Buscar

DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Continue navegando


Prévia do material em texto

Cássia Mendes Ataide - UFMS 
DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ 
Os achados na gravidez podem ser divididos em sinais de 
Presunção, Probabilidade e Certeza: 
Presunção: náuseas e vômitos, poliaciúria, nictúria (volume 
de urina noturna maior que a diurna), sialorreia, alterações 
de apetite (aumento, perversão), pirose, aversão a odores, 
lipotimia, tonturas, varizes, sonolência, alterações 
psiquiátricas (irritabilidade, labilidade emocional), atraso 
menstrual em até 14 dias, Cloasma gravídico/Máscara 
gravídica (manchas provocadas pelo aumento da produção 
de melanina circundando parte da testa, ao redor do naris, 
bochecha e lábio superior), linha nigra (pigmentação da 
linha alba), estrias, Sinal de Halban (aumento da lanugem 
nos limites do couro cabeludo), Tubérculos de Montgomery 
(glândulas sebáceas hipertrofiadas nas aréolas), rede de 
Haller (aumento da vascularização venosa da mama), Sinal 
de Hunter (hipopigmentação da aréola primária e 
aparecimento da aréola secundária com limites 
imprecisos). 
Probabilidade: atraso menstrual maior que 14 dias, 
amolecimento do colo uterino percebido pelo toque 
(semelhante à consistência labial) a partir de 6 semanas de 
gestação, Sinal de Hegar (amolecimento do istmo uterino 
feito durante o toque bimanual, o qual é semelhante à 
separação do corpo da cérvice), Sinal de Piskacek 
(assimetria uterina à palpação), Sinal de Nobile-Budin 
(percepção pelo toque do preenchimento do fundo de saco 
pelo útero gravídico – útero se tona globoso), Sinal de 
Osiander (percepção do pulso da arteria vaginal ao toque 
vaginal), Sinal de Jacquemier (coloração violácea do meato 
urinário e da vulva – entre 8 e 12 semanas), Sinal de Klunge 
(coloração violácea da vagina – entre 8 e 12 semanas), 
alterações muco-cervicais (o muco torna-se viscoso, mais 
espesso e não se cristaliza), aumento do volume uterino (o 
útero aumenta de tamanho em cerca de 1 cm por semana 
após 4 semanas de gestação). 
Certeza: ausculta de batimentos cardiofetais com 
estetoscópio de Pinard (a partir de 20 semanas) ou sonar 
(de 10 a 12 semanas), percepção de partes e movimentos 
fetais pelo examinador (palpação abdominal consegue 
perceber os movimento do feto de 18 a 20 semanas), Sinal 
de Puzos (rechaço fetal uterino - durante o exame bimanual 
um discreto impulso no útero, por meio do fundo de saco 
anterior, deslocará o feto no líquido amniótico para longe 
do dedo do examinador; a tendência do retorno do feto faz 
com que ele seja novamente palpável. 
SINAIS 
→ Atraso menstrual: sinal cardinal 
Superior a 10-14 dias 
→ Alterações cutâneas: estria, cloasma (melasma) 
gravídico, linha nigra, sinal de Halban (aumento da lanugem 
que aparece nos limites do couro cabeludo) 
→ Alterações mamárias: congestão e dor (5ª semana); 
aréolas primárias tornam-se mais pigmentadas e surgem 
projeções secundárias representadas por glândulas 
mamárias acessórias e sebáceas hipertrofiadas 
denominadas “Tubérculos de Montgomery” (8ª s); colostro 
e aumento da vascularização venosa chamada “rede de 
Haller” (16ª s); aumento da pigmentação dos mamilos, que 
torna os limites imprecisos - “sinal de Hunter” (20ª s) 
 
 
Cássia Mendes Ataide - UFMS 
 
→ Alterações uterinas: inicia nas primeiras semanas o 
aumento do diâmetro anteroposterior do útero → 12ªs 
palpável acima da sínfise púbica; 16ªs entre a sínfise e a 
cicatriz umbilical; 20ª s atinge cicatriz umbilical; 40ªs no 
apêndice xifoide 
→ Sinal de Hartman: sangramento que ocorre 7-8 dias 
após a fecundação devido à implantação do blastocisto que 
se inicia no 6° dia 
→ Alterações no muco cervical: secreção com redução da 
concentração de sódio devido à progesterona, não 
assumindo a imagem microscópica em “folhas de 
samambaia” 
→ Sinais ligados ao desenvolvimento uterino 
Sinal de Hegar: entre a 6ª e 8ª semana, o útero assume 
consistência elástica e amolecida, sobretudo 
 
Regra de Goodel: amolecimento do colo uterino percebido 
ao toque vaginal → consistência semelhante à labial 
Sinal de Osiander: percepção do pulso da artéria vaginal ao 
toque vaginal 
Sinal de Hozapfel: peritônio torna-se rugoso 
Sinal de Piskacek: assimetria uterina à palpação → o sítio 
de implantação ovular torna-se amolecido e abaulado em 
comparação ao restante do útero 
 
Sinal de Nobile-Budin: percepção do preenchimento do 
fundo de saco vaginal pelo útero gravídico, através do 
toque bimanual 
 
→ Sinais ligados às alterações da tonalidade da mucosa 
vulvar e vaginal 
Sinal de Jacquemier ou Chadwick: coloração violácea da 
mucosa vulvar, do vestíbulo e meato urinário 
Sinal de Kluge: tonalidade violácea da mucosa vaginal 
→ BCF: a partir de 10 semanas com o sonar e 20 semanas 
com o pinard 
→ Percepção de partes e movimentos fetais: a partir de 
18-20 semanas é possível a identificação de segmentos 
Sinal de Puzos: detecta o rechaço fetal intrauterino a partir 
da 14ª semana → um impulso no útero durante o toque 
vaginal produz o deslocamento do feto no líquido 
amniótico para longe do dedo do examinador 
 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL 
Dosagem de Gonadotrofina Coriônica Humana (hCG) 
Cerca de 1 semana após a fertilização, o trofoblasto, 
implantado no endométrio, passa a produzir hCG em 
quantidades crescentes → encontrado no plasma ou urina 
materna 
DIAGNÓSTICO CLÍNICO 
São sintomas referidos na gestação inicial: náuseas, 
vômitos, sialorreia, aumento da sensibilidade álgica 
mamária, polaciúria, nictúria, distensão abdominal, 
constipação intestinal (progesterona), fadiga, tonteiras, 
sonolência, desejos alimentares, perversão do apetite 
(PICA), labilidade emocional, dor hipogástrica do tipo 
cólicas, aversão a odores, pirose e alterações das acuidades 
auditiva e visual. 
DIAGNÓSTICO ULTRASSONOGRÁFICO 
Via transabdmonial ou transvaginal (USGTV) 
Cássia Mendes Ataide - UFMS 
 
Manobra de Leopold-Zweifel: essa manobra tem intuito de 
determinar a posição do feto no abdome gravídico (estática 
fetal) através da palpação. Tal manobra é subdividida em 
quatro tempos distintos: 
Primeiro Tempo: O primeiro tempo da manobra tem como 
objetivo identificar o polo fetal presente no fundo uterino 
e assim determinar qual a situação do feto. Para isso, o 
examinador deve utilizar ambas as mãos encurvadas de 
forma a comprimir a parede abdominal com as bordas 
cubitais para delimitar o fundo uterino. Nota-se que é 
importante que nesse primeiro tempo a palpação seja feita 
com a face palmar da mão, e não com as polpas digitais. 
Após delimitar o fundo uterino, deve-se determinar qual a 
parte do feto que está ali localizada. Geralmente a parte 
fetal a ser palpada é o polo pélvico, identificado por ser 
mais volumoso, esferoide, de superfície irregular e 
amolecido. Agora, se for palpado o polo cefálico, a sensação 
é de um corpo de superfície regular, resistente e 
endurecido. 
 Segundo Tempo: Após o primeiro tempo, o examinador 
desliza as mãos para o polo inferior do órgão, regiões 
laterais no abdome, para tentar identificar o dorso fetal de 
um lado e as pequenas partes ou membros do outro lado. 
O dorso fetal é sentido como uma superfície resistente, lisa, 
regular e contínua. Quando o dorso está localizado para 
trás, os membros fetais são mais perceptíveis, pois estarão 
em contato mais direto com a parede anterior. Assim, fica 
perceptível que, se o dorso estiver orientado para a direita, 
os membros estarão posicionados à esquerda, e vice-versa. 
Essa manobra tem como objetivo determinar a posição 
fetal e pode até ajudar a identificar o melhor foco de 
ausculta dos batimentos cardíacos do feto (dorso). 
Terceiro Tempo: O terceiro tempo possui como objetivo 
avaliar a mobilidade do polo fetal inferior em relação ao 
estreito superior da bacia materna, determinando assim a 
apresentação fetal. Para isso o examinador precisa 
apreender o polo entre o polegar e o dedo médio da mão 
direita, realizando movimentos de lateralidade para indicar 
o grau de penetração da apresentação na bacia. Quando o 
polo fetal está altoe móvel durante o exame, o polo 
balança facilmente de um lado para outro. Agora, se o polo 
estiver mais insinuado, se encontrará fixo. 
Quarto Tempo: responsável por determinar a insinuação 
fetal, é a única manobra realizada com as costas do 
examinador voltada para a cabeça da paciente. Nesse 
tempo, o examinador precisa posicionar suas mãos sobre 
as fossas ilíacas, aprofundando-as na pelve como se 
estivesse “escavando”, indo em direção ao hipogástrio, à 
procura do polo fetal inferior. Assim como no primeiro 
tempo, ao achar o polo inferior, é necessário determinar 
através das características qual é a parte fetal localizada. O 
polo cefálico é menor, com uma superfície regular, lisa e 
endurecida (apresentação cefálica). Já o polo pélvico é 
maior, com uma superfície irregular e amolecida 
(apresentação pélvica). Na apresentação córmica, no qual 
o feto está em situação transversa e, durante o quarto 
tempo, o polo inferior encontrará vazio. 
PRIMEIRO E SEGUNDO TEMPOS 
 
TERCEIRO E QUARTO TEMPOS