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CLAREAMENTO EM DENTE VITAL E NÃO VITAL · PADRÃO DE ESTÉTICA DA SOCIEDADE – Levamos em conta que a população quer um dente muito mais branco do que o padrão normal e até mesmo as vezes exagerado. · IMPORTÂNCIA SIGNIFICATIVA À COR DOS DENTES – A cor dor dentes deve ficar por igual, em harmonia como um todo. · O clareamento dental vem sendo realizado a muito tempo na odontologia, existem relatos de Harlan, em 1884, descrevendo o uso de agente oxidante instável com a finalidade de clarear dentes escurecidos. O clareamento dental de popularizou a partir de 1989 com a técnica da moldeira individual para clareamento vital proposta por Haywood e Heymann (pais do clareamento moderno). · ETIOLOGIA DAS ALTERAÇÕES DE COR · EXTRÍNSECAS: São adquiridas após a erupção dentária. Pigmentos que aderem à superfície dental. · Ex: chá, café, fumo, bebidas e alimentos corantes. · ÍNTRINSECAS: Quando o pigmento se localiza no íntimo da estrutura dental. Manchar encontradas no interior do esmalte e/ou dentina. · Ex: Fluorose, amelogênese imperfeita, dentinogênese imperfeita, tetraciclina (quelação do cálcio pela tetraciclina, que se incorpora ao hidroxiapatita), medicação endodôntica, traumatismo e hemorragia pulpar. · INDICAÇÕES GERAIS PARA O CLAREAMENTO · Pigmentos superficiais adquiridos; · Pigmentos absorvidos que penetram na estrutura dental; · Pigmentos relacionados ao envelhecimento dental (dentina terciária em maior quantidade); · Alterações de cor relacionadas a trauma e necrose pulpar. · CONTRAINDICAÇÕES · Dentes com hipersensibilidade; · Paciente com atividade de cárie; · Paciente com problemas periodontais; · Paciente com alergia aos materiais clareadores; · Dentes com descolorações severas (especialmente aqueles com forte pigmento acinzentado); · Pacientes não colaborativos (principalmente na técnica de uso caseiro da moldeira individual); · Pacientes em situações especiais; · Pacientes com expectativa não realista. · AGENTES CLAREADORES · Peróxido de carbamida 10 – 38%; · Peróxido de Hidrogênio (H2O2) 4,5 – 35%; · Perborato de sódio 100%. OBS: Os dois produtos (PH e PC) quando em contato com a saliva e a estrutura dental, vão se decompor formando, entre outras substancias, oxigênio livre, o qual é responsável pelo clareamento do dente. · Equivalência aproximada dos agentes clareadores: · PC 10% equivale a 3,62% de PH · PC 16% equivale a 5,79% de PH · PC 22% equivale a 7,69% de PH · PC 38% equivale a 13,75% de PH · MECANISMO DE AÇÃO · A Oxidorredução das macromoléculas (cromóforos) que vão sendo fracionadas em cadeias moleculares cada vez menores até serem totalmente ou parcialmente eliminadas da estrutura dental por difusão. (explicação em sala); · Ainda não se sabe o mecanismo preciso do clareamento, mas é aceito que o pH e o PC se dissociam e liberam radicais livres de oxigênio, os quais têm baixo peso molecular e são capazes de penetrar no esmalte e na dentina, atingindo os cromóforos. Cromóforos são substâncias que conferem ao dente a cor escura por serem cadeias moleculares longas que absorvem a luz emitida sobre o dente. Os radicais de oxigênio são capazes de quebrar as ligações químicas das cadeias moleculares longas dos cromóforos, os quais vão se tornando menores e menores ate que se possibilite sua liberação do interior da estrutura dentária por um processo de difusão. Não havendo mais cadeias moleculares longas (cromóforos) no interior do dente aumenta-se a taxa de reflexão de luz emitida pelo dente, que passa a ter um aspecto mais claro. (explicação do livro). · TÉCNICAS (DENTES VITAIS) · Clareamento caseiro (não supervisionado e supervisionado); · Clareamento de consultório (fotoativado e não fotoativado); · Clareamento combinado (caseiro + de consultório); · Clareamento + micro abrasão. · CLAREAMENTO CASEIRO NÃO SUPERVISIONADO · Clareamentos caseiros não supervisionados podem causar desgaste no esmalte do dente, danos ao sistema digestivo, escurecimento dos dentes, retração gengival e danos a mucosa da boca. · CLAREAMENTO CASEIRO SUPERVISIONADO · P Carbamida a 10, 16 ou 22% · P Hidrogênio a 4,5 – 9,5% · Outros componentes: Carbopol (espessante) – liberação lenta de oxigênio. · Quanto maior a concentração, mais acelerado será o clareamento inicial, e maior a sensibilidade. · No final do tratamento não existe diferença no grau de clareamento. · VANTAGENS · Técnica simples e de fácil aplicação · Requer pouco tempo de atendimento clínico · Custo reduzido · Emprega agentes clareadores mais brandos · Apresenta boa resposta inicial e bom prognóstico, · É de fácil repetição, · Não promove alterações estruturais significativas no esmalte, periodonto e materiais restauradores · É um método orientado e supervisionado pelo dentista. · DESVANTAGENS · Agente clareador é aplicado pelo paciente (colaboração do mesmo) · Requer em média de 2 a 3 semanas · Emprega moldeira (pode ser desconfortável para alguns pacientes) · Alguns pacientes podem apresentar sensibilidade · Não é possível prever a longevidade dos resultados. · PROTOCOLO CLÍNICO · Exames clínicos e radiográficos; · Documentação; · Registro da cor; · Moldagem – modelos; · Recortes dos modelos; · Confecção da moldeira; · Prova e ajuste da moldeira: A moldeira de corte reto é mais fácil e rápida de ser confeccionada. Ela possui melhor vedamento junto à gengiva, o que reduz o extravasamento do clareador e impede o ingresso de saliva, que acaba diluindo a solução, esses fatores tornam interessante o seu uso principalmente na arcada inferior, entretanto sempre que a moldeira recobre a gengiva marginal, aumenta a possibilidade de trauma e sensibilidade gengival. · Instruções de uso: · Escovação prévia e após a utilização; · Escovação da moldeira; · Uso diário 4 – 8 horas (noite)/ 1 – 2 horas (dia); · 1 – 3 semanas; · Abstenção de alimentos e bebidas corantes durante o tratamento; · Na face vestibular de cada dente, deve ser aplicada uma gota de clareador; · Retirar o excesso de gel utilizando um cotonete ou escova de dentes. · Controle periódico: Consultas semanais ou mensais. · SENSIBILIDADE – COMO EVITAR? · Usar produtos com alta viscosidade; · Usar produtos com concentração mínima consagrada como efetiva; · Usar gel que contenha flúor; · Em casos de desconforto aplicação tópica semanal de FN “clear” ou bochecho diário; · Análise prévia de retração gengival e restaurações existentes. · O QUE FAZER QUANDO O PACIENTE REPORTAR SENSIBILIDADE DESCONFORTÁVEL: · A grande maioria dos casos é resolvida com a chamada ABORDAGEM PASSIVA, que consiste em simplesmente interromper o uso do agente clareador por 1 a 2 dias, e após, reiniciar o tratamento. Quando a abordagem passiva não resolver, entrega-se ao paciente uma seringa carregada com flúor neutro incolor a 2% ou nitrato de potássio para que seja aplicado na moldeira antes e depois de o agente clareador ser utilizado em seu regime prescrito. Se ainda assim, a sensibilidade persistir, pode-se trocar o agente clareador por outra marca comercial. É de conhecimento que diferentes produtos apresentam diferentes substancias em sua composição, ainda que o princípio ativo (PC) esteja presente. A diferença na composição apresenta variabilidade na penetração do agente clareador. · CLAREAMENTO DE CONSULTÓRIO · Isoladamente ou técnica combinada; · P. de Hidrogênio a 20 – 35%; · Sem ativação, ativado por luz halógena, LEDs e Laser: Utilizados com o objetivo de aquecer o agente clareador e acelerar a oxidação do peróxido de hidrogênio que, assim, mais rapidamente atingirá os pigmentos cromógenos responsáveis pelo aspecto escurecido dos dentes. · VANTAGENS · Rapidez inicial no clareamento; · Técnica mais onerosa; · Laser – Marketing; · DESVANTAGENS · Tempo de consulta; · Custo elevado de materiais e equipamentos; · Aumento da sensibilidade; · Resultados duvidosos. · PROTOCOLO CLÍNICO 1. Exame clínico e radiográfico; 2. Documentação; 3. Registro da cor; 4. Profilaxia; 5. Isolamento do campo operatório: Absoluto ou relativo modificado; 6. Aplicação do agente clareador; Proporção do fabricante,aguardar 10 – 20 minutos. 7. Exposição à fonte luminosa ou não; 8. Aguardar 10 – 20’; 9. Remoção do produto: Utilizando cânula de aspiração endodôntica + gaze; OBS:NÃO LAVAR!!!!! O PRODUTO NÃO DEVE CAIR NA CAVIDADE ORAL. 10. Repetir aplicação se necessário: Até 03 vezes por consulta; 11. Aplicação de flúor; 12. Controle periódico. · CLAREAMENTO COMBINADO · Começa no consultório e é complementado em casa (caseiro) ou vice-versa. · CLAREAMENTO + MICROABRASÃO · É utilizada para pigmentos superficiais limitados ao esmalte. Enquadram-se nessa categoria algumas manchas (brancas ou marrons) de fluorose e a hipoplasia de esmalte. É importante ressaltar que a técnica de microabrasão tem por objetivo desgastar a descoloração e não propriamente torna-la mais clara. DENTES NÃO-VITAIS · SELEÇÃO DE CASOS · O dente clareado tem estrutura coronária suficiente que justifique a terapêutica indicada? · Os demais dentes da arcada apresentam colorações harmoniosas que o simples fato de clarear o dente em questão restabelece a harmonia geral? · A remoção da cárie que o dente apresenta deixa estrutura suficiente para se obter bom resultado estético com restauração cosmética? · O canal está bem tratado? Se não, refaça o tratamento. · As alterações de cor produzidas por sais metálicos (prata) do amálgama apresentam prognósticos duvidosos, pois não se obtêm reação de oxirredução suficiente. · O dente foi submetido ao clareamento e teve reversibilidade de cor? Em casos assim, o novo clareamento é de prognóstico desfavorável, porque houve reversibilidade da reação química. · ETIOLOGIA: Medicação endodôntica, restos orgânicos, hemorragia pulpar e necrose pulpar. · AGENTES CLAREADORES · Peróxido de carbamida 37%; · Peróxido de hidrogênio 20 – 35%; · Perborato de sódio. (mecanismo de ação: -> H2O -> Oxigênio – Metaborato de sódio – H2O2.) · TÉCNICAS DE CLAREAMENTO EM DENTES NÃO-VITAIS · Agente clareador catalisado pelo calor ,pode ocorrer irritação do ligamento periodontal e cemento pelo agente clareador + calor. · (Harrington & nating,1979 – reabsorção cervical externa) · IMEDIATA: Peróxido de hidrogênio 20 – 35% · MEDIATA: Peróxido de carbamida 37% ou Perborato de sódio · COMBINADA: Imediata + Mediata OU vital + não vital. · TÉCNICA IMEDIATA a. PROTOCOLO CLÍNICO · Exames clínico e radiográfico; · Documentação; · Resgistro de cor; · Isolamento do campo operatório; · Acesso ao conduto; · Limpeza da câmara pulpar; · Desobstrução de 2mm; · Tampão cervical; · Condicionamento ácido??* · Aplicação do agente clareador; · Exposição à fonte luminosa; · Repetir aplicação; · Selamento definitivo; · Controle periódico. · TÉCNICA MEDIATA · Exame clínico e readiográfico; · Documentação; · Registro de cor; · Isolamento do campo operatório; · Acesso ao conduto; · Limpeza da câmara pulpar; · Desobstrução de 2mm; · Tampão cervical; · Condicionamento ácido ??* · Aplicação do agente clareador; · Remoção dos excessos; · Bolinha de algodão; · Selamento provisório; · Repetir operação – 7 dias; · Controle periódico. · TAMPÃO CERVICAL · Realizado com resina flow, cimento de ionômero de vidro ou cimento de fosfato de zinco. · REABSORÇÃO CERVICAL EXTERNA ( Harrington & nating, 1979) · O peróxido de hidrogênio é capaz de gerar radicais hidroxila, extremamente reativos e que causam degradação dos componentes do tecido conjuntivo, particularmente colágeno e ácido hialurônico. · Trilogia trauma-clareamento-reabsorção tem forte relação e pode ocorrer de 1 a 7 anos após o tratamento clareador. · REVERSIBILIDADE DA COR · Regressão de cor em um período de 5 anos · O clareamento é uma reação de oxirredução, portanto libera O2, provocando redução de substancias coloridas em incolores. Estas substancias podem perder os recebidos e voltar a cor inicial. · Howell (1981) e Friedman (1988) concluíram que 50% dos dentes submetidos ao clareamento não-vital apresentaram regressão de cor após um ano.
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