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Nutrição Animal – Jennifer Reis da Silva (@jenniferreis_vet) – É PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO Estudo Dirigido - Questões 1. Explique qual a importância da ureia na alimentação de ruminantes e por que não há inclusão de tal substância na alimentação de monogástricos. A ureia é útil na substituição da proteína da dieta em épocas mais secas como o inverno em que a qualidade das forragens diminui. Por conta disso, é necessário o fornecimento de nitrogênio buscando a nutrição dos microrganismos ruminais que irão servir como proteína de alto valor biológico para os ruminantes. Esses animais, não precisam necessariamente, receber proteína como os monogástricos, podendo também receber nitrogênio não proteico (NNP), neste caso, a ureia. Ao consumir a ureia, esta é hidrolisada pelos microrganismos em ambiente ruminal gerando amônia. Uma parte dessa amônia será absorvida pela parede ruminal (baixa quantidade que será transformada em ureia, destinada aos rins e posteriormente será excretada via urina) enquanto outra será utilizada pela microbiota para sua multiplicação até o momento em que esses microrganismos sairão do rúmen em direção ao abomaso sendo uma importante fonte de proteína de alto valor biológico. Uma outra parte da ureia será destinada às glândulas salivares e, quando o animal deglute o alimento com a ureia, esta é direcionada para ambiente ruminal com a finalidade de nutrir a microbiota. Em monogástricos a ureia será hidrolisada no intestino do animal e absorvida como amônia. Como estratégia, o organismo buscará transformar essa amônia, que é tóxica, em ureia. Todavia, a quantidade de amônia gerada é excessiva havendo uma intoxicação por amônia podendo levar o animal a óbito. Portanto, a ureia não deve ser fornecida de forma alguma em monogástricos. 2. Explique dois cuidados que se deve ter com o emprego da ureia na alimentação dos ruminantes. O excesso de ureia gera a formação de quantidade excessiva de amônia causando uma intoxicação aos animais, portanto, deve ser utilizada com cautela, nunca excedendo 200g por animal. – Ideal até 30g para cara 100kg. Outro ponto a ser destacado é que a ureia deve ser introduzida aos poucos na alimentação dos animais e não deve ser fornecida a animais famintos pois estes tendem a consumir em uma alta velocidade uma grande quantidade de ureia. Também é importante dividir a ureia em todas as refeições dos animais e não somente em uma para que seja consumida de forma constante pela microbiota. Além disso, é necessário que o animal consuma a ureia junto com algum alimento energético como cana de açúcar promovendo energia para que as bactérias absorvam a ureia. Nutrição Animal – Jennifer Reis da Silva (@jenniferreis_vet) – É PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO O coxo adequado também deve ser coberto e, de preferência, com um orifício permitindo a escoagem da água para que a ureia não seja diluída na água da chuva fazendo com que o animal “beba” esse componente. Uma dica é diluir a ureia em água e, com o auxílio de um borrifador, despejar sobre o volumoso permitindo a distribuição de forma uniforme deste composto. Animais que consumiram uma alta quantidade de ureia é necessário que façamos com que o animal não absorva mais amônia. Podemos sondar o animal e fornecer vinagre ou outra fonte de ácido acético fazendo com que a amônia se transforme em amônio devido a queda do pH ruminal. O amônio é menos absorvido quando comparado a amônia fazendo com que haja redução na absorção de amônia. Outro tratamento é o fornecimento de água gelada gerando uma estase ruminal diminuindo a capacidade absortiva da amônia. 3. Você é um médico veterinário e recebe em sua clínica um tutor que deseja maiores informações do produto a ser empregado ao seu cão. O tutor entende que a farinha de vísceras de frango é de baixa qualidade. Explique por que, com dados a sua compreensão sobre este ingrediente. A farinha de vísceras é muito empregada na alimentação animal já que a produção de frango é alta no Brasil. A farinha de vísceras é de potencial uso tendo maior variação quando comparada a farinha de carne. A qualidade é de média a alta e pode e deve ser empregada na alimentação animal. 4. O tutor de um cão, adulto, com 2 anos de idade, que é seu paciente, deseja compreender o uso do sorgo para cães. Avalie e explique o uso do sorgo em relação ao custo da dieta e em diabetes. O sorgo é um produto de baixo custo atuando como substitutivo do milho. Tem uma capacidade de modular a curva glicêmica, uma vez que tem uma digestão mais lenta quando comparado ao amido de milho e amido de arroz evitando picos de glicemia sendo um bom ingrediente a ser empregado em dietas para animais diabéticos.
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