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DIREITO TRIBUTARIO

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UNIFBV
Direito Tributário
Marcelo Gomes de Lima
Recife, 27 de Abril de 2021
INTRODUÇÃO
 O direito tributário é um ramo do direito público que tem como propósito regular como ocorre a cobrança de tributos pelo Estado das pessoas naturais e jurídicas, tem como objetivo de estudo exclusivo a relação entre a definição de tributos e sua efetiva cobrança, não levando em consideração a aplicação e divisão desses recursos pelo Poder Público, tem a função de criar tributos e arrecadação deles para o estado, cobrando da sociedade. Trata-se do estabelecimento de um conjunto sistematizado de normas para controlar a ação do Poder Público sobre as riquezas individuais, a título de tributação, ou seja, de arrecadação das divisas necessárias para garantir a sua existência econômica e o seu próprio sustento.
Alessi e Stammati afirma que:
"… o direito tributário é constituído pelo complexo de normas jurídicas que disciplinam a função tributária dos entes públicos".
 Os tributos são a principal fonte de receita utilizada pelo Estado para realizar os objetivos fundamentais a que está atrelado Constitucionalmente, logo, a arrecadação desses recursos interessa a toda a coletividade. Desta forma, se caracteriza como de Interesse Público, que tem supremacia em relação aos interesses particulares. Mostra-se proeminente a verticalidade da relação jurídica, que caracteriza a desigualdade neste tipo de relação pelo posicionamento estatal em um patamar notoriamente elevado, por óbvio que essa supremacia não pode ferir os direitos e garantias individuais, mas em muito se difere das relações de Direito Privado, que têm como caráter fundamental a horizontalidade nas relações entre as partes, descrevendo a igualdade da relação por ser tratar de direito público, as normas de Direito Tributário têm caráter necessário, ou seja, são absolutas, obrigam seu destinatário sem possibilidade de modificação, tendo assim a obrigação de tributar de acordo com o estipulado pelo Fisco. Ele se ocupa das relações jurídicas entre o Estado e as pessoas de direito privado (físicas e jurídicas) atinentes à instituição, cominação, escrituração, inspeção e arrecadação de todas as espécies tributárias, a saber: os impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições especiais.  
TRIBUTOS
 Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Por outro giro, o Texto Constitucional de 1988 incorporou o conceito de tributo preexistente.      
TRIBUTOS EM ESPÉCIES
 Os tributos podem ser criados somente por força de lei e dentro da matéria estabelecida na Constituição, respeitando também um prazo mínimo para o início da vigência. ... A Constituição permite ao Senado estipular alíquotas para impostos estaduais, como o ICMS, a fim de regular a guerra fiscal. os tributos cuja arrecadação não tem destino determinado. Ou seja, o Estado pode usar os recursos na área que achar melhor – muito embora uma série de leis tenha engessado o uso desses recursos ao estabelecer gastos mínimos obrigatórios para todos os entes federativos em determinadas áreas. Por não ter destino determinado, o dinheiro arrecadado com o Imposto de Renda (IR), por exemplo, pode ser usado tanto para pagar salários de servidores como para investir em obras. Os impostos têm outra característica: ele eventualmente podem ser partilhados entre os entes governamentais, se isso estiver previsto em lei. Assim, a União, por exemplo, pode dividir a arrecadação de impostos com estados e municípios. O IR e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) são casos de tributos partilhados pela União com outros entes.
TAXAS
 São os tributos que têm destino determinado para um serviço específico. É uma classificação bem mais restrita que a das contribuições. Por exemplo: a taxa de lixo só pode ser usada para a coleta e tratamento de resíduos urbanos.
CONTRIBUIÇÕES
 São tributos cuja verba arrecadada tem destino determinado. É o caso, por exemplo, da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico). Conhecida como imposto dos combustíveis, a Cide só pode ser gasta na melhoria da infraestrutura do setor de transportes, em projetos ambientais relacionados ao setor de petróleo e gás, e para subsidiar o setor de combustíveis. Em geral, as contribuições não são partilhadas entre os entes da federação. “Por isso o governo federal parou de criar impostos e começou a criar as contribuições”, explica João Eloi Olenike, presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). Mas há exceções, e a própria Cide é uma delas: parte de sua arrecadação vai para estados e municípios.
EMPRESTIMOS COMPULSÓRIO
 O empréstimo compulsório é espécie de tributo, de competência exclusiva da União, não vinculado à atividade estatal, com destinação específica (o valor arrecadado pelo tributo tem destinação legalmente estabelecida) e restituível, uma vez que o ente arrecadador tem o dever de devolver o valor pago ao contribuinte, cuja criação depende de lei complementar.
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios. [...]
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.
Quanto à destinação específica, os incisos do art. 148 da CF/88 impõem:
I - Para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;
 Vale mencionar que - tão somente - se justifica no caso de guerra, se esta for iniciada pelo outro país, uma vez que se a iniciativa partir do Brasil, este deveria antes ter preparado seu orçamento.
 Ademais, nessas hipóteses, uma vez criado o empréstimo compulsório, imediatamente já se faz possível a cobrança do tributo, uma vez que diante do panorama, não há necessidade de observância ao princípio da anterioridade anual, nem nonagesimal.
II - No caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, b.
Deve ser respeitado, aqui, o princípio da anterioridade anual e nonagesimal.
De tal sorte, a lei complementar instituidora deve prever:
A. A finalidade da instituição;
B. O motivo;
C. Como ocorrerá a devolução; sobre esse aspecto, o STF decidiu que o empréstimo compulsório deve ser devolvido na mesma espécie em que foi criado.
D. Momento de devolução do valor arrecadado.
CONTRIBUIÇOES ESPECIAIS 
 São as contribuições que visam custear as atividades do Estado no campo social. Podemos exemplificar atividades como saúde, assistência, previdência e educação. Esta espécie ainda se subdivide em Contribuições Sociais Gerais e Contribuições Sociais para a Seguridade.
 As espécies das contribuições sociais abrigadas pela Constituição Federal são três: contribuições de intervenção no domínio econômico, contribuições de interesse de categorias profissionais ou econômicas e contribuições de seguridade social, esta última será tratada em especial no próximo tópico
 As contribuições sociais, na qual se inserem o tributo pago pelos profissionais vinculados a classes ou conselhos são a contraprestação que se deve em razão da assistência prestada pelo Estado a determinado grupo da sociedade, da qual decorra benefício especial para o cidadão que dele participe.
 Tal contribuição é de competência exclusiva da União, sendo portanto, um tributo federal, tendo seu inadimplemento, após os trâmites administrativos (lançamento, notificação, PAF), sua execução fiscal de competência da justiça federal, mesmo sendo Conselhos regionalizados. Esta competência está disposta constitucionalmente no artigo 149 da CF, infra citado:
“Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse dascategorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.”
       
CONCLUSÃO
 A sociedade possui atualmente como instrumento uma lei voltada para o financiamento da pessoa jurídica de direito público, com suas sanções e legalidades, matéria esta de interesse dos indivíduos, quer seja de ordem física ou de ordem jurídica, tendo um capítulo genérico na nossa Constituição Federal, nos artigos 145 a 169, em conjunto com a sua lei mais abrangente denominada de Código Tributário Nacional, Lei 5.172, de 25 de outubro de 1966.
 O Direito Tributário é voltado exclusivamente para o estudo jurídico e as implicações decorrentes da aplicação do Código Tributário Nacional, dando uma interpretação correta da sua aplicabilidade para a sociedade, com a resolução dos problemas resultantes da sua interpretação na esfera governamental e para os indivíduos físicos e jurídicos, tendo como princípio fundamental os direitos e garantias individuais.
 Nesse trabalho buscou-se mostrar a aplicação do Direito Tributário tendo como base a Constituição Federal e o Código Tributário Nacional.
REFERENCIAS
https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-tributario/alguns-conceitos-de-direito-tributario/
https://www.projuris.com.br/direito-tributario#:~:text=O%20direito%20tribut%C3%A1rio%20%C3%A9%20um,para%20a%20manuten%C3%A7%C3%A3o%20do%20Estado.
https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/276/edicao-1/tributos#:~:text=do%20ADCT)%3A-,Art.,mediante%20atividade%20administrativa%20plenamente%20vinculada.
https://jus.com.br/artigos/74596/conceitos-de-direito-tributario-para-o-exame-da-oab-01-direito-tributario#:~:text=O%20Direito%20Tribut%C3%A1rio%20%C3%A9%20classificado%20como%20ramo%20de%20Direito%20P%C3%BAblico.&text=Para%20Rubens%20Gomes%20de%20Sousa7,correspondam%20ao%20conceito%20de%20tributos%E2%80%9D.
https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-tributario/alguns-conceitos-de-direito-tributario/
https://jhfrota.jusbrasil.com.br/artigos/907377934/conceito-de-direito-tributario
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