Buscar

Resumo Fisiologia celular, Sensibilidade Somática, Propiocepção, Sistema nervoso e Neurofisiologia Motora

Prévia do material em texto

FISIOLOGIA CELULAR
60% da massa corpórea é constituída por água, sendo ela distribuída em 2/3 dentro das células (intracelular) e 1/3 (80% liquido intersticial e 20% plasma) fora delas (extracelular)
Extracelular (levemente positivo) tem mais concentração de sódio (cátion +) e cloreto (ânion -) Intracelular (levemente negativo) existe mais concentração de potássio (cátion +). 
Entre o líquido intra e extracelular encontra-se a membrana plasmática. O transporte do meio intra para o meio extracelular ocorre através das proteínas carreadoras/transportadoras (sem poros) ou canais iônicos (extravasamento/poros: livremente aberto; regulado por comporta através de sinais químicos, elétricos, térmicos ou mecânicos (quando o canal sofre uma deformação abrindo a porta do canal))
As comportas dos canais não abrem e fecham na mesma velocidade (cinética dos canais são diferentes)
Feedback negativo: garante a estabilidade do sistema mantendo o parâmetro fisiológico dentro da escala normal 
Feedback positivo: estimulo recebido é amplificado, gerando instabilidade (tipo durante o parto onde o estiramento do colo do útero estimula a liberação de ocitocina para as contrações uterinas durante a passagem do bebê)
Difusão simples: pode ocorrer através da membrana ou por canais iônicos.
Difusão facilitada: Substância a ser transportada se difunde através da membrana usando uma proteína específica
Na difusão simples quanto maior a concentração da substancia maior a velocidade de difusão, na facilitada chega a um momento em que a velocidade aumenta e se torna constante a partir dali.
Transporte passivo: a molécula passa pelo meio em que está mais concentrada para o que está menos sem o gasto de energia, sendo por difusão simples (passa pelo canal iônico ou pela membrana) ou por difusão facilitada (passa pelas proteínas carreadoras) através da bicamada lipídica.
Transporte ativo: a molécula utiliza energia do ATP para voltar ao seu meio de maior concentração utilizando uma proteína transportadora. As bombas são transportadores ativos primários. Ex: bomba NA+-K+ é uma bomba de transporte ativo que transporta 3NA+ p fora da célula (meio mais concentrado) e 2K+ p dentro da célula (meio mais concentrado), sendo ela chamada de bomba de natureza eletrogênica. O transporte ativo secundário utiliza-se de energia armazenada por diferentes concentrações iônicas, podendo ser por co-transporte (mesma direção) ou contra-transporte (direção contrária)
Co-transporte = Simporte ; contra-transporte = anti-porte.
Eletrofisiologia Celular
Considerando que as correntes elétricas de um fio de metal são conduzidas pelo fluxo de elétrons, no nosso sistema elas ocorrem através do transporte de íons nas células.
Potencial de membrana: é o diferencial de potencial elétrico em volts (V), gerado a partir de um gradiente eletroquímico de uma membrana semipermeável. 
· As células excitáveis (neurônios, fibras musculares, cardiomócitos) exibem alterações nos potenciais de repouso em resposta a estimulação e utilizam essa energia para fins de sinalização;
· Células glandulares que também são células excitáveis (secretoras do pâncreas), macrófagos e nas células ciliadas; participação no controle das funções celulares
Potencial de repouso: Diferença de potencial de membrana das células excitáveis em repouso, sem estímulo (polarização)
PR= -90mV (isso quer dizer que a célula em repouso tem o meio intracelular -90mV mais negativo que o meio extracelular, ou seja, esse valor é sempre para mostrar a comparação do potencial do meio intra para o meio extracelular.
Potencial de nernst: contribuição máxima de voltagem que os íons podem emprestar para entrar em equilíbrio. Ex: o potássio empresta até 90mV, a partir disso ele sai do equilíbrio e volta para dentro da célula, logo o potencial de nernst dele é -90mV, porque a referência sempre é intracelular e se o potássio tá saindo, dentro da célula fica mais negativo.
Força motriz química: diferença de concentração de íons.
Força motriz elétrica: diferença de carga (potencial elétrico) através da membrana.
Potencial de ação: célula vai estar estimulada, os canais por comporta vão se abrir e a porta de sódio (NA+) como tem velocidade mais rápida vai levando mais carga positiva para dentro da célula até que esse potencial de ação fique com positivamente carregado (despolarização) e a porta dele se feche atingindo o pico, a porta de potássio (K+) completamente aberta nesse estado vai estar levando mais potássio para fora da célula e deixando ela novamente carregada negativamente (repolarização). 
Overshoot: momento da troca da carga negativa para a positiva.
Hiperpolarização: ocorre quando a célula só é estimulada nas portas de potássio, fazendo com que mais potássio saia da célula e ela fique mais negativa que o normal.
Limiar para atingir o potencial de ação: é a variação mínima de +20mV além do potencial de repouso necessária para ocorrer o potencial de ação, fora isso, chama-se estímulo sublimiar ou potencial graduado e está apenas ocorrendo uma despolarização comum. Potenciais sublimiares: estímulos que não atingem um limiar então não ativam um potencial de ação
Período refratário: período para que ocorra um novo potencial de ação. Absoluto: tempo que independente de outro estímulo, não gera outro potencial de ação (durante o potencial de ação). Relativo: período final do potencial de ação em que dependendo da intensidade do estímulo ele ainda pode gerar outro potencial.
SENSIBILIDADE SOMÁTICA
Somestesia - soma (corpo) + aesthesia (sensibilidade): sensibilidade geral do corpo
Sistema somestésico ou somatossensorial: conjunto de neurônios, fibras nervosas e sinapses responsáveis pela captação e transmissão de informações sensoriais do ambiente para o SNC
Sensações somáticas: mecanorreceptiva (tato, propriocepção), termorreceptiva, nociceptiva (percepção de dor)
TATO
Modalidades Sensoriais Táteis	
· tátil: estimulação de receptores na pele ou em tecidos imediatamente abaixo da pele
· pressão: deformação dos tecidos mais profundos
· vibração: sinais sensoriais repetitivos e rápidos
Terminação nervosa mielinizada terminologia Tipo A, a não-mielinizada é tipo C. Diâmetro grande: Alfa (velocidade maior de condução); Médio: Beta (mediana velocidade de condução, Pequeno: Gama
Os receptores táteis são Corpúsculo de pacini, Terminação de Ruffini, Terminações nervosas livres, Corpúsculo de meissner, Receptor em disco de merkel
Cócegas e prurido: terminações nervosas livres, camadas superficiais da pele, altamente sensíveis e adaptação rápida, fibras amielínicas (tipo C). 
Vias sensoriais: receptores específicos > neurônio sensorial primário > primeira sinapse do SNC: medula ou tronco encefálico
Dermátomos
Regiões da pele inervados por um único nervo espinhal. 
Sobreposição de dermátomos: em casos cirúrgicos é necessário bloquear três ou mais nervos adjacentes para induzir anestesia de uma área da pele
Sistema da coluna dorsal – lemnisco medial: tato epicrítico (com precisão e grande capacidade discriminativa), pressão e vibração, fibras nervosas grossas e mielinizadas (v= 30 a 100m/s), alto grau de organização especial das fibras nervosas, informação rápida, com fidelidade espacial e temporal. Trajeto: neurônio de primeira ordem > parte dorsal da medula > sobe para o bulbo onde ocorre a primeira sinapse com o neurônio de 2ª ordem cruzando p outro lado do bulbo > tálamo/ 2ª sinapse e neurônio de 3ª ordem > córtex como ultima sinapse e neurônio de 4ª ordem.
Sistema ântero-lateral: transmite amplo espectro de informações sensoriais (dor, calor e sensações táteis grosseiras); trato protopático > pouco discriminativo e menos preciso; sensação de cócegas e prurido. Fibras mielinizadas mais finas (V= 8 a 40 m/s) Trajeto: neurônio de 1ª ordem > sinapse na parte dorsal da medula onde o neurônio de 2ª ordem faz o cruzamento para o lado ventral do outro lado da medula > sobe para o bulbo onde faz a próxima sinapse > sinapse no tálamo > sinapse no cortéx
Area somatossensorial I: giro pós-central (áreas 3, 2 e 1 de Broadmann);Informação contra-lateral; apresenta alto grau de localização (somatopia); tamanho das áreas é proporcional ao número de receptores sensoriais; etapa de sensação (toma-se consciência das características sensoriais do objeto); 
Funções: Tato discriminativo, Sensação de pressão, avaliar o peso dos objetos, Avaliar contextos e formas, avaliar texturas
Area Somatossensorial II: Localização pobre das diferentes partes do corpo; face, braços e pernas (grosseiramente); aferências primárias bilaterais a partir do tronco encefálico; aferências secundárias da área Somatossensorial I são necessárias para sua função.
Áreas de associação somatossensoriais: Córtex parietal (áreas 5 e 7 de Broadmann); Aferências (córtex somatossensorial I; núcleos ventrobasais do tálamo; córtex visual e auditivo); integração de diferentes submodalidades sensoriais, necessária à percepção.
Etapa de interpretação (gnosia) – as características sensoriais são comparadas com o conceito do objeto existente na memória do indivíduo, o que permite a sua identificação. A fusão de informações sensoriais recentes com mensagens vindas da memória, notificando prévias experiências, permite um sentido exato e consciente de visões, sons, cheiros, tato e paladar. Além da formulação de um pensamento consciente sobre a exata posição de nosso corpo, quer estejamos parados ou em movimento.
Amorfossíntese: Resultante da remoção da área de associação somatossensorial de um lado do cérebro (Incapacidade de reconhecer objetos e formas percebidos no lado oposto do corpo; perde a maior parte das sensações da forma de seu próprio corpo ou de partes do corpo do lado oposto; não percebe o lado oposto do corpo.
PROPRIOCEPÇÃO
É a percepção da posição do próprio corpo, podendo ser em sensações de posição estática (percepção consciente da orientação das diferentes partes do corpo relacionadas entre si) ou de velocidade dos movimentos (Cinestesia ou propriocepção dinâmica). O órgão tendinoso de Golgi é um receptor da propriocepção que detecta a tensão muscular, outro receptor é o fusomuscular que detecta o comprimento do músculo.
DOR
Nocicepção: processo pelo qual o estímulo nocivo na periferia é transmitido através da medula espinhal e a várias áreas do SNC resultando na sensação fisiológica de Dor (associado a resposta emocional e memória negativas associadas).
Receptores da dor: Terminações nervosas livres de neurônios sensoriais primários (em todos os tecidos do corpo, exceto SNC). 
A primeira dor é consequência de fibras do tipo Adelta, que são mielinizadas e conduzem informação sensorial mais rápido; 
segunda dor: pulsante, latejante, é consequência da ativação do neurônio sensorial (ou nociceptor) do tipo C, que conduz informação em uma velocidade menor.
As principais classes são térmicas (fibras A8 ativadas por estímulos maiores que 45C ou menores que 5C), Mecânicas (fibras A8), polimodais (fibras C; mecânicos, químicos ou térmicos) ou silentes (normalmente em fibras C, vísceras). A membrana do nociceptor contém receptores que convertem a energia térmica, mecânica ou química dos estímulos nocivos em potencial elétrico despolarizante.
As fibras nociceptivas terminam no corno dorsal da medula espinhal (principais neurotransmissores são glutamato e célula P). Peptídeos opioides contribuem para o controle endógeno da dor
· Trato Neoespinotalâmico 
· Espinotalâmico (Via nociceptiva mais proeminente do SNC; estimulação desse trato é suficiente para causar sensação de dor; lesões nesse trato e no tálamo gera a dor central)
· Trato Paleoespinotalâmico
· Trato espinorreticular (termina na formação reticular e tálamo (medial))
· Trato espinomesencefálico (formação reticular mesencefálica e substância cinzenta periaquedutal; componente afetivo da dor (Núcleo Parabraquial > amígdala)
· Trato espino-hipotalâmico (neurônios com projeções hipotalâmicas; centros de controle autonômico envolvidos na regulação das respostas neuroendócrinas e cardiovasculares que acompanham as síndromes dolorosas)
Percepção da Dor 
Formação reticular do tronco encefálico, tálamo e outras regiões inferiores do encéfalo; A remoção completa da área somatossensorial do córtex cerebral não destrói a capacidade de o animal perceber a dor; Córtex tem papel especialmente importante na interpretação da qualidade da dor.
A teoria do portão de controle da dor explica como os neurônios processam os diferentes estímulos que serão percebidos pelo cérebro como dolorosos ou não dolorosos. há dois tipos de estímulos: o primeiro provém dos neurônios nociceptivos, que inervam a pele, os músculos, os ossos e as vísceras, formam fibras nervosas com diâmetro estreito e registram estímulos aversivos como o calor do fogo ou a dor causada por um corte com uma faca; o segundo se origina nos terminais de fibras nervosas de diâmetro largo, que registram estímulos mecânicos como toque, pressão ou vibração.
Alguns conceitos de dor
Analgesia: perda ou ausência de sensibilidade para dor
Alodinia: aumento da sensibilidade dos receptores para dor a um estímulo inócuo( um estímulo que normalmente não causaria dor está causando) Ex: insolação
Hiperalgesia: resposta exagerada a estímulo nocivo, dor persistente na ausência de estimulação sensorial. Ex: furúnculo.
Dor persistente: pode ser nociceptiva (ativação de nociceptores na pele ou nos tecidos moles em resposta a lesão tecidual, e em geral surgem de uma inflamação. Ex: entorses, distensões, artrite, tumor nos tecidos moles) ou neuropática (lesão direta dos nervos do SN, com frequência é acompanhada por uma sensação de queimação ou elétrica. Ex: dor do membro fantasma)
TEMPERATURA
A faixa de sensibilidade térmica do ser humano está entre 10 e 45°C. Os receptores térmicos para o frio é o corpusculo de krause com fibras do tipo Adelta e C, e de calor é os órgãos terminal de Ruffini com fibras do tipo C.
A Via de transmissão da temperatura é a via antero-lateral, assim como a da dor e a do tato protopático
Vias sensoriais para o SNC
Propriocepção consciente: Sistema do coluna dorsal-lemnisco medial.
Neurônios de primeira ordem: gânglios espinhais e gânglio trigêmio; feixe da coluna dorsal (tratos grácil e cuneiforme); neurônios de segunda ordem: núcleos grácil e cuneiforme e núcleo principal do trigêmio; neurônios de terceira ordem: núcleo ventral posterior do tálamo; Região cortical: pós-central do lado oposto.
Propriocepção inconsciente: trato espinocerebelar dorsal 
Fusos musculares; órgão Tendinoso de Golgi; receptores táteis; receptores articulares. Incluem a contração muscular; grau de tensão sobre os tendões; posições e velocidade de movimento das diferentes partes do corpo.
SISTEMA NERVOSO
A câimbra se da normalmente pela hiper transmissão nervosa (associar a perda de potássio com a câimbra é mito, pois quando há a perda de potássio fica mais negativamente carregado e estamos nos referindo ao relaxamento muscular e não a contração, porque ele é associado ao suor, quando isso ocorre, a perda do potássio vai junto com o suor, entretanto o potássio não está fora da célula, é mais correto dizer que o ganho do sódio está relacionado à câimbra já que ele atua na contração muscular)
· Neurônios: Corpo celular, dendritos, axônio (célula de shwann, nodo de ranvier, bainha de mielina, terminal axonal)
· Células da glia: oligodendrócitos (auxilia na formação de várias bainhas de mielinas do SNC e do outro lá), células de Shwann (formam as bainhas de mielina dos SNP)
· Astrócitos: fazem a nutrição neuronal, regulação da concentração de íons (K+), regulação da concentração de neurotransmissores, modulador da sinalização sináptica e ajuda a formar a barreira hematoencefálica
· Microglia: deriva-se da medula óssea e é responsável pela região imunológica do SNC
SINAPSES
É o que dá ao SN a habilidade especial para se comunicar de maneira tão rápida e com tamanha precisão. É a zona de contato especializada na qual um neurônio vai se comunicar com o outro (outra célula)
· Transmissão sináptica – processo pelo qual as células nervosas se comunicam
Componentes clássicos:
· Terminaldo axônio pré-sináptico (neurônio que leva informação)
· O alvo da célula pós-sináptica (neurônio que recebe informação)
· Zona de aposição entre as duas células (fenda sináptica)
Sinapses variam de acordo com a terminologia pós e pré sináptica: dendrodendríticas, somatossomáticas e mesmo somatodendritícas.
Sinapse química: Predominante no sistema nervoso; converte informação elétrica em química, utilizando substancias químicas (neurotransmissores, receptores) para fazer contato entre as células nervosas
Sinapse elétrica: ocorre através do fluxo de íons, não existe fenda sináptica, apenas a região pré e pós sináptica em contato uma com a outra, fazendo com que os íons se comuniquem através de poros (canais) formados pelas junções GAP. (predominantes mais no sistema nervoso central). Além de usar pouca energia metabólica.
Neuromediadores podem ser: Neurotransmissores = baixo peso molecular, ação rápida (aminoácidos, aminas e purinas). Neuromoduladores = alto peso molecular (peptídeos e lipidios) ou moléculas muitos pequenas (gases), ação lenta. Neuro-hormônios = secretados no sangue e distribuídos pelo corpo.
Receptores podem ser: Ionotrópicos: sua ativação abre diretamente canais iônicos, que fazem parte da macromolécula receptora. Dependentes de ligante, tem canais catiônicos e aniônicos e são de ação local e rápida. Metabotrópicos: regula a abertura de canais iônicos indiretamente, por vias bioquímicas de sinalização. Tem efeitos mediados pela proteína G > 2º mensageiros, pode atuar sobre canais distantes do receptor, tem ação lenta e ação reguladora da transmissão sináptica.
Receptores despolarizantes no SNC: abertura de canais de sódio; condução reduzida pelos canais de cloreto ou de potássio; efeito: excitatório. 
Receptores hiperpolarizantes no SNC: abertura dos canais de cloreto; aumento da condutância dos íons potássio; efeito: inibitório.
Recaptação de neuromediadores: realizada por moléculas transportadoras presentes no terminal pré-sináptico e nos astrócitos e mecanismo influenciado por várias drogas. Ex.: cocaína, antidepressivos. 
Degradação Enzimática: Acetilcolinesterase, Peptidases
Potencial excitatório pós-sináptico (PEPS): é a despolarização de uma célula. Ex: quando ocorre a entrada de sódio (é um aumento positivo). Mas isso não significa que ocorre um potencial de ação, é apenas uma despolarização, podendo ou não atingir um limiar do potencial de ação.
Potencial inibitório pós-sináptico (PIPS): é a hiperpolarização de uma célula. Ex: quando ocorre a entrada de cloreto ou a saída de potássio (é um aumento negativo).
Integração sináptica: a atividade sináptica do neurônio vai depender se ele vai ter mais PEPS do que PIPS (vai ser mais excitado do que inibido).
Somação espacial: efeito da somação dos potenciais pós-sinápticos simultâneos pela ativação de múltiplos terminais em áreas amplamente espaçadas na membrana neuronal.
Somação temporal: descargas sucessivas de um único terminal pré-sináptico, se ocorrerem rápido o suficiente, podem ser adicionadas umas as outras gerando um potencial de ação (podem se somar).
CONTRAÇÃO MUSCULAR
O musculo liso possui células fusiformes, não estriadas e contração involuntária, fraca e lenta. O musculo estriado esquelético possui células poliédricas longas e multinucleadas com estrias transversais e contração rápida, vigorosa e voluntária. Já o estriado cardíaco possui células alongadas e ramificadas que se unem por intermédio dos discos intercalares, com estrias transversais e contração involuntária, vigorosa e rítmica.
As propriedades do tecido muscular são Excitabilidade elétrica, contratibilidade, extensibilidade, elasticidade
A estrutura do músculo esquelético inclui tendão (junção do tecido conjuntivo (epimísio) na face distal do músculo, onde o músculo será ancorado em algumas regiões ósseas), epimísio	 (camada de tecido conjuntivo que recobre as fibras musculares, que vão formar o músculo), perimísio (tecido conjuntivo abaixo do epimísio que recobre os fascículos), facículos	 (são estruturas que organizam as fibras musculares), endomísio (camada de tecido conjuntivo que recobre cada fibra muscular), sarcolema	(membrana da fibra muscular inferior ao endomísio), miofibrila (constitue a fibra muscular, possuem proteínas contrateis (miosina e actina), estruturais ou acessórias (titina e nebulina) e regulatórias (tropomiosina e troponina). É a reptição de sarcômeros), sarcômero (é a unidade funcional aonde a contração realmente acontece, contém filamentos de miosina (60%) sendo os filamentos grossos e actina (20%) sendo os filamentos finos).
O retículo sarcoplasmático se localiza envolvendo as miofibrilas, tem função de fornecer cálcio para a contração muscular. O túbulo T são invaginações da membrana sarcolema, tem a função de levar para o interior da fibra muscular a informação elétrica que acontece na superfície. Essa informação elétrica será a responsável pela contração muscular
Banda A: área onde possui miosina (com o sem presença de actina), Banda I: área onde possui apenas actina, zona H: área onde possui apenas miosina e zona de sobreposição é apenas aonde actina e miosina estão presentes, se sobrepondo. A Linha Z é formado por proteína estrutural que delimita o sarcômero, linha M é a linha medial do sarcômero.
Os dois "coadjuvantes" da contração muscular (moléculas de fora que são necessárias) são cálcio e ATP. A quantidade de cabeças de miosina influencia na força muscular (mais cabeças de miosina, maior a força que a pessoa vai ter)
Somação: soma de abalos individuais, para aumentar a intensidade de contração total.
Somação por frequência: aumento da frequência de contração.
Somação por múltiplas fibras: aumento do número de unidades motoras que se contraem ao mesmo tempo.
Princípio do tamanho: menores unidades motoras são recrutadas inicialmente > maiores unidades motoras.
A contração muscular a partir do neurônio motor faz com que ele libere neurotransmissores acetilcolina para a placa motora (fenda entre o neurôniomotor e a membrana sarcolema. Fenda sinaptiva). Essa acetelcolina se liga a um canal de sódio, despolarizando pela entrada de sódio e criando um potencial de ação na membrana sarcolema, sendo propagado por todo ele e entrando pelos túbulos T, abrindo o canal de cálcio do retículo sarcoplasmático que, por sua vez, se liga à troponinaC, que afasta a tropomiosina da actina, fazendo com que a cabeça da miosina se ligue à actina, possibilitando, assim, o deslizamento dos filamentos de actina e miosina na contração.
A teoria do deslizamento dos filamentos: A tensão que uma fibra muscular pode gerar é diretamente proporcional ao número de pontes cruzadas formadas entre os filamentos finos e grossos. Nos neurônios os dentritos coletam o sinal, os axônios passam o sinal através da unidade motora que contém junção neuromuscular, um musculo pode ter muitas unidades motoras formadas por diferentes tipos de fibras.
Acoplamento excitação-contração (EC) ou acoplamento eletromecânico é o processo pelo qual a “excitação” elétrica da superfície da membrana desencadeia um aumento da [Ca2+]i no músculo. A despolarização da membrana abre o canal de Ca2+ do tipo L > o acoplamento mecânico entre o canal de Ca2+ do tipo L e o canal de liberação de Ca2+ faz com que o canal de liberação de Ca2+ se abra > O Ca2+ sai do RS via canal de liberação de Ca2+ e ativa a troponina C, levando à contração muscular > O Ca2+ entrando na célula via canais de Ca2+ do tipo L também pode ativar os canais de liberação de Ca2+. Mas essa via não é essencial no musculo esquelético.
A fadiga muscular é a incapacidade do músculo de gerar ou manter a potência desejada, com declínio tanto da força quanto da velocidade de encurtamento. Pode ser influenciada por: estado nutricional, intensidade e duração de contração, tipo de metabolismo (acróbio ou anacróbio), composição do músculo, condicionamento físico, motivação
Os tipos de contrações musculares são isotônica (concêntria musculo contraído, excêntrica musculo estendido) e isométrica onde não há movimento apenaso apoio
A adaptação fisiológica ao exercício do músculo é a hipertrofia. Se há o desuso do músculo, ocorre a diminuição do mesmo por um processo chamado atrofia. (ex: atletas que ficam parados por muito tempo por lesão muscular)
As fontes de energia para contração do músculo são ATP armazenado no músculo, fosfocreatina, Glicogênio (forma ácido lático), Glicose.
Os dois tipos de fibras do músculo esquelético são Fibras do tipo I (contração lenta) e fibras do tipo II (contração rápida)
Características do musculo liso
· Dimensões físicas; 
· Organização em feixes ou folhetos; 
· Diferentes variações (vascular, gastrintestinal, urinário, respiratório, genital e ocular) 
· Possui propriedades elétricas variáveis; 
· Múltiplas vias influenciam a contração e relaxamento do músculo liso;
· Diferentes funções (determinar o movimento dos materiais dentro do corpo)
· Possui propriedades elétricas variáveis; 
· Múltiplas vias influenciam a contração e relaxamento do músculo liso;
· Responde a diferentes tipos de estímulos (múltiplos níveis de controle); 
· Inervação autonômica, contração espontânea, hormônios e substâncias parácrinas;
Tipos de músculo liso
Unitário (Sincicial ou Visceral)
· Fibras que contraem juntas, como uma única unidade;
· Membranas celulares ligadas por junções comunicantes
· Músculo liso sincicial/visceral
· Maior parte do controle é exercido por estímulos não-nervosos;
· Exibe uma atividade rítmica; TGI e urogenital
Multiunitário
· Cada fibra se contrai independente das outras;
· Controle exercido principalmente por sinais nervosos;
· Continuamente ativo; vascular, respiratório e alguns esfíncteres.
Estrutura do músculo liso
· 
· Junções comunicantes; 
· Junções de aderência; 
· Citoesqueleto; 
· Miofilamentos
· Células menores organizadas em feixes oblíquos; 
· Ausência de região receptora especializada; 
· Varicosidades; 
· Retículo sarcoplasmático menor;
Aparato contrátil: Não possui sarcômeros; Miosina; Actina mais abundante (ligada aos corpos densos; não possui troponina; presença da tropomiosina) e retículo sarcoplasmático menor
Filamentos de miosina: toda sua superfície recoberta por cabeças de miosina, polarização lateral, isoforma diferente do músculo esquelético, ATPase mais lenta.
Regulação da contração pelos íons cálcio (sinal de Ca2+) ocorre através das fontes de Ca2+: retículo sarcoplasmático e LEC
• Ausência de troponina. • A proteína regulatória - calmodulina (Ca2+ se liga). • A fosforilação das proteínas (miosina) tem papel central;
Mecanismo de Trava (tensão de trava): Condição de contração tônica, durante a qual a força é mantida com baixo gasto de energia. A miosina desfosforilada permanece ligada à actina por um tempo, ocorre a desativação da quinase e fosfatase da miosina, uma tensão muscular prolongada; sem consumo de ATP; com capacidade de sustentar contrações sem entrar fadiga.
As junções Neuromusculares possuem sistema Nervoso Autônomo, junções difusas, varicosidades e acetilcolina ou Noradrenalina
Nos potenciais de Ação do músculo liso visceral o fluxo de íons cálcio para o interior da célula é o principal responsável pelo potencial de ação. Os canais de cálcio se abrem muito mais lentamente que os canais de sódio e permanecem abertos por um período maior. O cálcio atua diretamente sobre o mecanismo contrátil do músculo liso e alguns músculos lisos são autoexcitatórios.
Na excitação (com ou sem geração de PA) há a abertura de canais de sódio ou cálcio; com a liberação de cálcio do retículo sarcoplasmático. E os receptores de membrana que causam liberação de Ca2+ do retículo sarcoplasmático. 
Inibição: há o fechamento de canais de sódio ou de cálcio e abertura dos canais de potássio; E receptores de membrana > ativação de adenilato ciclase ou guanilato ciclase > formação de AMPc e GMPc > fosforilação de enzimas que inibem a contração. E ativação das bombas que movem Ca2+ a partir do ambiente intracelular.
NEUROFISIOLOGIA MOTORA
Os tipos de respostas motoras são: reflexos (Mov. Automáticos, inatos, estereotipados e rápidos; deflagrados por estímulos específicos (receptores sensoriais) e com função de proteção). Rítmicos/automatismos (fruto de aprendizado e eficientes) e Movimentos voluntários (Complexos; Plásticos; Ocorrem sempre com participação de reflexos, e, em geral, de automatismos)
As respostas motoras ocorrem através da: medula espinhal (reflexos medulares relativamente simples); Tronco encefálico (respostas motoras mais complexas); Prosencéfalo (onde habilidades musculares mais complexas são controladas)
Os dois tipos principais de neurônios motores anteriores são: Alfa (o mais importante), fibra aalfa que inervam grande fibras musculares esqueléticas (unidade motora) e Gama, fibra Agama que inervam as fibras intrafusais e informa o grau de estiramento do músculo, mantendo o fuso muscular sem destendido mesmo se o músculo contrair (diminuir)
Os interneurônios	são neurônios pequenos fazendo uma rede de interconecções neural, que estimulam o inibem os neurônios motores. 
Fibras proprioespinhal estão envolvidas em reflexos e trafegam de um segmento a outro da medula espinhal.
OTG é o Orgão tendinoso de golgi, informa o grau de tensão muscular (de contração), para que o músculo não contraia ao extremo e possa levar ao rompimento do tendão. A ativação dele traz um relaxamento muscular reflexo. Ele inibe a informação de contração do neurônio motor alfa. 
Fuso muscular informa grau de estiramento do músculo (relaxamento). A ativação dele traz contração muscular reflexa; Ele estimula a informação de contração do neurônio motor alfa. 
Reflexos medulares são uma resposta automática a uma estimulação da medula, que vai culminar em uma resposta motora: de dor, reflexo patelar (extensão da perna)
Reflexo de estiramento muscular (miotático): Sempre que um músculo é extendido rapidamente, a excitação dos fusos causa a contração reflexa
Reflexo tendionoso: O OTG é estimulado, o neurônio motor é inibido, o músculo relaxa e a carga cai
Reflexo flexor de retirada: Neurônio nociceptores enviam informação de retirada do pé (por exemplo) do chão com tarracha
Reflexo de extensor cruzada: Ocorre ativação de flexores de um lado da medula e inibição do outro lado
A geração de programas motores espinhais para a locomoção é quando a gente anda automáticamente
GCP são geradores centrais de padrão (atividades motoras rítmicas, como andar). São capazes de autogerar seus potenciais de ação.
Principais tratos motores descendentes: Sistema ativador lateral (controlam neurônios motores distais), sistema ativador medial (controlam neurônios motores mediais)
As Vias ventromediais se encontram na parte ventral da medula espinhal e parte do tronco encefálico, elas são: trato vestibuloespinhal (estabiliza a cabeça), trato tectoespinhal (movimentos da cabeça em estímulos visual, auditivo ou somático), trato reticuloespinhal pontino (Excitatório. Manter a postura ereta, apesar da gravidade), trato reticulo espinhal bulbar (inibitório. Relaxa os músculos que se opõem a gravidade)
As vias lateriais se encontram na parte lateral da medula espinhal e partem do córtex (em cima) e mesencéfalo (embaixo)
O córtex motor primário (MI) é a representação somatotópica dos grupamentos musculares, responsável pela ativação das vias motoras descendentes
A área pré-motora (APM)	 é a área de planejamento motor, recebe influência do córtex pré frontal e de outras áreas
A área motora suplementar (AMS) é a organização de movimento bilateriais
O trato piramidal é um trato corticoespinhal (controlados por movimentos distais finos como tocar piano), que quando cruza pro outro lado, ele forma algo muito parecido com o ápice de pirâmides.
O trato rubroespinhal controla o movimento de um dos principais trato envolvidos na ativação de comandos flexores
Os cortex motores comandam sempre o lado o oposto do corpo porque os tratos vão se cruza em algum momento na medula espinhal. Dessa forma o córtex motor direito, controla o movimento do lado esquerdo do corpo e vice versa

Continue navegando