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Resumos para disciplina de Reprodução dos Machos

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Formação do sistema genital masculino
O sexo cromossômico é estabelecido na fertilização, quando um espermatozoide transportando o cromossomo Y ou X funde-se com o ovócito para determinar o sexo genético do zigoto. O gene da região determinadora do sexo do cromossomo Y é o gene determinador da formação dos testículos.
Como já sabemos, o desenvolvimento do sistema genital inicial em ambos os sexos é semelhante, passando por um período indiferenciado. O desenvolvimento das gônadas é derivado do mesênquima mesodérmico e das células germinativas; as gônadas indiferenciadas são formadas por uma região externa, cortical e outra medular, interna. O desenvolvimento gonadal consiste em um espessamento da crista gonadal, na região medial de cada ducto mesonefro. 
O desenvolvimento do esboço gonadal está estreitamente ligado à regressão dos ductos mesonefros. Cordões de células epiteliais dos túbulos mesonéfricos e das cápsulas glomerulares em degeneração, invadem a área da crista gonadal agrupando-se em torno das células germinativas para formar os cordões sexuais primitivos. Estes cordões estabelecem desde o princípio uma rede epitelial entre a crista gonadal e os túbulos mesonéfricos que consistem em formações digitiformes, denominados cordões sexuais primários, que logo crescem a partir das no mesênquima subjacente. 
Os cordões corticais na fêmea e os medulares nos machos originam as células intersticiais e as estruturas tubulares, sendo assim, se o indivíduo em questão for XY, portanto macho, os cordões sexuais primários invadem a medula, se diferenciando em testículo, com a formação de espermatogônias primordiais e a regressão da córtex.
O gene organizador testicular está localizado no cromossomo Y em uma região denominada fator de determinação testicular, ou simplesmente, TDF, localizado no braço curto do cromossomo é o responsável pela diferenciação gonadal. No momento em que as células primordiais indiferenciadas migram para a crista genital do embrião, são orientadas pelo TDF para a ocupação e formação da gônada masculina. 
Os cordões seminíferos se diferenciam e formam os túbulos retos, a rede testicular e os túbulos seminíferos. Já as células de Sertoli produzem a substância inibidora de Müller, que inibe o desenvolvimento dos primórdios dos ductos genitais femininos a partir dos ductos paramesonéfricos. O mesênquima que separa os túbulos seminíferos formam as células de Leydig que atuam na produção de hormônios masculinizantes dentre eles a testosterona, que induz a diferenciação da genitália externa masculina. O bloqueio do desenvolvimento dos ductos paramesonéfricos no organismo masculino também é resultado da atuação destes hormônios masculinizantes. 
No testículo definitivo, as células germinativas primordiais se diferenciam em espermatogônias, que estão localizadas na parede dos túbulos seminíferos associadas às células de Sertoli que atuam no processo da divisão meiótica para a formação do gameta masculino
Em resumo, as células germinativas primordiais formam as espermatogônias, o epitélio superficial, as células de Sertoli e o mesênquima, as células intersticiais de Leydig. Grande parte do rim mesonéfrico degenera restando apenas sua porção terminal representada pelo ducto mesonéfrico remanescente deste processo que irá participar da formação de partes dos sistemas genital e urinário. Assim, é realizado o processo de diferenciação desta região.
Anatomia do sistema reprodutor masculino
O sistema genital masculino compreende os órgãos envolvidos no desenvolvimento, no amadurecimento, no transporte e no armazenamento dos gametas masculinos (espermatozoides). Ele consiste em um par de testículos, o ducto contorcido do epidídimo, o ducto deferente, a uretra e as glândulas genitais acessórias. A seguir discorre-se um pouco sobre cada uma dessas partes.
Os testículos, ou gônadas masculinas, são órgãos pares, os quais se originam embriologicamente do primórdio gonadal na face medial do mesonefro na região lombar, de modo semelhante aos ovários nas fêmeas.
O epidídimo está firmemente anexado ao testículo e consiste em rolos de túbulos contorcidos alongados, cuja união é mantida por tecido conectivo. 
O ducto deferente é a continuação direta do ducto do epidídimo. Sua origem é a parte ondulante da cauda do epidídimo e se torna reto gradualmente à medida que atravessa a margem medial do testículo.
Os envoltórios do testículo não apenas cobrem o testículo, o epidídimo e partes do cordão espermático, mas também se moldam ao redor desses órgãos.
O processo vaginal é formado pela fáscia transversa e pelo peritônio como uma evaginação da cavidade abdominal através do canal inguinal. Ele envolve a cavidade vaginal e é formado antes da descida embriológica dos testículos.
A posição e a orientação do escroto variam consideravelmente entre os mamíferos domésticos. O escroto se situa na região inguinal no equino e no cão, abaixo da região inguinal em ruminantes, perineal no suíno e subanal no gato.
A uretra masculina se prolonga desde o óstio interno da uretra na extremidade caudada do pescoço da vesícula urinária até o óstio externo da uretra na extremidade livre do pênis.
As glândulas genitais acessórias situam-se na extensão da parte pélvica da uretra. A próstata está presente em todos os mamíferos domésticos. Em alguns ela é composta por duas partes, uma espalhada difusamente na parede da uretra pélvica, a parte disseminada, e a outra é um corpo compacto situado externamente à uretra.
A glândula bulbouretral par é encontrada em todos os mamíferos domésticos, com exceção do cão. Ela se situa na face dorsal da uretra pélvica próxima à extremidade caudada. 
Por fim, o pênis se origina como dois pilares do arco isquiático. Os pilares convergem para formar a raiz do pênis, a qual prossegue como o corpo do pênis até a glande do pênis. O prepúcio, ou bainha, é uma dobra de pele que cobre a extremidade livre do pênis em estado de repouso. Ele consiste em uma lâmina externa e outra interna, as quais são contínuas no óstio prepucial.
Migração dos testículos
A descida testicular refere-se à migração dos testículos da sua região de formação intra-abdominal para o escroto, usualmente localizado na região inguinal. Em mamíferos este processo é sujeito à variação entre as espécies. Por exemplo, em mamíferos aquáticos, elefantes e tatus os testículos permanecem dentro da cavidade abdominal e a descida não ocorre. Entretanto, na maioria dos mamíferos, incluindo todos os animais domésticos, os testículos migram para localização extraabdominal, e nestas espécies a temperatura de 2°–4 °C abaixo da temperatura corpórea é exigida para que haja uma espermatogênese normal.
Como os rins, os testículos desenvolvem-se em posição retroperitoneal. Antes da descida, os testículos são ancorados cranialmente pelo ligamento suspensório derivado do ligamento diafragmático do mesonefro, e caudalmente pelo ligamento inguinal do mesonefro, o que posteriormente torna-se o gubernáculo testicular. À medida que ocorre a degeneração do mesonefro, os ligamentos que ancoram as gônadas e os ductos permanecem presos à parede da cavidade peritoneal. O local de inserção desses ligamentos modifica-se de dorsolateral para ventrolateral à medida que os ductos movem-se caudalmente. 
A descida testicular ocorre em três fases. A primeira está associada ao aumento de tamanho dos testículos e concomitantemente regressão do mesonefro. Sob a influência dos andrógenos, o ligamento suspensório anterior regride e os testículos são liberados do seu local de formação próximo ao diafragma. Durante a segunda fase, usualmente chamada de descida transabdominal, os testículos movem-se caudalmente até o nível da abertura interna do canal de inguinal, principalmente em consequência do crescimento e alongamento do corpo enquanto que os testículos permanecem em uma distância aproximadamente constante do seio urogenital. Dados recentes mostram que, ao menos em camundongos, a fase de descida testicular depende da expressão do Insl-3 nos testículos. Na ausência deInsl-3 ostestículos permanecem localizados cranialmente. A terceira fase é denominada descida transinguinal, na qual o testículo move-se para o escroto. Esta fase é dependente de andrógeno e envolve a orientação do gubernáculo testicular. Todavia não se sabe se o gubernáculo ativamente traciona os testículos para o escroto, ou somente atua como uma estrutura norteadora, porém muitos dados indicam que a descida é um processo passivo e nenhum tecido de contração pode ser demonstrado no gubernáculo.
Os testículos estão localizados na abertura interna do canal inguinal em cães no dia 50, em bovinos no dia 90, em suínos no dia 70 e em equinos no dia 240. Com a aproximação dos testículos à abertura do canal inguinal, a cauda do epidídimo penetra no canal inguinal. A partir do momento em que os testículos estão em posição adjacente ao canal inguinal, mudanças ocorrem para reduzir a disparidade de tamanho entre a gônada e o canal; um aumento no fluido intercelular leva a um edema no gubernáculo no nível do canal, assim facilitando a entrada do testículo no canal. Uma vez que os testículos adentraram o canal inguinal, contração da abertura interna concomitantemente com contrações dos músculos abdominais forçam os testículos ao longo do canal e pela abertura inguinal externa.
A falha na descida testicular gera uma condição denominada criptorquidismo, a qual é vista mais frequentemente em equinos, suínos e em alguns cães miniatura.
Termorregulação espermática
Para um funcionamento eficiente, os testículos dos mamíferos devem ser mantidos em uma temperatura mais baixa que a do corpo. Características anatômicas dos testículos e do escroto permitem a regulação da temperatura testicular. 
Receptores de temperatura localizados na pele escrotal podem provocar respostas para diminuir a temperatura do corpo todo e provocar palpitação e transpiração. A pele escrotal é ricamente dotada de grandes glândulas sudoríparas adrenérgicas, e seu componente muscular (dartos) permite alterar a espessura e a área da superfície do escroto e variar a proximidade de contato do testículo com a parede do corpo. 
No cavalo, esta ação pode ser suportada pelo músculo liso no interior do funículo espermático e túnica albugínea, a qual pode abaixar ou elevar os testículos. Em condições de frio, esses músculos lisos se contraem, elevando o testículo e enrugando e engrossando a parede do escroto. Em condições de calor, os músculos relaxam, abaixando o testículo para o interior do escroto penduloso de parede fina. As vantagens oferecidas por esse mecanismo são realçadas pela relação especial das artérias e veias.
Em todos os animais domésticos, a artéria testicular é uma estrutura convoluta na forma de cone, cuja base dispõe-se no pólo cranial ou dorsal do testículo. Essas convoluções arteriais estão intimamente relacionadas ao chamado plexo pampiniforme das veias testiculares. 
Neste mecanismo contracorrente, o sangue arterial que está entrando no testículo é resfriado pelo sangue venoso que está partindo do testículo. No carneiro, o sangue das artérias testiculares diminui 4º C no seu curso desde o anel inguinal superficial até a superfície dos testículos; o sangue nas veias é aquecido a um grau semelhante entre os testículos e o anel superficial. A posição das artérias e veias próxima à superfície dos testículos tende a aumentar a perda direta de calor dos testículos. 
Elevadas temperaturas ambientais interferem nos mecanismos de termorregulação dos testículos levando à degeneração testicular, causando aumento do metabolismo espermático e a consequente hipóxia do parênquima testicular, apontada como a principal causa de infertilidade e subfertilidade em touros, devido à diminuição dos receptores de hormônio folículo estimulante (FSH) e por reduzir a produção e a qualidade espermática.

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