Buscar

AÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO DE GUARDA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ° VARA DE 
FAMÍLIA DA COMARCA DE FORTALEZA – CEARÁ
 Morgana Silva, brasileira, solteira, costureira, RG no 2541632882144 SSP/CE.,
CPF no 124.541.854-25, residente e domiciliada na rua Fausto Moura, 1431,
Centro, Fortaleza/CE., CEP.: 60.872-365, Email: morganasil@gmail.com, por 
seu advogado devidamente constituído pelo instrumento de mandato anexo, 
vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a seguinte:
AÇÃO DE GUARDA UNILATERAL
De sua filha PAULA SILVA SOUZA, menor impúbere, neste ato representado por
sua genitora, em face de João José de Souza, brasileiro, solteiro, mecânico de 
autos, RG no 214788521374 SSP/CE, CPF no 452.785.325-13, residente e 
domiciliado na Rua Costa Flores, 478, bairro Praia do Presente, Fortaleza/CE., 
CEP.: 60.458-623, Email: jjsouza45@gmail.com, pelas razões de fato e de 
direito que passa a aduzir e no final requer: 
CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Requer-se, ainda, a concessão dos benefícios da gratuidade da justiça, 
assegurado pela Constituição Federal de 88, Art. 5°, LXXIV e nos
termos do artigo 98 do Código de Processo Civil, e da Lei n.º 1.060/50 e
alterações posteriores, visto que a Requerente não reúne condições de suportar
sem prejuízo de seu sustento e de sua família, conforme declaração em anexo.
mailto:jjsouza45@gmail.com
DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO
A promovente não deseja a audiência de conciliação e mediação.
DOS FATOS 
A requerente namorou com o requerido por mais de cinco anos e, desse 
relacionamento público e notório, adveio uma filha, Paula Silva Souza, hoje com 
quinze anos, residindo desde o nascimento com a genitora. João sempre 
mostrou pouco interesse por sua filha, apenas a registrou e deposita em conta 
corrente o valor de R$ 1.000,00 (hum mil reais), não acompanhando seu 
crescimento, nem mantendo qualquer laço do vínculo de paternidade.
DOS FUNDAMENTOS 
É salutar para toda criança conviver em ambiente familiar, devendo ser protegida
de qualquer situação que a exponha a qualquer tipo de risco e exploração, 
sendo mandamento constitucional a seguridade, pela família, pelo Estado e pela
sociedade, da dignidade, do respeito, além da proteção a qualquer forma de 
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
Sendo assim, estatui o art. 227, da Constituição Federal, direitos da criança e 
adolescente que devem ser observados:
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao 
adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à 
educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à 
liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de 
toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e 
opressão.
A Lei 12.318/10 que trata da de Alienação parental em seu art.7° diz que:
A atribuição ou alteração da guarda dar-se-á por preferência ao genitor que 
viabiliza a efetiva convivência da criança ou adolescente com o outro genitor nas
hipóteses em que seja inviável a guarda compartilhada.
Ainda, o Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu artigo 33, prevê que a 
guarda implica obrigações, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a 
terceiros, inclusive aos pais. Veja-se:
Art. 33. A guarda obriga à prestação de assistência material, moral e educacional
à criança ou adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a 
terceiros, inclusive aos pais.
§ 1º A guarda destina-se a regularizar a posse de fato, podendo ser deferida, 
liminar ou incidentalmente, nos procedimentos de tutela e adoção, exceto no de 
adoção por estrangeiros.
Temos ainda o nosso CÓDIGO CIVIL que diz em seus artigos:
Art. 1.583. A guarda será unilateral ou compartilhada. 
§ 1o Compreende-se por guarda unilateral a atribuída a um só dos genitores ou a
alguém que o substitua (art. 1.584, § 5o) e, por guarda compartilhada a 
responsabilização conjunta e o exercício de direitos e deveres do pai e da mãe 
que não vivam sob o mesmo teto, concernentes ao poder familiar dos filhos 
comuns. (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008). 
Art. 1.584. A guarda, unilateral ou compartilhada, poderá ser:
II – decretada pelo juiz, em atenção a necessidades específicas do filho, ou em 
razão da distribuição de tempo necessário ao convívio deste com o pai e com a 
mãe.
Art. 1.634. Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação 
conjugal, o pleno exercício do poder familiar, que consiste em, quanto aos filhos:
II - exercer a guarda unilateral ou compartilhada nos termos do art. 1.584;
O CPC/2015 em seu art.300 
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que 
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado 
útil do processo.
O critério norteador na atribuição da guarda é a vontade dos genitores, tendo 
sempre em vista os interesses do menor, visando atender suas necessidades. 
Na ausência de consenso entre os genitores, já decidiu o Superior Tribunal de 
Justiça, que é aconselhável a guarda unilateral, a fim de preservar o menor do 
conflito entre os pais, representando o melhor interesse da criança, com vista na
sua proteção integral:
Processo: AREsp 662993 DF 2015/0033587-5
Relator: Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE
Julgamento: 30/11/2010
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm#art1584
Órgão Julgador: DECISÃO MONOCRÁTICA
Publicação: Dj 01/07/2015
ACÓRDÃO
DIREITO DE FAMÍLIA. APELAÇÃO CÍVEL. GUARDA E RESPONSABILIDADE. 
MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA. ADEQUAÇÃO AO LAR PATERNO. 
MUDANÇA PARA A RESIDÊNCIA MATERNA. NOVA ADAPTAÇÃO. 
MODIFICAÇÃO DESACONSELHÁVEL . CRIAÇÃO DAS INFANTES PELA 
GENITORA DO PAI. EXERCÍCIO DIGNO DA GUARDA. MANUTENÇÃO DA 
SITUAÇÃO DE FATO CONSOLIDADA.
1. A guarda tem como parâmetro primário o melhor interesse da criança, ou seja,
deve ser deferida àquele que tiver melhores condições de prover-lhe o sustento 
material e formação psicológica, promovendo educação e proporcionando 
desenvolvimento sadio e digno.
2. Encontrando-se as crianças adaptadas às rotinas do lar paterno, e lá vivendo 
felizes, é desaconselhável a mudança para adequação à nova residência da 
mãe, quando demonstrado qualquer fato que macule a guarda exercida pelo pai.
3. O fato de a criação das infantes se dar, na maior parte do tempo, pela avó 
mesmo que o pai seja o guardião legal, não implica em retirar a qualidade do 
seu exercício como apto à concessão da guarda exclusiva para a mãe.
4. Recurso desprovido.
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer-se:
a) A concessão dos benefícios da assistência judiciária gratuita, em razão da sua
hipossuficiência financeira (declaração anexa);
b) O deferimento da guarda provisória da menor à parte requerente a título de 
tutela de urgência;
c) A citação do requerido para tomar conhecimento da presente ação, e, 
querendo, contestá-la, no prazo legal, sob pena de revelia;
d) a intimação do Ministério Público para atuar no feito, conforme determina o 
artigo
178, inciso I do Código de Processo Civil;
e) seja julgado procedente o pedido, regulamentando-se a GUARDA 
UNILATERAL da menor definitiva em favor da promovente;
f) A condenação do requerido ao pagamento das custas processuais e 
honorários advocatícios;
g) Protesta provar o alegado por todos os meios em direito admitidos.
Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais).
Termos em que,
Pede e aguarda deferimento.
FORTALEZA/CEARÁ, data.
ADVOGADO/OAB-CE
ROL DE TESTEMUNHAS:
1. XXXXX XXXXX XXXXX,
2. XXXXX XXXXX XXXXX,
3. XXXXX XXXXX XXXXX.

Continue navegando