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DIREITO ADM - PRINCÍPIOS

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Direito Administrativo 
FONTE: PAVIONE, LUCAS. DIREITO ADMINISTRATIVO . 4ª ED. SALVADOR, 2019 
RESUMO FEITO POR LARISSA MAGALHÃES @MILDLINERZERA (SIGA ON INSTAGRAM) 
Princípios do Direito Administrativo 
NOÇÃO 
Princípios são as bases fundamentais de um sistema de normas 
que condicionam toda a estruturação de um determinado ramo do 
direito. São comandos genéricos e abstratos, aplicáveis a diversas 
situações ponto importante notar que os princípios. 
Não precisam estar presentes expressamente na legislação. 
Possuem validade e lança seus efeitos independentemente 
da positivação. 
SUPRAPRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO: 
Possuem função estruturante do regime-jurídico, em torno dos 
quais gravitam os demais princípios e institutos do direito 
Administrativo. São eles: 
 PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO SOBRE 
O INTE- RESSE PRIVADO: o interesse público (primário) deve 
sobres- sair-se ao interesse privado (individual), o que 
confere uma posição de superioridade da Administração no 
que se refere ao regramento jurídico conferido à sua 
atuação, permitin- do-se, quando necessário, a imposição de 
restrições a deter- minadas liberdades individuais. 
 LIMITES: direitos e garantias fundamentais e o princípio da 
legalidade. 
 
 PRINCÍPIO DA INDISPONIBIL IDADE DO INTERESSE PÚBLICO: 
previsto implicitamente na Constituição Federal, preceitua 
que, uma vez caracterizado o interesse público, não pode 
mais a Administração dispor-se dele. 
 
A expressão interesse público admite duas acepções: 
 
 A) INTERESSE PÚBLICO PRIMÁRIO: é o interesse coletivo 
ampla e abstratamente considerado, que deve ser buscado 
direta e imediatamente no exercício da função 
administrativa. 
 B) INTERESSE PÚBLICO SECUNDÁRIO: é a vontade do Estado 
considerado enquanto pessoa jurídica - não necessariamente 
coincidente com o interesse da coletividade - em busca de 
suas próprias conveniências, de modo que a defesa dos 
interesses comuns será feita de forma indireta ou mediata. 
 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS EXPRESSOS DO DIREITO 
ADMINISTRATIVO: 
Estão positivados no art. 37, caput da CF/88. São eles: 
 
A) LEGALIDADE: que a atuação da Administração está vincula à 
observância do disposto na lei em amplo sentido, oure o 
administrador somente pode atuar nos limites previsto no 
ordenamento jurídico (acepção positiva de legalidade O princípio 
da legalidade sofre as seguintes mitigações do estado de defesa 
e estado de sítio (art. 136 e 137 da CF / 8R ii) os decretos ou 
regulamentos autônomos (art. 84, Vi da CF / 88). Alguns autores 
incluem também medidas provisórias e leis delegadas. 
 
B) IMPESSOALIDADE : aproximando-se da ideia de não-
discriminação, ou seja, é vedada à Administração Pública a adoção 
de tratamento diferenciado aos administradores que se 
encontrem em mesma situação fática ou jurídica, devendo agir 
com isenção e imparcialidade. 
 
Uma doutrina subdivide a impessoalidade em duas linhas: 
 
• QUANTO À ADMINISTRAÇÃO - o ato administrativo é impessoal, 
ou seja, o ato praticado pelo agente público deve ser atribuído à 
pessoa jurídica ao qual está vinculado (teoria da imputação). 
 
• QUANTO AOS ADMINISTRADOS : o administrador tem o dever 
de agir de forma impessoal, abstrata e genericamente, 
protegendo sempre o interesse público, nunca atuando em nome 
do interesse pessoal de um administrado singularmente 
considerado. 
 
C) MORALIDADE: o administrador tem que agir com honestidade, 
probidade, observando os princípios éticos, a lealdade e a boa-fé. 
Este princípio previsão expressa apenas na CF / 88. 
D) PUBLIC IDADE : visa trazer transparência à atuação 
administrativa, de modo que os atos administrativos devem 
merecer a mais ampla divulgação possível entre os administrados, 
controle ao controle da legitimidade da conduta dos agentes 
administrativos. Situações em que a publicidade será miti- gada: 
art. 5 °, incisos X, XXXIII e LX da CF / 88. 
 
E ) EF IC IÊNCIA : exige que o administrador aja de modo rápido e 
preciso, produzindo resultados que satisfaçam as necessidades 
dos administrados. Este princípio ingressou no texto 
constitucional a partir da Reforma Administrativa (EC 19/98). 
 
PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS OU RECONHECIDOS DO DIREITO 
ADMINISTRATIVO: 
 Estão cumpridos implicitamente no texto constitucional. Não há 
consenso na doutrina sobre quais seriam estes princípios. 
Salientamos os mais cobrados em concursos: 
 
A) F INALIDADE : a Administração deve buscar sempre fim legal, 
coincidente com os interesses da coletividade. 
 
B) RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE: cumprimento 
expresso no art. 29 da Lei 9.784 / 99. Razoabilidade é agir de 
forma equilibrada e coerente, seguindo os critérios do homem 
médio, em limites aceitos sob o ponto de vista racional. 
 
O princípio da proporcionalidade possui os seguintes elementos 
essenciais: 
 
A) ADEQUAÇÃO: o meio utilizado deve ser compatível com o fim 
buscado; 
B) EX IG IBIL IDADE : uma conduta deve ser necessária, sendo o 
único meio menos gravoso para alcançar o fim público; 
C) PROPORCIONALIDADE EM SENTIDO ESTRITO : como as 
vantagens têm de superar as desvantagens. 
C) AUTOTUTELA : conhecimento que a administração pode 
reverter os seus atos próprios, seja para anulá-los (se ilegais) ou 
revogá-los (se inconvenientes ou inoportunos). 
D) ESPECIALIDADE : Segundo o art. 37, XIX da CF / 88, para que 
a Administração Pública possa criar entidades, é necessário que 
exista uma lei que autorize a criação e detalhada- mente, as 
finalidades da nova pessoa jurídica. Assim, ao criar um órgão ou 
entidade, o legislador deve restringir-se aos objetivos definidos 
pela lei criadora ou autorizadora, ou seja, como pessoas jurídicas 
e órgãos públicos estão diretamente vinculados às finalidades 
para como quais foram criados. a 
E) MOTIVAÇÃO: este princípio de acordo com a Administração 
Pública deve justificar os seus atos, justificar os fundamentos de 
fato e de direito, bem como a correlação lógica entre os eventos 
e as providências de retorno. 
F) SEGURANÇA JURÍDICA : tem um único de evitar mudanças 
supervenientes que causem instabilidade social e minorar os 
efeitos traumáticos de novas disposições, protegendo sempre a 
estabilidade jurídica