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APS TRABALHISTA

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Nome: Diego Armando da Silva
RA: 6640103 7º semestre
Turma: 3107A04
RESENHA CRÍTICA A (DES)NECESSIDADE DE REGULAMENTAÇÃO DA DISPENSA COLETIVA NO BRASIL: UMA ANÁLISE SOB A ÓTICA DO VALOR SOCIAL DO TRABALHO E DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
Os riscos econômicos do empreendimento são do empregador, conforme o art. 2º da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Assim, sendo do empregador o risco do negócio, não se pode transferi-lo aos empregados, nem mesmo em épocas de turbulência. Tais riscos sequer podem afetar os direitos dos trabalhadores, embora possam influenciar a continuidade do contrato de trabalho, caso a empresa encerre suas atividades. 
Em relação a (des) necessidade de regulamentação da dispensa coletiva no Brasil, iniciamos nossa análise usando como base o exemplo da citação do artigo acima, que após ser estudado podemos dizer que diante das alterações ocorridas no mundo do trabalho, o ser humano fica cada vez mais desprotegido frente a seu empregador, passando a preponderar a estratégia de tornar o trabalhador cada vez mais descartável, substituível. Amplia-se também o nível do estranhamento e da alienação do empregado, na medida em que este se vê cada vez mais afastado do modo de produção integral e da sua própria identidade. Perante a isso, pode-se concluir que, para ser considerada lícita, a dispensa coletiva deve atender a requisitos mínimos. É necessário, primeiramente, que sejam apresentadas causas ou motivações (motivos econômicos, tecnológicos ou estruturais) que sejam capazes de colocar em risco a existência do empregador/empresa. Feita essa constatação, deverá então haver uma negociação prévia de como essa dispensa (se realmente tiver que ocorrer) será materializada. Se de fato esse acordo se inviabilize, que se recorra, então, ao dissídio coletivo.
A Teoria dos Direitos Fundamentais do Homem funda-se na premissa do mínimo
necessário para que o ser humano possa viver com dignidade a ponto de desenvolver, nos ensaios
da experiência da vida, sua essência e sua personalidade, não se ocupando somente com a
subsistência desse ser humano, mas também com a sua realização plena através de cada
conquista alcançada e de cada valor que passa, dinamicamente, a agregar a existência e a
potencialidade humanas.
Já em relação ao valor social do trabalho e da dignidade da pessoa humana, usamos como base a citação do artigo acima, e continuando nosso estudo sobre o assunto, podemos verificar que é correto afirmar-se que o direito ao trabalho é uma garantia do direito à vida, vida digna e sob o qual se erige a educação como um processo de formação para a vida. Tanto que o artigo 193 da Constituição registra que \u201ca ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem estar e a justiça sociais\u201d do qual se infere que, sem trabalho, impera a injustiça social e não se pode falar em bem estar social. A esse vetor constitucional social se junta o artigo 170 que afirma que \u201ca ordem econômica se funda na valorização do trabalho humano e tem por fim assegurar a todos existências dignas, conforme os ditames da justiça social\u201d. O centro deste estudo com relação aos direitos da personalidade se referem ao ser humano, e consequentemente sua dignidade, pois há que se ter e manter a dignidade humana mesmo enquanto se trabalha, pois o trabalho além de contribuir para o desenvolvimento do negócio, contribui para a sua vida digna. Os direitos de personalidade têm o papel de assegurar a dignidade ao trabalhador.
CONCLUSÃO
Concluindo nosso estudo e fazendo um breve resumo geral, podemos evidenciar que o trabalhador não pode sofrer as consequências da crise econômica, porque ela é a parte mais fraca da relação, e por não haver legislação que trate sobre o assunto das dispensas coletivas de trabalho, ficando escancarada a necessidade de se modernizar e atualizar o Direito do Trabalho diante a realidade econômica do nosso País.
Já em relação a efetividade do princípio da dignidade da pessoa humana nas relações de trabalho a ensejar a responsabilização por danos morais do empregador que submete seu empregado ao trabalho em condições de penosidade, a questão que se coloca em discussão recai também sobre os parâmetros para a caracterização das \u201catividades penosas\u201d e, ainda, sobre os limites de fixação e base de cálculo desta indenização (deverá o Julgador fixar a indenização com base nos percentuais regulamentados por lei ou deverá fixar a indenização com base nas condições das partes, de tal forma a coibir novas práticas pelo empregador e impedir o enriquecimento sem causa do empregado).
Referencias bibliográficas
BULOS, U. L. Constituição Federal anotada. 9. ed. Ver. E atual. Até a EC n. 57/2008.
São Paulo: Saraiva, 2009
SCARLET, Ingo Wolfgang. Dignidade da Pessoa Humana e Direitos Fundamentais na Constituição Federal de 1988. Livraria dos Advogados: Porto Alegre, 2002.
¹ Revista Eletrônica do Curso de Direito, A (DES)NECESSIDADE DE REGULAMENTAÇÃO DA DISPENSA COLETIVA NO BRASIL: UMA ANÁLISE SOB A ÓTICA DO VALOR SOCIAL DO TRABALHO E DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANApag. 107
² Revista Eletrônica do Curso de Direito, A (DES)NECESSIDADE DE REGULAMENTAÇÃO DA DISPENSA COLETIVA NO BRASIL: UMA ANÁLISE SOB A ÓTICA DO VALOR SOCIAL DO TRABALHO E DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA pag. 110
¹ Revista Eletrônica do Curso de Direito, (DES)NECESSIDADE DE REGULAMENTAÇÃO DA DISPENSA COLETIVA NO BRASIL: UMA ANÁLISE SOB A ÓTICA DO VALOR SOCIAL DO TRABALHO E DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA pag - 107
² Revista Eletrônica do Curso de Direito, (DES)NECESSIDADE DE REGULAMENTAÇÃO DA DISPENSA COLETIVA NO BRASIL: UMA ANÁLISE SOB A ÓTICA DO VALOR SOCIAL DO TRABALHO E DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA, pag - 110

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