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QUESTIONÁRIO REFORMA TRABALHISTA – PRÁTICA II TRABALHISTA 1) O prazo que o empregador possui para efetuar o pagamento dos valores referentes as verbas rescisórias por término do contrato de trabalho, conforme o artigo 477, parágrafo 6°, CLT, é de até dez dias contados a partir do término do contrato, pela nova redação da lei n° 13.467/2017. 2) A homologação pelo sindicato ou Ministério do Trabalho em rescisão por justa causa é possível, conforme a SRT 15/2010, visto que não se exige a expressa confissão do empregado sobre ter cometido falta grave para que ocorra a homologação. Entretanto, a partir da reforma trabalhista (13.467/2017), não existe mais a obrigatoriedade de tal, em casos de rescisão de contrato firmado por empregado com mais de um ano de serviço, artigo 611- A, CLT. 3) Para a apresentação da exceção de incompetência territorial, conforme o artigo 800, CLT (pela nova redação da lei 13.467/2017), o reclamado terá o prazo de cinco dias para apresentá-la, após ser notificado da ação. 4) A desconsideração da personalidade jurídica, como previsto no artigo 855-A, CLT, é possível de ser aplicada no processo do trabalho, seguindo também o entendimento do CPC nos artigos 133 e 137. Existem hipóteses de desconsideração da personalidade jurídica (artigo 855-A, parágrafo 1°, II e III) que aceitam recursos, como na fase de execução, e em incidente instaurado originariamente no tribunal, tendo a decisão interlocutória sido proferida pelo relator, como expressamente ditos nos incisos III e II do artigo 855-A, parágrafo 1°. Entretanto, na fase de cognição, não cabe recurso imediato, como explicado no artigo 855-A, parágrafo 1°, I. 5) O artigo 58, parágrafo 2° da CLT, por meio lei 13.467/2017, passou a dispor que o tempo gasto no transporte para o trabalho e o retorno para casa não são incluídos na jornada de trabalho. 6) Após a reforma trabalhista, o artigo 71, parágrafo 4°, CLT, passou a entender que os intervalos não cumpridos integralmente, serão pagos da seguinte forma: o valor pago será referente apenas ao período suprimido, com acrescimento de 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho, e terá natureza indenizatória. 7) Seguindo a subsidiariedade do Código de Processo Civil na esfera trabalhista, o artigo 335 do CPC entende que o prazo para apresentar contestação é de 15 dias a contar da notificação. 8) O artigo 11-A, CLT, adicionado pela reforma trabalhista (lei 13.467/2017), prevê a prescrição intercorrente no prazo de dois anos, no processo do trabalho, sendo, portanto, possível. 9) Os danos morais, a partir da lei 13.467/2017, passaram ser quantificados. O artigo 223 G, parágrafo 1°, incisos seguintes, elencou a quantificação por danos morais conforme o grau da ofensa, sendo essas diferenciadas entre: leve, média, grave e gravíssima, e cada uma dessas tendo sua quantificação. 10) Em entendimento ao artigo 454-A, CLT, o contrato de trabalho intermitente é aquele o qual a prestação de serviços não é contínua, sendo alternado entre períodos de inatividade e prestação de serviços. Os aeronautas, por possuírem legislação própria, não podem atuar em contrato de trabalho intermitente, sendo a única exceção. 11) Os valores pagos a título de ajuda de custos, como vale alimentação, prêmios, abonos etc., não se integram ao salário do empregado após a Reforma Trabalhista. O artigo 457, parágrafos 1° e 2°, esclarece que apenas a importância fixa estipulada, as gratificações legais e comissões são ganhos que integralizam o salário, enquanto as ajudas de custos não fazem parte do rol de integralização salarial. 12) O artigo 507-A, CLT, legisla sobre a possibilidade de cláusula compromissória de arbitragem no contrato de trabalho. Para que seja possível, devem ser contratos individuais de trabalho, e que a remuneração seja superior a duas vezes o limite máximo estabelecido para os benefícios da previdência social. Ainda, a cláusula deverá ter iniciativa do empregado ou existir a sua concordância expressa. 13) Os prazos no processo do trabalho são contados em dias úteis, conforme o capítulo II, seção I, da CLT, artigos 770 e 775. Ainda, os prazos deverão iniciar, de acordo com o artigo 774, CLT, a partir da data em que for feita pessoalmente, ou recebida a notificação. 14) O juiz do trabalho pode dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova, conforme as necessidades do conflito, para que seja entregue a maior efetividade, de acordo com a letra da lei do artigo 775, parágrafo 2° da CLT. 15) O preposto não necessita ser empregado da reclamada, basta que este tenha conhecimento do fato, como previsto no artigo 843, parágrafos 1° e 3° da CLT. Em relação ao beneficiário da justiça gratuita e o pagamento de honorários advocatícios, quando o beneficiário é vencido, as obrigações da sucumbência serão suspensas de exigibilidade, e só serão executados se em dois anos, a condição financeira do beneficiário for demonstrada como capaz de suportar o pagamento de tal obrigação, como disposto no artigo 791-A, parágrafo 4°, CLT.
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