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PROGRAMA DE SUPLEMENTAÇÃO DE MICRONUTRIENTES

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PROGRAMA DE SUPLEMENTAÇÃO 
DE MICRONUTRIENTES 
 
PROGRAMA NACIONAL DE SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA A 
 
Foi instituído por meio da portaria n° 729 de 13 de maio de 2005 
 
OBJETIVO 
 
▲Reduzir e controlar a deficiência nutricional de vitamina A em crianças de 6 a 
59 meses de idade 
 
O QUE É A VITAMINA A? 
 
▲Um micronutriente que é encontrado em fontes de origem animal (retinol) e 
vegetal (provitamina A) 
▲As principais fontes na de origem animal são: leite humano, fígado, gema de 
ovo e leite 
▲Já a provitamina A é encontrada em: 
 Vegetais folhosos verdes (ex: espinafre, couve e mostarda) 
 Vegetais amarelos (ex: abóbora e cenoura) 
 Frutas amarelo alaranjadas (ex: manga, caju, goiaba, mamão e caqui) 
 Óleos e frutas oleaginosas (ex: buruti, pupunha, dendê e pequi) 
 
O QUE É A DEFICIÊNCIA DE VITAMINA A? 
 
▲Nosso corpo é incapaz de produzir a vitamina A, por isso toda a fonte que 
precisamos vem da alimentação, e vai ser armazenada no fígado 
▲A deficiência vai acontecer em consumo baixo e estoque reduzido 
▲Ela pode se manifestar como deficiência subclínica ou como deficiência 
clínica (hipovitaminose A) 
 Deficiência subclínica 
 
 
- Quando as concentrações de vitamina A estão baixas e vão contribuir 
para o agravo da saúde, como diarreia e morbidades respiratórias 
- A suplementação da vitamina A nesse caso pode reverter o quadro 
subclínica e impedir o avanço da subclínica para a clínica 
 Deficiência clínica 
- Chamada de xeroftalmia = problemas no sistema visual, que passa por 
três estruturas oculares: retina, conjuntiva e córnea. Tem como 
consequência a diminuição da sensibilidade à luz até cegueira parcial ou 
total 
- A primeira manifestação é a cegueira noturna, que constitui diminuição 
da capacidade de enxergar em lugares com baixa luminosidade 
 
▲Alguns casos merecem investigação pois podem evidenciar deficiência de 
vitamina A: 
 Criança ou gestante com dificuldade para enxergar à noite ou em baixa 
luminosidade (cegueira noturna) 
 Presença de alguma alteração ocular sugestiva de xeroftalmia 
(ressecamento do olho) 
 Ocorrência frequente de diarreia 
 Crianças com DEP (desnutrição energética proteica) 
 
QUEM PRECISA DE VITAMINA A? 
 
▲Todo mundo necessita de vitamina A 
▲Porém alguns grupos de pessoas, pelas características de fase de sua vida 
necessitam de mais atenção pois podem apresentar deficiência dessa vitamina 
▲Crianças que recebem alimentos antes dos 6 meses, além do leite materno, 
precisam de quantidades ideias de vitamina A 
 
 
 
Em julho de 2016, o programa de suplementação de vitamina A foi 
reformulado, com o encerramento da suplementação de purpúreas 
 
 
RECOMENDAÇÃO DE INGESTÃO DIÁRIA DE VITAMINA A 
 
 
 
COMO REGISTRAR OS SUPLEMENTOS DE VITAMINA A ADMINISTRADOS 
À CRIANÇA? 
 
▲É preciso anotar no Mapa Diário de Administração de Vitamina A, o número 
de doses administradas para ter controle de quantas crianças recebem a 
megadose de vit A. Esse mapa monitora o programa. 
▲Certificar de que o mapa se encontra diariamente disponíveis nas unidades 
de saúde 
▲Ao final do dia ou da semana, verificar o número de doses ministradas, as 
que foram perdidas (por exemplo as que caíram) e o saldo 
▲No final de cada mês, encaminhar o mapa ao coordenador municipal do 
programa, para que realize uma inserção dos dados no Sistema de Gestão do 
Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A 
 
FUNCIONAMENTO OPERACIONAL DO PROGRAMA 
 
▲As cápsulas de vitamina A serão enviadas: 
 
 
 A central de medicamentos/almoxarifados da secretaria estadual de 
saúde 
 As regionais de saúde ou direto as secretarias municipais de saúde 
 As unidades de saúde, hospitais e maternidades 
 
PROGRAMA NACIONAL DE SUPLEMENTAÇÃO DE FERRO (PNSF) 
 
Foi criado por meio da portaria n°730, de 13 de maio de 2005 
 Vai tentar combater a redução da anemia por carência de ferro no Brasil 
Deve funcionar em todos municípios brasileiros 
Ações de educação alimentar e nutricional 
Fortificação obrigatória de farinhas de trigo e milho com ferro e ácido fólico 
 Conjunto de estratégias voltadas para controle e redução da anemia por 
deficiência de ferro no país 
 
O QUE É O PROGRAMA NACIONAL DE SUPLEMENTAÇÃO DE FERRO? 
 
▲Suplementação profilática medicamentosa por sais de ferro 
▲Para crianças de 6 a 24 meses de idade, para gestantes durante toda a 
gestação e mulheres até o 3 mês pós parto e pós aborto 
▲Os suplementos são distribuídos gratuitamente em todas as unidades de 
saúde pelo SUS 
 
 
 
 
▲Crianças e/ou gestantes que apresentem doenças causada por acúmulo de 
ferro devem ser acompanhadas individualmente para avaliar o uso de 
suplemento de sulfato ferroso. A complementação de ferro oral a essas 
crianças deve ser considerada, porque apresentam igual chance de 
desenvolverem anemia por deficiência de ferro na fase de crescimento 
▲O diagnóstico de doenças pelo acúmulo de ferro está previsto no Programa 
Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) fase II, que inclui doença falciforme e 
hemoglobinopatias 
 
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES 
 
▲Casos de anemia diagnosticada 
 O tratamento deve ser de acordo com a conduta clínica para anemia 
definida pelo profissional de saúde responsável 
▲Baixo peso ao nascer e prematuridade 
 Para as crianças pré termo (< 37 semanas) ou nascidas com baixo peso 
(< 2500 gramas), a conduta de suplementação segue as 
recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria 
▲Período de suplementação para crianças 
 As crianças em aleitamento materno exclusivo só devem receber 
suplemento a partir do 6° mês de vida 
 Se não estiver em uso de aleitamento materno exclusivo poderá 
começar a partir do 4° mês junto com a introdução de alimentos 
complementares 
▲Parasitoses 
 Não são causas direta de anemia, mas pioram as condições de saúde 
das crianças anêmicas. 
 Por isso, além da suplementação do ferro, sejam acrescentadas ações 
para o controle de doenças parasitárias como a esquistossomose 
 
FUNCIONAMENTO DO PROGRAMA NACIONAL DE SUPLEMENTAÇÃO DE 
FERRO 
 
▲A compra dos suplementos de ferro deve ser feita junto ao planejamento do 
componente básico da assistência farmacêutica 
 
 
▲Os municípios e os Estados são responsáveis pela seleção, programação, 
aquisição, armazenamento, controle de estoque, prazo de validade, distribuição 
e dispensação dos suplementos de sulfato ferro e ácido fólico pelo PNSF 
 
CABE AS SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE: 
 
 
 
ORIENTAÇÕES PARA ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO DE TRABALHO NO 
MUNICÍPIO 
 
▲1. Constituir equipe integrada – alimentação e nutrição, saúde da criança, 
saúde da mulher, atenção básica, assistência farmacêutica e outras 
▲2. Identificar o público a ser atendido e definir as metas do programa 
▲3. Estimar a quantidade de insumos necessários e os custos mensal e anual 
do programa 
▲4. Mobilizar e orientar os profissionais de saúde para a captação do público 
beneficiário da ação e acompanhamento da distribuição de insumos 
▲5. Monitorar a execução do programa nas Unidades Básicas de Saúde 
▲6. O Ministério da Saúde disponibiliza aos municípios, aos Estados e ao 
Distrito Federal o Hórus (Sistema Nacional de Gestão da Assistência 
Farmacêutica – a ser utilizado para monitoramento do programa) e o e-SUS 
Atenção Básica (Sistema de Informações da Atenção Básica) 
 
 
É obrigatória a adição de ferro e de ácido fólico nas farinhas de trigo e 
nas farinhas de milho pré embaladas na ausência do cliente e prontas para 
oferta ao consumidor, as destinadas ao uso industrial, incluindo as de 
panificação e as farinhas adicionadas nas pré misturas, devendo cada 100g 
de farinha de trigo e de farinha de milho fornecerem no mínimo 4,2mg de 
ferro e 150 mcg de ácido fólico RDC n 344 de 13 de dezembro de 2002 
 
PROGRAMA NACIONAL PARA PREVENÇÃO E CONTROLE DOS 
DISTÚRBIOS POR DEFICIÊNCIA DE IODO – PRÓ-IODO 
 
Criado pelaportaria n°2,362, de 1 de dezembro de 2005 
A deficiência de iodo pode causar cretinismo em crianças (retardo mental grave 
e irreversível), surdo-mudez, anomalias congênitas, e bócio (hipertrofia da 
glândula tireóide) 
Má nutrição de iodo está relacionada com altas taxas de natimortose e 
nascimento de crianças com baixo peso, problemas no período gestacional e 
aumento do risco de abortos e mortalidade materna 
 
LINHAS DE AÇÃO DO PRO-IODO 
 
▲I. Monitoramento do teor de iodo do sal para consumo humano 
 Objetivo de verificar se a iodação do sal está de forma segura e 
controlada 
 Realização de inspeção sanitária 
 Avaliar o sal oferecido na população oferece quantidade necessária de 
iodo para prevenir as DDI e consumo excessivo do iodo 
- Deve ser realizado a cada 3 anos 
- Realizado por meio de amostras 
- Exame de urina – excreção urinária de iodo 
▲II. Monitoramento do impacto da iodação do sal na saúde da população 
▲III. Atualização dos parâmetros legais dos teores de iodo do sal destinado ao 
consumo humano 
▲IV. Implementação contínua de estratégias de informação, educação, 
comunicação e mobilização social 
 
 
 
 
 
 
ESTRATÉGIA MICRONUTRIENTES EM PÓ 
 
▲O Ministério da Saúde, com parceria de outros ministérios adotou a 
estratégia de fortificação da alimentação infantil com micronutrientes em 
pó, especialmente o ferro (NutriSUS) 
 São oferecidos saches de 1g, de acordo com o recomendado pela OMS 
 Os pózinhos dos saches serão adicionado em uma das refeições diárias 
das crianças 
 15 micronutrientes nos saches: 
- Iodo 
- Vitamina A 
- Vitamina D 
 
 
- Vitamina E 
- Vitamina C 
- Vitamina B1 
- Vitamina B2 
- Vitamina B6 
- Vitamina B12 
- Niacina 
- Ácido fólico 
- Ferro 
- Zinco 
- Cobre 
- Selênio 
▲Público alvo 
 Crianças de 6 meses a 48 meses em creches e escolas 
▲Objetivo 
 Potencializar o desenvolvimento infantil 
 Reduzir a prevalência de anemia por deficiências nutricionais 
 Ajudar na redução de deficiências de outros micronutrientes 
▲Ações do programa 
 Inicialmente foi implantada nas creches que participam do Programa 
Saúde na Escola (PSE), pois é onde elas passam mais tempo 
 A adesão das estratégias do NutriSUS é em conjunto com as do PSE 
▲Implementação 
 1. Planejamento local  os profissionais e os gestores da área de saúde 
e educação formam um grupo de trabalho intersetorial municipal (GTI-M) 
 2. Mobilização dos profissionais e gestores  vai apresentar a proposta 
do NutriSUS e do GTI-M 
 3. Distribuição: 
- MS envio direto de saches aos municípios 
- SMS envia as unidades básicas de saúde 
- Enviado as creches participantes 
 As equipes da UBS são responsáveis por supervisionar a 
distribuição dos saches as creches e escolas 
 4. Armazenamento: 
- Caixas de papel com 30 saches cada 
- Temperatura ambiente 
- Acesso restrito e supervisionado 
 5. Descarte  prazo de validade vencido 
▲Administração 
 Iniciados aos 6 meses de idade 
 
 
 Deve ser administrados pelos profissionais da creche 
 
 
▲Aspectos importantes 
 Os saches podem ser utilizados junto com megadoses de vitamina A, sal 
iodado, alimentos fortificados, e outros 
 Não deve ser misturado em líquidos 
 Não colocar em alimentos duros com pães 
 Não esquentar o alimento depois que for adicionado o sache 
 A dose é individual 
 Depois de adicionado o sache, a comida deve ser oferecida em até uma 
hora 
 As crianças que recebem os saches não precisam receber sulfato 
ferroso 
 Só pode ser oferecido a criança com autorização do responsável legal

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