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Desenvolvimento de Fármacos Química Farmacêutica Propriedades Estereoquímicas de fármacos Flexibilidade, Quiralidade e Interação Fármaco-Receptor Prof. Fabrício Soares Arantes Fase Farmacodinâmica Propriedades estruturais e estereoquímicas Requisitos para que um fármaco produza atividade farmacológica: Produzir interação em um sítio receptor; Possuir propriedades estruturais e tridimensionais específicas, para que haja o reconhecimento molecular; Grupos ligantes em posições espaciais específicas Alta especificidade química – estrutura complementar ao receptor (chave-fechadura); Pequenas modificações na estrutura, podem afetar drasticamente sua atividade AB=𝒇𝐄𝐐 AB – Atividade Biológica EQ – Estrutura Química Receptores Parte de macromoléculas (proteínas, enzimas, DNA, RNA, etc); Fendas hidrofóbicas localizadas na superfície destas; Várias forças químicas podem resultar em uma ligação temporária do fármaco ao receptor Ligação entre grupos (fragmentos orgânicos) Forças de natureza eletromagnética: Eletrostáticas (fracas – reversíveis) Covalente (forte – irreversível) Proteína Fármaco Sítio de Ligação Forças eletrostáticas Decorrentes da interação entre regiões que apresentam cargas opostas; Compartilhamento de cargas elétricas (parciais ou permanentes) • Ligação Iônica grupos ionizáveis • Ligações Dipolo-dipolo • Ligação de Hidrogênio (LH) • Ligação Hidrofóbica grupos apolares grupos polares neutros Ligação Iônica Ligação entre grupos ionizados (carga permanente): • Carboxilas, Aminas, etc Ligação de Hidrogênio (LH) São interações que ocorrem entre o átomo de hidrogênio e dois ou mais átomos eletronegativos. O átomo que está ligado covalentemente ao hidrogênio é o doador de ligação de hidrogênio, enquanto que o outro átomo envolvido na interação intermolecular é o aceptor. Átomos eletronegativos como N, O são frequentemente observados neste tipo de interação. ALH’s Fortes ALH’s Moderados ALH’s Fracos Ligação íon-Dipolo Ocorre quando um grupo iônico em uma molécula(fármaco/receptor) interage com um dipolo permanente de uma segunda molécula (receptor/fármaco). Ocorrem entre grupos polares (dipolo permanente); Fármacos, em geral, são moléculas hidrofóbicas. Os Sítios de Interação de proteínas também tem características hidrofóbicas Atração mútua resultante. O que direciona esta atração? Ganhos de entalpia resultantes de Ligação de Van der Waals entre alquil, aril e haletos • Cada -(CH2 )- pode contribuir >1 kJ/mol para a ligação • Cada –Fenil pode contribuir >2 kJ/mol para a ligação • Estes efeitos são aditivos e gera Interação hidrofóbica Pode ter alta contribuição para a ligação • Ganhos de Entropia alcançado quando a molécula de água é deslocada do Sítio Ativo, e retorna a um estado mais aleatório Ligação Hidrofóbica Moléculas de água estão em alto estado de organização. Cada molécula de água interage com outra através de ligações de hidrogênio Interação hidrofóbica entre Fármaco e Proteína é favorecida : • Moléculas de água retornam para um estado desorganizado • Moléculas de água são repelidas do sítio de interação. • Além disso, ocorre ganho de entalpia devido às novas ligações formadas (por exemplo: interações de van der Waals). Exercício Ligação Covalente O tipo mais comum de ligação covalente é a resultante da interação simples de um resíduo de aminoácido da cavidade da proteína (bionucleófilos) com uma funcionalidade química reativa da molécula do ligante (eletrófilo). Nesse caso, o complexo formado se dá pelo compartilhamento de um único par eletrônico entre os dois átomos do sistema molecular. Aspectos Estereoquímicos e Reconhecimento Molecular A interação entre a biomacromolécula e a micromolécula apresenta natureza tridimensional dinâmica. Desta forma, a dimensão molecular do ligante, as distâncias interatômicas e o arranjo espacial entre os grupamentos farmacofóricos constituem aspectos fundamentais na compreensão de diferenças na interação fármaco-receptor Isomeria Alterações da configuração relativa dos grupamentos farmacofóricos de um ligante também podem repercutir diretamente no seu reconhecimento pelo bioreceptor, uma vez que as diferenças de arranjo espacial dos grupos envolvidos nas interações com o sítio receptor implicam em perda de complementaridade e, consequentemente, em perda de afinidade e atividade intrínseca • Determinados por restrição de rotação dentro da molécula. • Geralmente apresentam diferentes propriedades físicas e químicas. • Diferentes distâncias entre grupos. Flexibilidade e Conformação Bioativa As variações de arranjo espacial envolvendo a rotação de ligações covalentes simples (sigma) são chamadas conformações (formatos). Este tipo particular de estereoisomeria é extremamente relevante para o reconhecimento molecular de uma série de ligantes. Variações de arranjo espacial envolvendo rotação de ligações covalentes sigma. Desenvolvimento de Agonistas Agonistas : Identificar os pontos de interação no mensageiro fisiológico (neurotransmissor) Introduzir grupos capazes de promover as mesmas interação Usualmente utilizam o mesmo número de pontos de interação Pré-Requisitos Grupos ligantes adequados Pré-Requisitos Posição correta dos grupos ligantes Pré-Requisitos Tamanho e formato (Conformação) Desenvolvimento de Antagonistas Antagonistas ligam-se ao sítio de interação mas não produzem alteração na conformação do receptor (macromolécula) Bloqueia a ligação do mensageiro fisiológico. Antagonistas podem interagir em pontos adicionais de ligação não utilizados pelo ligante natural Antagonistas utilizam pontos adicionais extras em regiões vizinhas ao sítio de ligação do ligante natural. DIFERENÇAS NA INTERAÇÃO ENTRE AGONISTAS E ANTAGONISTAS Antagonistas competem pelo sítio de ligação com os agonistas fisiológicos Apresentam maior afinidade ao sítio de ligação Encaixe mais efetivo – pontos extras de interação Impedem a ligação do agonista (ligante natural)
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