases com efeito de estufa e libertação de elementos químicos perigosos através de reações de combustão. 
Os conceitos de conservação da massa e a indestrutibilidade de elementos químicos são centrais na interpretação destes fenómenos. 
 
Conteúdos Metas de aprendizagem Atividades práticas e práticas laboratoriais essenciais 
 
A.4.1 Equações químicas 
 
 Reações químicas 
 Reagentes e produtos da 
reação 
 Equações químicas 
 
 
A.4.2 A Lei da Conservação da 
Massa 
 
 Lei da Conservação da 
Massa 
 Acerto de equações 
químicas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a) Representa reações químicas através de equações químicas, nas quais 
usa fórmulas químicas para representar as substâncias ou espécies 
intervenientes, separadas por sinais +, e uma seta, , que permite 
distinguir, para cada reação, os reagentes dos produtos da reação; 
utiliza, quando apropriado, as notações (s), (l), (g) e (aq) para 
descrever os estado de agregação de reagentes e produtos da reação. 
 
 
a) Explica que numa reação química a massa dos reagentes 
transformados é igual à massa dos produtos da reação gerados e 
associa esta relação de igualdade à Lei da Conservação da Massa, 
também conhecida por Lei de Lavoisier; * enuncia a Lei da 
Conservação da Massa. 
 
b) Aplica a Lei da Conservação da Massa no acerto de equações químicas 
simples; * explica que numa reação química o número de entidades de 
cada elemento deve ser igual nos reagentes e nos produtos, e que, 
nesta perspetiva, os elementos químicos são indestrutíveis. 
 
c) * Identifica a necessidade de, em atividades laboratoriais destinadas a 
verificar a Lei da Conservação da Massa, se utilizar sistemas fechados; 
* aplica a Lei da Conservação da Massa mesmo em situações menos 
óbvias, como, por exemplo, quando ocorrem reações em recipiente 
aberto com libertação de gases. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Realizar exercícios de aplicação de acerto de equações químicas 
simples. 
 
 Planear e realizar experiências sobre a Lei da Conservação da 
Massa, em sistema aberto e em sistema fechado – atividade 
prática laboratorial centrada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
[24] 
A.4.3 Velocidade das reações 
químicas 
 
 Velocidade 
 Teoria das colisões 
 Energia de ativação 
 Colisão eficaz 
 Ignição 
 
 
 
 
A.4.4 Fatores que afetam a 
velocidade das reações e a 
conservação de alimentos 
 
 Prazos de validade 
 Efeito da temperatura 
 Efeito do grau de 
divisibilidade de reagentes 
 Efeito da concentração dos 
reagentes 
 Efeito da luz 
 Efeito de catalisadores 
 Enzimas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a) Explica a ocorrência de reações químicas como resultando de choques 
entre entidades dos reagentes, as quais reconhece estarem em 
incessante movimento – Teoria das Colisões. 
 
b) Explica que, para que haja reação, é necessário que as colisões 
ocorram com energias iguais ou maiores que um valor determinado 
(energia de ativação) e é necessário que os choques originem novas 
espécies químicas (colisões eficazes). 
 
c) Associa uma ignição à necessidade de se iniciar uma determinada 
reação química vencendo a barreira da energia de ativação. 
 
 
a) Refere a importância do controlo da velocidade das reações químicas 
na conservação dos alimentos; refere que o estabelecimento de um 
prazo de validade tem por base estudos da cinética das reações de 
degradação dos alimentos. 
 
b) Prevê e interpreta, com base na Teoria das Colisões, o efeito da 
variação da temperatura na velocidade das reações químicas; associa 
a refrigeração e congelação de alimentos à necessidade de impedir 
que se degradem. 
 
c) Prevê e interpreta, com base na teoria das colisões, o efeito do grau 
de divisibilidade de reagentes e da concentração de reagentes na 
velocidade das reações químicas; associa o maior grau de 
divisibilidade de alguns alimentos à sua mais rápida degradação (por 
exemplo, carne picada). 
 
d) Afirma que a luz aumenta a velocidade de determinadas reações 
químicas; refere o uso de recipientes escuros (por exemplo, garrafas) 
para proteção dos seus conteúdos, sejam alimentos, medicamentos 
ou reagentes laboratoriais. 
 
e) Descreve o efeito de catalisadores positivos e negativos (inibidores) na 
velocidade das reações químicas e refere a utilização de catalisadores 
negativosna conservação de alimentos processados (antioxidantes, 
conservantes); descreve as enzimas como catalisadores biológicos 
referindo a importância do seu estudo em biologia. 
 
 Analisar exemplos concretos de reações com diferentes 
velocidades. 
 
 Analisar e interpretar simulações de reações químicas com base 
na teoria das colisões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Analisar e interpretar situações concretas de variação da 
velocidade de reações químicas. 
 
 Realizar exercícios de aplicação para: 
 Identificar informações em rótulos ou especificações técnicas 
relacionados com cinética química, por exemplo: prazos de 
validade; conservantes; antioxidantes; conselhos de 
conservação e de confeção de alimentos; 
 Relacionar previsões de aumento ou diminuição da velocidade 
de reações químicas com fatores que a afetam; 
 Redigir interpretações e justificações de previsões feitas com 
base na teoria das colisões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
[25] 
A.4.5 Reações de combustão e 
eliminação de resíduos 
 
 Combustão 
 Queimada 
 Incineração 
a) Carateriza combustão como uma reação química de combinação com 
oxigénio; * carateriza combustão como uma reação química rápida de 
combinação com oxigénio, acompanhada de libertação de calor e luz, 
cujos produtos são principalmente CO2(g) e H2O(g), e que necessita de 
ignição. 
 
b) Distingue queimada (combustão incontrolada) de incineração 
(combustão controlada); * explica que uma queimada é uma reação 
combustão incontrolada e que, por isso, além de CO2(g), se formam 
outros poluentes; * explica que uma incineração é uma reação 
combustão controlada, na qual as emissões gasosas podem ser 
purificadas, sendo, por isso, constituídas quase exclusivamente por 
CO2(g) e H2O(g), tendo ainda a vantagem de simultaneamente poder 
aproveitar-se energia. 
 
c) Explica que uma combustão controlada implica que ocorra a 
temperatura elevada, com o grau de divisibilidade do combustível 
ajustado e com a concentração de oxigénio regulada, de modo a 
aumentar a sua velocidade. 
 
d) Explica que se existirem elementos químicos tóxicos num determinado 
resíduo, nunca poderão ser destruídos por combustão, considerando 
que tal resulta da Lei da Conservação da Massa; associa as queimadas 
de resíduos contendo elementos tóxicos (pilhas, lâmpadas 
fluorescentes, tintas e vernizes, etc.) à disseminação de poluentes na 
atmosfera. 
 
e) * Explica que as reações de combustão são amplamente usadas para 
eliminar resíduos por permitirem transformar reagentes sólidos, que 
ocupam terrenos, em produtos gasosos, que se disseminam para a 
atmosfera. 
 
f) * Enumera algumas consequências ambientais da eliminação de 
resíduos através de queimadas e incineração (por exemplo: emissões 
gasosas de poluentes, emissão de gases com efeito de estufa e 
destruição de florestas). 
 Realizar exercícios de aplicação de associação entre conceitos e 
definições e vice-versa. 
 
 Elaborar trabalho de pesquisa sobre materiais ou objetos 
contendo elementos tóxicos (em alternativa – ver Orientações 
Metodológicas). 
 
 Debate sobre o tema «Resíduos sólidos: queimadas ou lixeiras? 
Em que circunstâncias?» ou, em alternativa, «Resíduos sólidos: 
Incineração ou aterro sanitário? Em que circunstâncias?» 
 
[26] 
Unidade Temática B: Alimentação, higiene e saúde 
A diversidade de materiais disponíveis facilmente se reflete na preparação de misturas, em particular de soluções. O quotidiano está repleto deste tipo de misturas, 
sendo inúmeros os exemplos que podem ser encontrados em áreas essenciais, como alimentação, higiene e saúde. A sua importância, eficácia e diversidade de 
aplicações estão associadas à diversidade de composições, qualitativas e quantitativas. A compreensão do fenómeno da dissolução e da diversidade de solutos e 
solventes torna necessário aprofundar conhecimentos sobre a estrutura da matéria e interações a nível sub-microscópico. 
Os conhecimentos de química a mobilizar nesta unidade temática integram-se em três subtemas: 
Subtema B.1 – Soluções – Caraterísticas e Composição 
Subtema B.2 – Estrutura da Matéria 
Subtema B.3 – Ligações Intermoleculares 
 
Subtema B.1 - Soluções – Caraterísticas e Composição 
 
A identificação de soluções em contextos tão vastos como a alimentação, a saúde, a higiene e o ambiente, requer que se defina conceitos de solução e outros relacionados com 
este, remetendo para alguns aspetos da composição qualitativa e da composição quantitativa. Isto implica que é necessário clarificar os significados que em química se atribuem a 
soluto e solvente, a dissolução e diluição, a solução concentrada e a solução diluída, e que nem sempre coincidem com os resultantes da experiência pessoal dos alunos. Numa 
perspetiva de promoção de aprendizagens pessoal e socialmente relevantes, a clarificação destes conceitos deve enquadrar-se em contextos próximos dos alunos. Estes contextos 
servem para explorar e discutir caraterísticas de diversos tipos de soluções, algumas das quais são essenciais à sobrevivência de populações humanas ou à promoção de níveis 
adequados de qualidade de vida. 
 
Conteúdos Metas de aprendizagem Atividades práticas e práticas laboratoriais essenciais 
 
B.1.1 Soluções, solutos e 
solventes 
 
- Solução 
- Solutos e solvente 
- Componentes ativos e 
excipientes 
- Soluções aquosas e alcoólicas 
 
 
 
 
 
a) Carateriza as soluções como sendo misturas homogéneas; 
* descreve a constituição de uma solução referindo solvente e 
solutos. 
 
b) Explica que num medicamento os solutos são quase sempre os 
componentes ativos e o solvente é o excipiente. 
 
c) Aponta as soluções líquidas, aquosas e alcoólicas, cujos solutos 
podem apresentar-se originalmente sólidos, líquidos ou gasosos, 
como as mais usadas em alimentação, saúde e higiene. 
 
 
 
 Analisar e interpretar: 
 Rótulos e bulas de medicamentos com componentes ativos e 
excipientes; 
 Exemplos de soluções, usadas em alimentação saúde e higiene, 
assinalando solutos e solventes; 
 Representações de soluções de diferentes concentrações a nível 
sub-microscópico; 
 Diferentes modos de exprimir a composição de soluções, indicando 
os seus significados, por exemplo usando rótulos e etiquetas. 
 
 
 
[27] 
B.1.2 Composição quantitativa 
de soluções e sua utilidade em 
alimentação, saúde e higiene 
 
 Solução concentrada e 
diluída 
 Concentração em massa 
 Partes por milhão 
 Percentagem em massa 
 Percentagem em volume 
 Diluições 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
B.1.3 Preparação de soluções 
 
 Regras de segurança 
 Medição de volumes 
a) Distingue solução concentrada de solução diluída. 
 
b) Interpreta o significado de concentração em massa, recorrendo 
a exemplos concretos no domínio da alimentação, saúde ou 
higiene, nos quais se usem as unidades mais comuns: g/dm3 e 
mg/dm3; * associa «partes por milhão» a ppm e indica que, em 
soluções aquosas suficientemente diluídas, ppm equivale a 
mg/dm3. 
 
c) Interpreta o significado de percentagem em massa usando 
exemplos concretos de alimentação, saúde ou higiene (por 
exemplo em alimentos ou pomadas). 
 
d) Interpreta o significado de percentagem em volume usando 
exemplos concretos de alimentação, saúde ou higiene (por 
exemplo álcool sanitário ou bebidas alcoólicas). 
 
e) Interpreta o significado de percentagem massa – volume como 
caso particular da concentração em massa, usando exemplos 
concretos de alimentação, saúde ou higiene (por exemplo na 
acidez de vinagre ou na composição de produtos de limpeza). 
 
f) Resolve exercícios e problemas que permitam determinar 
concentrações e percentagens, bem como apurar doses de 
ingestão em alimentação, de ingestão ou aplicação em saúde, ou 
de aplicação em higiene, avaliando criticamente os resultados. 
 
g) Resolve exercícios e problemas relacionados com diluições (por 
exemplo na preparação de alimentos, na utilização de produtos 
de limpeza, etc.), avaliando criticamenteos resultados (por 
exemplo, a razoabilidade, ou não, do valor obtido). 
 
h) * Usa a massa volúmica de água, ou de outros líquidos para 
converter massa em volume e vice-versa. 
 
 
a) Cumpre regras gerais e específicas de segurança durante a 
realização de atividades laboratoriais. 
 
b) Procede com rigor a pesagens (medição de massa com balança) 
 Realizar exercícios de aplicações: 
 Que incluam conversões de unidades em situações simples; 
 Que permitam determinar concentrações, bem como apurar ou 
decidir doses de ingestão ou de aplicação de produtos usados em 
alimentação, saúde ou higiene (por exemplo recorrendo a 
informação disponível nos rótulos de águas engarrafadas, sumos, 
leite, xaropes, etc.); 
 Relacionados com diluições (por exemplo na preparação de 
alimentos, na utilização de produtos de limpeza, etc.); 
 De ordenação de procedimentos simples com vista a preparação de 
uma solução, a partir de um soluto sólido e por diluição; 
 Com cálculos necessários à preparação de soluções: a partir de um 
soluto sólido; por diluição. 
 
 Resolver problemas: 
 Envolvendo massas volúmicas de solutos, solventes ou soluções. 
 Relacionados com conversão de unidades; 
 Relacionados com diluições; 
 Envolvendo a descrição de procedimentos simples com vista à 
preparação de uma solução: a partir de um soluto sólido; por 
diluição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Observar procedimentos laboratoriais de pesagem e de medição de 
volumes (com proveta, pipeta e balão volumétrico) – atividade prática 
laboratorial de demonstração. 
 
[28] 
 Pesagem 
 Preparação de soluções 
e medições de volume (com material de laboratório ou usando 
doseadores com escala volumétrica). 
 
c) Indica que a massa da solução é igual à soma das massas de 
solvente e solutos; * indica que o volume da solução, não é 
necessariamente igual à soma dos volumes do solvente e 
solutos. 
 
d) Ordena numa sequência correta procedimentos simples com 
vista a preparar uma solução: a partir de um soluto sólido e por 
diluição; * descreve uma sequência correta de procedimentos 
simples com vista a preparar uma solução: a partir de um soluto 
sólido e por diluição. 
 
e) Efetua os cálculos necessários para preparar soluções: a partir de 
um soluto sólido; por diluição. 
 
f) Segue instruções de preparação, dosagem e aplicação de 
produtos de limpeza e higiene, fitossanitários (pesticidas) e, em 
particular, medicamentos. 
 Planificar uma atividade de mistura de dois líquidos miscíveis para 
averiguar a conservação, ou não, de massa e volume. 
 
 Observar procedimentos de preparação de soluções: a partir de soluto 
sólido e por diluição (usando balão volumétrico, proveta ou outro 
objeto adequado, por exemplo doseadores) – atividade prática 
laboratorial de demonstração. 
 
 Realizar individualmente procedimentos laboratoriais de medição de 
volumes – atividade prática laboratorial. 
 
 Realizar individualmente procedimentos laboratoriais de pesagem – 
atividade prática laboratorial (em alternativa a B.3.4). 
 
 Preparar um medicamento por diluição – atividade prática laboratorial 
de grupo. Por exemplo, preparação de soro fisiológico ou de um 
desinfetante. 
 
 
 
 
[29] 
Subtema B.2 - Estrutura da matéria 
 
É o estudo de materiais ao nível sub-microscópico que permite interpretar adequadamente propriedades da matéria e compreender melhor algumas aplicações em contextos 
variados do quotidiano, como a atuação de medicamentos. É também recorrendo a este nível, com base na diversidade de combinações entre átomos dos elementos químicos para 
a formação de outras unidades estruturais, como moléculas e iões, que se interpreta a existência e diversidade de materiais e se explicam as especificidades associadas a utilizações 
de cada um. Este nível é também essencial para os progressos conseguidos no design de novas moléculas. Deste modo, compreende-se melhor o uso de determinados solutos, 
iónicos e moleculares, que atuam como componentes ativos em medicamentos e desinfetantes. 
 
Conteúdos Metas de aprendizagem Atividades práticas e práticas laboratoriais essenciais 
 
B.2.1 As soluções ao nível sub-
microscópico 
 
 Dissolução 
 
 
 
 
 
B.2.2 Ligação covalente e 
estrutura molecular 
 
 Moléculas 
 Ligação covalente 
 Ligações múltiplas 
 Ordem de ligação 
 Notação de Lewis 
 Eletrões ligantes e não-
ligantes 
 Regra do octeto 
 
 
 
 
 
 
 
 
a) Explicita que os solutos podem ser constituídos por moléculas ou 
iões. 
 
b) * Descreve a dissolução em termos de interações soluto-soluto, 
solvente-solvente e soluto-solvente, a nível sub-microscópico, 
indicando que as entidades envolvidas não são observáveis ao 
microscópio. 
 
 
a) Descreve a ligação covalente como aquela em que os átomos 
partilham eletrões de valência, sendo cada eletrão partilhado 
atraído simultaneamente por ambos os núcleos, o que confere 
estabilidade à espécie química resultante. 
 
b) Associa ligação covalente simples, dupla e tripla à partilha por 
dois átomos de um, dois ou três pares de eletrões, 
respetivamente; * associa ordem de ligação ao número de pares 
de eletrões nela envolvidos. 
 
c) Representa átomos pela notação de Lewis, apurando o número 
de eletrões de valência por consulta da Tabela Periódica; usa a 
notação de Lewis para representar a estrutura de moléculas. 
 
d) Interpreta a formação de moléculas homonucleares, como H2, 
N2, O2 e Cl2, com base na partilha de eletrões. 
 
e) Identifica eletrões de valência que não estão envolvidos em 
ligação química (eletrões não-ligantes). 
 
 Analisar e interpretar: 
 Representações de uma solução a nível sub-microscópico, incluindo 
representações elaboradas previamente pelos próprios alunos; 
 Representações gráficas ou simulações computacionais de 
dissolução. 
 
 
 
 
 Analisar e interpretar representações ou modelos tridimensionais de 
moléculas. 
 
 Realizar exercícios de aplicação para: 
 Representar, usando a notação de Lewis, átomos e iões; 
 Representar, usando a notação de Lewis, moléculas simples com 
base na partilha de eletrões; 
 Representar fórmulas de estrutura em situações em que a regra do 
octeto é aplicável; 
 Identificar, a partir de fórmulas moleculares de estrutura, pares de 
eletrões ligantes e não-ligantes e classificar ligações como covalente 
simples, duplas ou triplas. 
 
 
 
 
 
 
[30] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
B.2.3. Estabilidade, reatividade 
e poder desinfetante 
 
 Comprimento de ligação 
 Energia de ligação 
 Estabilidade e reatividade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
B.2.4 Iões e a sua estrutura 
 
 Iões 
 Catiões e aniões 
f) Analisa a estrutura de moléculas polinucleares, por exemplo 
H2O, CO2, H2O2, NH3, HCHO, HCl, CH3CO2H, CH4, C2H2, 
identificando pares de eletrões ligantes e não-ligantes e 
classificando as ligações como covalentes simples, duplas ou 
triplas. 
 
g) Usa a regra do octeto para estabelecer fórmulas de estrutura de 
moléculas simples; indica que esta regra só é validamente 
aplicável em elementos dos períodos 2 e 3 da Tabela Periódica. 
 
 
a) Carateriza os parâmetros comprimento e energia de ligação; 
* refere que a energia de ligação é simétrica da energia de 
dissociação. 
 
b) Relaciona valores de comprimento e de energia de ligação de 
ligações simples, duplas e triplas entre átomos semelhantes. 
 
c) Relaciona energia de ligação com estabilidade molecular ou, 
inversamente, com reatividade molecular. 
 
d) Relaciona reatividade molecular com poder desinfetante, 
identificando exemplos e contraexemplos. 
 
e) Interpreta a existência de radicais, tais como, O, Cl e NO, com 
base na existência de eletrões de valência não emparelhados. 
 
f) Associa as designações «oxigénio ativo», «cloro ativo» e «iodo 
ativo» a desinfetantes e/ou a produtos de limpeza que contêm 
substâncias que originam oxigénio, cloro e iodo, respetivamente. 
 
g) Enumera aplicações em alimentação, saúde ou higiene de 
soluçõescontendo solutos que são constituídos por moléculas 
polinucleares. 
 
 
a) Explica que os iões podem ser entendidos como resultando de 
átomos ou moléculas que adquiriram carga elétrica. 
 
b) Distingue iões positivos (catiões) de iões negativos (aniões) e 
iões mononucleares de iões polinucleares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Analisar e interpretar: 
 Tabelas com comprimentos e energias de ligação; 
 Reatividade de N2, O2, O3, Cl2 e I2; 
 Exemplos de solutos moleculares usados em alimentação, saúde e 
higiene. 
 
 Analisar e interpretar: 
 Tabelas com comprimentos e energias de ligação; 
 Exemplos de solutos moleculares usados em alimentação saúde e 
higiene. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Realizar exercícios de aplicação para: 
 Determinar a carga de iões a partir da soma algébrica das cargas de 
eletrões e protões neles existentes; 
 Indicar nomes e fórmulas de iões mais comuns. 
[31] 
 Nomes de iões 
 Fórmulas químicas de iões 
 
 
 
 
 
 
 
 
B.2.5 Ligação iónica e estrutura 
de sais 
 
 Sais 
 Rede iónica 
 Fórmulas químicas de sais 
 Regras de nomenclatura 
 
 
c) Interpreta a carga de iões como o resultado da soma algébrica 
das cargas unitárias de eletrões e protões neles existentes. 
 
d) Indica os nomes e as fórmulas dos iões mais comuns (por 
exemplo H+, Na+, K+, Ca2+, Mg2+, NH4+, Al3+, Zn2+, Cu2+, Ba2+ e 
ainda Cl, I, F, SO42, NO3, PO43, CO32, OH, O2, MnO4) 
 
 
a) Interpreta a estrutura de sais como resultando de ligações 
iónicas, estabelecidas entre iões que formam uma rede (rede 
iónica); interpreta a ligação iónica como resultante de forças 
elétricas de atração entre iões de sinais contrários. 
 
b) Explica que nos compostos iónicos a fórmula química traduz a 
proporção dos iões, que se traduz na eletroneutralidade destes 
compostos. 
 
c) Designa sais aplicando regras de nomenclatura e escreve 
fórmulas de sais a partir dos respetivos nomes. 
 
d) Aponta exemplos de sais com interesse farmacológico, referindo 
que muitas vezes são usados em solução. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Analisar e interpretar: 
 Representações ou modelos de redes iónicas; 
 Fórmulas e nomes de sais; 
 Exemplos de sais com interesse farmacológico. 
 
 Realizar exercícios de aplicação de escrita de nomes e fórmulas de sais. 
 
 Elaborar um trabalho de pesquisa sobre uma substância iónica (ou 
molecular) e seu uso como componente ativo em medicamentos (em 
alternativa – ver Orientações Metodológicas). 
 
 
 
 
[32] 
Subtema B.3 - Ligações Intermoleculares 
 
Muitas das propriedades observáveis dos materiais interpretam-se e podem explicar-se com base em caraterísticas sub-microscópicas. Estas relacionam-se com interações entre 
entidades constituintes, moléculas ou iões, que genericamente se designam ligações intermoleculares. Caraterísticas macroscopicamente observáveis de substâncias, como o 
estado físico, volatilidade e solubilidade em diferentes solventes, são influenciadas pela natureza e tipo destas interações, as quais se explicam, pelo menos em parte, com base na 
polaridade molecular. Esta, por sua vez, depende da geometria das moléculas ou, mais genericamente, da geometria das unidades estruturais constituintes das substâncias. 
 
Conteúdos Metas de aprendizagem Atividades práticas e práticas laboratoriais essenciais 
 
B.3.1 Geometria molecular e 
polaridade das moléculas 
 
 Geometria molecular 
 Geometria linear 
 Geometria angular 
 Geometria triangular plana 
 Geometria piramidal 
 Geometria tetraédrica 
 TRPEV 
 Eletronegatividade 
 Ligações polares e apolares 
 Moléculas polares e 
apolares 
 
 
 
 
 
 
 
 
B.3.2 Polaridade das moléculas 
e ligações intermoleculares 
 
 Ligações intermoleculares 
 Interações dipolo-dipolo 
 Forças de London 
 
a) Associa a geometria molecular à distribuição tridimensional dos 
átomos na molécula, identificando as geometrias linear, angular, 
triangular plana, piramidal e tetraédrica, a partir de fórmulas 
estrutura (estereoquímicas) de moléculas. 
 
b) Formula hipóteses de geometria de moléculas simples, com base 
na Teoria da Repulsão dos Pares Eletrónicos de Valência. 
 
c) Carateriza eletronegatividade como a tendência de um átomo 
atrair para si os eletrões que formam a ligação química em que 
intervém; compara a eletronegatividade de diferentes 
elementos consultando a Tabela Periódica. 
 
d) Associa ligação polar e ligação apolar a distribuições de carga 
elétrica assimétrica e simétrica, respetivamente. 
 
e) Explica que a polaridade molecular depende da polaridade das 
ligações e da geometria da molécula. 
 
f) Identifica moléculas polares e apolares partindo da respetiva 
fórmula de estrutura. 
 
 
a) Distingue entre ligações «intermoleculares» e 
«intramoleculares»; refere que a intensidade das ligações 
intermoleculares é muito inferior à das ligações 
intramoleculares. 
 
 
 
 Analisar e interpretar representações ou modelos tridimensionais de 
moléculas. 
 
 Analisar e interpretar a eletronegatividade de diversos elementos 
usando a Tabela Periódica. 
 
 Realizar exercícios de aplicação para: 
 Designar geometrias moleculares pelos respetivos nomes; 
 Formular hipóteses de geometria de moléculas simples; 
 Identificar moléculas polares e apolares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Analisar e interpretar representações, animações ou simulações 
computacionais de forças intermoleculares. 
 
 Realizar exercícios de aplicação para identificar exemplos concretos em 
que ocorrem interações dipolo-dipolo, dipolo instantâneo-dipolo 
induzido, ião-dipolo e ligações de hidrogénio. 
[33] 
 Interações ião-dipolo 
 Ligações de hidrogénio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
B.3.3 Ligações intermoleculares 
e solubilidade 
 
 Solubilidade 
 Solvatação 
 Lipossolubilidade 
 Hidrossolubilidade 
 Hidrofílico 
 Hidrofóbico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
b) Associa a intensidade das ligações intermoleculares a materiais 
no estado sólido, líquido e gasoso. 
 
c) Interpreta a ligação entre moléculas polares como resultando 
principalmente de interações do tipo dipolo-dipolo. 
 
d) Interpreta a ligação entre moléculas apolares como resultando 
de interações do tipo dipolo instantâneo – dipolo induzido 
(forças de London). 
 
e) Interpreta a ligação entre iões e moléculas polares como 
resultando principalmente de interações do tipo ião – dipolo; 
explica a formação de sais hidratados com base em interações 
ião-dipolo e interpreta as correspondentes fórmulas químicas. 
 
f) Interpreta as ligações de hidrogénio, associando-as à presença 
de hidrogénio e de átomos fortemente eletronegativos, como O, 
N, F; * refere a importância destas ligações em biologia. 
 
 
a) Explicita que a solubilidade depende do par soluto-solvente, da 
temperatura e da pressão; refere a existência de limites de 
solubilidade. 
 
b) Aplica a regra «igual dissolve igual» a exemplos que envolvam 
solventes orgânicos (soluções de óleos; efeito dos tira-nódoas), e 
aquosos, incluindo situações em que ocorrem interações por 
pontes de hidrogénio (por exemplo soluções de álcool etílico e 
água). 
 
c) Identifica substâncias lipossolúveis e hidrossolúveis, dando 
exemplos relacionados com higiene e saúde (misturas de cremes 
e óleos). 
 
d) * Explica o funcionamento de sabões e detergentes, com base 
em interações de natureza simultaneamente hidrofílica e 
hidrofóbica da sua estrutura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Analisar e interpretar: 
 Situações concretas em que se apliquem regras de solubilidade: 
«igual dissolve igual»; 
 Exemplos de substâncias lipossolúveis e hidrossolúveis e suas 
aplicações; 
 Representações, animações ou simulações computacionais da ação 
de detergentes. 
 
 Realizar exercícios de aplicação para aplicar regras de solubilidade em 
situações concretas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
[34] 
B.3.4 Testes laboratoriais de 
solubilidade 
 
 Regras de segurança 
 Pesagem 
 Medição de

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