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1 LICENCIATURA EM LETRAS PORTUGUÊS PRÁTICA DE ENSINO: INTRODUÇÃO À DOCÊNCIA (PE:ID) POSTAGEM 1: ATIVIDADE 1 REFLEXÕES REFERENTE AOS 13 TEXTOS JESSICA STEFANIA 2021 2 SUMÁRIO 1. REFLEXÕES REFERENTES AOS 13 TEXTOS............................................... 03 1.1 “Educação? Educações: aprender com o índio....................................................... 03 1.2 “O fax de Nirso”..................................................................................................... 04 1.3 “A história de Chapeuzinho Vermelho (na versão do lobo)”.................................. 05 1.4 “Uma pescaria inesquecível”................................................................................. 06 1.5 “A folha amassada”................................................................................................ 06 1.6 “A lição dos gansos”.............................................................................................. 07 1.7 “Assembleia na carpintaria”................................................................................... 08 1.8 “Colheres de cabo comprido”................................................................................ 08 1.9 “Faça parte dos 5%”............................................................................................... 09 1.10 “O homem e o mundo”......................................................................................... 10 1.11 “Professores reflexivos”...................................................................................... 10 1.12 “Um sonho impossível”....................................................................................... 11 1.13 “Pipocas da vida”................................................................................................. 12 REFERÊNCIAS......................................................................................................... 13 3 1. REFLEXÕES REFERENTES AOS 13 TEXTOS 1.1 “Educação? Educações: aprender com o índio” A educação, independentemente do tempo ou local, é um elemento que o ser humano vai de encontro ao longo de sua vida. Não importa se as pessoas aprendem de uma maneira ou de outra, o que importa é que, num tempo ou noutro da vida, as pessoas acabam se deparando com o processo de aprendizado, seja ele qual for. No caso de costumes, cada “tribo” considera as demandas educativas que são mais necessárias e indispensáveis para manter sua cultura. A carta dos índios mostra a diferença de cultura claramente, informando que, se o aprendizado não serve para o que se vivencia numa tribo por exemplo, esta acaba se tornando “inútil” para ela. Assim é na vida de qualquer ser humano, pois não basta apenas ter o conhecimento, este deve ser direcionado a algum processo de produção ou mesmo de satisfação pessoal. O aprendizado deve ter um objetivo, não deve ser meramente conquistado apenas para se ter num currículo. O aprendizado deve ter uma finalidade. Quando se pensa em educação, esta não deve ser visualizada como um comportamento, mas como um elemento oportunizado ou não por um meio. A educação pode estar pautada na cultura, mas também pode estar pautada em aspectos sociais e socioeconômicos, elementos que ditam diferenças nos processos de como se aprende. Os diferentes povos almejam a “educação” de seus povos, mas todas apresentam concepções diferenciadas mesmo que apresentem o único objetivo de levar o conhecimento aos seus. Além disso, diferentes contextos, como já mencionado, integram diferentes costumes e culturas, o que, consequentemente, interfere diretamente no processo de se promover a educação. Para o povo indígena a escola, por si, não traz benefícios e vantagens ao seu povo, pois não ajuda na “formação de homens”. Isso ocorre, pois para eles o que importa é a formação do instinto de sobrevivência e dos guerreiros. Para a sociedade atual, de diferentes localidades, a escola é a base da educação, pois ela foi elencada como o ambiente de ensino-aprendizagem, local onde, portanto, passa-se o conhecimento de diferentes formas e maneiras. A educação Brasileira, mesmo ainda apresentando muitas defasagens quando comparadas a outros países mais desenvolvidos, busca a formação de pessoas bem instruídas, pessoas formadas para trabalhar com o conhecimento e atuar sob a perspectiva de uma temática. 4 Porém, o país é repleto de desigualdades, as quais formam-se, especialmente, com relação as bases sociais. Tais desigualdades refletem no que se aprende e na forma de se aprender, pois muitas vezes os alunos encontram-se mais preocupados com questões de ordem social do que com o processo de aprendizado propriamente dito. No âmbito brasileiro existem bons professores e boas instituições (públicas ou privadas), porém, nem todos os indivíduos tem a oportunidade de vincularem seu processo educativo aos instrumentos de melhor qualidade. Isso decorre da realidade que se vive. Contudo, o país tem buscado a padronização da educação, atuando no sentido de abordar os costumes locais, mas não se esquecer do conteúdo direcionado. Ou seja, tem havido a padronização do que se deve aprender em cada série, mesmo que nem sempre este conteúdo seja abordado de maneira completa nas diferentes escolas. O professor é a chave para o repasse do conhecimento. Sem este educador a educação não acontece, pois ele direciona o indivíduo e faz com que a porta do saber se abra. Entretanto, para que o professor seja efetivamente um educador, o mesmo deve estar apto a educar, ensinar, a fazer diferença na vida do outro. Ou seja, o professor, como ser educador, deve estar apto a orientar e conduzir os sujeitos em sua transformação, formação. Porém, cabe ressaltar que, em alguns momentos, não basta apenas se ter um professor educador. Mesmo que haja o repasse de conhecimento nestes casos, se a pessoa não estiver apta a receber o conteúdo lançado, esta acaba se tornando um ser “deseducado”, o que pode trazer prejuízos aos mesmos ao longo de sua vida. Portanto, o que se deve ter em mente é que, se a educação transforma, o ser que aprende deve ser transformado; caso contrário, o que pode ter havido foi a deseducação do indivíduo. 1.2 “O fax do Nirso” Analisando a perspectiva do texto “o fax de Nirso”, vê-se claramente que, mesmo havendo a formação em educação formal nas escolas, algumas pessoas não se segmentam por ela e acabam arrumando outros subsídios para se orientar e atuar ante o mercado. Atualmente, apesar do mercado procurar por profissionais com uma boa formação, estes, pela falta de capacitação de muitos, acabam contratando pessoas que não tem capacitação adequada, mas apresentam um bom rendimento e perfil produtivo considerável para empresa. Isso se dá, pois, a sua maneira, o profissional mesmo não tendo “uma formação adequada”, apresenta instrumentos que fomentam a otimização do processo produtivo. 5 A educação formal auxilia na formação de um profissional comum. As especializações e cursos de capacitação complementares, normalmente são os elementos que agregam maior diferencial e subsequente valor ao profissional. Entretanto, o mercado, apesar de competitivo profissionalmente, ainda se depara com processos de “indicação de funcionários” e formações ineficazes. Além disso, ainda existem profissionais que, apresentam a formação, mas não participaram nem ao menos da metade do curso, o que torna o profissional “formado como especialista”, mas não efetivamente capacitado no que estudou. Diante disso, o mercado acaba tendo profissionais “formados”, mas deseducados, tornando necessária uma outra visão e forma de educação. O profissional, em sua formação, precisa ser melhor avaliado, sendo observado se o mesmo conseguiu atrelarefetivamente sua teoria apreendida à prática que vivenciará. Porém, não se deve deixar de lado o perfil que o profissional apresenta, pois, apesar de sua “formação”, este é um ser único, com perspectivas e singularidades. 1.3 “A História de Chapeuzinho Vermelho (na versão do lobo)” A história de “Chapeuzinho Vermelho (na versão do lobo)”, demonstra que uma situação, seja ela qual for, sempre apresenta dois lados. Nem sempre o que se pressupõe ou se julga ser o certo é o que realmente ocorreu. Por vezes, acredita-se em pré-conceitos ou visões já impregnadas sobre um assunto, o que torna uma determinada história, quase que uma certeza. Pensando nesse processo na educação, quando o professor apresenta um determinado fato, teoria, conceito ou conhecimento sobre um tema, afirmando o mesmo ser verídica, acaba induzindo o aluno a acreditar que está é uma verdade, principalmente se este não fizer outras buscas para implementar seu conhecimento sobre o assunto. Além disso, o aluno, em seu processo de aprendizado, é um agente formador de ideias e perspectivas e quando o professor não o dá a abertura para “refletir”, o mesmo forma uma visão única sobre um tema, o que pode ser prejudicial em sua vida profissional futura, pois não se arrisca a tentar observar “novos horizontes”. O aluno, como um ser pensante, tem todo o direito de agir e compartilhar suas ideias, mas, para que isso ocorra, o professor deve estar apto a ouvir e mediar a construção conjunta do conhecimento em sala de aula (o que infelizmente nem sempre acontece). O que se vê nas escolas atuais são professores que normalmente são “engessados” ou que não estão abertos a ouvir o outro. Existem docentes que estão tão fixados em “dar conteúdos”, que não abrem o 6 espaço para diálogo, salientando aos alunos que “se pararem não conseguirão dar todo o conteúdo programático de uma matéria”. Isso restringe a formação de pensadores e abre uma porta para pessoas ignorantes que não sabem compartilhar ideias e escutar a opinião do outro. Outro fato relevante sobre esse pressuposto é que, com a problematização de uma dúvida durante a construção do conhecimento (ou processo educativo), isso poderia levar a apresentação de outras verdades, as quais, se não conduzidas adequadamente poderiam gerar outras dúvidas ou mesmo respostas não esperadas. Contudo, mesmo diante disso, esta seria uma forma diferenciada de “construção conjunta de um conhecimento”, formada pela reflexão de um grupo, direcionada por um agente já exposto a diferentes olhares sobre um assunto. 1.4 “Uma pescaria inesquecível” Sob a perspectiva do texto “uma pescaria inesquecível”, é possível observar que a ética é um elemento que circunda os diferentes profissionais, tornando ou não os mesmos “profissionais de caráter”. Manter a ética, num mundo onde o “errado parece certo e o certo parece errado” tem se tornado cada vez mais difícil, o que faz com que muitos profissionais “se percam no meio desse caminho”. Contudo, uma coisa que as escolas pecam é não apresentar a ética em meio a suas disciplinas, pois as pessoas, quando expostas a “exigências sociais” ou “parâmetros sociais” já estabelecidos, apresentam mais facilidade no processo de segmentação de regras, não agredindo ou mesmo afetando outras pessoas com suas decisões. O que se deve ter em mente é que, nem sempre será possível obter vantagem em algumas situações, pois o que é eticamente correto jamais deixará de ser, mesmo que as pessoas não o façam. Tão logo, ter ética é não apenas ter noção do que é certo ou errado, mas é ter um valor individual (conhecido por muitos como caráter), de agir e pensar de maneira concisa/correta. É pensar no outro e não apenas em si próprio. É visualizar que nossas ações e decisões podem afetar a vida e conduta de outras pessoas, “mesmo que ninguém esteja nos observando”. 1.5 “A folha amassada” O texto “a folha amassada” traz uma reflexão consideravelmente importante, pois mostra que as pessoas sempre devem ter respeito e empatia pelas outras. Muitas vezes, os pensamentos, pré-conceitos, preconceitos ou mesmo visões deturpadas que as pessoas 7 apresentam uma sob as outras, podem magoar e ferir significativamente outras pessoas. Por este fato, quando as pessoas se colocam uma no lugar das outras, acabam visualizando que suas ações devem ser mais bem pensadas “para não deixar marcas” consideradas ruins em outras pessoas. Nem sempre as pessoas estão preparadas a lidar com as outras, mas devem sempre trabalhar a autorregulação, carinho e respeito para com as mesmas. Os profissionais de educação, apesar de muitas vezes serem expostos a situações estressantes, devem se apresentar emocionalmente firmes e aptos a conduzir o aluno. Para isso, devem buscar constantemente ajuda quando necessitam, pois a condução da obtenção do conhecimento deve ser feita com carinho e paciência, pois o aluno está aprendendo. Quando o professor se depara com o aluno explosivo, este deve estar apto a acolher, cuidar e orienta-lo, mesmo que este se apresente agressivo ou com aversão ao saber. Problemas de ordem familiar, social, pessoal, financeiro, etc. podem muito influenciar no comportamento das pessoas e o acolhimento correto, pode conduzi-la ao caminho da sabedoria e conhecimento de si próprio. Além disso, tais fundamentos auxiliam no desenvolvimento do autocontrole, elemento primordial e de grande valia que evita, em muitos casos, “que a folha seja amassada” e que os estragos fiquem aparentes. 1.6 “A lição dos gansos” A “lição dos gansos” ensina o companheirismo e como ajudar o outro pode ser benéfico para si próprio. Além disso, tal história mostra que, quando as pessoas se apoiam umas nas outras no caminho, no intuito de ajudar e não de trair, estas ficam juntas mesmo quando estão machucadas ou quando irão morrer. Ou seja, pessoas que seguem na mesma direção e se comprometem a se ajudarem, normalmente “alçam voos” mais suaves e acompanhados. Na educação, o papel do professor é ser líder. Quando o mesmo conduz seus alunos como tal, utilizando-os como subsídio para seu “voo”, este consegue orientar e levar sua equipe onde necessitam ir. Nem sempre o professor por ser o líder deve “estar à frente”, em alguns momentos estes precisa dar espaço para que os alunos possam “conduzir”, pois estes apresentam ideias e reflexões diferenciadas acerca de um assunto ou teoria. Analisando essa perspectiva da troca do líder em relação ao liderado (ou seja, do professor com o aluno), vê-se que isso faz com que a unidade do grupo seja melhor, fazendo com que o que está à frente seja estimulado pelos “gritos” dos detrás. Isso propicia uma melhor qualidade ao grupo, pois cada um dá suporte ao outro nos momentos mais difíceis ou cansativos. 8 Entretanto, cabe salientar que, nem sempre todo grupo está na mesma sintonia, mas nem por isso o grupo deve isolar ou deixar de lado aquele que apresenta dificuldade em prosseguir. É nesse momento que se acolhe o outro e o mostra que, apesar das dificuldades, todos estão amparando uns aos outros para chegarem ao lugar que almejam. 1.7 “Assembleia na carpintaria” O texto “assembleia na carpintaria” apresenta uma situação que muitos apresentam dificuldades em desempenhar – o olhar o outro diante suas especificidades e potencialidades. Normalmente, as pessoas apresentam-se mais dispostas a julgar que acolher, a criticar do que ajudar. Isso faz com que equipes sejam desfeitas e pessoas fiquem com marcas durante todas suas vidas. Olhar o que o outro tem de melhor, direciona o mesmo a um caminho com menor aspereza, tornando suave seu agir e sua atuação. Quando se analisa o professor como agente de construção do conhecimento, este deve ter em mente que está lidando com pessoas específicas, singulares, que apresentam potencialidades e dificuldades que são próprias desi. O profissional deve estar apto a acolher e direcionar seu aluno mesmo ante suas dificuldades, oportunizando, por meio de suas potencialidades, novas formas de visualizar o conteúdo e as disciplinas. De certo, é sempre necessário melhorias e mudanças nas pessoas, principalmente para a implementação de suas ações e conhecimentos, porém, estas devem ser conduzidas com amor, mostrando as mesmas que seu aperfeiçoamento trará benefícios para si e para os outros. Estudar é assim, sempre há de se capacitar. Contudo, nem sempre a pessoa apresenta o perfil de busca, mas a motivação dessa pessoa pode ser o diferencial para que ela mude essa realidade que vivencia. Outro aspecto relevante que deve ser considerado é o trabalho em equipe. Nem sempre um indivíduo detém todo conhecimento sobre um assunto. A visão e implementação do outro se faz necessária neste cenário, pois a equipe se ajuda, andando no mesmo caminho com a contribuição de todos para não se perder ou não sair daquilo que se almeja. 1.8 “Colheres de cabo comprido” Refletindo sobre o presente texto, observa-se que o trabalho em equipe é elemento indispensável em todas as situações. Nem sempre as pessoas compreendem que elas não detém todo conhecimento do mundo, assim como, em algum momento, necessitam de um amparo 9 para prosseguir no caminho que escolheram. No contexto de mercado, no aprendizado, assim como em diferentes eixos da vida, aquele que não se adequa a uma equipe, normalmente não obtém sucesso para alcançar o produto final que almeja. Diante disso, o desenvolvimento do senso de sociabilidade deve ser trabalhado desde a escola, pois as pessoas devem aprender desde cedo que umas precisam das outras, principalmente no que tange ao âmbito de diferentes profissões. Na educação não é diferente. O professor é agente mediador, porém, para mediar o aprendizado, precisa de vinculo e participação com seus mediados, ou seja, que seja desenvolvido um trabalho em equipe. Isso demonstra que, mesmo que muitos se achem “autossuficientes”, em algum momento da vida estes não poderão “dar aquilo que não tem” e necessitarão do outro, ou seja, de sua equipe, para prosseguir e conseguir alcançar os objetivos que almejam. 1.9 “Faça parte dos 5%” De uma maneira incrível, o texto relata a realidade de tudo que os seres humanos vivenciam atualmente. Muitos hoje em dia fazem apenas número em instituições de ensino, bem como em diferentes outros trabalhos que exercem. São pessoas que normalmente se encontram ali para “ganhar seu dinheiro ao final do mês”, não tendo perspectiva nenhuma de futuro. Por outro lado, existem os dito 5% (que podem ser apenas 5 ou até mais um pouquinho), mas não fogem à regra muito desse número. Tratam-se de pessoas que querem melhorar o sistema, dando melhores oportunidades ou produtos às próximas gerações. Pode-se dizer que estas pessoas não são muitas, mas são pessoas que realmente, no contexto onde estão inseridas, tentam fazer a diferença e propiciar um futuro melhor para si e para os outros. O texto deixa claro que, não tem como se saber quem são os “5% das pessoas” que trabalham, se aperfeiçoam e buscam pelo futuro melhor. Às vezes, a pessoas, ao início da vida, no momento em que começam seus estudos, não visualizam a importância de fazer parte desse 5%, mas no futuro, devido às próprias circunstâncias que vivenciam, acabam correndo atrás do “tempo perdido”, lutando para fazer algo melhor, se inserindo, mesmo que tardiamente, neste grupo de 5%. No âmbito escolar, no processo de educar o outro, os profissionais devem sempre ter em mente que são “formadores de pessoas”. Dar o melhor neste contexto e fazer parte desses 5% deveria ser uma obrigação, porém, nem todos apresentam este perfil e encontram-se engessados em conhecimentos adquiridos e não aperfeiçoados com o tempo. A mudança deve 10 vir junto com a empatia, no sentido de ajudar a si mas também ao outro. Os profissionais devem se formar para formar pessoas e não apenas para fazer parte dos 95% que “são quantidade” e fazem volume num determinado lugar. Ensinar é dar o melhor de si para o outro. 1.10 “O Homem e o mundo” O texto apresenta uma reflexão que mostra, de maneira implícita, que para que o mundo “seja consertado”, em muitos casos, se faz necessário “consertar o homem”. O homem, em suas ambições, encontra-se perdido em si próprio, desejoso de seus saberes e vontades, não pensando no outro, no local que vive e na própria humanidade. O homem tende a destruir o que necessita para se manter vivo, o que já demonstra que seu interesse não está envolto nem mesmo à vida, mas ao que almeja internamente como pessoa (dinheiro, poder, satisfação de desejos, etc.). O mundo apenas será “montado da maneira correta”, quando o homem estiver apto a interagir de maneira diferente com o mundo que vive, respeitando o que o próprio planeta tem a oferecer para ele. O texto mostra que, muitas vezes, nosso aprendizado é bem mais simples do que pensamos. Muitas vezes “o olhar da criança” é mais simplista que o nosso, o que acaba fazendo com que a mesma veja o mundo como um todo, em sua essência. No processo de educação, é indispensável ouvir a criança. As vezes a mesma nos ensina com o processo social que vivencia, com a perspectiva que tem do mundo. Suas vivências, em muitos casos, formam sua reflexão, o que pode contribuir positivamente para nós, como homens humanos, vermos o mundo de uma forma diferente. Por este fato, deve-se ouvir a criança, ou mesmo os alunos em suas determinadas idades. Em muitos casos, o que realmente é necessário é visualizar o mundo em sua essência e o outro naquilo que vive para construir uma reflexão e aprendizado que seja pertinente e atenda a ambos – o homem e o mundo que vive. 1.11 “Professores reflexivos” O texto “professores reflexivos” traz uma ideia interessante de como o outro deve ser visto, em sua singularidade e especificidade. Mostra que as pessoas são diferentes e que quando são tratadas de maneira padronizada, como números ou quantidades, estas normalmente não são vistas em sua essência, demonstrando suas potencialidades e dificuldades no meio que está inserida. A professora, ao viajar e se deparar com um local “padrão”, viu que olhar o outro como ser humano único é essencial e indispensável. 11 No contexto escolar isso não é diferente. O olhar para o aluno no contexto da educação, em seus processos de travessia entre anos, ou mesmo na integração em uma nova escola deve ser único. O mesmo deve ser apresentado ao contexto que será inserido, aos demais alunos que irão compor seus ensinos conjuntos de dia-a-dia. O que se deve, efetivamente, é analisar, como sempre mencionado nos textos, o aluno como ser individual/singular, pois o mesmo integra uma essência que é única, podendo ter dificuldades e potencialidades que são específicos de seu próprio ser. A escola deve ser um local acolhedor e humano. O professor é o mediador desse processo de inserção do aluno a um novo local, a um novo mundo. Cabe a ele, assim como aos demais agentes da escola, acolher e atender de forma humanizada esses novos parceiros, ensinando-os a lidar com as demandas mais específicas do dia-a-dia que podem estar presentes no ambiente da escola. 1.12 “Um sonho impossível” A reflexão trazida pelo texto “um sonho impossível”, mostra que a realidade, infelizmente, não é a mesma para todos. No ambiente escolar, existem pais que encontram-se aptos a auxiliar os filhos no processo de aquisição do conhecimento, assim como existem pais que não se encontram. Além disso, existe ainda a questão socioeconômica atrelada a este processo, que de fato, em boa parte dos casos, torna o ensino de crianças menos favorecidas, mais difícil e com um melhor teor e qualidade. A desigualdade social do país é algo claramente visualizado. Isso faz com que, emmuitos casos, pelos pais não observarem a importância da escola na formação do sujeito, retirem seus filhos da escola mais cedo, ensinando os mesmos a obterem dinheiro por meio do trabalho e não do conhecimento que adquiriam no ambiente escolar. Em muitos casos, alguns socialmente desfavorecidos tendem a trabalhar com vendas ou mesmo com trabalhos mais braçais, o que normalmente não ocorre com pessoas socialmente favorecidas, pois estas podem trabalhar, em boa parte dos casos, com sua propriedade intelectual. A educação neste contexto, por meio da padronização de ações, melhor favorecimento de condutas de ensino, bem como oportunidades na escola pública, pode começar a sanar as demandas sociais aparente entre o setor público e privado. A capacitação de docentes, assim como a participação da família e sociedade na escola, também pode propiciar uma visão mais clara e concisa da importância da educação na vida das crianças e formação de pessoas adultas. 12 Desse modo, mesmo havendo discrepância entre setores e ambientes, o ensino pode ser de qualidade para todos. Em muitos casos não é necessário o uso de um livro se o professor tiver acesso ao mesmo conteúdo de forma diferenciada. Tudo é questão de estratégia e de como o professor se dispõe a ensina. Por isso, fazer o que se ama é essencial, ou seja, se ensina-se porque se ama ensinar, mais facilmente os frutos serão vistos, pois a pessoa arrumará diferentes subsídios para expor seus alunos aos diferentes conteúdos, mas adaptado a realidade que vivenciam. 1.13 “Pipocas da Vida” O texto “pipocas da vida” traz uma reflexão voltada a mudança e a necessidade de que ela ocorra para que as pessoas não se mantenham estagnadas numa própria forma de viver. No caso da vida, quando as pessoas mudam e aprendem a agir de maneira mais diferente, humana, estas acabam sendo mais empáticas, trabalhando para o bem-estar de si e do outro. No contexto da educação isso não é diferente. As pessoas que trabalham para si e para o bem-estar do outro são aquelas que buscam por aperfeiçoamento e trabalham para que o mesmo seja efetivo na sua vida e na dos outros. O profissional que se capacita, que integra a seus saberes novos conhecimentos, normalmente aprende a visualizar o outro em sua essência e especificidade. O profissional engessado, acaba tornando-se um “piruá” na escola, ocupando o espaço de uma pessoa que poderia ser “pipoca” no processo de ensino. A mudança, a busca por conhecimentos, é de grande importância para a construção de um ser humano inteligente, acolhedor, amoroso, ou seja, um verdadeiro professor, um mestre, aquele que ensina e ouve o outro. Por este fato, demonstrar aos professores que podem ser “piruá” ou “pipoca” é importante, pois normalmente depende da escolha deles querer mudar ou não suas condutas e formas de ensinar os alunos dentro da escola. 13 REFERÊNCIAS ALAECÃO, I. Professores reflexivos em uma escola reflexiva. São Paulo: Cortez, 2003. p.7- 10. ANTUNES, C. 10 histórias exemplares. In: Coleção Grandes autores. São Paulo: Atta Mídia e Educação, 2004. ALVES, R. A pipoca. In: O amor que acende a lua. Campinas: Papirus, 1999. p.54-57. BRANDÃO, C. R. O que é educação. In: Coleção Primeiros Passos. 28ªed. São Paulo: Brasiliense, 1993. CRUZ, C. H. C. Competências e habilidades: da proposta à prática. Coleção Fazer e Transformar. 2ª ed. São Paulo: Loyola, 2002. HAIDT, R. C. C. Curso de Didática Geral. 7ª ed. São Paulo: Ática, 2002. LENFESTEI, J. Histórias para aquecer o coração dos pais. Rio de Janeiro: Sextame, 2003. RAMOS, M. N. Da qualificação à competência: deslocamento conceitual na relação trabalho- educação. Niterói: UFF, 2001. ROSA, G. Grande Sertão: Veredas. 33ªed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.
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