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Agonista e antagonista colinergico + Farmaco da Dor

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Eduarda Gonzalez 
Agonista e Antagonista Colinérgico 
 
 
Sistema colinérgico é um tipo de sistema que libera o neurotransmissor acetilcolina. 
O SNC é dividido em encéfalo e medula, e essa resposta medular vai estar conectada a respostas 
periféricas, ou seja, há uma conexão da medula com o SNP. Assim a resposta pode vir do SNP para o SNC 
(medula e encéfalo), como ao contrário, do SNC para o SNP, que serão as vias aferentes e eferentes. 
Essas vias eferentes e eferentes vão estar presentes na Via simpática e na Via parassimpática. 
 
Vias Simpáticas 
Os neurônios pré ganglionares vão liberar a 
acetilcolina para estimular os neurônios pós 
ganglionares a liberarem a noradrenalina, e essa 
noradrenalina vai gerar um efeito no órgão 
efetor. 
Responsável por desencadear respostas 
periféricas. 
Desencadeia resposta no coração (taquicardia) 
Pré: Acetilcolina / Pós: Noradrenalina 
Vias Parassimpáticas 
Essa via vai ter no neurônio pré ganglionar a 
liberação de acetilcolina e no neurônio pós 
ganglionar será acetilcolina também, e essa 
acetilcolina vai se ligar ao órgão efetor. 
Pré e pós: Acetilcolina: Via exclusivamente 
colinérgica. 
Desencadeia resposta no coração (bradicardia, 
diminuindo a FC) 
 
Os efeitos colaterais dos agonistas e antagonistas desses fármacos se assemelham as respostas 
parassimpáticas ou simpáticas, sendo respostas colinérgicas ou noradrenérgica. 
 
Receptores 
 
Os receptores colinérgicos vão estar envolvidos na resposta da acetilcolina e podemos subdividi-los em 
dois grandes grupos de receptores, os muscarínicos e os nicotínicos. 
 
Muscarínicos 
Nos receptores muscarínicos temos 5 tipos: o M1, M2, M3, M4 e M5. 
Os receptores pares M2, M4 vão ter uma resposta negativa, ou seja, respostas inibitórias, pois eles estão 
ligados a receptores acoplado a proteína G inibitório. 
• O M2 está muito presente no coração e é por isso que quando a acetilcolina se liga ao M2, vai 
ocorrer uma bradicardia, pois como o M2 é um receptor inibitório. 
 Eduarda Gonzalez 
• O M4 vai estar muito presente no neurônio pós sináptico e por isso vai diminuir a liberação de 
acetilcolina. 
 
Os Receptores ímpares M1, M3 e M5 vão ter uma resposta excitatória e por isso vai ter uma resposta de 
excitação. 
• M3 está muito presente no músculo liso e por estar presente no musculo liso ele vai revestir todo 
o sistema endotelial, TGI e nas glândulas (o que leva a secreção glandular), além de estar no trato 
respiratório inferior. Assim, o receptor muscarínico 3 é o mais abundante nas respostas 
colinérgicas. 
• O M1 e M5, vão ser encontrados no SNC causando uma excitação devido a sua ação em gerar 
despolarização neuronal. 
• O M3 vai estar na musculatura lisa, agindo de forma excitatória, desenvolvendo a 
vasoconstricção, secreção glandular e aumentar o movimento peristáltico. 
• O M4 irá diminuir a ação do SNC e o M2 vai diminuir a atividade do sistema cardíaco, gerando 
uma bradicardia. 
 
Nicotínicos 
Os receptores nicotínicos podem estar no músculo esquelético ou nos neurônios. São receptores 
excitatórios e estão divididos em dois grupos: 
• Nicotínicos Muscular (NM – Musculatura esquelética- Voluntario). 
• Nicotínicos Neuronal (NN- Neurônio- Involuntário). 
 
Agonistas Colinérgicos 
Agonistas colinérgicos é um grupo farmacológico que vai 
agir exclusivamente nas vias parassimpáticas e por isso, 
podemos chama-los de agonistas colinérgicos ou agentes 
parassimpático colinérgicos, pois eles imitam a via 
parassimpática e eles vão imitar essa via porque eles 
agem de forma semelhante a acetilcolina. 
Ação da acetilcolina: 
A acetilcolina se encontra em uma vesícula sináptica 
localizada dentro do neurônio pré sináptico. Essa 
vesícula sináptica possui uma proteína, a SNAP 25 e 
teremos também, um complexo de proteínas no terminal 
do axônio, o SNARE. Essas proteínas, a proteína SNAP25 
e a proteína SNARE vão se ligar e vai decorrer o processo 
de exocitose da acetilcolina. 
Assim, a acetilcolina sai na sinapse e vai se ligar no 
receptor M3 da musculara lisa causando as contrações e 
desenvolve o movimento peristáltico. 
 Eduarda Gonzalez 
A acetilcolina deve se ligar, desenvolver a resposta e depois se desligar, para que ela não permaneça 
desenvolvendo contações continuamente. As contrações acontecem com um intervalo de relaxamento 
e contração e por isso há essa necessidade de ter um processo de regulação. 
Na superfície de todas as células existe uma enzima que vai clivar a acetilcolina, a acetilcolinesterase. 
Assim, essa acetilcolinesterase vai converter a acetilcolina em acetato + colina e a volta para o neurônio 
pré sináptico para poder ser associa-la novamente e formar a acetilcolina. Isto é, faz um Turn over da 
acetilcolina. 
A acetilcolinesterase vai agir desligando essa acetilcolina do receptor, então podemos dizer que 
acetilcolina possui um tempo de vida útil, uma meia vida curta, por ser facilmente degradada por essa 
enzima. Assim, se essa acetilcolina tem um tempo de ação curto, para que ocorra essas contrações 
continuas, a acetilcolina precisa possuir uma concentração alta. 
 
Ação dos agonistas colinérgicos 
Os fármacos agonistas agem imitando a acetilcolina e vão ser mais resistentes a acetilcolinesterase. 
Assim, esses fármacos vão se ligar ao receptor colinérgico, assim como a acetilcolina. 
Efeitos colaterais: Arritmia (porque diminui a contração cardíaca). 
Ex: Metacolina, Batecolina e Pilocarpina (causa menos arritmias). 
A pilocarpina vai ter um efeito no tratamento de glaucoma, pois ela vai produzir uma contração da 
musculatura lisa, no caso da musculatura trabécula e quando ocorre essa contração, vai aumentar o 
diâmetro da trabécula e vai abrir a trabécula anterior, melhorando a drenagem do humor aquoso, que 
consequentemente reduz a pressão intraocular. 
O receptor M3 também é encontrado em glândulas, como a glândula salivar, então quando há uma 
redução na acetilcolina, também haverá uma redução de saliva. Esse fenômeno é chamado de 
xerostemia, assim temos a metacolina, Batecolina e a pilocarpina que vão atuar mimetizando a 
acetilcolina, consequentemente contraindo as glândulas salivares e tratando a xerostemia. 
Atuam: Glaucoma, Xerostemia. 
A Batecolina é muito resistente a acetilcolinesterase, mas não é muito resistente a colinesterase das 
hemácias (butirilcolinesterase). 
Esses agonistas colinérgicos também são chamados de agonistas diretos por gerar efeitos diretamente 
no receptor. 
Antagonistas Colinesterásicos 
Agem inibindo a acetilcolinesterase e como consequência, vai aumentar a concentração de acetilcolina, 
pois inibe quem degrada a acetilcolina. A acetilcolina é um agonista e esses fármacos, os Antagonistas 
Colinesterasicos vão ter um sinônimo, que é agonista indireto, porque eles vão aumentar a acetilcolina 
de forma indireta, eles não estão mimetizando a acetilcolina e sim, aumentando a sua concentração ao 
bloquear a enzima que degrada a acetilcolina. 
A exacerbação da resposta parassimpática pode gerar IAM, hipotensão, diarreias 
Usado ao longo dos anos como pesticidas, arma química, o Gás Sarin e posteriormente como fármaco. 
 
 Eduarda Gonzalez 
 
Miastenia Graves 
 
Tolerância central e periférica vai conferir o que é próprio e o que não é próprio e quando ocorre o 
reconhecimento de algo próprio, que não deveria ser reconhecido é um processo de autoimunidade. Há 
autoimunidade humoral (anticorpos) e autoimunidade celular (células T). 
No caso de autoimunidade humoral, em que seria produzido anticorpos que reconheceriam os 
receptores colinérgicos e iriam degrada-los, por conhecer algo próprio e por isso a acetilcolina não teria 
receptor para se ligar, desenvolvendo uma paralisia sendo desenvolvida de forma gradual. O paciente 
vai apresentar uma queda palpebral, como na miastenia graves (doença autoimune). 
Essa paralisia vai ocorrendo na musculatura esquelética e posteriormente vai desenvolvendouma 
paralisia na musculatura lisa, porque os autoanticorpos vão degradar os receptores nicotínicos e 
muscarínicos. Essa doença vai desenvolvendo uma paralisia gradual, até chegar ao processo de parada 
cardiorrespiratória. 
Dessa forma, como é uma doença progressiva, podemos dar os antagonistas Colinesterasicos para 
aumentar a concentração de acetilcolina. A partir do aumento da acetilcolina vai aumentar as 
contrações, reduzindo e combatendo essa paralisia. 
O tratamento da miastenia graves precisa diminuir a resposta imune, então vai usar anticorpos 
monoclonais, como o Influximab, que atuam diminuindo o TNF alfa e isso diminui a ativação de 
linfócitos B e T, ou seja, diminui a resposta autoimune. 
 
 
Alzheimer 
 
A interação entre a SNAP 25 e a SNARE vai gerar como resposta aumentar uma proteína, a proteína 
CREB, e quando ela aumenta vai desenvolver uma facilitação sináptica e isso vai fazer com que não 
necessite de uma despolarização exacerbada para que essa sinapse aconteça, ela pode decorrer de 
forma espontânea. Este processo de facilitação sináptica entre o hipocampo para o lobo temporal é o 
que chamamos de consolidação da memória e é essa consolidação da memória que pode tornar uma 
memoria de curto prazo em uma memória de longo prazo. 
Quando ocorre alterações de citoesqueleto e proteínas, como a proteína TAU do citoesqueleto, pode 
acabar destruindo as sinapses colinérgicas e quando isso ocorre, vai reduzir a produção de CREB e 
consequentemente haverá uma dificuldade no processo de memória. Essa condição de destruição da 
via colinérgica, que interfere diretamente no aspecto da consolidação de memoria é um processo muito 
comum na doença neurovegetativa Alzheimer. 
O Alzheimer vai destruir essa via colinérgica, que leva, portanto, a uma diminuição do processo de 
consolidação da memória e consequentemente há o esquecimento. Assim, pode ser dado a Fisostigmina, 
pois ela vai inibir a acetilcolinesterase do neurônio, aumentando a acetilcolina e permanecendo o 
processo de estimulo de memória. 
 
Ex: Fisostigmina, piridostigmina, neostigmina. 
 Eduarda Gonzalez 
 
Antagonistas Colinérgicos 
 
São compostos que vão bloquear os receptores da acetilcolina, mimetizando a ação noradrenérgica, ou 
seja, são agentes simpaticosmimeticos que vão aumentar a noradrenalina. 
Não são usados para tratamento e sim como adjuvantes farmacológicos e para intervir em algumas 
intoxicações, como indivíduos que são intoxicados por medicamentos como pilocarpina, onde a pessoa 
pode estar em choque cardiogênico ou anafilático, pode ser dado a Atropina. 
 
Atropina 
A atropina vai estimular a via simpática a estabelecer novamente o debito cardíaco e a pressão arterial. 
A Atropina, Succinilcolina, tubocurarina não costumam ter um efeito terapêutico no sentido de uso 
clinico e sim para emergência (Atropina), tubocurarina e Succinilcolina (estão presentes na anestesia, 
são relaxantes musculares que facilitam o processo de laparotomia). 
A atropina atua bloqueando todos os receptores de acetilcolina colinérgicos que estão presentes na 
musculatura esquelética ou lisa, evitando que a acetilcolina se ligue. 
Atua: em casos de intoxicação por antagonistas Colinesterasicos, quando há uma resposta 
parassimpática exacerbada ou em casos de choque. 
 
Escopolamina 
Escopolamina: Atua no muscarínico tipo 3, como no caso do intestino em que há um bloqueio do M3 
intestinal. 
Quando há um bloqueio da acetilcolina, vai ter uma contração do TGI que leva a cólica. Então quando 
há muita acetilcolina, as contrações vão ocorrer de forma exacerbada e podemos tratar com a 
escopolamina que vai bloquear o M3. Quando bloqueia o M3, a acetilcolina não vai se ligar a esse 
receptor e vai diminuir a cólica. Exemplo de Escopolamina é o Buscopan. 
O Buscopan é composto por dipirona (diminui a dor) + escopolamina (diminui as contrações 
peristálticas). E os efeitos colaterais ocorrem devido a exacerbação da via simpática, como os efeitos 
cardíacos que geram arritmias, convulsão (devido a excessiva ação no SNC pela via adrenérgica), 
xerostomia (por diminuir a secreção das glândulas). 
 
Succinilcolina e Tubucurarina 
Succinilcolina e Tubucurarina são fármacos usados na anestesia, e a anestesia possui um tripe, que 
envolve a sedação, analgesia e relaxamento muscular. Esse tripe tem como objetivo diminuir a 
consciência do paciente, fazer com que ele não sinta dor e o relaxante muscular é para auxiliar no 
processo de laparotomia. 
Dentro dos fármacos de relaxamento muscular temos a Tubocurarina e a Succinilcolina, que agem na 
musculatura esquelética e por isso são exclusivos dos receptores nicotínicos. A tubocurarina vai 
 Eduarda Gonzalez 
bloquear os receptores nicotínicos, evitando que a acetilcolina se ligue e por isso causa um antagonismo 
clássico, porque não vai permitir que acetilcolina se ligue e consequentemente não vai ter o efeito. 
A Succinilcolina também vai atuar como antagonista, mas não de maneira clássica, pois a Succinilcolina 
vai se ligar no receptor e vai inicialmente gerar um efeito semelhante a acetilcolina, pois ela vai 
despolarizar, permitindo a entrada de cálcio e consequentemente vai gerar a contração, assim nesse 
primeiro momento a Succinilcolina vai agir como um agonista. 
Posteriormente, com essa ligação da Succinilcolina com o receptor, ela não vai se desligar mais do 
receptor e por isso vai ocorrer uma repolarização do músculo e a acetilcolina não vai conseguir mais se 
ligar, pois vai ter um outro composto ocupando o local em que a acetilcolina iria se ligar, assim, nesse 
segundo momento a Succinilcolina vai atuar como um relaxante muscular, como um antagonista. 
Dessa forma temos a tubocurarina atuando como um antagonista clássico, ou não despolarizante e 
teremos a Succinilcolina atuando como um antagonista despolarizante, não clássico. 
 
Esses relaxantes musculares podem aumentar a via noradrenérgica em algumas condições genéticas 
raras, como no caso da hipertermia maligna. Essa é uma condição patológica rara em que na presença 
de Succinilcolina e da tubocurarina poderiam levar a um aumento noradrenérgico que induziria o 
aumento da temperatura em pessoas que possuem essa hipertermia maligna e levaria a morte desses 
indivíduos que possuem essa condição genética. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Eduarda Gonzalez 
Mecanismo da Dor 
A partir de uma lesão na pele, vai ter a liberação de um composto no processo inflamatório, que ativa a 
cascata de cinina que leva ao aumento da bradicinina. A bradicinina é um mediador que irá estimular 
alguns neurônios que estão na periferia e vão até a medula, a partir do estimulo desses neurônios, eles 
irão se comunicar com outros neurônios intermedulares. A partir dessa comunicação, esses neurônios 
intermedulares irão levar a informação até a região superior do SNC, o encéfalo. 
A informação que chega ao encéfalo vai ser processada na região do tálamo para o córtex somestésico 
como uma sensação de dor, e a medida em que vai sendo processada essa sensação de dor, vai gerar 
uma resposta emocional associada. 
As pessoas que possuem depressão podem sentir sintomas de dor e pessoas que sentem muitas dores 
de forma crônica, podem desenvolver depressão, por haver uma relação entre dor e emoção. Assim, 
devido a essa relação, algumas terapêuticas que usamos para tratar a dor também são usados para 
tratar aspectos emocionais com causa neuropática, como os ansiolíticos. 
Quando o cérebro processa essa informação de dor, essa informação retorna para a região do corpo em 
que está tendo a lesão e sentiremos dor. Antes de ocorrer a sensação de dor, já há a ação do arco reflexo 
que vai puxar o pé e posteriormente teremos a dor. 
 
• Estimulo periférico doloroso ➯ Liberação de bradicinina ➯Estimula neurônios de primeira 
ordem ➯ Liberação de neurotransmissores, a substância P. 
• A substancia P é o neurotransmissorque será liberada pelo neurônio pré sináptico, que vai em 
direção ao pós sináptico e se liga a ele, estimulando o neurônio pós sináptico a liberar mais 
substancias P, que irá se ligar no neurônio pós sináptico e assim sucessivamente por todo o 
neurônio de 1ª ordem até chegar à medula. 
• Quando chega a medula, os neurônios de 2ª ordem vão liberar outros neurotransmissores, o 
glutamato. Que vai compor a via glutamatérgica 
 
A sinapse glutamatérgica vai ter uma sinapse moduladora, ou seja, na sinapse gabaérgica, teremos um 
neurônio pré sináptico, pós-sináptico e o modulador. O neurônio pré sináptico libera o glutamato e esse 
glutamato vai se ligar ao receptor AMPA que está localizado no neurônio pós sináptico, esse receptor 
AMPA faz com que esse estimulo seja muito rápido. 
Mas porque esse estimulo é rápido? Quando vemos uma fibra nervosa, temos os neurônios de primeira 
ordem transportando uma informação com o auxílio da bainha de mielina, para que o impulso nervoso 
ocorra de forma saltatória e ser muito mais rápida. Dessa forma, essa fibra que possui a comunicação 
entre os neurônios de primeira ordem, possuem uma fibra mielinizada, que é a fibra do tipo A. pois ela 
permite que a informação seja muito rápida e localizada, assim como a dor no caso do receptor AMPA, 
que vai ser a dor aguda, que ocorre de forma intensa, localizada e rápida. 
O receptor AMPA é acoplado a um canal iônico, isto é, é um receptor ionotrópico que vai permitir, a 
partir da ligação do glutamato com o receptor, a abertura do canal iônico, e quando abre esse canal, vai 
permitir que o impulso nervoso ocorra de forma mais rápida. 
 Eduarda Gonzalez 
A medida em que o glutamato vai estimulando o receptor AMPA, esse receptor vai sinalizando a 
transcrição de outros receptores na superfície celular de outros neurônios pós sinápticos. Expressando 
assim, um outro receptor, o receptor N-metil D-aspartato (NMDA), que é um receptor do glutamato e 
por ter uma grande afinidade por esse receptor, haverá preferencialmente uma ligação nesse receptor 
NMDA. 
Assim o glutamato vai se ligar a esse receptor NMDA preferencialmente, mas ele deve aparecer 
posteriormente ao estimulo do AMPA. O NMDA será um receptor que vai desenvolver uma resposta 
excitatória de forma lenta e difusa e por isso, esse receptor é responsável pela sinalização da dor 
crônica. 
Assim, primeiramente a dor é aguda e se essa dor for persistente, o próprio estimulo do receptor AMPA 
vai levando a formação do NMDA, e essa dor que começou aguda pode se tornar crônica. Portanto, temos 
essa passagem da dor aguda para dor crônica como uma neuro adaptação. 
A dor é dividida em 4 eventos: 
O primeiro evento é o que acontece nos neurônios de primeira ordem e a substância P. 
O segundo evento é o que ocorre na via do glutamato, que pode manter aguda ou converter em uma dor 
crônica. 
O terceiro evento é o processamento da dor no encéfalo que pode ter um comprometimento emocional. 
O quarto evento é a transmissão do processamento da dor para a parte periférica. 
 
Terapêutica da Dor 
O critério de dor é muito subjetivo e por isso pode ser mais ou menos intensa a depender da pessoa. 
A intensidade da dor varia em uma escala, onde temos uma escala de I a IV. 
• A dor I é uma dor leve de escala 1-3. (Tratado com AINES) 
• A II é uma dor leve/modera de escala 4-5. 
• A dor III é uma dor modera/intensa variando de 6-8 
• A dor IV é muito intensa, de 9-10. 
AINES 
As dores mais leves são tratadas com os AINES, porque eles vão atuar bloqueando a COX1 e COX2 e 
consequentemente inibindo a liberação de bradicinina, assim, sem a liberação de bradicinina não vai 
ocorrer a liberação de substancia P e essa informação passa a ser sessada. 
No caso de dores moderadas pode ter uma associação de Paracetamol com opioides fracos ou com 
AINES seletivo. A associação dos fármacos vai depender da escala de dor, então se tivermos um paciente 
com uma dor 4, pode ser dado apenas um paracetamol ou um AINES seletivo, mas no caso de uma dor 
5-6 pode ser associado o paracetamol com o opioide fraco e ate mesmo com o AINES seletivo. 
 
PARACETAMOL 
 Eduarda Gonzalez 
O paracetamol não é um AINES clássico, mesmo que ele bloqueie uma COX, porque ele não atua 
perifericamente, ele age centralmente, no SNC. Assim, ele vai agir no SNC para diminuir o processo de 
dor. 
O processamento da dor ocorre no encéfalo porque a região do hipotálamo é capaz de produzir uma 
prostaglandina que nos chamamos de prostaglandina do tipo E, que tem duas funções, a de auxiliar o 
mecanismo de febre e de processar a informação de dor. A COX do cérebro é uma isoforma do COX 1, 
chamada de COX 1-b ou de COX3. Assim, a COX3 é uma COX presente no SNC que produz a 
prostaglandina que desenvolve o processamento da dor. 
O paracetamol e a dipirona inibem a COX 3 e por isso eles vão diminuir a febre e a dor, porque ele inibe 
a COX 3 que tem essa regulação da dor e de febre. 
 
OPINOIDES FRACOS 
Cloridrato de tramadal Ou Tramal, assim como a Codeína são opioides fracos. 
Podemos ter a associação do paracetamol com a codeína é o fármaco PACO ou TILEX, que são usados 
para dores moderadas e intensas. 
Mecanismo de ação: 
O opioide, independentemente de ser fraco ou forte vão ter o mesmo mecanismo, o que vai diferir entre 
eles é a potência. 
O mecanismo envolve a ligação dos opioides aos receptores MI dos neurônios pré sinápticos de 
primeira ondem, e ao ocorrer essa ligação, os opioides vão bloquear a liberação de substancia P por 
esses neurônios pré sinápticos, atuando como um antagonista inverso. Além disso, ao mesmo tempo, 
esses opioide vão se ligar aos receptores Mi dos neurônios pós sinápticos de primeira ordem e isso vai 
desenvolver uma diminuição da expressão do receptor de substancia P. 
Dessa forma, o primeiro mecanismo de ação dos opioides é de bloquear a informação pelos neurônios 
de primeira ordem. 
Já o segundo mecanismo de ação é que haverá uma ligação dos opioides nos receptores Mi dos 
neurônios pré sinápticos de segunda ordem, assim, quando ocorre essa ligação vai desenvolver um 
bloqueio de liberação de glutamato. Além disso, os opioides se ligam aos receptores Mi dos neurônios 
pós sinápticos de segunda ordem, desenvolvendo uma diminuição da transcrição dos receptores 
glutamatérgicos, isto é, ele vai diminuir a transcrição de AMPA e de NMDA. Desenvolvendo uma 
interferência nos neurônios de 2ª ordem. 
O terceiro mecanismo será pela atuação dos opioides atuando no encéfalo, onde os opioides vão se ligar 
aos receptores NIS que vão bloquear o processamento da informação da dor, além de também gerar 
uma resposta de bem estar, esse bem estar se deve ao aumento da serotonina na área límbica. 
O quarto mecanismo de ação dos opioides é por estimular as endorfinas, que são analgésicos naturais 
que nos mesmos produzimos e que os opioides vão aumentar a liberação de endorfina e esse aumento 
de endorfina dá uma sensação de analgesia periférica. 
Os opioides podem estimular o vomito porque eles vão aumentar a quantidade de serotonina no centro 
de vomito, que fica no bulbo. Como o opioide aumenta os níveis de serotonina na região bulbar, ele pode 
estimular a área do centro de vomito porque essa serotonina vai estimular esse centro. E é por isso que 
pessoas que tem câncer e que fazem uso de morfina devido a dores crônica, é necessário tomar o 
 Eduarda Gonzalez 
ondansentrona (o vonau). Pois, esse vonau vai atuar bloqueando os receptores na região do bulbo, 
diminuindo a sensação de vomito que podem ser causados por esses opioides fortes. 
OPIOIDES FORTES 
Morfina, Fentanil, Oxicodona 
 
Efeitos colaterais: Náuseas, e ele pode se ligar aos receptores Mi do TGI diminuindo os movimentos 
peristálticos, desenvolvendo constipação. 
 
Adjuvantes 
No caso de uma dor de escala III pode ser dado um opioide forte, além de poder ser associado um AINES 
e, se mesmo com o opioide forte e o AINES e a dorcontinuar, pode ser associado adjuvantes. Os 
adjuvantes são vários, mas os mais importantes são: 
Amitriptilina: É um antidepressivo que inibe a recaptação de serotonina e um pouco de noradrenalina, 
assim aumentando a serotonina na fenda sináptica, dando uma sensação de bem estar e potencializa a 
ação do opioide, por aumentar essa serotonina e por bloquear o receptor mi. Sendo usado uma dose 
12,5mg, para dores cornificadas ou dores muito intensas, como é o caso da dor causada pelos herpes 
zoster, que é uma dor neuropática. Assim, nesse caso da Herpes zoster pode ser dado a amitriptilina 
com o opioide. 
Esses antidepressivos que agem na serotonina/noradrenalina podem ser usados em doses baixas. 
Gabapentina, também é um adjuvante que atua na via do glutamato, inibindo a liberação de glutamato, 
sendo muito usado como anticonvulsivante, porque vai bloquear o glutamato, consequentemente 
diminuindo o estimulo dos neurônios de segunda ordem no SNC. 
Os benzodiazepínicos também são adjuvantes, mas eles não devem ser tomados em associação com 
opioides, porque pode ter uma interação levando a morte. O ajuste entre os benzodiazepínicos e 
opioides, pois o opioide ele vai reduzir a liberação de glutamato e reduz a expressão do receptor do 
glutamato, então não tem respostas glutamatérgica, assim, se há uma associação com o diazepínico, vai 
potencializar a ação gabaérgica, causando uma hiperpolarização que desenvolve uma parada 
cardiorrespiratória por desenvolver uma depressão bulbar. Assim, o bulbo paralisado não vai 
regularizar a FR e a FC. 
Normalmente essa associação de benzodiazepínico com opioides fortes acontecem quando vamos sedar 
o paciente, porque a sedação não quer dizer que o paciente sinta dor, o que faz com que ele não sinta 
dor é o opioide forte e o que vai sedar é o benzodiazepínico. 
 
O IV nível da escala da dor envolve as intervenções cirúrgicas ou dores muito intensas, necessitando 
sedar o paciente.

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