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OFICINA LITERÁRIA SIMULADO 1 1a Questão Considere o fragmento a seguir, retirado do livro Oficina Literária de Alessandra Fávero (Rio de Janeiro, SESES, 2014, p. 29) e depois escolha a alternativa correta: "Por que é impossível dar uma "definição definitiva" de literatura? O problema parece girar em torno de duas posições teóricas distintas: uma que defende a especificidade da literatura, especificidade que estaria localizada exclusivamente na forma, ou seja, no tipo especial de linguagem que a literatura parece representar quando comparada aos outros tipos de textos, cuja linguagem é simples, comum, habitual, trivial. A outra posição é aquela que não enxerga a literatura como uma dimensão isolada das outras esferas da vida humana. Para essa segunda posição, é preciso levar em conta o conteúdo dos textos literários para se definir o que é literatura. Avaliar o conteúdo significa abandonar a ideia de que somente a forma é relevante para caracterizar o literário." todos concordam que a literatura deva ser pensada como expressão da subjetividade do autor. existe um consenso de que a literatura deve ser definida a partir de seu conteúdo. a literatura é considerada definitivamente indefinível e, por conseguinte, qualquer tentativa de conhecimento é inútil e fadada ao fracasso. existe um consenso de que a literatura deve ser definida a partir de seus aspectos formais. posições teóricas distintas levam a considerar o fenômeno literário de diferentes perspectivas. 2a Questão A partir do fragmento abaixo, extraído da Poética de Aristóteles, podemos afirmar que: "Como o poeta é um imitador, assim como o pintor ou qualquer artista que modele imagens, ele tem sempre que adotar uma dessas três maneiras de imitar: ele deve representar as coisas ou exatamente como elas foram ou são na realidade; ou então como elas parecem, ou se diz serem; ou ainda como elas deveriam ser." (Aristóteles, Poética, 1460 b 7.) Ao contrário de Platão, Aristóteles defendeu a mimese como a cópia fiel da realidade concreta. Tal como Platão, Aristóteles considerou a mimese como referida ao mundo sensível ou das sombras e formas enganosas. Aristóteles defendeu a mimese como pura expressão da imaginação e da fantasia, resultando portanto na ficção. Aristóteles distinguiu três diferentes modalidades ou possibilidades para a mimese ser realizada, de acordo com a proposta da obra ou a intenção visada pelo autor. Aristóteles posicionou-se contra a mimese e criticou as artes miméticas, defendendo as artes inspiradas pelas musas. 3a Questão Na literatura, as temáticas da luta, do povo em guerra, da coletividade e do herói à frente de um povo traduzem bem o universo: romântico. épico. cômico. trágico. dramático. 4a Questão Enquanto a epopeia restringe-se à representação dos valores da aristocracia, o romance: restringe-se à problematização das questões existenciais. representa e problematiza os valores de diferentes segmentos sociais. restringe-se à representação dos valores da igreja. restringe-se à representação dos interesses econômicos da burguesia. restringe-se à representação dos interesses políticos das elites sociais. 5a Questão Qual é o foco do conto? o tempo o leitor os personagens o cenário o cenário e os personagens. 6a Questão Qual das características abaixo não se aplica à crônica? A crônica é um gênero propício ao debate de idéias, devido a sua complexidade. A crônica, num espaço textual mais reduzido, aborda episódios do cotidiano. A crônica é um tipo de texto no qual o autor desenvolve uma narrativa mais curta. A crônica é um texto leve, mais fácil de ser entendido pelo leitor. A crônica tem um forte traço cômico, divertindo o leitor. 7a Questão A essência da arte dramática repousa no princípio do conflito, no choque entre vontades opostas que colidem em busca de uma superação. No caso da tragédia, o conflito é: marcado por ordens opostas e superáveis. marcado por ordens opostas e inconciliáveis. marcado por ordens opostas que não buscam uma solução. marcado por ordens opostas que se diluem de modo harmônico no final. marcado por ordens opostas e conciliáveis. 8a Questão Sobre o LIRISMO, podemos defini-lo como: A expressão impessoal de uma emoção demonstrada por versos livres e brancos. A expressão pessoal de uma emoção demonstrada por vias rítmicas e musicais. A expressão impessoal de uma emoção demonstrada por vias rítmicas e musicais. A expressão pessoal de uma razão demonstrada por vias rítmicas e musicais. A expressão impessoal de uma razão demonstrada por versos livres e brancos. 9a Questão (UNIFESP) (...) Um poeta dizia que o menino é pai do homem. Se isto é verdade, vejamos alguns lineamentos do menino. Desde os cinco anos merecera eu a alcunha de «menino diabo»; e verdadeiramente não era outra cousa; fui dos mais malignos do meu tempo, arguto, indiscreto, traquinas e voluntarioso. Por exemplo, um dia quebrei a cabeça de uma escrava, porque me negara uma colher do doce de coco que estava fazendo, e, não contente com o malefício, deitei um punhado de cinza ao tacho, e, não satisfeito da travessura, fui dizer à minha mãe que a escrava é que estragara o doce «por pirraça»; e eu tinha apenas seis anos. Prudêncio, um moleque de casa, era o meu cavalo de todos os dias; punha as mãos no chão, recebia um cordel nos queixos, à guisa de freio, eu trepava-lhe ao dorso, com uma varinha na mão, fustigava-o, dava mil voltas a um e outro lado, e ele obedecia, -- algumas vezes gemendo,-- mas obedecia sem dizer palavra, ou, quando muito, um -- «ai, nhonhô!» -- ao que eu retorquia: -- «Cala a boca, besta!» -- Esconder os chapéus das visitas, deitar rabos de papel a pessoas graves, puxar pelo rabicho das cabeleiras, dar beliscões nos braços das matronas, e outras muitas façanhas deste jaez, eram mostras de um gênio indócil, mas devo crer que eram também expressões de um espírito robusto, porque meu pai tinha-me em grande admiração; e se às vezes me repreendia, à vista de gente, fazia-o por simples formalidade: em particular dava-me beijos. Não se conclua daqui que eu levasse todo o resto da minha vida a quebrar a cabeça dos outros nem a esconder-lhes os chapéus; mas opiniático, egoísta e algo contemptor dos homens, isso fui; se não passei o tempo a esconder-lhes os chapéus, alguma vez lhes puxei pelo rabicho das cabeleiras. (Machado de Assis. Memórias póstumas de Brás Cubas) Indique a frase que, no contexto do fragmento, confirma o sentido de o menino é o pai do homem, citação inicial do narrador. [...] alguma vez lhes puxei pelo rabicho das cabeleiras. [...] deitei um punhado de cinza ao tacho [...] [...] fustigava-o, dava mil voltas a um e a outro lado [...] [...] um dia quebrei a cabeça de uma escrava [...] [...] fui dos mais malignos do meu tempo [...] 10a Questão Da relação de Machado de Assis com a realidade que o cercava resultou um fino espírito crítico, cuja acidez incide sobre a figura humana e a sociedade como um todo. O casamento do diabo Satã teve um dia a idéia De casar. Que original! Queria mulher não feia, Virgem corpo, alma leal. (...) Casar era a sua dita; Correu por terra e por mar, Encontrou mulher bonita E tratou de a requestar. (...) Ele quis, ela queria, Puseram mão sobre mão, E na melhor harmonia Verificou-se a união. (...) Passou-se um ano, e ao diabo, Não lhe cresceram por fim, Nem as unhas, nem o rabo... Mas as pontas, essas sim. Toma um conselho de amigo, Não te cases, Belzebu; Que a mulher, com ser humana É mais fina do que tu. Em O casamento do diabo, um dos raros momentos emque o autor escreve em verso, Machado dialoga com a realidade tendo como tema: a vida e a morte a riqueza e a pobreza a diferença social a religião a relação homem e mulher
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