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CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I Faculdade Educacional da Lapa (Organização) E d u ca çã o C Á L C U L O D IF E R E N C IA L E I N T E G R A L I Fa cu ld ad e Ed uc ac io na l d a La pa (O rg an iz aç ão ) Curitiba 2015 Calculo Diferencial e Integral I á Faculdade Educacional da Lapa (Organização) Ficha Catalográfica elaborada pela Fael. Bibliotecária – Cassiana Souza CRB9/1501 C144 Cálculo diferencial e integral / Organização da Faculdade Educacional da Lapa. - Curitiba: Fael, 2015 160 p.: il. ISBN 978-85-60531-48-6 1. Cálculo 2. Diferencial (Matemática) 3. Integral (Matemática) I. Faculdade Educacional da Lapa CDD 515.33 Direitos desta edição reservados à Fael. É proibida a reprodução total ou parcial desta obra sem autorização expressa da Fael. FAEL Direção Acadêmica Francisco Carlos Sardo Coordenação Editorial Raquel Andrade Lorenz Revisão e organização Maria Eugênia de Carvalho e Silva Projeto Gráfico Sandro Niemicz Capa Vitor Bernardo Backes Lopes Imagem da Capa Shutterstock.com/Vasilius Arte-Final Evelyn Caroline dos Santos Betim Apresentação Os conceitos de Cálculo Diferencial e Integral foram desen- volvidos no século XVII, para resolver problemas da Física. Apesar disso, como as funções matemáticas são usadas para modelar pro- blemas de vários campos do conhecimento, o Cálculo tem aplicação em muitas outras áreas, por causa do próprio significado da derivada como taxa de variação. Isso ocorre porque, em muitos problemas, a relação entre as variáveis é descrita de maneira mais adequada através da taxa de variação de uma variável em relação à outra. Este livro explora a necessidade e a utilidade de se aprender matemática, especialmente o cálculo diferencial e integral, em todo o texto, com problemas contextualizados e aplicações em várias áreas. Os conceitos de limites e continuidade são apresentados de modo intuitivo e claro, através da análise do domínio e do gráfico da função e seu comportamento. Apesar disso, o livro aborda estes conceitos com o rigor matemático necessário, através de teoremas e definições. De maneira não rigorosa, funções contínuas são aquelas que podem ser desenhadas sem que se tire o lápis do papel. É impor- – 4 – Cálculo Diferencial e Integral I tante saber se uma função é contínua em determinado ponto, principalmente quando está envolvida em uma aplicação. A derivada é uma das mais importantes ferramentas da matemática, indis- pensável para a resolução de problemas não triviais de várias áreas profissionais. O conceito de derivada é introduzido através da análise da inclinação da reta tangente em um ponto, levando o aluno a construir os conceitos de forma gradual e satisfatória. Os exercícios foram desenvolvidos para que o aluno possa dominar o uso das regras práticas de derivação e suas propriedades. São apre- sentadas aplicações de derivadas, especialmente em problemas de otimização, em várias áreas. A integral é apresentada como a operação inversa da diferencial. É repre- sentada pela letra S alongada, usada para lembrar que estamos lidando com o limite de uma sequência de somas. As fórmulas básicas de integração podem ser obtidas a partir das regras de derivação, já estudadas. São vistas algumas téc- nicas de integração, como integração por substituição ou mudança de variável, integração por partes, integração por substituição trigonométrica e integração por frações parciais. Dentre as várias aplicações, está o cálculo de áreas de superfícies que não poderiam ser obtidas apenas através das fórmulas da geometria plana. O cálculo de áreas não se restringe a problemas geométricos, pois muitos problemas de outras áreas podem ser resolvidos a partir da representação gráfica da área de uma superfície, como na economia, ao se calcular o lucro total, por exemplo. Através da integral definida, também se pode calcular o volume de sóli- dos de revolução, obtidos quando uma superfície gira ao redor de um eixo. Os conhecimentos adquiridos permitem, através da modelagem mate- mática, resolver problemas de várias áreas, como engenharias, economia, física, biologia, medicina e outras. Professora Maria Eugênia de Carvalho e Silva Sumário Apresentação | 3 1 Estudos de Limites | 7 2 Formas indeterminadas e limites no infinito | 23 3 A diferencial | 47 4 Regras básicas para diferenciação | 59 5 Determinação da monotocidade de uma função através do teorema do valor médio | 69 6 Ponto de inflexão e concavidade de uma função | 81 7 Aplicações de derivadas | 89 8 Definição de integral | 95 9 Integração por substituição e por partes | 105 10 Integração de potências da função seno e cosseno | 113 11 Cálculos de áreas | 121 – 6 – Cálculo Diferencial e Integral I 12 Integração por substituição trigonométrica | 133 13 Integração por frações parciais I e II | 143 14 Volume de sólidos de revolução e aplicação de integrais à física | 151 Referências | 159 1 Na atualidade, o desenvolvimento científico e tecnológico nos remete, cada vez mais, a conhecimentos de conceitos matemáticos que se consorciam com teorias paralelas de outras áreas correlatas. O conhecimento e os conceitos das teorias clássicas do cálculo diferencial e integral servem como ferramentas indispensáveis à evo- lução da ciência no mundo contemporâneo. São amplamente difun- didos e usados em física, química, engenharia, economia, e, em espe- cial, na área das novas tecnologias da informática e da comunicação. Estudos de Limites – 8 – Cálculo Diferencial e Integral I Visivelmente, as necessidades dos conhecimentos matemáticos crescem conjuntamente com a demanda tecnológica e educacional, consolidando o trânsito em disciplinas subsequentes da estrutura curricular para ampliar e con- solidar o campo da visão matemática. 1.1 Definição Indutiva de Limite Seja uma função f definida pela equação 22x 5x 3 (2x 1) (x 3) f (x) x 3 x 3 − − + ⋅ − = = − − Dividindo o numerador e o denominador por x- 3, resulta na expressão f (x) = 2x + 1, para x ≠ 3 Vamos verificar o comportamento da função, à direita e à esquerda, pró- ximo ao ponto x = 3. À direita: x 3,5 3,2 3,1 3,01 3,001 f (x) = 2x + 1, x≠3 8,0 7,4 7,2 7,02 7,002 À esquerda: x 2,5 2,7 2,9 2,99 2,999 f (x) = 2x + 1, x≠3 6,0 6,4 6,8 6,98 6,998 Concluímos que quanto mais o valor de x se aproxima de 3, tanto mais o valor da f(x) se aproxima de 7; essa observação vale para valores de x, à direita ou a esquerda de x = 3. Nas duas tabelas, tomando valores para x de 2,99 e 3,01, observamos que os valores para f(x) correspondem, respectivamente, a 6,98 e 7,02, dis- tando de ± 0,02 de 7. Então, f (x) 7 0,02 quando 0 x 3 0,01− < < − < – 9 – Estudos de Limites Essa condição 0 x 3< − nos leva a uma análise nos valores de f ( x ) nas proximidades de 7, ou seja, para valores extremamente próximos de x = 3, e isso pode ser melhor demonstrado pela figura 1 a seguir. Figura 1: Gráfico da função − − = 22x 5x 3 f(x) x -3 � � Assim, podemos então concluir que não interessa o comportamento da função no ponto a; no caso x = 3, temos que: x 3 lim 2x 1 7 → + = 1.2 Definição Formal de Limite Seja f uma função definida em todos os pontos de um intervalo aberto contendo a, com exceção do próprio ponto a. O limite de f(x) quando x se aproxima de a é L , expresso por x aLim f (x) L→ = , para todo número positivo ε, exista um número positivo δ tal que ( )f x L− < ε para todo 0 x a< − <δ . – 10 – Cálculo Diferencial e Integral I Figura 2: Gráfico representando a definição formal de limite x y L a Logo, temos que: x a lim f (x) L 0, 0, tal que : 0 x a f (x) L → = ⇔∀ε > ∃δ > < − < δ⇒ − < ε Exemplo 1 Tomando como exemplo a função f(x) = 2x + 1 já estudada anterior- mente, podemos determinar um valor para δ > 0 para o valor dado de ε, utilizando a definição formal de limites: x 3 lim (2x 1) 7 → + = ε = 0,002 Pela definição temos que: f (3x 4) L , com, 0,002 e L 7+ − < ε ε = = ⇓ Assim: f (x) 70,002− < ⇒ Obs : Pela definição módulo, temos que : 0,002 f (x) 7 0,002 x a, se somente se, a x a, log o: 6,998 f (x) 7,002 − < − < < − < < < < – 11 – Estudos de Limites Como f(x) = 2x +1, podemos determinar o valor de δ através de: 6,998 2x 1 7,002 5,998 2x 6,002 2,999 x 3,001 < + < < < < < Assim, se x → 3 e x está compreendido no intervalo 2,999 < x < 3,001 podemos afirmar que δ = 0,001 1.3 Teoremas Fundamentais Para facilitar alguns cálculos envolvendo os conceitos de limites, pode- mos utilizar alguns teoremas, demonstrados a seguir. Teorema 1 Se m e c são constantes quaisquer, x a Lim (mx c) ma c → + = + Exemplo: x 2 Lim (3x 4) 3 2 4 10 → + = ⋅ + = Teorema 2 Se c é uma constante, então para qualquer número a, x a Lim c c → = Exemplo: x 2 Lim 17 17 → = Teorema 3 x a Lim x a → = Exemplo: x 5 Lim x 5 → = Teorema 4 x a x a Lim f (x) L e Lim g(x) Q , então → → = = [ ] x a Lim f (x) g(x) L Q → + = + – 12 – Cálculo Diferencial e Integral I Exemplo: x 3 x 3 x 3 Lim (3x 7) Lim 3x Lim 7 3 3 7 2 → → → − = − = ⋅ − = Teorema 5 1 1 2 2 n nx a x a x a Se Lim f (x) L , Lim f (x) L ,......., Lim f (x) L então → → → = = = 1 2 n 1 2 nx a Lim [f (x) f (x) .....f (x)] L L ..... L → ± ± = ± ± ± Teorema 6 x a x a Lim f (x) L e Lim g(x) Q , então → → = = x a x a Lim f (x) Lim (x) L Q → → ⋅ = ⋅ Exemplo: x 3 x 1 Lim(3x 7) 2 e Lim x 8 7 → → − = − = − x 1x 3 Lim (3x 7) Lim x 8 2 ( 7) 14 →→ − ⋅ − = ⋅ − = − Teorema 7 1 1 2 2 n nx a x a x a Se Lim f (x) L , Lim f (x) L ,......., Lim f (x) L , então, → → → = = = 1 2 n 1 2 nx a Lim [f (x) f (x) ..... f (x)] L L ..... L → ⋅ ⋅ ⋅ = ⋅ ⋅ ⋅ Teorema 8 x a Se Lim f (x) L, e "n" é um número inteiro positivo, então → = n n x a Lim[f (x)] L → = Exemplo: [ ] 3 33 x 2 x 2 Lim(x 3) Lim(x 3) 5 125 → → + = + = = Teorema 9 x a x a Lim f (x) L e Lim g(x) Q , então → → = = – 13 – Estudos de Limites x a f (x) L Lim se, Q 0 g(x) Q→ = ≠ x 4 x 4 Lim (3x 7) 5 e Lim x 8 4 → → − = − = − x 4 x 4 x 4 Lim (3x 7) (3x 7) 5 5 Lim Lim (x 8) (x 8) 4 4 → → → − − = = = − − − − Teorema 10 x a Lim f (x) L, então, → = nn x a Lim f (x) L Se L 0 e n , ou se L 0 e n e ímpar.∗ ∗ → = ≥ ∈Ν ≤ ∈Ν Exemplo: 3 3 3 3x 3 x 3 64 64 4 Lim Lim x x 3→ → = = Esses teoremas explicam detalhadamente o processo do cálculo dos limites. Podemos, agora, calcular, de maneira mais objetiva, os limites, fazendo uma simples substituição do valor da tendência na variável da função. Exemplos 22 x 3 3 4 3 5x 4x 5 2 1 1 3 3 3 1. lim 3x 3 3 3 3 6 3 33 3 9→ − ⋅ +− + = = = = ⋅ = = − ⋅ − 3 2 3 2 x 3 2. lim (2x x 13) (2 3 3 13) 32 → − − = ⋅ − − = 2 x 4 3. lim 4x 64 →− = 1.4 Limites Laterais Verificaremos, agora, o comportamento das funções quando analisadas e estudadas, e poderemos, assim, encontrar inúmeras conclusões, visto que, em nosso curso, necessitamos avaliar algebricamente e graficamente o com- – 14 – Cálculo Diferencial e Integral I portamento das funções para entendermos o problema dos limites laterais na continuidade de funções, abordaremos mais adiante, nesta aula. Assim, seja uma função f, cujo limite está assim definido: x a lim f (x) → , estamos interessados em analisar o valor de x em todo o intervalo aberto que contém a, mas não o próprio a. Assim, uma f (x) x 2= − não existe para x < 2 e f não está definida para nenhum intervalo aberto contendo 2. Logo, x 2 lim x 2 → − não tem significado. Porém, se x estiver definido para valores maiores que 2, a expressão x 2− passa a ter significado. Agora com essas colocações, vamos falar em limite lateral a direita de 2. Definição Seja f uma função definida em todo um intervalo aberto (a,c). Então, o limite de f(x) quando x tende a a pela direita é L, e escrevemos x a lim L +→ = se para todo ε> 0, existir um δ > 0 tal que Se 0 < x – a < δ, então f (x) L− < ε . Analogamente, podemos considerar na existência de um limite lateral à esquerda de a onde a função não esteja definida para valores de x à direita de a. Diante disso, seja f uma função definida em todo um intervalo aberto (a,c). Então, o limite de f (x) quando x tende a a pela esquerda é L, e escreve- mos ( ) x a Lim f x L −→ = se para todo ε> 0, existir um δ> 0 tal que Se 0 < a – x < δ então f (x) L− < ε . Exemplo 2: 1 se x 0 f (X) 0 se x 0 1 se x 0 − < = = > – 15 – Estudos de Limites Gráfico y x 1 –1 Solução x 0 x 0 x 0 x 0 lim f (x) lim 1 1 e lim f (x) lim 1 1 1 1 + + − −→ → → → = = = − = − = = − 1.5 Teorema da Unicidade do Limite Seja f(x) uma função com domínio nos reais e a pertencente ao seu domínio, temos pelo teorema da unicidade de limite que; O x a lim f (x) → existe e será igual a “L” se e somente se x a x a lim f (x) lim f (x) L + −→ → = = isto é, existirem e forem iguais a L. Exemplo 3 Seja f definida por x se x 0 f (x) 2 se x 0 ≠= = y x 1 1 2 3–1 –1 –3 –2 2 3 4 Esboce o gráfico e encontre o limite da f ( x ) quando x tende a zero. – 16 – Cálculo Diferencial e Integral I Solução x 0 x 0 x 0 x 0 lim f (x) lim (x) e lim f (x) lim ( x) 0 0 + + − −→ → → → = = = − = = = Como os limites laterais são iguais a zero, portanto finito, concluímos assim que o limite existe. Exemplo 4 + ≤ − = − > − x 4, se x 4 f (x) 4 x, se x 4 x 4 x 4 x 4 x 4 lim f (x) lim 4 t e lim f (x) lim t 4 8 0 + + − −→− →− →− →− = − = = + = = = Não existe limite, pois os limites de f(x) com x tendendo a –4, pela direita e pela esquerda, são diferentes. 1.6 Continuidade de Funções No estudo de limites de funções, um problema relevante é o de con- tinuidade de funções. Diante disso, estudaremos, agora, o comportamento das funções, com o auxílio dos conceitos de limites já vistos nesta aula e, consequentemente, verificando se uma função é contínua ou descontínua em pontos distintos do domínio das funções. O estudo de continuidades de funções é importante para a aplicabili- dade das funções em diferentes campos do conhecimento como na econo- mia, engenharia, física, matemática e outras. No início desta aula, introduzimos o conceito de limites por meio da função 22x 5x 3 f (x) x 3 − − = − que não está definida para x = 3. Isso significa que no ponto x = 3, a função não existe. Logo, a função é descontínua no ponto x=3, como já vimos no gráfico. – 17 – Estudos de Limites Definição Uma função é contínua em algum ponto a do domínio se, e somente se: x a x a f (a) Lim f (x) Lim f (x) + −→ → = = Considerando que os limites devem existir e serem finitos. Obs.: Se uma ou duas condições acima citadas não forem verificadas no ponto a, a função f será descontínua no ponto. Exemplo 5 Seja a função f definida por 2x 3 se x 1 f (x) 2 se x 1 + ≠ = = . Verificar se a mesma é contínua em x =1. Determinar: f (1) 2= x 1 Lim 2x 3 2 (1) 3 5 +→ + = ⋅ + = x 1 Lim 2x 3 2 (1) 3 5 −→ + = ⋅ + = Graficamente – 18 – Cálculo Diferencial e Integral I Como: f (1) 2= x 1 x 1 x 1 x 1 Lim f (x) Lim f (x) Lim f (x) 5, Logo Lim f (1) Lim f (x) + + − − → → → → = = ≠ A função é descontínua em x = 1. 1.7 Continuidade em um intervalo Uma função definida em um intervalo fechado [a ; b] será contínua em [a; b], se e somente se ela for contínua no intervalo aberto (a; b), isto é, con- tínua à direita de a e à esquerda de b. Exemplo 6 Seja 2f (x) 9 x= − . Mostre que essa função é contínua no intervalo fechado [ -3; 3 ]. Devemos mostrar que a função f(x) é contínua em x = -3 e também em x = 3. 2f ( 3) 9 ( 3 ) 0+− = − − = 2 x 3 lim f (x) 9 ( 3 ) 0 + + →− = − − = Diante dessa igualdade, concluímos que a f(x) é contínua à direita de x = – 3 2f (3) 9 ( 3 ) 0+= − − = 2 x 3 lim f (x) 9 (3 ) 0 − − → = − = Como x 3 f (3) lim f (x) −→ = , a função f(x) é continua a esquerda de x = 3. – 19 – Estudos de Limites Logo, a função f(x) é contínua no intervalo fechado [-3; 3 ], e isso pode ser melhor visualizado através do gráfico a seguir. Definição 1 Umafunção definida em um intervalo semi-aberto [a,b) será contínua em [a; b), se ela for contínua no intervalo (a,b) e contínua à direita de a. Definição 2 Uma função definida em um intervalo semi-aberto (a; b] será contínua em (a; b] se ela for contínua no intervalo (a,b) e contínua à esquerda de b. Exemplo 7 Verificar se a 2f (x) x 9= − é contínua em [3; + ∞) 2f (3) x 9= − 2f (3) 3 9 0= − = 2 2 x 3 Lim x 9 (3 ) 9 0 + + → − = − = Logo a f(x) é contínua à direita de x = 3. Vamos verificar no outro extremo do intervalo: 2f ( ) 9+∞ = +∞ − = +∞ Como não existe a f (+ ∞), a f(x) é descontínua no intervalo [3; + ∞). – 20 – Cálculo Diferencial e Integral I Atividades 1. Dada a função f(x), e sabendo que lim ( )x a f x L→ = , usando a definição de limites, encontre um valor para δ > 0 para o valor dado de ε a seguir: 3 lim 2 5 1, 0,01 x x → − = ε = 2. Verifique se a função 2 2 4 2 ( ) 4 2 24 x se x f x se x se xx − < = = >− é uma função con- tínua em x = 2. 3. Sejam f(x) e g(x) funções contínuas em seus domínios, com ( ) x a lim f x L → = e lim ( ) x a g x Q → = , e m e n constante pertencentes aos reais. De acordo com as propriedades de limites, podemos afirmar que a assertiva correta para a sentença ( ) ( ) x a g x lim m f x n→ ⋅ + é igual a: a) ( ) lim ( ) x ax a lim m f x n g x →→ ⋅ + ⋅ b) ( ) ( ) x a x a m lim f x n lim g x → → ⋅ + ⋅ c) 1( ) ( ) x a x a m lim f x lim g x n→ → ⋅ + d) 1( ) ( ) ( ) x a m lim f x g x n → + + 4. Sejam 2, 1 ( ) 2 5, 1 x se x f x x se x − ≤ = − > e 2 , 2 ( ) 2, 2 x se x g x x se x <= + ≥ , pode- mos afirmar que: a) f(x) e g(x) são descontínuas para x =1 e x = 2 respectivamente. – 21 – Estudos de Limites b) f(x) e g(x) são contínuas para x =1 e x = 2 respectivamente. c) f(x) é contínua para x =1 e g(x) é descontínua para x = 2. d) f(x) é descontínua para x =1 e g(x) é contínua para x = 2. Comentário das atividades Para resolver a atividade um, você terá que utilizar os conceitos de definição de limites como vimos no exemplo 1, e terá como resposta δ = 0,005. Nas atividades dois e quatro, você terá que rever os conceitos de função contínua que estudamos no exemplo 5, onde será possível verificar que na atividade dois, a mesma é descontínua para x = 2, já a atividade quatro terá como resposta a assertiva a letra (d). Para a atividade três, você deverá rever os teoremas 1 e 4 e terá com resposta a assertiva (c). 2 Formas indeterminadas e limites no infinito Na resolução de limites de funções, muitos problemas não apresentam soluções imediatas. A solução para esses limites consiste na busca de alternativas, usando artifícios e ferramentas da matemática fundamental. A solução se faz muito importante em função desses limites serem ferramentas essenciais para o desenvolvimento do cálculo diferencial e integral. – 24 – Cálculo Diferencial e Integral I O estudo do cálculo diferencial e integral apresenta um comportamento seqüencial lógico, construído a partir dos conceitos básicos da matemática fun- damental, até se chegar às ferramentas mais complexas que são utilizados em diferentes áreas do conhecimento como na física, química, engenharia e outras. 2.1 Forma indeterminada 0 0 (com x→a, com a ≠ 0) Procedimentos: 2 se for possível, fatora-se a expressão, e após simplifica-se; 2 ou dividem-se o numerador e o denominador se possível. Exemplo 1 → − − 2 x 7 x 49 1) lim x 7 Aplica-se a tendência → − = − 2 x 7 7 49 0 1) lim 7 7 0 em seguida, aplica-se → → + ⋅ −− ⇒ − 2 x 7 x 7 (x 7) ( x 7x 49 lim lim 7 7 − ) x 7 → ⇒ + = x 7 lim(x 7) 14 Exemplo 2 ( )→ − − − − = = − − 2 2 22x 5 2x 9x 5 2.(5) 9.(5) 5 0 lim indeterminado; 3x 75 03. 5 75 → → − + − + = − − +2x 5 x 5 1 1 2(x 5) x 2(x 5) x 2 2lim lim 3(x 25) 3(x 5)(x 5) → + = = +x 5 1 2 x 112lim 3(x 5) 30 – 25 – Formas indeterminadas e limites no infinito 2.2 Forma indeterminada 0 0 (com x → 0) Procedimento: 2 dividir o numerador e o denominador pela menor potência de x se possível. 2.3 Forma Indeterminada ∞ ∞ , (com x → ± ∞) Procedimento: 2 dividir todos os termos do numerador e do denominador pela maior potência de x em módulo, ou colocarmos a variável x de maior expoente em evidência. Exemplo 3 →+∞ − +x 3x 2 lim 2x 1 Aplicando a tendência →+∞ − ∞ = + ∞x 3x 2 lim 2x 1 dividindo todos os termos do numerador e do denominador pela maior potência de x em módulo. →+∞ − +x 3x 2 x x lim 2x 1 x x →+∞ − = +x 3 0 3 lim 2 0 2 – 26 – Cálculo Diferencial e Integral I Exemplo 4 →+∞ + +x 5x 7 lim 9x 3 Colocando a variável x de maior expoente em evidência temos: ( ) ( )→+∞ →+∞ →+∞ + + + ++ ∞ = = = = = + + + + + ∞ x x x 7 7 7 x 5 5 5 5 05x 7 5x xlim lim lim 3 3 39x 3 9 0 9x 9 9 9 x x Obs.: quando temos uma fração do tipo n k x , com k ∈ R o →+∞ nx k lim x e →−∞ nx k lim x tende a ser zero respectivamente, e essa definição será utilizada nas atividades a seguir. Exemplo 5 →−∞ →−∞ + − + + − + = + + + + + + + + 5 5 4 3 2 5 5 3 2x x 5 2 3 4 5 1 8 3 x 3 3x x 8x 3 x x xlim lim 1 1 1 24x x x x 2 x 4 x x x x →−∞ = = x 3 3 lim 4 4 2.4 Forma indeterminada ∞ – ∞ (para funções polinomiais) Procedimento: 2 reduzir ao mesmo denominador a expressão. – 27 – Formas indeterminadas e limites no infinito Exemplo 6 → − =∞−∞ + 2x 0 1 1 1. lim x x x 2 2 2x 0 x 0 x 0 1 (x 1) 1 x 1 x 0 lim lim lim , x x x x x x 0 indeterminado, mas: → → → − + − − − = = = + + + indeterminado, mas: → → − − = = − + + 2x 0 x 0 x x 1 lim lim 1 x x x 1 x x Obs.: você pode também resolver por fatoração utilizando o fator comum. → → → − − − = = = − + + + 2x 0 x 0 x 0 x x 1 lim lim lim 1 x x x(x 1) x 1 Exemplo 7 ± ± ±→ → → + − − − − − − − = = − − − − 2 2 2 2 2x 2 x 2 x 2 x x 1 x x 3x 2 x 2x 2 lim lim lim x 4 x 2 x 4 x 4 Para x → 2– temos que, se utilizamos valores para x que se aproxima de 2 pela esquerda, −→ − − − +∞ − 2 2x 2 x 2x 2 o lim tende a ser . x 4 Para x → 2+ temos que, se utilizamos valores para x que se aproxima de 2 pela direita, +→ − − − −∞ − 2 2x 2 x 2x 2 o lim tende a ser . x 4 – 28 – Cálculo Diferencial e Integral I 2.5 Forma indeterminada 1∞ Procedimento: aplicar logaritmos em ambos os membros para eliminar o expoente. Exemplo 8 − → − 2 x x 4 x 4 1. lim x 3( ) Aplicando a tendência, teremos 1∞ Fazendo: − → = − 2 x x 4 x 4 y lim x 3( ) Aplicando ln em ambos os membros teremos: − → = − 2 x x 4 x 4 ln y ln [lim (x 3) ] - - → = ⋅ x 4 2x ln y ln [lim (x 3)] x 4 - - → = ⋅ x 4 2x ln y ln [lim (4 3)] x 4 - = ⋅ 2x ln y ln 1] x 4 =ln y 0 = ⇒0y e 1 Então, -- → = 2 x x 4 x 4 lim(x 3) 1 – 29 – Formas indeterminadas e limites no infinito Exemplo 9 − → + = 1 cos x 1 x 0 lim(sen 2x 1) − → = + 1 cos x 1 x 0 ln y ln lim(sen 2x 1) → = ⋅ + − x 0 1 ln y ln lim(sen 2x 1) cosx 1 = ⋅ − 1 ln y ln 1 cosx 1 = ⋅ − 1 ln y 0 cosx 1 =ln y 0 = 0y e − → = = + = 1 cos x 1 x 0 y 1 log o, y lim(sen 2x 1) 1 2.6 Limites fundamentais 2.6.1 Limite fundamental trigonométrico → = x 0 sen x lim 1 x Demonstração: Representando o ciclo trigonométrico das funções sen, cos e tg, para uma arco comum x, iremos obter a figura 2.1 a seguir: – 30 – Cálculo Diferencial e Integral I De acordo com o a figura acima, é possível observar que: sen x < x < tg x. Dividindo a sentença por sen x, temos: < < sen x tg xx sen x sen x sen x < < x 1 1 sen x cos x aplicando →x 0 lim a todos membros da sentença; → → → < < x 0 x 0 x 0 x 1 lim1 lim lim sen x cos x → < < x 0 x 1 lim 1 sen x Logo, podemos concluir que → = x 0 sen x lim 1. x Exemplo10 →x 0 sen 4x lim 2x – 31 – Formas indeterminadas e limites no infinito Aplicando a tendência → = x 0 sen 4x 0 lim 2x 0 Como o arco da função trigonométrica que compõe o limite é igual a 4x e o valor da função no denominador é igual a 2x, devemos procurar artifícios matemáticos que nos proporcionam a igualdade do arco da função no nume- rador com a função do denominador. Assim, multiplicando o numerador e denominador por 2 temos: → → → = ⋅ = ⋅ = ⋅ = ⋅x 0 x 0 x 0 sen 4x sen 4x sen 4x lim lim 2 2 lim 2 1 2 2x 2 2x 4x Exemplo 11 →x 0 sen 5x lim x Aplicando a tendência → = x 0 sen 5x 0 lim x 0 Vamos multiplicando o numerador e o denominador por 5. Teremos → → → ⋅ = = ⋅ = ⋅ = ⋅x 0 x 0 x 0 sen 5x 5 sen 5x sen 5x lim lim 5 lim 5 1 5 x 5 x 5x 2.6.2 Limite fundamental exponencial →∞ + = ≅ x x 1 lim 1 e onde, e 2,7182818 x Para verificarmos se a sentença acima é verdadeira, basta atribuirmos valores para x, na função que tende ao infinito, ou seja,(x → ∞) e que os valores encontrados também tendem ao valor de e ≅ 2,7182818, e isso pode ser comprovado através da tabela a seguir. – 32 – Cálculo Diferencial e Integral I x + x1 1 x 1 2 2 2,25 3 2,3703 10 2,5937 100 2,7048 1000 2,7169 10000 2,7181 100000 2,7182 Assim, podemos concluir que →∞ + px k x k lim 1 px para todo k, p e x ∈ IR* tende a ser igual a e e ≅ 2,7182818, logo temos que, →∞ + = px k x k lim 1 e px Exemplo 12 →∞ →∞ + = + = 7x x 7 7 x x 7 7 lim 1 lim 1 e x x Exemplo 13 →∞ →∞ + = + = 3 5x 5x 3 3 5 x x 3 3 lim 1 lim 1 e 5x 5x 2.7 Limites infinitos Em cálculo diferencial e integral, os comportamentos das funções osci- lam entre o finito e o infinito. – 33 – Formas indeterminadas e limites no infinito Diante disso, é necessária uma compreensão mais abrangente de vários conceitos estudados em níveis anteriores, como teoria de conjuntos numé- ricos, gráficos de funções e álgebra, para discernir determinadas tendências de gráficos das funções em situações financeiras, para citar pelo menos uma aplicação ao longo do tempo. Então, essa necessidade se faz presente para prever situações e fenômenos a médio e longo prazo, buscamos suporte para encontrarmos as soluções para esses problemas nos conceitos de limites infinitos. Seja f uma função definida pela equação = − 2 3 f (x) (x 3) . A função está definida para todos os reais exceto x = 3. Vamos agora estudar o comportamento da função f (x) no entorno de x =3. À direita de x = 3. x = − 2 3 f (x) (x 3) 4 3 3,5 12 3,1 300 3,01 30.000 3,001 3.000.000 +→ = +∞ − 2x 3 3 Então, lim (x 3) À esquerda de x = 3 x = − 2 3 f (x) (x 3) 2 3 2,5 12 2,9 300 2,99 30.000 2,999 3.000.000 −→ = +∞ − 2x 3 3 Então, lim (x 3) – 34 – Cálculo Diferencial e Integral I Observamos que, à medida em que fazemos os valores de x se aproxima- rem de 3, tanto pelo lado direito como pelo lado esquerdo, mais os valores da função f(x) crescem. Portanto, tendem para o mais infinito. Obs.: a reta tracejada é denominada assíntota vertical. Definição 1 Seja f uma função definida em um intervalo aberto que contém a exceto o a. Quando x tende a a, f(x) cresce indefinidamente e temos → = +∞ x a lim f (x) Se para qualquer número N > 0, existir um δ > 0 tal que 0 < |x – a| < δ, então, f(x) > N. Seja f uma função definida pela equação − = − 2 3xf ( ) (x 3) . A função está definida para todos os reais exceto x = 3. Vamos agora estudar o comportamento da função f(x) no entorno de x =3. – 35 – Formas indeterminadas e limites no infinito À direita de x = 3. x − = − 2 3 f (x) (x 3) 4 –3 3,5 –12 3,1 –300 3,01 –30.000 3,001 –3.000.000 +→ − = −∞ − 2x 3 3 Então, lim (x 3) À esquerda de x = 3. x − = − 2 3 f (x) (x 3) 2 –3 2,5 –12 2,9 –300 2,99 –30.000 2,999 –3.000.000 −→ − = −∞ − 2x 3 3 Então, lim (x 3) – 36 – Cálculo Diferencial e Integral I Definição 2 Seja f uma função definida em um intervalo aberto que contém a exceto o a. Quando x tende a a , f(x) decresce indefinidamente e temos → = −∞ x a lim f (x) . Se para qualquer número N > 0, existir um δ > 0 tal que 0 < |x – a|< δ então f(x) < N Podemos estabelecer situações semelhantes sob uma nova ótica: + −→ → = −∞ = −∞ x a x a lim f (x) e lim f (x) Seja a função f definida por = − 3x f (x) x 1 . Então, o gráfico será definido assim Calculando os limites laterais: – 37 – Formas indeterminadas e limites no infinito +→ = +∞ −x 1 3x lim x 1 −→ = −∞ −x 1 3x lim x 1 Comentários: 2 quando x se aproxima de 1 pelo lado direito, ou seja, para valores próximos a 1, como por exemplo 1,000001, o valor correspon- dente da imagem para esse valor tende a um valor extremamente grande, ou seja, mais infinito; 2 quando x se aproxima de 1 pelo lado esquerdo, ou seja, para valo- res próximos a 1 como por exemplo 0,999999, o valor correspon- dente da imagem para esse valor tende a um valor extremamente pequeno, ou seja, menos infinito. Teorema 1 Seja k um número real qualquer e n um número inteiro positivo, então, teremos dois desdobramentos: +→ = +∞nx 0 k 1. lim e x −→ −∞ = +∞ nx 0 se "n" for ímpark 2. lim se "n" for parx Exemplo 14 Desdobramento 1: +→ = +∞5x 0 1 lim e x +→ = +∞6x 0 1 lim x – 38 – Cálculo Diferencial e Integral I Desdobramento 2: −→ = −∞5x 0 1 lim e x −→ = +∞6x 0 1 lim x Teorema 2 Seja f uma função racional, onde o limite do denominador é nulo e o limite do numerador diferente de zero. Então podemos escrever: → → ∈ = = ≠ x a x a Se "a" R e lim f (x) 0 e lim g(x) q , onde q 0 1. Se q > 0 e se f(x) → 0 para valores maiores que zero então → = +∞ x a g(x) lim f (x) 2. Se q > 0 e se f(x) → 0 para valores menores que zero então → = −∞ x a g(x) lim f (x) 3. Se q > 0 e se f(x) → 0, para valores maiores que zero então → = +∞ x a g(x) lim f (x) 4. Se q > 0 e se f(x) → 0, para valores negativos de f(x) → = −∞ x a g(x) lim f (x) Obs.: o teorema também vale para os limites laterais. Exemplo 15 − − −→ ⋅ = = −∞ − −x 1 3 (1 )3x 1. lim x 1 (1 ) 1 – 39 – Formas indeterminadas e limites no infinito + + +→ ⋅ = = +∞ − −x 1 3 (1 )3x 2. lim x 1 (1 ) 1 + + + + + +→ + ⋅ ++ + = = = +∞ − − − ⋅ − 22 2 2x 3 (3 ) 2 (3 ) 5x 2x 5 20 3. lim x 2x 3 (3 ) 2 (3 ) 3 0 − − − − − −→ + ⋅ ++ + = = = −∞ − − − ⋅ − 22 2 2x 3 (3 ) 2 (3 ) 5x 2x 5 20 4. lim x 2x 3 (3 ) 2 (3 ) 3 0 Teorema 3 → → = +∞ = x a x a Se lim f (x) e lim g(x) q , onde q é uma constan te qualquer, então, → + = +∞ x a lim [f (x) g(x)] e → → = −∞ = x a x a Se lim f (x) e lim g(x) q , onde q é uma constan te qualquer, então, x a lim [f (x) g(x)] → + = −∞ Obs.: a validade do teorema também é estendida aos limites laterais. Exemplo 16 x 3 x 3 1 5 5 lim e lim x 3 x 4 7+ +→ → = +∞ = − + x 3 1 5 lim x 3 x 4+→ + = +∞ − + Teorema 4 → → = +∞ = x a x a Se lim f (x) e lim g(x) q , onde q é uma constan te qualquer, então, → > ⋅ = +∞ x a Se q 0, lim [f (x) g(x)] e – 40 – Cálculo Diferencial e Integral I → < ⋅ = −∞ x a Se q 0, lim [f (x) g(x)] Obs.: a validade do teorema também é estendida aos limites laterais. Exemplo 17 + +→ → + = +∞ = − −2 2x 4 x 4 7 x 5 lim e lim 9 (x 4) (x 5) +→ + ⋅ = +∞ − − 2 2x 4 7 x 5 lim (x 4) (x 5) Teorema 5 x a x a Se limf (x) e limg(x) q, onde q é uma constante qualquer, então, → → = −∞ = x a Se q 0, lim [f (x) g(x)] e → > ⋅ = −∞ x a Se q 0, lim [f (x) g(x)] → < ⋅ = +∞ Obs.: a validade do teorema também é estendida aos limites laterais. Exemplo 18 2 2x 3 x 3 7 x 5 lim e lim 2 (x 3) (x 5)+ +→ → − + = −∞ = − − 2 2x 3 7 x 5 lim (x 3) (x 5)+→ − + ⋅ = −∞ − − 2.8 Limites no infinito Vamos considerar uma função f e considerar o limite dessa função quando o x tende a valores infinitamente grandes ou infinitamente pequenos. – 41 – Formas indeterminadas e limites no infinito Seja 2 23x f (x) x 1 = + . Vamos considerar valores de x variando de zero até valores bem maiores que zero. x 2 2 3x f (x) x 1 = + 0 0 1 1,5 3 2,7 5 2,88 10 2,97 100 2,9997 1000 2,999997 Graficamente À medida que o valor atribuído a x cresce, o valor de f(x) tende a 3. Definição Seja f a função definida para x ≥ 0. Então o x lim f (x) L →+∞ = , se para todo ε > 0, tão pequeno quanto se queira, existir um número N > 0 tal que se x > N, então, – 42 – Cálculo Diferencial e Integral I |f ( x ) ‑ L| < ε. Na tabela a seguir, vamos observar: 2 2x 3x lim 3 x 1→+∞ = + x 2 2 3x f (x) x 1 = + –1 1,5 –2 2,4 –3 2,7 –5 2,88 –10 2,97 –100 2,9997 –1000 2,999997 Graficamente Definição Seja f a função definida para x ≤ 0. Então o x lim f (x) L →−∞ = quando x decresce indefinidamente, se para todo ε > 0, tão pequeno quanto se queira, existir um número N < 0 tal que se x > N, então, |f ( x ) – L| < ε. – 43 – Formas indeterminadas e limites no infinito 2 2x 3x lim 3 x 1→−∞ = + Vamos mostrar o comportamento do gráfico para o domínio completo de x, isto é, para todo o conjunto dos reais. Exemplo 19 Calcule o limite →+∞ − +x 5x 7 1. lim 10x 4 Para resolvê-lo, precisamos colocar x em evidência, no numerador e no denominador. x x 7 7x 5 5 15x1. lim lim 44 10 210x 10 x →+∞ →+∞ − − ∞⇒ = = ++ ∞ – 44 – Cálculo Diferencial e Integral I Gráfico Atividades 1. De acordo com os conceitos de limites fundamentais temos que 0 (3 ) x sen x lim x→ é igual a: 2. Aplicando os conceitos de limites, determine o valor de 22 1lim 4x x±→ − : 3. O lucro de uma empresa varia de acordo com o número de horas x traba- lhadas por seus funcionários. Sabendo que a função que define esse lucro é 2 64( ) 8 x L x x − = − , aplicando os conceitos de limites, determine o lucro máximo em milhões de reais, quando o número de horas trabalhadas pelos funcionários dessa empresa tender a 8 horas diárias. – 45 – Formas indeterminadas e limites no infinito a) R$ 16 000 000,00 b) R$ 8 000 000,00 c) R$ 48 000 000,00 d) R$ 64 000 000,00 4. Utilizando os conceitos de limites tendendo ao infinito, o valor do limite da questão abaixo vale respectivamente: 2 2 4 3 1lim 5 9 7x x x x x→+∞ − + + + a) 4 3 b) 5 4 c) 4 5 − d) 4 5 Comentário das atividades Para resolver a atividade um, você terá que utilizar os conceitos de limites fundamentais trigonométricos, como vimos no exemplo 10, e terá como resposta 3. Na atividade dois, você terá que rever os conceitos sobre limites infinitos que estudamos nos exemplos 14 à 16, nos quais será possível verificar que a solução encontrada será igual a 2quando x ++∞ → e 2quando x −−∞ → . Na atividade três, é necessário revermos os conceitos de fatoração, vistos em fundamentos I, e, em seguida, substituirmos a tendência na função fato- rada, obtendo como resposta a assertiva a. Já na atividade quatro, você deverá utilizar os conceitos de limites com sua variável de domínio tendendo ao infinito, colocando a variável de maior expoente em evidência e fatorando se possível, obtendo assim sua solução igual a 4/5. 3 A diferencial No cálculo diferencial e integral, especificamente no estudo das funções derivadas e as suas aplicações, alguns elementos da geometria, como o ponto e a reta, são indispensáveis. O conhecimento sobre a reta tangente e normal se faz necessá- rio para análises dos comportamentos das funções, quanto ao cres- cimento e decrescimento das funções e nos estudos dos máximos e mínimos que são relevantes na área da matemática aplicada, enge- nharia, física, química, economia, etc. – 48 – Cálculo Diferencial e Integral I Assim, quando desejamos conhecer a inclinação de uma curva em um de seus pontos, estamos diante de um conceito fundamental do Cálculo Dife- rencial, a noção de derivada. A inclinação da curva em um de seus pontos é a mesma inclinação de uma reta tangente à curva nesse ponto. Então conhe- cendo a inclinação da reta tangente, conhecemos o ângulo de inclinação da curva nesse ponto, ou seja, a derivada da função no ponto determinado. 3.1 Equação geral da reta Chegamos à equação geral da reta r, partindo de uma reta que apresenta dois pontos distintos, A (xa; ya) e B (xb; yb), com coordenadas conhecidas e um terceiro ponto P(x; y) qualquer. Segundo o conceito de alinhamento de três pontos, vamos trabalhar com determinantes para chegarmos à equação geral da reta. a a b b x 1 1 x y 1 0 x y 1 = Fazendo o cálculo do determinante, chegaremos a: a x + b y + c = 0 – 49 – A diferencial 3.2 Coeficiente angular de uma reta No sistema cartesiano ortogonal, a reta r, não vertical, forma sempre com o eixo Ox um ângulo. A tangente desse ângulo determina um coeficiente que denominaremos de coeficiente angular ou declividade da reta. y x � = 0º y x 0º < < 90º� � y x 90º < < 180º� � – 50 – Cálculo Diferencial e Integral I Obs.: para o ângulo de 90o, temos que a tg 900 não está definida no conjunto de reais. 2 Quando o coeficiente angular for positivo, significa que a reta é crescente (reta com a inclinação voltada para a direita). 2 Quando o coeficiente angular for negativo, significa que a reta é decrescente (reta com a inclinação voltada para à esquerda). 2 Quando o coeficiente angular for igual a zero, significa que a reta é paralela ao eixo Ox. 2 Quando o coeficiente angular não existir, significa que a reta é per‑ pendicular ao eixo Ox. Para a determinação do coeficiente angular, podemos proceder das seguintes formas: a) quando conhecemos a direção da reta, basta calcular a tangente do ângulo. Exemplo: α = ⇒ = =o o 3 30 m tg 30 3 – 51 – A diferencial b) quando conhecemos dois pontos. b a b a b a y _ y m tg , x x x _ x = α = ≠ partindo da equação b a b a y _ y m x _ x = , chegaremos à expressão, b a b ay y m(x x )− = − e generalizando, teremos, a ay y m(x x )− = − que representa a equação da reta r no espaço. Soubemos que m é o coeficiente angular da reta tangente à curva em um ponto qualquer. Podemos dizer então que m = f ’(x), sendo f ’(x) a primeira derivada da função f(x). Portanto, podemos reescrever a equação acima como sendo y – ya = f ’(x) (x – xa) Exemplo 1 1. Escrever a equação da reta tangente à curva f ( x ) = x2 + 1 no ponto A (2, 5) com f ̀ ( x ) = 2 x. (obs.: estaremos ainda neste capítulo, demons- trando os cálculos para se obter o valor de f`(x) = 2x). Substituindo a coordenada x = 2 do ponto na primeira derivada, vamos obter: – 52 – Cálculo Diferencial e Integral I m = f ` ( x ) = 2 . (2) = 4 y – ya = f `( x ) ( x – xa ) y – 5 = 4 ( x – 2 ) y – 5 = 4 x – 8 então, y = 4x – 3 O gráfico de y = x2 + 1 x y 0 1 1 2 2 5 -1 2 -2 5 3.3 Retas perpendiculares Duas retas r1 e r2 de coeficientes angulares m1 e m2, respectivamente, são perpendiculares se, e somente se, 1 2 1 m m = − . – 53 – A diferencial Assim, equação da reta normal é expressa da forma y – y a= t 1 m ( x – xa). No exemplo anterior, o valor determinado pela declividade é 4. Então, o valor do m t = –1/4 e a equação da reta normal ficam assim: x 1 y 5 4 2 − = − + 4 y 20 x 2− = − + x 22 y 4 − + = 3.4 Derivada Seja f uma função definida num intervalo aberto ]a,b[ e x0 um ponto desse intervalo. O limite -0 0 x 0 x 0 y f (x x) f (x ) lim lim x x∆ → ∆ → ∆ +∆ = ∆ ∆ , quando existe, isto é, quando é um número real, recebe o nome de derivada da função f no ponto x0. – 54 – Cálculo Diferencial e Integral I Exemplo 2 Determinar a derivada 2 0f (x) x , no ponto x 2.= = 2 0 0 x 0x 0 22 x 0 x 0 x 0 f (2 x) f (2)f (x x) f (x ) limy '(2) lim xx 4 x ( x) x(4 x)4 4 x ( x) 4 lim lim lim 4 x 4 x xx ∆ →∆ → ∆ → ∆ → ∆ → + ∆ −+∆ − = = = ∆∆ ∆ + ∆ ∆ +∆+ ∆ + ∆ − = = +∆ == = ∆ ∆∆ Exemplo 3 Determinar a derivada de 0f (x) 2x 1, no ponto x 1.= − = 0 0 0 0 x 0 x 0 f (x x) f (x ) [2(x x) 1] f (x ) y '(1) lim lim , x x∆ → ∆ → +∆ − +∆ − − = = ∆ ∆ como x0 = 1 temos que; x 0 x 0 x 0 [2.1 2x 1] 1 2 x lim lim lim 2 2 x x∆ → ∆ → ∆ → + ∆ − − ∆ = = = = ∆ ∆ Exemplo 4 Determinar a derivada de 0f (x) x , no ponto x 4.= = 00 0 x 0 x 0 f ( x x ) f (4) (4 x) 2f (x x) f (x ) y '(4) lim lim x x x∆ → ∆ → +∆ − +∆ −+∆ − = = = = ∆ ∆ ∆ ∆ → ∆ → + ∆ − ⋅ + ∆ + +∆ − = = +∆ + +∆ +x 0 x 0 [ (4 x) 2] [ (4 x) 2] 4 x 4 lim lim [ (4 x) 2] [ (4 x) 2] x 0 1 1 1 lim 2 2 4(4 x) 2∆ → = = = ++∆ + 3.5 Continuidade e diferenciação Se uma função f é derivada em um ponto x0, então, a função é contínua em x0. – 55 – A diferencial Exemplo 5 Considere a função definida por 2x se x 1 f (x) 2x 1 se x 1 <= − ≥ . Como o x 1lim f (x) 1 f (1),→ = = segue que f é continua em 1. Determinando seu limites laterais quando ∆x tende a zero, à direita e à esquerda, temos: x 0 x 0 x 0 f (x x) f (x) [2(1 x) 1] 1 2 x lim lim lim 2 x x x+ + +∆ → ∆ → ∆ → + ∆ − +∆ − − ∆ = = = ∆ ∆ ∆ 2 2 x 0 x 0 x 0 f (1 x) f (1) [(1 x) 1] 2 x x lim lim lim 2 x x x− − −∆ → ∆ → ∆ → + ∆ − +∆ − ∆ +∆ = = = ∆ ∆ ∆ Como os limites laterais à direita e à esquerda do quociente da diferença são iguais, segue que o limite do quociente da diferença existe, logo a derivada f ’(1) existe. Exemplo 6 Considere a função f definida por: 3 2x se x 2 f (x) x 3 se x 2 − < = − ≥ . Como o x 2 lim f (x) 1 f (2) → = − = , segue que f é contínua em 2. No entanto, se formar- – 56 – Cálculo Diferencial e Integral I mos o quociente de diferença f (2 x) f (2) f (2 x) 1 x x +∆ − +∆ + = ∆ ∆ e quando calcularmos seus limites, ∆x tender a dois, à direita e à esquerda, temos: 2 2 2x x x f (2 x) f (2) [(2 x) 3] 1 x lim lim lim 1 x x x + + +∆ → ∆ → ∆ → + ∆ − +∆ − + ∆ = = = ∆ ∆ ∆ x 2 x 2 x 2 f (2 x) f (2) [3 2(2 x)] 1 2 x lim lim lim 2 x x x − − −∆ → ∆ → ∆ → +∆ − − +∆ + − ∆ = = = − ∆ ∆ ∆ Como os limites laterais à direita e à esquerda são diferentes, segue que o limite não existe, logo a derivada f ’(2) não existe. Podemos antecipar a não-existência da derivada de f em 2, através do gráfico. Desde que o gráfico não tem continuidade em x = 2. A função f(x) não é derivável no ponto 2. 3.6 Interpretação geométrica da derivada Estudaremos, agora, a interpretação geométrica da derivada. Essa inter- pretação servirá para compreendermos o significado da diferenciação e suas – 57 – A diferencial propriedades, onde, com esse aprendizado, poderemos futuramente fazer aplicações em outras áreas do conhecimento. Definição: Quando os dois pontos P e M, pertencentes a uma curva, se aproximam indefinidamente, a reta secante que passa por P e M acaba por transformar-se na tangente à curva no ponto M, ou seja, calculamos o limite da razão incre- mental ∆x, quando a distância entre os dois pontos P e M tende a zero. y x f(x) 0 x x + x� x� secante P P1 P2 PM M � f(x + x)� Geometricamente, a derivada é o declive da reta no ponto quando ∆x tende para zero. Por outras palavras: calcular a derivada de uma função em um ponto a é determinar a inclinação da reta tangente a curva nesse ponto. Atividades 1. Encontre a equação da reta tangente à curva no seguinte caso: – 58 – Cálculo Diferencial e Integral I y = x2 + x – 2 no ponto A( 1, 0 ) 2. A derivada da função ( ) 3 2f x x x= + , é expressa por: 3. Utilizando a definição de derivada ( ) ( ) 0 lim x f x x f x x∆ → + ∆ − ∆ , determine a função f`(x) de 2( ) 4 2f x x= + é. a) 4x + 2 c) 2x2 + 2 b) 8x + 2 d) 8x 4. A declividade da reta que passa pelos pontos A (2;3) e B (1;-4) é igual a: a) 7 c) –5 b) 11 d) 4 Comentário das atividades Nas atividades um a quatro, você deverá aplicar os conceitos da equação da reta tangente e da reta normal, esses conceitos foram trabalhados no exemplo 1, onde você terá como resposta para a atividade um (y = 3x – 3) e para a atividade quatro você terá como solução m = 7. Obs.: na atividade quatro, você poderá também utilizar a definição de coeficiente angular conhecendo dois pontos, através da equação ,b a b a b a y y m tg x x x x − = α = ≠ − . As atividades dois e três, têm o objetivo de compreender a diferencial, utilizando os limites laterais e a definição de derivada para determinar se uma função é contínua em um determinado intervalo. Para melhor compreender e facilitar o calculo das derivadas, observe a fórmula que se encontra no enun- ciado da atividade três, obtendo assim como solução para a atividade dois, f`(x) = 3x2 + 2x e para atividade três, a assertiva (d). 4 Regras básicas para diferenciação Quando estudamos a diferenciação, utilizando apenas sua definição, os cálculos se tornam cada vez mais complexos e traba- lhosos; para facilitar esses cálculos, usaremos algumas regras ou con- ceitos sobre derivadas que possibilitaram o calculo da derivada de algumas funções com mais facilidade. Portanto, observe com bas- tante atenção as regras e os exemplos, aplicando as regras para os casos a seguir. Estudaremos também, neste capítulo, as derivadas de funções trigonométricas. Para aplicação das regras nas funções tri- gonométricas, temos que lembrar as definições de funções trigono- métricas estudadas em Fundamentos II e as relações que envolvem essas funções. Estudaremos as derivadas das funções: seno, cosseno, tangente, cotangente, secante e a cossecante. Concluindo essa parte da derivada, estudaremos também a regra de diferenciação da função exponencial, do logaritmo e do logaritmo natural (neperiano). – 60 – Cálculo Diferencial e Integral I 4.1 Regras de derivação Seja f(x), g(x) e h(x) f(x) funções deriváveis e k uma constante com k ∈ ℜ. Temos: 4.1.1 Regra da função constante A derivada de uma função constante é a função nula. Se k é uma cons- tante, então: xD k 0= Se f (x) 3, então f '(x) 0= = 4.1.2 Regra da identidade A derivada da função identidade f(x) = x, é a função constante 1. xD x 1 ou f (x) x então f '(x) 1.= = = 4.1.3 Regra da potência -n 1n xD x nx= Exemplo Se 3 2f (x) x , então f '(x) 3 x= = ⋅ 4.1.4 Regra da homogeneidade x xD kg kD g= Exemplo 5 15 4g(x) 3x ,temos g '(x) 3 5x 15x⋅= = ⋅ = 4.1.5 Regra da soma x x xD (g h) D g D h+ = + – 61 – Regras básicas para diferenciação Se f (x) g(x) h(x), implica que f '(x) g '(x) h'(x),= + = + Exemplo 5 2 4 4f (x) 3x 2x , temos: f (' x) 3 5x 2 2x 15x 4x= + = ⋅ + ⋅ = + 4.1.6 Regra da multiplicação, regra do produto ou regra de Leibniz x x xD (g h) g(D h) (D g) h sendo f g h, temos f ' g h ' g ' h⋅ = + ⋅ = ⋅ = ⋅ + ⋅ Exemplo Seja: 2 2 3 2 3x x 2xf (x) (7 x ) 2 , logo f '(x) (3x ) 2 (7 x ) 3 3 3 = + + = ⋅ + + + = 4 4 4 2 4 4 2 23x 14x 2x 3x 18x 14x 2x 5x 18x 14x6x 3 3 3 3 + + + + + + = + + = = 4.1.7 Regra da inversa aritmética x x 2 D g1 D g g = − Exemplo Seja 2 2 4 3 6 6 4 1 6x 3x 3 3x f (x) , logo f '(x) 2x 4x 2x 2x 2 − = = = = = 4.1.8 Regra do quociente x x x 2 2 h g ' g h 'g h(D g) g(D h) g D sendo f , temos f ' h h h h ⋅ − ⋅− = = = – 62 – Cálculo Diferencial e Integral I Exemplo Se: 2 2 33 4 2 4 2 2 2 2 2 (x 3) 3x (x 2) 2x(x 2) 3x 9x 2x 4x f (x) (x 3) (x 3) (x 3) + − −− + − + = = = = + + + 4 2 2 2 x 9x 4x (x 3) + + = + 4.1.9 Regra da cadeia -n n 1 x xD g ng D g= , onde g é uma função diferenciavel em x. Exemplo Se 3 5 3 4 2 2 3 4g(x) (x 1) , então g '(x) 5(x 1) 3x 15x (x 1)= − = − ⋅ = ⋅ − 4.1.10 Regra do seno x xD sen u cos u D u= ⋅ Exemplo 2 2f (x) sen x temos f '(x) 2xcosx= = 4.1.11 Regra do cosseno x xD cos u sen u D u= − ⋅ Exemplo f (x) cos2x temos f '(x) 2 sen 2x.= = − ⋅ 4.1.12 Regra da tangente 2 x xD tg u sec u D u= ⋅ – 63 – Regras básicas para diferenciação Exemplo 2f (x) tg 3x temos f '(x) 3 sec 3x= = 4.1.13 Regra da cotangente 2 x xD cotg u cossec u D u= − Exemplo 2f (x) co g5x f '(x) 5cos sec 5x= = − 4.1.14 Regra da secante x xD sec u sec u ta ng u D u= ⋅ Exemplo 3 2 3 3f (x) sec x temos f '(x) 3x sec x tgx= = ⋅ 4.1.15 Regra da cossecante x xD cossec u cossec u cotg u D u= − ⋅ ⋅ Exemplo 3 2 3 3f (x) cossec 2x temos f '(x) 6x cossec 2xcotg 2x= = − ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ 4.1.16 Regra da exponencial u u x xD a a ln a D u= ⋅ Exemplo 2 x 2 xf (x) 5 temos f '(x) 2 5 ln 5= = ⋅ u u x xD e D u e= ⋅ – 64 – Cálculo Diferencial e Integral I Exemplo 2 x 2 xf (x) e temos f '(x) 2 e= = 4.1.17 Regra do logaritmo x x a D u D log u u ln a = ⋅ Exemplo 3 5 f (x) log 5x temos f '(x) 5x ln3 = = ⋅ 4.1.18 Logaritmo natural (Neperiano) x x D u D ln u u = 2 2 4x 2 f (x) ln 2x temos f '(x) 2x x = = = 4.2 Funções trigonométricas inversas Como você viu em Fundamentos II, as funções trigonométricas possuem suas funções inversas, e a seguir demonstraremos suas derivadas. 4.2.1 Regra do arc seno - 1 x x 2 D u D sen u 1 u − = Exemplo 2 4 2x f (x) arcsen x temos f '(x) 1 x = = − – 65 – Regras básicas para diferenciação 4.2.2 Regra do arc co‑seno 11 x x2 D cos u D u 1 u − −= ⋅ − Exemplo 2 3 f (x) arccos 3x temos f '(x) 1 9x − = = − 4.2.3 Regra do arc tangente 1 x x 2 D u D tg u 1 u − = + Exemplo 2 2 2 2x f (x) arc tg (x 1) temos f '(x) 1 (x 1) = + = + + 4.2.4 Regra do arc cotangente 11 x x2D cot g u D u1 u − −= ⋅ + Exemplo 2 2 f (x) arcco tg 2x temos f '(x) 1 4x − = = + 4.2.5 Regra do arc secante - 1 x x 2 D u D sec u u u 1 − = Exemplo 2 2 4 6x f (x) arcsec 3x temos f '(x) 3x 9x 1 = = − – 66 – Cálculo Diferencial e Integral I 4.2.6 Regra do arc co‑secante 11 x x2 D cossec u D u u u 1 − −= ⋅ − Exemplo 2 3 3 6 3x f (x) arccossec x temos f '(x) x x 1 − = = − Atividades Utilizando as regras de diferenciação, determine a derivada das funções nas atividades um e dois. 1. y = arc tg(sem x). 2. y = senx . cos. 3. Derivando a função log3 tg 3x ,temos: a) ( ) 23sec 3' 3 ln3 x f x tg x = c) ( ) 3' 3 ln3 tg x f x tg x = b) ( ) 3' 3 ln3 tg x f x = d) ( ) 2 2 3 3 ' 3sec 3 ln3 tg x f x x = 4. Se ( ) 3f x tg x sen x x= ⋅ + , sua derivada é a) ( )' sec 4cos 3f x x x x= ⋅ − b) ( ) 2 2' sec cos 3f x x sen x tg x x x= ⋅ + ⋅ + c) ( ) 2' 4 sec cos 4 3f x x x x= ⋅ − d) ( )' 4 sec cos 3f x x x x= ⋅ + – 67 – Regras básicas para diferenciação Comentário das atividades As atividades um a quatro têm o objetivo de ajudar-lhe a compreender e determinar a derivada, mediante as regras de diferenciação. Para conseguir resolver as atividades, é preciso identificar qual propriedade se deve utilizar na resolução. Em caso de dúvida, volte um pouco e observe os exemplos com as aplicações das propriedades e terá como solução 2 cos' 1 ( ) x y senx = + e ( ) ( )2 2' cosy senx x= − . para as atividades um e dois respectivamente e asser- tiva (a) para a ativida três e assertiva (b) para à atividade quatro. 5 Determinação da monotocidade de uma função através do teorema do valor médio As propriedades básicas de crescimento e decrescimento das funções são usualmente discutidas nos cursos de nível médio. Mas para maior compreensão, será necessário o conhecimento de cál- culo. O conceito de função crescente ou decrescente pode ser ini- ciado considerando os gráficos de f(x) = 3 –1 e g(x) = –x3. Os valores da função f(x) crescem à medida que os valores de x aumentam, ou seja: se x1 < x2, temos f(x1) < f(x2). – 70 – Cálculo Diferencial e Integral I Mas, se analisarmos o gráfico de g(x), os valores da função decrescem à medida que os valores de x aumentam, ou seja: se x1 < x2, temos f(x1) > f(x2). A função é crescente no intervalo, quando para x1 < x2, temos f(x1) < f(x2). É dita decrescente, quando x1 < x2, temos f(x1) > f(x2). Vamos testar o cresci- mento e decrescimento de uma função, aplicando a derivada. I. se f ’(x) > 0, ∀ x pertencente todo o intervalo definido a função é crescente. II. se f ’(x) < 0, ∀ x pertencente todo o intervalo definido a função é decrescente. Uma ferramenta importante no estudo sobre a monotocidade de uma função é o Teorema do valor médio. – 71 – Determinação da monotocidade de uma função através do teorema do valor médio 5.1 Teorema do valor médio O teorema do valor médio no cálculo diferencial e integral é uma das principais ferramentas para o desenvolvimento da matemática aplicada na aplicação dos máximos e mínimos de funções. O comportamento das fun- ções oscila entre o finito e o infinito. É necessária uma compreensão mais abrangente de vários conceitos estudados em níveis anteriores, como teoria de conjuntos numéricos, gráfi- cos de funções e álgebra, para discernir determinadas tendências de gráficos das funções em situações financeiras, para citar pelo menos uma, ao longo do tempo. Então, essa necessidade se faz presente para prever situações e fenômenos a médio e longo prazo. Teorema 1 Seja f, uma função contínua em todo o [a,b] e derivável em ]a,b[. Então, existe um ponto c pertencente ao ]a, b[ tal que a reta tangente ao gráfico da função traçada pelo ponto (c,f(c)) é paralela à reta que passa por (a,f(a)) e (b,f(b)), isto é, f (b) f (a)f '(c) b a − = − . – 72 – Cálculo Diferencial e Integral I Demonstração: Consideremos, inicialmente, a reta que passa pelos pontos (a, f(a)) e (b, f ( b )), isto é: f (b) f(a) y f (a) (x a) b a − − = ⋅ − − Essa reta é o gráfico da função f (b) f (a) t(x) (x a) f (a) b a − = ⋅ − + − Seja g a função que é a diferença entre f e t, isto é g(x) = f (x) – t(x). Assim, f (b) f (a) g(x) f (x) (x a) f (a) b a − = − ⋅ − + − quando x = a, temos: f (b) f (a) g(a) f (a a) f (a) f (a) f (a) 0 b a − = − ⋅ − + = − = − e, quando x = b, temos: f (b) f (a) g(b) f (b) (b a) f (a) f (b) f (b) f (a) f (a) 0 b a − = − ⋅ − + = − − + = − Além disso, como g é a diferença entre as duas funções contínuas do intervalo [a, b] e deriváveis no intervalo aberto ]a, b[, ela própria é contínua em [a, b] e derivável em ]a, b[. Então, podemos usar o teorema de Rolle para a função g, concluindo que existe um número real c no intervalo ]a, b[, tal que: g’ (c) = 0 Ou, com o f (b) f (a)g '(x) f '(x) b a − = − − temos que, f (b) f (a) f '(x) 0 b a − − = − – 73 – Determinação da monotocidade de uma função através do teorema do valor médio isto é, f (b) f (a) f '(c) b a − − − como queríamos demonstrar. 5.2 Consequências do teorema do valor médio Seja f(x) uma função contínua em um intervalo qualquer, então: a) se f ‘(x) > 0 para todo x interior ao intervalo, então f será estrita- mente crescente no intervalo b) se f ‘(x) < 0 para todo x interior ao intervalo, então, f será estrita- mente decrescente no intervalo. Demonstração Precisamos provar que, para quaisquer que sejam x1 e x2 em um intervalo, com x1< x2, teremos f(x1) < f(x2). Sejam então x1 e x2 no intervalo, com x1< x2: por hipótese, f é contínua, no intervalo [x1; x2], e derivável em todo ponto interior a esse intervalo. Logo, pelo TVM, existe c. 2 1 1 2 2 1 f (x ) f (x ) c ]x ; x [ / f '(c) x x − ∈ − − Logo, como f ‘(c) > 0, temos: 2 1 2 1 f (x ) f (x ) 0 x x − > − e, como x1 < x2, temos 2 1x x 0− > e, portanto, f2 1f (x ) (x ) 0− > Assim, 2 1f (x ) f (x )> – 74 – Cálculo Diferencial e Integral I Exemplo 1 Seja a função definida por 2x f (x) 6 = . I. Verifique a hipótese de teorema do valor médio para a função no intervalo [6,2]. II. Ache um valor para c no intervalo (2,6) tal que f (6) f (2)f '(c) 6 2 − = − . Solução I. Como a função é polinomial, ela é contínua em [2,6] e diferençável em (2,6). II. Se x 2 f '(x) , f (6) 6 e f (2) , teremos 3 3 = = = : 2 16 6c c3 3 4c 16 c 4. Portanto, c (2,6). 3 6 2 3 4 − = ⇒ = ⇒ = ⇒ = ∈ − 5.3 Aplicando o teorema do valor médio Sejam x1 e x2 pontos quaisquer do intervalo [a,b], com x1 < x2. O teorema do valor médio, aplicado no intervalo [x1, x2], garante-nos a existência de um ponto c em (x1, x2) tal que f(x2) f(x1) = f ‘(c)(x2 –x1). Daí conclui-se que f ‘(c) > 0 em (a, b), f(x2) – f(x1) > 0 ou f(x1) < f(x2) é uma função crescente, caso contrário a função será decrescente. Exemplo 2 Seja a função f(x) = x2 – 6x + 7 em 0 ≤ x ≤ 5. Portanto, f ‘(x)= 2x – 6), quando x = 3, a função se anula que é o único valor crítico. Os valores de f(x) no ponto crítico e nos extremos de seu domínio é: – 75 – Determinação da monotocidade de uma função através do teorema do valor médio 2 2 2 f (0) 0 6 0 7 7 f (3) 3 6 3 7 2 f (5) 5 6 5 7 2 = − ⋅ + = = − ⋅ + = − = − ⋅ + = Concluímos que a função tem o ponto crítico x = 3. Diz-se que um ponto é crítico para uma função, quando a função é definida nesse ponto, mas não é diferenciável nele, ou seja, a derivada é nula. Portanto, a função é decrescente para x < 3 e crescente para x > 3. Exemplo 3 Se 3 2f (x) x 2x x 1,= − + + para determinar o crescimento ou decresci- mento da função é preciso determinar a derivada da função. Portanto, 2f '(x) 3x 4x 1 (x 1)(3x 1)= − + = − − , (fatorando o polinômio do segundo grau) com isso temos dois pontos críticos 1 x 1 e x 3 = = , pois são raízes de f ’(x) = 0. 3 2 3 2 3 2 3 2 f ( 1) ( 1) 2( 1) ( 1) 1 3 1 1 1 1 31 f 2 1 1,1481 3 3 3 3 27 f (1) 1 2.1 1 1 1 f (2) 2 2.2 2 1 3 − = − − − + − + = − = − + + = = = − + + = = − + + = – 76 – Cálculo Diferencial e Integral I Concluímos que a função tem dois pontos críticos 1 x 3 = e o ponto crí- tico x =1. Portanto, a função é crescente para 1 x ou x 1 3 < > e decrescente para 1 x 1 3 < < . Vimos, nesta aula, com a ajuda do teorema do valor médio o intervalo onde as funções crescem ou decrescem. A partir de agora determinaremos os valores máximos e mínimos de uma função. Esses valores são determina- dos com o uso da reta tangente, com a diferenciação e com o crescimento e decrescimento de funções. 5.4 Máximos e mínimos de funções O estudo dos valores máximos e mínimos é relevante para várias áreas do conhecimento, como Administração, Ciência Contábil, Física, Ciência Biológica e outras. Nesse caso, vamos aprender a determinar esses valo- res para compreender sua aplicação. Freqüentemente, usamos as palavras máximas e mínimas, para significar máximo e mínimo local. Usaremos a expressão máximos e mínimos absoluto para definir o máximo e o mínimo de uma função em todo seu domínio. Uma função pode não ter máximo – 77 – Determinação da monotocidade de uma função através do teorema do valor médio nem mínimo, como foi visto em limites. A função 1 f (x) x = no intervalo (0,2) não tem máximo nem mínimo. Porém se considerarmos o intervalo (0,2], ela admitira o valor máximo no extremo x = 2. Portanto, toda vez que uma função for contínua e seu domínio for um intervalo fechado, ela terá máximo e mínimo. Se uma função f possui um máximo ou um mínimo em um ponto, dizemos que f possui um extremo relativo nesse ponto. Chamaremos o ponto máximo ou mínimo de ponto crítico. Logo, esse ponto crítico será um máximo ou mínimo da função. Exemplo 4 Seja a função 2f (x) x 6x 5 em 0 x 5= − + ≤ ≤ . Calculando a derivada de f(x), encontraremos como solução f`(x) 2x 6= − , tendo como zero o valor x = 3, que é o ponto crítico da função. Determinando os valores de f(x) nos extremos, nesse ponto crítico teremos: 2 2 2 f (0) 0 6 0 5 5 f (5) 5 6 5 5 0 f (3) 3 6 3 5 4 = − ⋅ + = = − ⋅ + = = − ⋅ + = − – 78 – Cálculo Diferencial e Integral I Podemos verificar que a função tem máximo absoluto igual a 5 e extremos x = 0 e mínimo absoluto igual a – 4 no ponto crítico x = 3. Observe o gráfico. 5.5 Aplicação na geometria Os valores de máximos e mínimos são aplicados na geometria em vários aspectos como: área, perímetro, volume. Exemplo 5 Pedro tem 100m de grade com os quais ele pretende construir um pequeno cercado retangular para um pequeno animal. Quais as dimen- sões do cercado retangular para que a área seja máxima? – 79 – Determinação da monotocidade de uma função através do teorema do valor médio Como o perímetro é P = 2x + 2y, temos que sua área é S = x . (50 – x) ou a área S = 50x – x2. Portanto, temos que S = f(x). Agora nosso problema é encontrar o valor de x que dá o máximo de f(x) no intervalo de 0 ≤ x ≤ 50. f ’(x) = 50 – 2x. Temos que x = 25, é o ponto crítico no intervalo (0,50), como f ’(x) > 0 para x < 25 e f‘(x) < 0 para x > 25. Concluímos que f atinge o valor máximo, quando x = 25 metros. Observe que a maior área que determinamos é de um quadrado. Atividades Nas atividades um e dois, determine os extremos absolutos, das funções dadas. 1. 2( ) 5 4 [0;5]f x x x em= − + − . Logo a função possui: 2 Máximo absoluto em 9/4 para x = 5/2; 2 Mínimo absoluto em –4 para x = 0 e x = 5. 2. 2 2x 1 se x 2 f (x) em [ 3;4] 2x 5 se x 2 − ≤= − − > Logo a função possui: 2 Máximo absoluto em 27 para x = 4 2 Mínimo absoluto em –7 para x = –3 3. O intervalo(s) em que a função 2x 3, se x 4 f (x) 10 3x se x 4 − <= − ≥ é decres- cente pode ser: a) ]0 ; 2[ c) (-∞ ; 4] b) [0 ; 4] d) [4 ; +∞) 4. Um projétil é lançado para cima com um percurso de acordo com a função f(x) = –2x2 + 18x no intervalo 0 ≤ x ≤ 10. A altura máxima atin- gida por este projétil em metros foi de: – 80 – Cálculo Diferencial e Integral I a) y = 90 c) y = 40,5 b) y = 70 d) y = 25 Comentário das atividades Essas questões vêm acrescentar a compreensão sobre crescimento e decrescimento de funções usando a derivada, bem como a determinação de seus máximos ou mínimo se existirem, utilizando como ferramenta o Teorema do Valor Médio. Diante disso, você deverá obter como soluções (máximo absoluto em 9/4 para x = 5/2 e mínimo absoluto em –4 para x = 0 e x = 5) para atividade um e (máximo absoluto em 27 para x = 4 e mínimo absoluto em –7 para x = –3) para atividade dois. Já para as atividades três e quatro, terá como respostas as assertivas b e c respectivamente. . 6 Ponto de inflexão e concavidade de uma função Muitas funções, quando representadas graficamente, apre- sentam um comportamento heterogêneo, em qual é possível verificar que, em determinados intervalos de seu domínio, seu gráfico pos- sui concavidade voltada para baixo ou para cima. Diante disso, neste capítulo, definiremos os comportamentos dessas funções. – 82 – Cálculo Diferencial e Integral I 6.1 Concavidade de uma função Seja f uma função, se o gráfico de f for côncavo para cima no ponto (k, f(k)), se f ’(k) existir e se houver um intervalo aberto I contendo k, tal que para todos os valores de x ≠ k em I, o ponto (x,f(x)) do gráfico estará acima da reta tangente ao gráfico. Seja f uma função, se o gráfico de f for côncavo para baixo no ponto (k, f(k)), se f ’(k) existir e se houver um intervalo aberto I contendo k, tal que para todos os valores de x ≠ k em I, o ponto (x,f(x)) do gráfico estará abaixo da reta tangente ao gráfico. Se f é uma função diferenciavel em algum intervalo aberto contendo k, então: I. se f ’’(k) > 0, o gráfico de f é côncavo para cima em (k, f(k)); II. se f ’’(k) < 0, o gráfico de f é côncavo para baixo em (k, f(k)). – 83 – Ponto de inflexão e concavidade de uma função Exemplo 1 Determine na função abaixo, o intervalo onde a função f(x) = 2x3 – 2 1 2x – 7x + 2, possui o gráfico com concavidade voltada para baixo ou para cima. f(x) = 2x3 – 2 1 2x –7x + 2 Gráfico de f(x) f`(x) = 6x2 – x –7 f``(x) = 12x –1 f``(x) = 0 , temos como raiz de f``(x) = 1 12 . Atribuindo valores menores que 1 12 em f``(x) temos que: 2 f``(x) < 0 → Concavidade para baixo para x < 1 12 Atribuindo valores maiores que 1 12 em f``(x) temos que: 2 f``(x) > 0 → Concavidade para cima para x > 1 12 . – 84 – Cálculo Diferencial e Integral I 6.2 Ponto de inflexão Como vimos no exemplo anterior, existem funções que podem ter con- cavidade voltada para cima em um intervalo de seu domínio e concavidade voltada para baixo em outro intervalo também pertencente ao seu domínio. Assim, o ponto no gráfico de uma função diferençável f(x), no qual a conca- vidade muda, é chamado de ponto de inflexão. Observe que o gráfico de uma função muda sua concavidade no ponto onde a reta tangente cruza esse gráficono ponto de inflexão. Determinando os pontos de inflexão I. Calcule f ’’(x), ou seja, a segunda derivada de f(x). II. Determine os pontos no domínio de f para os quais f ’’(x) = 0 ou f (x) não existe. III. Determine o sinal de f ’’(x) à esquerda e à direita de cada ponto x = c, encontrado no ponto II. Caso haja uma mudança de sinal de f ’’’(x), quando passamos pelo ponto x = c, então, ( c, f(c)) é um ponto de inflexão de f. Exemplo 2 Determine os pontos de inflexão da função f(x) = x3. A primeira derivada de f ’(x) = 3x2. Portanto, a segunda derivada é f ’’(x) = 6x. Como f‘’’ é contínua em toda parte e é zero se x = 0. Temos que (0,0) é um ponto de inflexão da função f. – 85 – Ponto de inflexão e concavidade de uma função 6.3 O Teste da segunda derivada I. Determine f ’(x) e f ’’(x). II. Determine os pontos críticos de f nos quais f ’(x) = 0. III. Determine f ’’(k) para cada um dos pontos críticos k. a) Se f ’’(k) < 0, então f tem um máximo relativo em k. b) Se f ’’(k) > 0, então f tem um máximo relativo em k. c) Se f ’’(k) = 0, o teste falha, isto é, é inconclusivo. Caso a derivada de segunda ordem não chegue a uma conclusão, isto é, se f ’’(k) = 0, ou seja, se f ’’(k) não existe. Portanto, x = k pode ser um extremo relativo ou um ponto de inflexão. Nesses casos, deveremos recorrer ao teste da primeira derivada. Exemplo 3 Determinando os extremos relativos da função usando o teste da segunda derivada, para a função: 3 2 21f (x) x 3x 5x 3 f`(x) x 6x 5 (x 5) (x 1) 3 = − + + ⇒ = − + = − ⋅ − Para f ’(x) = 0 resulta em x = 1 e x = 5, que são os pontos críticos de f . A seguir, vamos determinar f ’’. f ''(x) 2x 6 2(x 3)= − = − . – 86 – Cálculo Diferencial e Integral I Agora, temos que f ''(1) 2(1 3) 4 0= − = − < . Como o teste da segunda derivada implica que 16 f (1)= 3 é um máximo relativo de f. Além disso f ''(5) 2(5 1) 8 0= − = > e o teste da segunda derivada implica que 16 f (5) 3 = − é um mínimo relativo de f, o que confirma os resultados obtidos. Observe o gráfico: Atividades Determine em cada função das atividades um e dois os intervalos onde o gráfico das funções é côncavo para cima ou para baixo. 1. f(x) = 2x4 – 20x3 +21. 2. 5 f (x) x x = − . – 87 – Ponto de inflexão e concavidade de uma função 3. Seja a função g(x) = 4x3 + 6x + 14, o ponto de inflexão de g(x) é: a) (0; 14) c) não possui ponto de inflexão b) (0; 0) d) (2; 14) 4. O intervalo onde o gráfico da função f(x) = x3 – 6x2 + 3x – 2 possui concavidade para cima é: a) (-∞ ; 2[ c) [-2 ; ∞+) b) ]2 ; ∞+) d) (-∞ ; -2] Comentário das atividades Essas questões têm o objetivo de compreender a posição da concavidade de uma função aplicando-a à derivação. No entanto, você precisa usar as propriedades da derivada e verificar onde a função admite valores maiores ou menores que zero. Em todas as quatros atividades, você deverá determinar a 2° derivada ( derivada de 2ª ordem), e assim poderemos determinar o ponto de inflexão e, conseqüentemente, os intervalos em que as funções possuem concavidade voltada para cima ou para baixo, encontrando como resposta Concavidade para baixo para 0 < x < 5 e Concavidade para cima para x < 0 e x > 5 na atividade um, concavidade para baixo para x > 0 na atividade dois e nas atividade três e quatro terá como respostas as assertivas a e b respectivamente. 7 Aplicações de derivadas Neste capítulo, apresentaremos as aplicações de derivadas em algumas áreas do conhecimento. Essas aplicações se darão nas áreas da Engenharia, Administração, Ciências Biológicas e na Física. Aplicaremos as propriedades da diferenciação vistas anteriormente. Assim sendo, este capítulo tem como objetivo compreendermos a aplicação do estudo das derivadas e suas propriedades. – 90 – Cálculo Diferencial e Integral I 7.1 Aplicação na engenharia Um fabricante de caixa de papelão deseja fazer caixas abertas, a partir de pedaços de papelão com 12 cm2, cortando quadrados iguais dos quatros can- tos e dobrando os lados para cima. Para determinarmos uma caixa com maior volume possível, precisamos encontrar o comprimento do lado do quadrado que será cortado. O volume da caixa é dado pela expressão: 2 3V(x) 144x 48x 4x= − + . Para determinarmos o volume máximo, devemos encontra os pontos críticos de V no intervalo [0,6], ou seja, precisamos calcular V’(x) e, então, encontraremos os valores de x para que V’(x) = 0 ou V’(x) não existe. 2V(x) 144 96x 12x= − + . Portanto, os valores de x para que V’ exista é x = 6 e x = 2. Então os pontos críticos são 2 e 6. Como V é limitado entre [0,6], temos V(0) = 0 e V(6) = 0, e, por outro lado, V(2) = 128. O valor máximo absoluto de V em [0,6] é 128. Isso só ocorre quando x = 2. – 91 – Aplicações de derivadas 7.2 Aplicação na biologia Um grupo de estudantes de Biologia verificou que a reprodução de uma bactéria durante a próxima década é de aproximadamente B(x) = 3x3 + 2x2 – 10x + 600 e (0 ≤ x ≤ 10), onde B(x) denota a população no fim do ano x. Determine a taxa de crescimento da bactéria, quando x = 2 e x = 6. Qual será o tamanho da população de bactérias, 8 anos após esse estudo? Como a taxa de crescimento da população de bactérias em qualquer instante x é dada por B’(x), temos: 2B`(x) 9x 4x 10= + − , em particular x = 2 e x = 6 temos: 2 2B'(2) 9 2 4.2 10 34 e B'(6) 9 6 4 6 10 338= ⋅ + − = = ⋅ + ⋅ − = Portanto, a taxa de crescimento de bactérias será igual a 34 bactérias por ano, após 2 anos, e de 338 bactérias por ano, após 6 anos. A população de bacté- rias, após o oitavo ano, será igual a 2 2B(8) 3 (8) 2 (8) 10 (8) 600 2184= ⋅ + ⋅ − ⋅ + = bactérias. 7.3 Aplicação na administração Exemplo 1 O crescimento de uma empresa de plano de Saúde aberta há algumas semanas, e de seus associados é dado aproximadamente pela função S(x) = 100(64 + 4x)2/3 onde ( 0 ≤ x ≤ 52). S(x) expressa o número de asso- ciados no início da semana x. Determinar a rapidez com que aumenta o número de associados, com que rapidez o número de associados do plano de saúde está aumentando, no início da 40a semana, e qual é o número de associados quando foi aberto o plano. 1 3 1 3 2 800 S(x) 100 (64 4x) 4 3 3 (64 4x) − = ⋅ ⋅ + ⋅ = ⋅ + determinar a razão segundo a qual o número de associados estava aumentando quando o plano foi aberto. Logo essa razão é representada por 1 3 800 S`(0) 66,7 3 (64 4 0) = ≅ ⋅ + ⋅ , – 92 – Cálculo Diferencial e Integral I ou seja, aproximadamente 67 pessoas. A razão segundo a qual o número de associados está aumentando, no início da 40a semana é determi- nada por 1 3 800 S`(40) 43,9 3 (64 4 40) = ≅ ⋅ + ⋅ , ou seja, de aproximada- mente 44 pessoas. Exemplo 2 Suponha que o custo total semanal incorrido pela Empresa S & A para a fabricação de x maquinas seja dado pela função custo total 2C(x) 800 200x 0,2x (0 x 400)= + − ≤ ≤ . Determine o custo total envol- vido na fabricação da 251-ésima máquina, a taxa de variação da função custo total com a relação a x = 250. 2C(x) 800 200x 0,2x (0 x 400)= + − ≤ ≤ o custo atual envolvido na produção da 251-ésima da maquina é igual à diferença entre o custo de produção de 251 e 250 maquinas. C(251) – C(250) = [8000 +200.(251) – 0,2.(251)2] – [8000+200.(250) – 0,2(250)2 = 99,80. A taxa de variação do custo total C com relação a x é dada pela deri- vada de C, isto é, C'(x) 200 0,4x= − , assim para a produção de 250 temos: C'(250) 200 0,4 (250) 100= − ⋅ = . 7.4 Aplicação na física Um ponto material move-se ao longo de uma reta horizontal, de acordo com a equação 3 2S 2t 4t 2t 1= − + − . Determine os intervalos de tempo nos quais a partícula se move para a direita e para a esquerda. Determine também o instante no qual ela inverte o seu sentido. A derivada da equação do espaço S’(t) determina a equação da veloci- dade V(t). 3 2S 2t 4t 2t 1= − + − – 93 – Aplicações de derivadas 2 2S'(t) 6t 8t 2 S'(t) 2(3t 4t 1) 2(3t 1)(t 1)= − + = = − + = − − Portanto, a velocidade instantânea é zero quando: 1 t e t 1 3= = . Com isso, concluímos que o ponto material está em repouso. E o ponto mate- rial move-se para a direita, quando v é positivo, e move-se para a esquerda, quando v é negativo. Observe a tabela: 3t – 1 t –1 Conclusão 1 t 3 < – – V é positivo, o ponto material move‑se para a direita 1 t 3 = 0 – V é zero, o ponto material está mudando de sentido da direita para a esquerda 1 t 1 3 < < + – V é negativo, o ponto mate‑ rial move‑se para a esquerda t = 1 + 0 V é zero, o ponto material está mudando de sentido da esquerda para a direita 1 < t + + V é positivo, o ponto material move‑se para a direita Atividades De acordo com a situação problema a seguir, determine a solução das ativi- dades um e dois. Uma bola é atirada verticalmente para cima a partir do solo, com uma veloci- dade inicial de 32 m/s. Se o sentido positivo da distância do ponto de partida for para cima, a equação do movimento será S(t) = - 8t2 + 32t. Onde t é o número de segundos decorridos, desde que a bola foi atirada, e S o número de metros da distância percorrida pela bola. 1. A velocidade instantânea da bola depois de 3 seg. – 94 – Cálculo Diferencial e Integral I 2. Quantos segundos a bola leva para atingir o seu ponto mais alto. 3. O dono de uma fazenda plantou 30 macieiras. Cada macieira produz 100 maças em média. Pretendendo aumentar o número de macieiras, o fazendeiro sabe que cada macieira nova plantada fará diminuir em 2 maçãs o número médio produzido. O número de macieiras que o fazendeiro deverá plantar para que ele possa obter a máxima produção de maçãs será. a) 40 c) 50 b) 25 d) 70 4. Em uma cidade, foi constatada uma epidemia de febre amarela e o número de pessoas atingidas, após um determinado tempo t é dado por E(t) = 32t – t3/3. Diante desses dados, a razão de desenvolvimento da epidemia por pessoas em t = 4 será: a) 25 pessoas c) 10 pessoas b) 16 pessoas d) 15 pessoas Comentário das atividades As atividade propostas nesta aula têm o objetivo de compreender a apli- cabilidade dos estudos das derivadas das funções. Como vimos, elas estão presentes em diversos campos do dia-a-dia de diversas áreas do conhecimento, como Economia, Engenharias, Física, Química. Portanto, para resolver essas atividades será necessário relembrar conceitos e propriedades das derivadas tais como teorema do valor médio, ponto de inflexão e intervalos de cresci- mento e decrescimento de uma função. Revendo esses conceitos, você estará encontrando como soluções para as atividades propostas, 16 m/s para a atividade um e 32 m de altura na atividade dois, e para as atividades três e quatro você encontrará como solução as assertivas (a) e (b) respectivamente. 8 Neste capítulo, veremos as noções das funções derivadas e a relação entre essas funções e suas primitivas. Na Matemática, toda operação possui sua inversa, (adição e subtração, multiplicação e divisão, logaritmo e exponencial). Agora, vamos estudar a inversa da derivada, que é a integral. Definiremos, também, alguns teoremas e aplicações de suas propriedades operatórias para facilitar os cálculos com as Integrais indefinidas e definidas. Definição de integral – 96 – Cálculo Diferencial e Integral I 8.1 Antiderivação Uma função F será chamada de antiderivada de uma função f num intervalo I se F’(x) = f(x) para todo x no intervalo I. Se F(x) = 3x2 + 2x –1 então F’(x) = 6x + 2. Portanto se f for definida por f(x) = 6x + 2, teremos que f é a derivada de F(x) e que F(x) é uma antideri- vada de f. Sendo G uma função, será chamada de antiderivada de uma função G num intervalo I se G’(x) = g(x) para todo x no intervalo I. Se G(x) = x3 – 2x2 + 3x – 5, então g(x) = 3x2 – 4x + 3. Portanto termos que g é a derivada de G(x) e que G(x) é uma antiderivada de g. De um modo geral, se uma função H for antiderivada de uma função h num determinado intervalo I e se a função P for definida por P (x) = H(x) + c, em que c é uma constante arbitrária, então P’(x) = H’(x) = h(x). 8.1.1 Teorema I Se f e g forem duas funções, tais que f ’(x) = g’(x) para todo x no intervalo I, então haverá uma constante c, tal que f(x) = g(x) + c para todo x em I. 8.1.2 Teorema II Se G for uma antiderivada particular de g em um intervalo I, então toda antiderivada de g no intervalo I será dada por G(x) + c, em que c é uma constante arbitrária. Exemplo A antiderivada, ou seja, a função primitiva de cada função a seguir é: a) f(x) = 3x2 – 5x + 6 F x x x x C F x x x x C ( ) ( ) = − + + = − + + 3 3 5 2 6 5 2 6 3 2 3 2 – 97 – Definição de integral b) g(x) = 2x – 1 = + = + 2 2 xG(x) 2 –x C 2 G(x) x –x C c) h(x) = –2x + 5 H x x x C H x x x C ( ) ( ) = − + + = − + + 2 2 5 5 2 2 8.2 Integral Para iniciarmos os estudos sobre integral de uma função f em um inter- valo [a, b], será interessante relembrarmos alguns conceitos sobre áreas, sabe- mos que a área de um polígono pode ser determinada pela soma das áreas dos retângulos que o compõem. Podemos provar que a área assim obtida independe de como o polígono é decomposto. Quando decompomos um polígono em retângulos de bases ∆x e alturas f(x), onde o produto entre ∆x e f(x) definem as áreas desses retângulos. O conceito de “integral definida” parte desse princípio e representa a soma de todas as áreas formada por uma curva limitada por uma função, assim, para determinarmos a área sob a curva delimitada pelo gráfico de uma função positiva f, e pelo eixo dos x em um intervalo fechado [a, b], (figura seguinte). Dividindo o intervalo [a, b] em N sub-intervalos iguais, com comprimentos iguais a ∆x b a N = − . – 98 – Cálculo Diferencial e Integral I A soma de todas estas pequenas áreas, ou áreas infinitesimais definidas no intervalo [a, b], fornece a área total abaixo da curva. Mais precisamente, pode-se dizer que a integral acima é o valor limite da soma: S f x x f x x f x x f x xn i N i N= = + + + = ∑ 1 1 2( ) ( ) ( ) ... ( )∆ ∆ ∆ ∆ O que se espera é que quando N for muito grande o valor da soma acima se aproxime do valor da área abaixo da curva e, portanto, da integral de f(x) no intervalo. Ou seja, que o limite lim ( ) x ii N f x x →∞ = ∑ ∆ 1 Devido a dificuldade de representar em linguagem matemática este raciocínio intuitivo, utilizaremos outra forma de representar a somatória das áreas desses infinitesimais retãngulos através da integral da função f(x) em um intervalo fechado [a, b] dada por, S f x dxN a b = ( )∫ Ou seja, onde os números a e b são chamados de limites inferiores e superiores respectivamente. O símbolo ∫ é devido a Leibniz: é uma antiga grafia da letra S de “soma” usada para lembrar que estamos lidando com o limite de uma seqüência de somas (ÁVILA, 1994, p. 272). Se a < b, o limite da soma das áreas nesse intervalor será f x dx F b F a a b ( ) = −∫ ( ) ( ) Se a > b, o limite da soma das áreas nesse intervalo será f x dx f x dx F b F a b a a b ( ) = − ( ) = − −[ ]∫∫ ( ) ( ) Se a = b, o limite da soma das áreas nesse intervalo será f x dx f x dx a a b b ( ) = ( ) =∫ ∫ 0 – 99 – Definição de integral 8.2.1 Exemplos a) 4 4 5 3 4 8 32 3 5 dx = − −( ) = =−∫ . b) xdx x= = − = − =∫ 2 1 3 1 3 2 1 2 3 2 3 2 9 2 3 2 3[ c) d) 1 4 4 1 65 5 4 4 4x dx x dx x c x c x c= = − + = − + = − +∫ ∫ − − − e) 5 5 5 5 11 5 25 11 5 1 5 6 5 11 5 2 5 x x dx x x dx x dx x c x x c= = = + = +∫ ∫∫ . 8.3 Propriedades das integrais Após termos estudado as antiderivadas, vamos conhecer quais são os teo- remas e aplicações de suas propriedades operatórias para facilitar os cálculos com as Integrais indefinidas. 8.3.1 Teorema Se f(x) = 1, temos que: I. ∫ 1 . dx = x + c 8.3.2 Teorema II. Se k é uma constante, temos: kf x dx k f x dx( ) = ( )∫∫ Exemplo 3 3 3 2 2 xdx xdx x C= = +∫∫ – 100 – Cálculo Diferencial e Integral I 8.3.3 Teorema III. Se f1, f2, f3, ...fn são funções e estão definidas no mesmo intervalo, e C1, C2, C3... Cn constantes então: [ ]∫ ( )+ ( )+ ( )+ + ( ) =c f x c f x c f x c f
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