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DISLEXIAEBOOK INTERATIVO ABRIL 2020 SUMÁRIO INTRODUÇÃO A DISLEXIA 4 Terminologia Adequada 4 TIPOS DE DISLEXIA 5 DISLEXIA AUDITIVA OU FONOLÓGICA 5 DISLEXIA VISUAL 6 DISLEXIA MISTA 6 DISLEXIA ADQUIRIDA FONOLÓGICA 8 DISLEXIA EVOLUTIVA FONOLÓGICA 8 DIFERENÇAS ENTRE DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM E TRANSTORNO DE APRENDIZAGEM 9 A dislexia em relação a outros transtornos do neurodesenvolvimento 9 DEFINIÇÃO DE TRANSTORNO 14 ESPECÍFICO DE APRENDIZAGEM 14 A DISLEXIA É CONSIDERADA UM TRANSTORNO ESPECÍFICO DE APRENDIZAGEM OU TEAP. 14 SINAIS DE DISLEXIA 14 NA EDUCAÇÃO INFANTIL 14 SINAIS DE DISLEXIA 15 NA IDADE ESCOLAR 15 (ENSINO FUNDAMENTAL) 15 SINAIS DE DISLEXIA 16 NA ADOLESCÊNCIA 16 AVALIAÇÃO DA DISLEXIA 17 Problemas na leitura em adolescentes e adultos: 19 Instrumentos Avaliativos 20 DESCRIÇÃO DE 7 TESTES 24 1. TENA 24 Teste de Nomeação Automática 24 2. PROLEC 74 Prova de Avaliação dos Processos de Leitura 74 3. PCFO 75 Prova de Consciência Fonológica 75 por Produção Oral 75 4. GAN 78 Geração Automática de Números 78 5. LPI 81 Anele 1: Avaliação de Leitura de Palavras e Pseudopalavras Isoladas 81 6. AFLET 83 Anele 5: Avaliação da Fluência de Leitura Textual 83 7. COMTEXT 95 Anele 2: Avaliação da Compreensão de Leitura Textual 95 8. TIN 98 TESTE INFANTIL DE NOMEAÇÃO 98 9. TRPP 99 TESTE DE REPETIÇÃO DE PALAVRAS E PSEUDOPALAVRAS 99 11. CONFIAS 102 TÉCNICA CLOZE 104 Instrumento de Diagnóstico e Intervenção Santos et al., 2009 104 INTERVENÇÃO DE FLUÊNCIA DE LEITURA E COMPREENSÃO LEITORA NA DISLEXIA DO DESENVOLVIMENTO 106 INTERVENÇÃO COM AS HABILIDADES SUBJACENTES À AQUISIÇÃO E AO DESENVOLVIMENTO DA LEITURA E DECODIFICAÇÃO 108 INTERVENÇÃO COM A FLUÊNCIA E COMPREENSÃO DE LEITURA 111 EBOOK INTERATIVO DISLEXIA Este Ebook foi desenvolvido em parceria com a Conectados de Santa Rita do Sapucaí – MG e a Interação Espaço de Aprendizagem de São Lourenço -MG, representados RESPECTIVAMENTE por Andréia Torquato Villela e Zilcleia de O. Alves Ferreira, ambas Neuropsicopedagogas, que vem desenvolvendo capacitações e formações continuada aos profissionais da Educação. Abaixo segue o link para você baixar e utilizar em provas e trabalhos acadêmicos. A fonte garante uma leitura dominante e com eficiência aos disléxicos. http://www.dislexclub.com/instalar-letra-da-dislexia/ https://www.dafont.com/pt/open-dyslexic.font http://www.dislexclub.com/instalar-letra-da-dislexia/ https://www.dafont.com/pt/open-dyslexic.font Nossa pesquisa aqui apresentada norteia o percurso de estudo e aprendizagem a ser realizado pela dedicação de cada cursista. INTRODUÇÃO A DISLEXIA Para iniciarmos o estudo minucioso da DISLEXIA, partimos para a compreensão da origem da palavra. Fazendo saber que: Dislexia é uma palavra de origem grega, sendo que a mesma vem das raízes “dis”, que significa “distúrbio” ou “disfunção”, e “lexis”, que significa “palavra” ou em latim, “leitura”. A dislexia, portanto, é o comprometimento acentuado no desenvolvimento nas habilidades de reconhecimento das palavras e da compreensão da leitura (DSM-IV-TR, 2003). Sendo assim a Dislexia pode ser definida como um transtorno específico da aprendizagem da leitura que ocorre apesar da inteligência normal ausência de problemas sensoriais ou neurológicos com instrução e oportunidade adequadas (Apa, 2014) As características da dislexia podem ser definidas pela dificuldade na fluência habilidade de decodificação e soletração resultantes de um déficit no componente fonológico da linguagem. Mas é importante salientar que a disléxicos que apresentam déficit cognitivos linguísticos e acadêmicos em outras áreas, como atenção, cálculo matemático, expressão escrita e prejuízos para a usar as informações supra-segmentais rima e prosódia e na generalização da correspondência entre letra e som (Capelini, Germano e, 2010). Nessa direção, estudos recentes abre parentes Germano, 2013; Valdois, Bosse &Tainturier, 2007) apontam que não há um padrão único de manifestação na dislexia. Terminologia Adequada Para descrever alguém que tem dislexia os termos adequados são: ● Um indivíduo que é disléxico; ● Um indivíduo que tem dislexia; ● Um indivíduo disléxico. TIPOS DE DISLEXIA Nessa perspectiva a necessidade de classificar os seus subtipos pois os programas de intervenções a serem desenvolvidas pelos profissionais são específicos para cada subtipos, bem como para cada perfil em cada subtipo. DISLEXIA AUDITIVA OU FONOLÓGICA Caracterizada por dificuldade na leitura oral de palavras pouco familiares de ângulo que se encontra na conversão de letra em som e é, normalmente, associada a uma disfunção do lóbulo temporal; DISLEXIA VISUAL Caracterizada por dificuldade na leitura relacionada ao problema visual, ou seja, inabilidade de reconhecer palavras como um todo abre parentes decorrente de déficit no processamento visual), cujo o processo é deficiente. O leitor lê por um processo extremamente elaborado de análise e síntese e fonética. Esse subtipo de dislexia está associada às disfunções do lóbulo occipital; DISLEXIA MISTA Caracterizada por leitores que apresentam problemas dos dois subtipos: os quais estão associados às disfunções dos lóbulos pré-frontal frontal occipital e temporal. Não há dúvida de que, quando se consideram as crianças individualmente, esses relacionamentos cognitivos e linguísticos já mencionados podem ser complexos e difíceis de decifrar. Assim, a manifestação atual de um problema de leitura bingo lá às vezes referido como o perfil de leitura vai depender da interação de vários fatores como por exemplo: 1. A idade da criança e o estágio de desenvolvimento que ela atingiu. 2. A natureza precisa da sua dificuldade de fala ou de linguagem; 3. A gravidade de suas dificuldades de processamento fonológico, incluindo os seus níveis atuais de consciência a extensão em que ela tem sido capaz de contenção, usando habilidades que não foram prejudicadas; 4. A quantidade e o tipo de intervenção que tem recebido. Dessa forma, a dificuldade de leitura apresentam heterogeneidade considerável, ou seja, cada criança tem seu perfil cognitivo e linguístico, embora em geral sem subtipos de dislexia Claros(diagnosticados). É essencial compreender as diferentes habilidades de linguagem que se combinam e se inter-relacionam, como modelo proposto por Snowling e Srackhouse ( 2004) a seguir: Nessa direção, esse espaço bidimensional determina a natureza nas dificuldades de alfabetização que experienciam. Na figura acima da esquerda para direita há a descrição das crianças com boa fonologia para sua idade, e essas crianças têm sido referidas como leitores precoces. E há as crianças que têm boa fonologia mais dificuldade com aspectos semânticos da linguagem que podem ser os hiperléxicos padronizados por uma compreensão muito deficiente que está associada ao autismo e a outros transtornos. Os leitores normais estão no centro do modelo demonstrado, sendo que a variação devido ao nas populações das mais está associada a níveis diferentes de habilidade fonológica e semântica ponto na parte inferior desta figura, as crianças estão com dificuldades específicas, como compreensão de leitura cujos problemas estão frequentemente associadosa dificuldades de linguagem e podem muitas vezes passar despercebido e o nas situações em sala de aula. À direita, estão as divisões transtornos de leitura. O mote Central desses problemas é a fonologia deficiente, que determinará se a criança está no extremo do transtorno com dificuldade de falas escritas e agora( com desordens fisiológicas ou dispraxia verbal desenvolvimental). Assim, mais para a esquerda se enquadra a dislexia fonológica ao centro a dislexia visual. Na parte inferior da figura estão as crianças com problemas gerais de leitura e com déficits fonológicos e semânticos com falta de habilidade em compreender textos DISLEXIA ADQUIRIDA FONOLÓGICA Caracterizada pela dificuldade no uso do procedimento subléxico por lesão cerebral. Superficial - dificuldade no uso do procedimento léxico por lesão cerebral. Profunda - dificuldade no uso de ambos os procedimentos por lesão cerebral. DISLEXIA EVOLUTIVA FONOLÓGICA Caracterizada pela dificuldade na aquisição do procedimento subléxico por problemas fonológicos, perceptivo-visuais e neurobiológicos. Superficial- dificuldade na aquisição do procedimento léxico por problemas fonológicos, perceptivo-visuais e neurobiológicos. Profunda- dificuldade na aquisição de ambos os procedimentos. DIFERENÇAS ENTRE DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM E TRANSTORNO DE APRENDIZAGEM A dislexia em relação a outros transtornos do neurodesenvolvimento A dislexia têm algumas características em comum com outros transtornos do neurodesenvolvimento. Porém, as dificuldades centrais e a natureza que causa cada uma dessas condições são diferentes. Cada transtorno do neurodesenvolvimento é classificado de acordo com as suas particularidades. Dispraxia - Comprometimento da coordenação motora e equilíbrio; - Dificuldade de organizar os movimentos intencionalmente. TDA/TDAH - Dificuldade com concentração e atenção; - Impulsividade e hiperatividade. Discalculia - Dificuldade com o conceito de números; - Dificuldade com consciência espacial. Disgrafia Dificuldade em escrever e desenhar. Transtornos de Comunicação Dificuldade com a linguagem oral. Autismo Dificuldade com o uso social da linguagem, comunicação. Os problemas de aprendizagem, ou baixo rendimento escolar (BRE), podem ser definidos como um rendimento aquém do esperado nos domínios acadêmicos da leitura-escrita e matemática (Hinshaw, 1992). No entanto, é importante notar que o termo BRE não se refere especificamente a problemas de baixo rendimento decorrentes de transtorno de aprendizagem, em vez disso é um termo usado em um sentido amplo, que inclui o baixo rendimento escolar de qualquer natureza. Em outras palavras, o termo BRE engloba tanto casos de transtorno de aprendizagem (de origem genético-neurológica), como casos menos severos de origem ambiental ou emocional. Estudos realizados nos anos 2000, por meio de questionários objetivos e específicos para pais e professores, reportam que 30% dos escolares do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, tanto na rede pública quanto particular, apresentam queixas de BRE em relação ao seu grupo-classe(Alves & Ribeiro, 2011; Andrade, Andrade & Capellini, 2013; Bicalho & Alves, 2010). Esse número é um pouco menor do que o observado nos Estados Unidos da América (EUA), onde aproximadamente 36% dos estudantes no quarto ano do ensino fundamental estão lendo abaixo dos níveis básicos (Fletcher, Fuchs & Barnes, 2007; Shaywitz, Morris & Shaywitz, 2008). Em contraste com o alto percentual de BRE encontramos nas escolas do Brasil e dos EUA, os estudos de prevalência dos transtornos de aprendizagem (TA) apontam para uma porcentagem muito menor. O termo “prevalência” é usado para se referir à frequência com que certos transtornos, ou até mesmo certos tipos específicos de sintomas ocorrem Na população e é geralmente expresso em porcentagem. Como vimos no capítulo anterior, a prevalência de 30% de BRE na população escolar é muito mais alta do que a prevalência média de 2% a 10% de casos de TA na população (APA, 2002). Por que a prevalência da TA é, em média, quase um terço da prevalência de BRE em geral? veremos nos próximos parágrafos que é muito importante sabermos que nem todo caso de BRE corresponde a TA e que as estatísticas acima apontadas sobre o percentual de alunos com problemas acadêmicos não distinguem suas causas, incluindo tanto os escolares que eventualmente possam ser diagnosticados com algum tipo de TA, quanto aqueles cujo baixo rendimento escolar é resultante de fatores ambientais e não genético-neurológicos. Por ser a dislexia o TA mais comum e também o mais estudado,informações estatísticas a seu respeito são esclarecedoras para a compreensão da grande diferença entre a prevalência do BRE e a dos TAs. A frequência de pessoas com dislexia gira em torno de 6% a 17% da população mundial em idade escolar, com predominância no sexo masculino numa proporção de 1,5:1; segundo estimativas feitas por Alves, Siqueira, Lodi, Araújo (2011). Trata-se de uma prevalência bem abaixo dos aproximadamente 30% de BRE encontrados na população, e essa variação de prevalência deve-se principalmente ao tipo de ortografia. Os prejuízos de leitura são mais proeminentes em ortografias profundas, como a do inglês e francês em que as relações letra-som são mais variáveis do que em ortografias mais rasas em que as relações letra-som são menos variáveis, como a do italiano e a do espanhol (Navas, Pinto & Dellisa, 2009; Zegler & Goswami, 2005), sendo que a ortografia do português é considerada de profundidade intermediária (Seymour, Aro & Erskine, 2003). Um exemplo do efeito o nível de profundidade da ortografia é a diferença da prevalência da dislexia entre o Brasil e os Estados Unidos da América (EUA). Historicamente, nos EUA ela tem sido de 10% a 15% (Fletcher, Fuchs & Barnes, 2007; Vellutino, Fletcher, Snowling, & Scanion, 2004). No entanto, de acordo com a Associação Internacional de Dislexia, 15% a 20% da população norte-americana apresenta problemas significativos de de aquisição da linguagem escrita. Um estudo epidemiológico longitudinal de base populacional, que acompanhou e avaliou individualmente uma amostragem ampla e bastante representativa de estudantes desde a pré-escola, revelou que 17,5% deles apresenta dislexia (Shaywitz, Morris & Shaywitz, 2008). No Brasil, embora estudos de prevalência ainda sejam escassos, estima-se que a dislexia afeta aproximadamente 10% dos escolares (Alves et al. 2011). Realmente a ortografia do inglês é considerada a mais profunda das ortografias alfabéticas. Por exemplo, Seyrnor, Aro e Erskine (2003) compararam várias ortografias europeias e constataram que o ritmo de desenvolvimento é duas vezes mais lento no inglês do que nas ortografias transparentes, como o italiano e do espanhol apresentaram desempenhos quase perfeitos na leitura de palavras e não palavras, ao passo que os resultados obtidos com as crianças inglesas foram consideravelmente inferiores: 34% de acertos para as palavras e 29% para as não palavras. Ainda assim,vemos que a média de prevalência da dislexia tanto nos EUA (17,5%) quanto no Brasil (10%) é bem menor do que os aproximadamente 30% de escolares com BRE, de um modo geral. Essa diferença decorre do fato de que nem todos os casos de BRE representam casos genuínos de TA. A grosso modo, podemos dizer que a diferença encontrada no Brasil significa que aproximadamente dois terços desses escolares com BRE não possuem dislexia, mas sim provavelmente problemas de aprendizagem de outra natureza. Nesse sentido é fundamental sabermos diferenciar primordialmente de fatores de origem genético neurológica, correspondente aos diversos tipos de transtornos de aprendizagem (TAs), e os casos de BRE decorrentes de fatores eminentemente ambientais ou extrínsecos do escolar. Em contraste com os TAs, os casos de BRE, que têm como causa primária fatores não intrínsecos, como os de natureza sociocultural (geralmente falta de oportunidade educacionais adequadas), pedagógica (principalmente abordagens metodológicas inadequadas) e fatores emocionais (decorrentes primordialmente de problemas sócio afetivo na família e/ou na escola), etc, recebem a denominação de “dificuldades de aprendizagem” (Capellini & Navas, 2009). Assim, enquanto as dificuldades de aprendizagem tendem a ser passageiras, dendê que as suas causas sejam devidamente identificadas e enfrentadas, os transtornos de aprendizagem tendem a ser permanentes, embora possam e devam ser significativamente minimizadas por meio de intervenções pontuais e adequadas. Há outro aspecto muito importante nessa comparação: o papel dos fatores ambientais como agravantes do BRE em muitos casos de TA. Em outras palavras, embora os fatores genético-neurológico sejam a causa primária dos TAs, os ambientais ou extrínsecos também podem desempenhar um importante papel como “agravante” dos seus sintomas, mas nunca serão sua causa primária. DEFINIÇÃO DE TRANSTORNO ESPECÍFICO DE APRENDIZAGEM A DISLEXIA É CONSIDERADA UM TRANSTORNO ESPECÍFICO DE APRENDIZAGEM OU TEAP. Não confundir com o Transtorno de Espectro do Autismo que é abreviado como TEA em Português. TRANSTORNO ESPECÍFICO APRENDIZAGEM Na psicologia e na psiquiatria a palavra transtorno des igna qualquer sofrimento, comprometimento ou anomalia que dificulte o desenvolvimento normal das capacidades intelectuais ou psíquicas do indivíduo. Significa que a dislexia só afeta partes específicas das habilidades gerais de aprendizagem de um indivíduo. Muitas vezes, isso inclui a capacidade de adquirir habilidades de leitura. Isso é importante, pois a capacidade do indivíduo de aprender outras Em termos simples, aprendizagem sig nifica a capacidade de um indivíduo de entender algo. Isso não quer dizer que pessoas com dislexia não conseguem aprender a ler, mas que podem ter dificuldade no processo. Esta é uma boa notícia, pois, apesar das dificuldades enfrentadas, coisas provavelmente não será afetada. a aprendizagem não é impossível. SINAIS DE DISLEXIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL Andréa Carla Machado Suzelei Faria Bello Sinais e orientações Práticas para o transtorno específico de aprendizagem - DISLEXIA • Histórico de dificuldades semelhantes na família. • Lentidão nas habilidades de fala e linguagem expressiva. • Atraso na aquisição dos fonemas e automatização de uma fala semelhante ao padrão. • Dificuldade de pronunciar palavras. • Confusão no uso de conceitos temporais (aprender dias da semana e meses do ano) lateralidade. • Dificuldades de aprender as cantigas infantis com rimas • Dificuldades em sequências verbais, como dias da semana. • Deficiência de aprender seu próprio nome ou as letras que compõem. • Dificuldade de lembrar o nome das Letras. • Compreende histórias que são lidas ou contadas. • Dificuldade com rimas. • Pode apresentar fala infantilizada . • Prazer em ouvir histórias infantis mas falta de interesse nas letras e palavras. SINAIS DE DISLEXIA NA IDADE ESCOLAR (ENSINO FUNDAMENTAL) Andréa Carla Machado Suzelei Faria Bello Sinais e orientações Práticas para o transtorno específico de aprendizagem - DISLEXIA • Desempenho inferior das tarefas de consciência fonológica. • A leitura em voz alta é silabada lenta e cansativa. • Déficits na nomeação rápida. • A leitura em voz alta apresenta omissões, substituições e dificuldades de pronúncia. • Dificuldade de compreender o que foi lido. • Desempenho fraco em teste de múltiplas escolhas. • Deveres de casa incompletos e desorganizados. • Omissões de Letras ao ler uma palavra. • Pronúncia correta de palavras longas, desconhecidas ou complicadas. • Inabilidade de ler palavras como “ para”,”por”,”qual” . • Melhor desempenho para compreender a palavra no contexto do que isolada. • Medo de ler em voz alta . • Necessita mais tempo para elaborar uma resposta oral. • Dificuldade em matemática, Na tentativa de interpretar problemas lidos. • Exercita, com frequência, de "ajuda” para ler o enunciado. SINAIS DE DISLEXIA NA ADOLESCÊNCIA Andréa Carla Machado Suzelei Faria Bello Sinais e orientações Práticas para o transtorno específico de aprendizagem - DISLEXIA • A leitura torna-se um pouco mais rápida, porém com imprecisão e exige muito esforço. • Constrangimento com a leitura em voz alta. • Permanecem as dificuldades temporal e espacial. • Dificuldades de lembrar nomes de lugares pessoas e objetos. • Evitar falar em público. • Dificuldade na fluência leitora e apresenta e fadiga após o término da leitura. • Falta de vontade e interesse pela leitura. • Histórico infantil de dificuldades ortográficas e de aprendizagem. • Maus resultados em testes de múltiplas escolhas. • Muitas horas para realização das tarefas escolares que exigem leitura. • Ortografia com muitos erros, omissões, trocas e substituições de letras. • Preferência por ilustrações vírgulas tabelas e gráficos. • Dificuldades na pronúncia de novas palavras ou palavras de baixa frequência, ou seja, menos utilizadas. • Substitui palavras que apresentam complexidade na sua estrutura (tromba = CCV) Idade adulta. • Leitura oral vacilante, sem ritmo e com substituições de palavras. • Dificuldade em ortografia e produção textual com falhas na estrutura. • Permanência da dificuldade de compreensão leitora. • Dificuldade de aprender língua estrangeira . • Permanência da dificuldade em matemática relacionada ao enunciado de problemas. • Permanece a dificuldade na decodificação de sílabas complexas. Diante de diversos achados, podemos concluir que NÃO existe um único perfil cognitivo na dislexia. Apesar de ter origem genética, que altera a formação cerebral, é heterogênea na amplitude de déficits que podem se manifestar e, nesse sentido, a ideia de espectro é essencial para compreender esta diversidade de manifestações. Mesmo assim, a dislexia tem um sintoma essencial a despeito de qualquer diferença de sinais: o déficit na acurácia e na fluência leitora. AVALIAÇÃO DA DISLEXIA Por tratar-se de um transtorno do neurodesenvolvimento com déficits na aprendizagem e domínio da leitura, a orientação é que a dislexia seja diagnosticada por uma equipe. Sabemos que, de acordo com Gregorie e Pierart (1997), a leitura de crianças disléxicas é lenta e penosa, pois, frequentemente cometem erros como inversões de letras e sílabas,confusões auditivas, confusões de letras por similaridade visual, omissões e acréscimos de letras, sílabas ou sons. Conforme a Associação Internacional de Dislexia (2004), os problemas apresentados por indivíduos disléxicos envolvem dificuldades na aquisição e uso da linguagem, sendo que a troca de fonemas ou de letras visualmente semelhantes é apenas um dos sintomas do quadro. Sujeitos com dislexia quando pequenos experimentam outros problemas cognitivos mais gerais, tais como: ● Aprendizado da fala; ● Memorização de músicas; ● Memorização das cores; ● Falha na apreciação de rimas quando pequeno(até os 4 anos ), e dificuldade de rimar (por volta dos 6 anos); ● Habilidades atencionais; ● Organização da linguagem escrita e falada; ● Aprendizado de letras e seus sons; ● Dificuldade na habilidade sintática; ● Dificuldade na habilidade semântica; ● Leitura lentificada; ● Escasso conhecimento prévio; ● Dificuldade de formular estratégias de compreensão; ● Memorização de sequência numérica; ● Memorização de fatos numéricos, soletração; ● Realização correta de operações matemáticas. Problemas na leitura em adolescentes e adultos: ● História de dificuldades de leitura e escrita na infância; ● A leitura vai-se tornando mais precisa, mas continua a envolver esforço; ● Falta de fluência; ● Embaraço na leitura oral, evitar participar em atividades que exijam leitura oral; ● Dificuldade em ler e pronunciar palavras pouco comuns ou estranhas; ● Persistência de dificuldades de leitura; ● Grande cansaço com a leitura; ● Leitura lenta na maioria dos materiais: livros, revistas, legendas; ● Dificuldade em testes de escolha múltipla; ● Muito tempo gasto para ler materiais relacionados com a escola ou trabalho; ● Preferem livros com figuras, gráficos ou esquemas; ● Prefere livros com pouco texto em cada página; ● Pouca tendência para ler por prazer; ● A ortografia continua desastrosa e preferência por escrever palavras mais simples. De acordo com nosso documento norteador – DSM 5 – a dislexia é um subtipo de transtorno específico da aprendizagem com prejuízo no domínio da leitura. Didaticamente, dividimos o domínio da leitura em 3 subdomínios: 1. Precisão na leitura de palavras 2. Fluência na leitura 3. Compreensão leitora Na Dislexia, temos algumas habilidades para serem avaliadas, porém, não temos uma bateria/protocolo fixo com este objetivo específico. A oferta de testes para a avaliação destas habilidades é ampla . Porém, com preços praticamente tabelados, o investimento que o profissional deve fazer acaba sendo um pouco alto. A diferença entre a escolha de um instrumento em detrimento de outro, na verdade, quem irá fazer é o profissional que aplicará os testes. Por isso, a importância de se observar se os testes têm comprovação científica e estão no padrão ouro de testagem da dislexia. Instrumentos Avaliativos PARA PRÉ-HABILIDADES E HABILIDADES DE LEITURA Instrumento Objetivo Faixa etária P Nomeação rápida ou automática TENA Teste de Nomeação Automática Silva et al., 2018 Avaliar a habilidade do indivíduo em ver um símbolo visual e nomeá-lo de forma acurada e rápida (velocidade de processamento). Esta habilidade é de grande importância na identificação precoce de riscos de dificuldades de leitura, bem como para avaliar processos subjacentes a fluência de nomeação e de leitura que compõe o sistema básico de recuperação de palavras e seus componentes. De 3 anos a 9 anos e 11 meses TIN Teste Infantil de Nomeação Seabra et al., 2012 Avaliar a habilidade de nomear verbalmente figuras que lhe são apresentadas, uma a uma. O teste possibilita a avaliação da linguagem expressiva e do acesso ao sistema de memória de longo prazo, que armazena os nomes dos objetos De 3 a 14 anos Identificação de letras PROLEC Provas de Avaliação dos Processos de Leitura Capellini et al., 2012 Tarefa 1 – Identificação de letras Avaliar se o escolar conhece todas as letras. Tarefa 2 – Igual-diferente em palavras e pseudopalavras Avaliar se o escolar é capaz de segmentar as palavras em suas respectivas letras Do 2˚ ao 5˚ ano do Ens. Fundamental Consciência Fonológica PCFO Prova de Consciência Fonológica Oral Seabra & Capovilla, 2012 Avalia a habilidade de manipular os sons da fala, expressando oralmente o resultado dessa manipulação De 6 a 14 anos CONFIAS Consciência Fonológica Instrumento de Avaliação Sequencial Moojen et al., 2011 Avaliar a consciência fonológica de forma abrangente e sequencial Para crianças não alfabetizadas e em processo de alfabetização. Memória Operacional de Alça Fonológica TRPP Teste de Repetição de Palavras e Pseudopalavras Seabra et al., 2012 Avalia a memória operacional de alça fonológica por meio de uma tarefa de repetição de palavras e pseudopalavras. A memória operacional de alça fonológica é a capacidade de reter informações fonológicas por curtos períodos de tempo, usando a estrutura fonológica da linguagem oral. Essa habilidade está associada ao desempenho em leitura. De 3 a 14 anos. GAN Geração Aleatória de Números Fonseca et al., 2016 Avalia funções executivas, com ênfase em memória de trabalho (alça fonológica e executivo central), controle inibitório e flexibilidade cognitiva. De 6 a 12 anos Instrumento Objetivo Faixa etária H Precisão na leitura de palavras TDE II Teste de Desempenho Escolar Stein et al., 2019 Avalia a habilidade de leitura de palavras isoladas do contexto – decodificação. Permite análise acurada e de velocidade de processamento. Do 1˚ ao 9˚ ano do Ens. Fundamental PROLEC Provas de Avaliação dos Processos de Leitura Capellini et al., 2012 Tarefa 3 – Decisão Léxica Avaliar o reconhecimento de palavras e pseudopalavras Tarefa 4 – Leitura de Palavras Avaliar a leitura de palavras de diferentes complexidades Tarefa 5 – Leitura de Pseudopalavras Avaliar o desenvolvimento das rotas de reconhecimento de palavras Tarefa 6 – Leitura de Palavras e Pseudopalavras Avaliar a decisão de rota de leitura em palavras e pseudopalavras com frequência alta, baixa, longas e curtas. Do 2˚ ao 5˚ ano do Ens. Fundamental LPI / Anele 1 Avaliação de Leitura de Palavras e Pseudopalavras Isoladas Salles et al., 2017 Avaliar o desempenho em leitura de palavras e pseudopalavras de crianças (precisão). Do 1˚ ao 7˚ ano do Ens. Fundamental Fluência de leitura ADFLU Avaliação do Desempenho em Fluência de Leitura Martins MA & Capellini AS, 2018 Avaliar a fluência de leitura a partir do número de palavras lidas corretamente por minuto; observar a entonação e expressão da leitura; treinar a fluência de leitura com dois tipos de gêneros literários e desenvolver a análise reflexiva sobre o que leem. Do 1˚ ao 4˚ ano do Ens. Fundamental AFLeT / Anele 5 Basso et al., 2018 Avalia quatro diferentes aspectos da fluência da leitura em texto narrativo – velocidade, precisão, prosódia e compreensão de leitura. Do 2˚ ao 4˚ ano do Ens. Fundamental Compreensão leitora PROLEC Provas de Avaliação dos Processos de Leitura Capellini et al., 2012 Tarefa 9 – Compreensão de Orações Avalia a capacidade de extrair significado de simples orações apresentadas. Tarefa 10 – Compreensão de Textos Avalia a capacidade de extrair significado de pequenos textos e integrá-los aos conhecimentos prévios. Do 2˚ ao 5˚ ano do Ens. Fundamental COMTEXT /Anele 2 Avaliação da Compreensão de Leitura Textual Corso et al., 2017 Avalia a compreensão de leitura de texto narrativo, através de reconto (recordação livre) e resposta à questionário com questões de interpretação literal e inferencial, a partir da leitura silenciosa da história. Do 4˚ ao 6˚ ano do Ens. Fundamental CLOZE Instrumento de Diagnóstico e Intervenção Santos et al., 2009 Avalia o desempenho do processamento cognitivo da informação implícito na tarefa de compreender a linguagem escrita. Não há faixa etária, sendo que a técnica pode ser adaptada, de acordo com a complexidade do texto escolhido e preparado pelo avaliador. DESCRIÇÃO DE 7 TESTES 1. TENA Teste de Nomeação Automática Procedência: Publicado pela editora Hogrefe em 2018, custa em torno de 350,00 (outubro de 2019). Idade: A idade de abrangência é de 3 anos a 9 anos e 11 meses. Tempo de aplicação: O tempo de aplicação, em média, é de 10 a 15 minutos. Aplicação: O TENA é administrado individualmente. A ordem de aplicação dos subtestes é: cores, objetos, letras e números. Objetivo e fundamentos teóricos: O TENA tem por objetivo avaliar a habilidade de nomeação automática rápida, ou também denominada de nomeação seriada rápida. A tarefa é visualizar um estímulo e nomeá-lo de forma acurada e rápida. Sendo assim, relaciona-se com o tempo em que a informação é processada, a fim e integrar o reconhecimento de estímulos visuais com os aspectos expressivos da linguagem. A nomeação automática é descrita como uma das principais habilidades preditoras para o bom desenvolvimento da habilidade de leitura, podendo ser avaliada mesmo antes dos processos de alfabetização. Desse modo, a avaliação anterior ao processo de desenvolvimento da leitura e escrita pode auxiliar identificação e na intervenção precoces de prejuízos linguísticos, minimizando futuros prejuízos na aquisição das habilidades acadêmicas. A habilidade de nomeação automática rápida demanda a integração de diferentes funções cognitivas, como percepção visual, motricidade, atenção visual, linguagem, funções executivas e velocidade de processamento. Pode-se dizer que a nomeação automática rápida é uma habilidade que ocorre em cascata, ou seja, no processamento sequencial de processos visuais, mapeamento fonológico e ortográfico e planejamento articulatório. De acordo com Wolf e Denckla (2005), a partir do momento em que a nomeação se torna automatizada, os processos deixam de ocorrer de forma sequencial (em cascata) e passam a ocorrer de forma paralela durante a inspeção e nomeação de estímulos. Assim, os itens podem ser processados automaticamente, e o controle executivo é recrutado para monitorar o processo. A partir disso, a automatização da nomeação é semelhante às estratégias e desenvolvimento da leitura, que se inicia com o processamento em série (rota fonológica) e passa para a leitura da palavra como um todo (rota lexical). Descrição: O TENA é formado por quatro subtestes: nomeação de cores, nomeação de objetos, nomeação de letras e nomeação de números. Cada subteste é composto por cinco estímulos que são repetidos randomicamente dez vezes em cada uma das cinco linhas, significando um total de 50 estímulos por prancha. Cada prancha representa um subteste. Em todos o examinador pergunta o nome de cada estímulo nas pranchas de treino, e nas pranchas de teste solicita que o sujeito nomeie o mais rápido possível sem cometer nenhum erro. São computados o número de erros e o tempo total de nomeação para todos os itens de cada prancha. Correção e interpretação: Passo 1 – O primeiro passo é transformar o tempo de nomeação automática para cada subteste em segundos bem como somar o número total de erros para cada subteste (pontuação bruta). Passo 2 – Para obter as medidas normatizadas o avaliador deve ir até o Apêndice A do manual e verificar, de acordo com a idade, o percentil correspondente ao número de erros (última coluna) e o tempo de nomeação automática para cada subteste (colunas conforme a idade e meses da criança). Os dados normativos referentes a erros são avaliados conforme a idade completa da criança (exemplo: 3 anos, 4 anos e assim por diante). Já o tempo de nomeação é avaliado conforme a idade em meses (exemplo: 4 anos e 2 meses). As tabelas apresentam os resultados normatizados (escores brutos e respectivos percentis). O dado bruto deve ser localizado no centro da tabela, conforme a idade em meses, para tempo de nomeação e idade completa para erros. Após verificar a pontuação bruta, ela deve ser transformada em percentil, e deve-se verificar a classificação, conforme o Quadro I localizado no manual. 2. PROLEC Prova de Avaliação dos Processos de Leitura Procedência: A Prova de Avaliação dos Processos de Leitura (PROLEC) foi publicada em 2014 pela Casa do Psicólogo, em sua terceira edição da adaptação brasileira e custa em torno de 350 reais (outubro de 2019). Idade: Pode ser aplicado a escolares do 2˚ ao 5˚ ano do Ensino Fundamental. Tempo de aplicação: O tempo médio de aplicação é de 40 minutos. Aplicação: A aplicação do PROLEC é individual. O registro na folha de resposta é feito pelo aplicador, enquanto o caderno de provas é posicionado de modo que as instruções fiquem para o aplicador e os itens de aplicação para o examinado. Há a opção de aplicar o instrumento de forma reduzida. Nesse caso, utiliza-se somente os subtestes 2, 5, 7 e 10. Caso sejam aplicados todos os subtestes, é possível dividir a aplicação em várias sessões. Objetivo e fundamentos teóricos: A PROLEC tem por objetivo avaliar os diferentes processos e subprocessos que interferem na leitura, de modo a identificar os casos de dificuldades no desenvolvimento dessa habilidade, além dos processos envolvidos em tais dificuldades. O instrumento se baseia no modelo de dupla-rota. A partir desse modelo, a leitura pode ocorrer tanto de forma indireta, pela mediação fonológica (rota fonológica), quanto pelo processo visual direto (rota lexical). Além disso, o PROLEC aborda diversos processos de aprendizagem da leitura, a saber: processo de identificação de letras; processo léxico; processo sintático e processo semântico. O reconhecimento de letras se baseia na hipótese de que, diante de uma palavra, inicia-se a ativação da unidade do reconhecimento de letras e, quase simultaneamente, da unidade de reconhecimento de palavras, existindo uma interação informativa entre ambos os níveis. O processo léxico se refere ao meio pelo qual se acessa o significado das palavras, que pode ser via rota lexical ou via rota fonológica. No processo sintático, além de reconhecer as palavras, faz- se necessário verificar como se organizam e qual seu papel dentro das orações. Por fim, os processos semânticos são decompostos em três subprocessos: extração de significado do texto, integração da nova informação na memória e construção de inferências. Descrição: O instrumento possui dez subtestes que são organizados em quatro blocos: Bloco I – Identificação de letrasBloco II – Processos Léxicos Bloco III – Processos Sintáticos Bloco IV – Processos Semânticos Correção e interpretação: Atribui-se um ponto para cada resposta correta, somando-se os acertos em cada subteste. O manual apresenta uma tabela para cada subteste, contendo média e desvio-padrão para cada série escolar. Também há uma tabela geral, que inclui todos os subtestes e anos escolares, na qual são apresentadas as pontuações correspondentes aos desempenho “normal”, com “dificuldade” e com “dificuldade grande”. 3. PCFO Prova de Consciência Fonológica por Produção Oral Procedência: Publicado pela editora Memnon em 2012, é um dos capítulos disponíveis no volume 2 da coleção “Avaliação Neuropsicológica Cognitiva” e custa em torno de 113 reais o livro (outubro de 2019) Idade: A idade de abrangência é de 6 a 14 anos. Tempo de aplicação: O tempo médio de aplicação é de 20 minutos. Aplicação: A aplicação da PCFO é individual. Objetivo e fundamentos teóricos: A PCFO tem como objetivo avaliar a capacidade da criança em manipular os sons da fala por meio de tarefas de síntese, segmentação, manipulação e transposição silábica e fonêmica. A consciência fonológica é considerada habilidade de metalinguagem, tendo diversas evidências de que, assim como outras habilidades de linguagem oral, é importante indicadora de distúrbios de linguagem, bem como importante preditora do desempenho posterior em leitura e escrita. Aspectos mais simples da consciência fonológica, tais como consciência de rimas, aliterações e sílabas, influenciam habilidades simples de leitura, como decodificação de itens isolados que, por sua vez, influenciam habilidades mais complexas de consciência fonológica, como consciência de fonemas, e assim por diante, numa espiral em que ambas as habilidades se influenciam mutuamente. Descrição: O instrumento é composto por dez subtestes. São eles: síntese silábica; síntese fonêmica; julgamento de rimas; julgamento de aliterações; segmentação silábica; segmentação fonêmica; manipulação silábica; manipulação fonêmica; transposição silábica e transposição fonêmica. A prova aborda assim, a avaliação das habilidades suprafonêmicas (consciência de sílabas, rimas e aliterações) e de consciência no nível fonêmico propriamente dito. Correção e interpretação: Para cada resposta correta, deve-se atribuir 1 ponto; para as incorretas se atribui 0 ponto. Há a possibilidade de atribuir 0,5 ponto quando a criança acerta parcialmente resposta, de forma evidente (por exemplo, /ch/ /a/ /ve/ em de /ch/ /a/ /v/ /e/). A pontuação bruta total é obtida pela soma dos pontos nos 40 itens, além dos subtotais em cada um dos dez subtestes. Há uma tabela normativa para consulta da pontuação geral no teste para crianças da Educação Infantil e Ensino Fundamental (3 a 14 anos) e tabelas separadas para cada um dos subteste da prova. A pontuação-padrão média corresponde a 100 e desvio- padrão a 15. O manual possui tabela de classificação para consulta.4. 4. GAN Geração Automática de Números Procedência: Publicado pela editora Memnon em 2016, consta como um capítulo do livro “Avaliação de Linguagem e Funções Executivas em Crianças”, sendo parte integrante da coleção “Tarefas para Avaliação Neuropsicológica” e custa em torno de 113 reais o livro Idade: A idade de abrangência é de 6 anos a 12 anos. Tempo de aplicação: O tempo de aplicação é de aproximadamente 5 minutos. Aplicação: O GAN é administrado individualmente. Objetivo e fundamentos teóricos: O GAN é um instrumento de avaliação que possibilita medidas de funções executivas (FE). De forma geral, as FE são consideradas um termo guarda-chuva que reúne diferentes componentes cognitivos. Entre eles, a memória de trabalho, o controle inibitório e a flexibilidade cognitiva. Gerar sequências de números de forma aleatória é uma tarefa complexa para o ser humano, a qual demanda o executivo central da memória de trabalho. O avaliando precisa atualizar o conteúdo das informações mantidas para gerar números diferentes. Assim a tarefa requer aumento gradativo de esforço cognitivo e recrutamento de processos atencionais controlados. Entre os demais componentes executivos recrutados para tarefa de GAN encontram-se: o controle inibitório, o qual possibilita a inibição de respostas automatizadas (sequências e repetição estereotipada de números); a flexibilidade cognitiva para alternar sequências numéricas; assim como um constante automonitoramento mental, inerente à atualização executiva. Correção e interpretação: Para a realização da tarefa GAN, é solicitado à criança que verbalize números de 1 a 10 cada vez que ouvir um estímulo sonoro (bip) registrado em um equipamento de áudio. Nos primeiros 90 segundos da tarefa, o intervalo de tempo entre os estímulos sonoros é de 2 segundos (GAN-2s). Já nos últimos 90 segundos, a criança é instruída a verbalizar números em uma velocidade mais rápida, pois ouve os estímulos dentro de um intervalo de um segundo (GAN-1s). Orienta-se que a criança evite dizer sequências numéricas conhecidas (por exemplo, 1-2-3 ou 9-8-7), assim como deve evitar verbalizar números repetidos próximos um do outro (por exemplo, 1-6-3-7-7 ou 4-3-5-3-8-3). Consideram-se acertos os números evocados de acordo com o critério de aleatoriedade, ou seja, sem formar sequências, sem repetir os números muito próximos (com um intervalo de cinco números entre eles). Consideram-se erros os números evocados em desacordo com o critério de aleatoriedade. O total de acertos representa o quanto a criança conseguiu manter a aleatoriedade na execução da tarefa, o que demanda habilidades de memória de trabalho (manter em mente as instruções e os números que foram evocados enquanto planeja os números que serão enunciados a seguir) e de inibição (evitar a tendência a falar sequências de números e respeitar os critérios da tarefa). Em relação aos erros, as intrusões podem estar associadas a dificuldades de controle inibitório, visto que a criança não consegue se ater aos números indicados na instrução (1-10), assim como dificuldade de automonitoramento, de adesão a regras e de memória de trabalho propriamente dita. As omissões podem estar relacionadas a dificuldades de atenção, iniciação, memória de trabalho, planejamento e/ou velocidade de processamento, considerando que a criança não consegue evocar um novo número dentro do tempo esperado. As perseverações e as sequências diretas e indiretas podem sugerir dificuldades de inibição e de memória de trabalho, tendo em vista que a criança falha em manter a aleatoriedade; 5. LPI Anele 1: Avaliação de Leitura de Palavras e Pseudopalavras Isoladas Procedência: A Avaliação de Leitura de Palavras e Pseudopalavras Isoladas (LPI), volume 1 da coleção Avaliação Neuropsicológica da Leitura e Escrita (ANELE), foi publicado em 2017 pela Vetor e seu valor é de 390,00 reais (outubro de 2019) Idade: Aidade de abrangência do instrumento é de 6 a 12 anos de idade, podendo ser aplicado em estudantes do 1˚ ao 7˚ ano do Ensino Fundamental. Tempo de aplicação: Em média, 5 minutos. Aplicação: A aplicação da LPI é individual. O avaliador deve gravar a leitura realizada pelo examinado de acordo com o livro de estímulos que é mostrado. Isso acontece primeiramente com a leitura de palavras e, depois, com a leitura de pseudopalavras. Objetivo e fundamentos teóricos: A LPI tem como objetivo avaliar a habilidade de leitura oral, mas especificamente a precisão no reconhecimento de palavras e pseudopalavras. O instrumento se baseia no modelo de dupla-rota. Nesse modelo, a leitura pode ser realizada pela rota fonológica, por meio da correspondência grafofonêmica, ou por meio da rota lexical, por meio do acesso direto ao léxico semântico. Leitura via rota fonológica sofre efeitos de características de regularidade e extensão dos itens que podem ser observados na leitura de pseudopalavras. Por outro lado, dificuldades na rota lexical podem ser observadas por meio dos efeitos em frequência e lexicalidade. Descrição: O instrumento é constituído por 59 itens psicolinguísticos, sendo 19 palavras regulares, 20 irregulares e 20 pseudopalavras, todos organizados por extensão e frequência. Correção e interpretação: Atribui-se um ponto para cada resposta correta, somando os resultados em palavras reais de forma geral, palavras regulares, palavras irregulares, pseudopalavras e o desempenho geral do teste. Esses resultados devem ser transcritos para a folha de correção, na qual também serão subdivididos em: palavras reais longas; palavras reais frequentes; palavras reais não frequentes; pseudopalavras curtas e pseudopalavras longas. As tabelas normativas para consulta dos percentis são disponibilizadas por anos completos de escolarização, idade e tipo de escola (pública ou privada). O instrumento também traz orientações para análise qualitativa dos processos de resposta. 6. AFLET Anele 5: Avaliação da Fluência de Leitura Textual Procedência: A Avaliação da Fluência de Leitura Textual, volume 5 da coleção Avaliação Neuropsicológica da Leitura e Escrita (ANELE), foi publicada pela editora Vetor em 2018 e custa em torno de 350 reais (outubro de 2019) Idade: A idade de abrangência é a população infantil, do 2˚ ao 4˚ ano do Ensino Fundamental. Tempo de aplicação: O tempo de aplicação, em média, é de 10 a 15 minutos. Aplicação: Inicialmente, a criança deve ser instruída a ler o texto em voz alta. A leitura deve ser gravada e cronometrada. Logo após, o examinador deve ler oralmente as questões junto com as quatro alternativas de resposta, enquanto a criança acompanha a leitura visual e auditivamente. Depois de ouvir a questão e as opções de resposta, a criança deve dizer qual a alternativa que considera correta. O examinador deve fazer as anotações na folha de resposta e correção. Objetivo e fundamentos teóricos: A fluência de leitura é um componente do processo de alfabetização e pode ser avaliada nos níveis de palavra, sentenças e texto e é essencial para a proficiência em leitura, tendo um impacto substancial na compreensão da leitura. Entretanto, a fluência de leitura apenas no reconhecimento de palavras, apesar de ser uma condição necessária, não é suficiente para compreender um texto. A definição de fluência de leitura varia conforme o tipo de material a ser lido – se palavras, sentenças ou textos – e depende da complexidade da escrita e da familiaridade do leitor com o conteúdo. Os estudos atuais salientam que a fluência de leitura é uma competência multidimensional, combinando precisão, automaticidade e prosódia, e pode ser demonstrada durante a leitura por meio do reconhecimento preciso, rápido e automático de palavras, ritmo e entonação apropriados. A fluência de leitura é um fator que pode limitar ou dar suporte à compreensão leitora, tanto na leitura oral quanto na silenciosa. Para haver uma boa leitura geral e uma compreensão eficaz, as três dimensões precisam estar interligadas. A precisão e a leitura automática, criam condições para uma leitura expressiva. Nesse sentido, precisão, automaticidade e prosódia contribuem para o constructo fluência de leitura textual e estão intimamente ligadas à compreensão leitora. Descrição: O instrumento é composto por um texto de 219 palavras e um questionário de múltipla escolha que contém dez questões sobre a história (cinco literais e cinco inferenciais). Correção e interpretação: Para a correção do instrumento, recomenda-se analisar a leitura gravada no momento da aplicação. Assim, com o auxílio do áudio, o aplicador utiliza a folha de respostas e correção para transcrever os erros de precisão e prosódia que foram cometidos durante a leitura. A correção pode ser quantitativa, para os parâmetros de precisão e velocidade e qualitativa- quantitativa (tipos de erros de leitura) para os parâmetros precisão e prosódia. 7. COMTEXT Anele 2: Avaliação da Compreensão de Leitura Textual Procedência: A Avaliação da Compreensão de Leitura Textual (COMTEXT), volume 2 da coleção Avaliação Neuropsicológica da Leitura e Escrita (ANELE), foi publicada pela editora Vetor em 2017 e custa em torno de R$290,00. Idade: A idade de abrangência é de 9 a 12 anos, podendo ser utilizado em estudantes do 4˚ ao 6˚ ano do Ensino Fundamental. Tempo de aplicação: A maioria das aplicações leva em média 15 minutos. Aplicação: A aplicação do COMTEXT é individual. Inicialmente a criança deve realizar a leitura silenciosa do texto narrativo. Ela poderá ler quantas vezes for necessário, devendo ser informada de que fará o reconto na sequência, sem o apoio do texto e, por fim, responderá ao questionário. O aplicador deverá cronometrar o tempo de leitura do texto, além de anotar outras observações apontadas pela folha de resposta (número de vezes em que a criança leu o texto, se houve necessidade de vocalização, se realizou movimentos com a boca durante a leitura) e, posteriormente, gravar o reconto para futura transcrição, análise e categorização. Por fim, o examinador deverá ler as questões e alternativas de respostas do cartão com o questionário e anotar as respostas da criança na folha de respostas. A criança poderá acompanhar a leitura visual e auditiva. Objetivo e fundamentos teóricos: A COMTEXT tem como objetivo avaliar a habilidade de compreensão de leitura de texto narrativo. De maneira geral, baseia-se na ciência da leitura, que descreve a aquisição da compreensão de leitura como resultado da progressão da precisão e velocidade da capacidade de reconhecimento de palavra, além da influência de outras habilidades linguísticas e cognitivas. Apesar da complexa interação de múltiplos componentes linguísticos e cognitivos que culminam em diferentes modelos teóricos, é consenso que a compreensão de leitura envolve a capacidade de construir na memória de quem lê uma representação mental coerente do textolido. De forma específica, a COMTEXT baseia-se nos modelos de compreensão leitora que propõe um modelo híbrido de compreensão de narrativa, enfatizando o papel da memória de trabalho, da memória de longo prazo e da resolução de problemas. Descrição: O instrumento é constituído por um texto narrativo intitulado “O coelho e o cachorro”, um questionário com dez questões de múltipla escolha e uma atividade de reconto. Os textos narrativos são preferencialmente utilizados em tarefas de compreensão leitora devido à sua estrutura de discurso (envolvimento de personagens, ações e sucessões de eventos no tempo, a partir de relações causais e motivacionais), sem necessidade de conhecimento prévio específico, como no caso de textos expositivos. O questionário foi elaborado pelas autoras, que o organizaram em cinco questões literais e cinco questões inferenciais, tendo em uma delas quatro alternativas de resposta, sendo uma correta e três distratoras. Correção e interpretação: O reconto pode se analisado de forma quantitativa (número de cláusulas recontadas e porcentagem de cláusulas recontadas da cadeira principal da história) e interpretado de acordo com os dados normativos disponíveis no livro de instruções. Adicionalmente, o reconto também pode ser analisado de forma qualitativa (avaliação da presença de inferências, interferências, reconstruções e completitude) e classificado de acordo com sua categoria: V – Reconto completo e coerente VI – Reconto menos completo III – Reconto incompleto (menos detalhado e precisão) II – Reconto incompleto e incoerente I – Reconto bastante incompleto e incoerente. 8. TIN TESTE INFANTIL DE NOMEAÇÃO Procedência: Publicado pela editora Memnon em 2012, é um dos capítulos disponíveis no volume 2 da coleção “Avaliação Neuropsicológica Cognitiva” e custa em torno de 113 reais o livro (outubro de 2019) Idade: A idade de abrangência é de 3 a 14 anos. Tempo de aplicação: O tempo médio de aplicação é de 20 minutos. Aplicação: Individual Objetivo e fundamentos teóricos: O Teste infantil de Nomeação foi desenvolvido a partit do Teste de Nomeação de boston (Kaplan, goodglass & Weintraub, 1993). Pesquisas utilizando a versão original americana do Teste de nomeação de Boston revelaram que essa habilidade está altamente correlacionada com escores em testes de habilidades verbais, especialmente de vocabulário (Thompson & Heaton, 1989), e que o nível educacional , mas não o gênero, influencia os resultados. a habilidade de nomeação rápida está relacionada e pode contribuir às habilidades de leitura e escrita, independente da habilidade de consciência fonêmica. Dados do mesmo estudo mostraram que, enquanto a habilidade de consciência fonêmica se apresentou mais associada à leitura por meio da decodificação fonológica, a habilidade de nomeação rápida pareceu estar relacionada à habilidade de leitura fluente. Torna-se, importante dispor de instrumentos para avaliação da habilidade linguística de nomeação, sobretudo em crianças, visto que a alterações precoces na linguagem oral podem estar relacionadas a problemas posteriores durante a alfabetização. Descrição: O TIN tem como objetivo avaliar a linguagem expressiva de crianças e adolescentes entre 3 e 14 anos de idade. É composto por 60 desenhos de linha que representam objetos, animais e pessoas, sendo apresentados 2 por folha pelo caderno de aplicação. Para cada resposta correta a criança recebe 1 ponto, totalizando o máximo de 60 pontos. O TIN possui evidências de validade e fidedignidade 3, além de dados normativos publicados 3. Correção : . Para cada resposta correta a criança recebe 1 ponto, totalizando o máximo de 60 pontos. O TIN possui evidências de validade e fidedignidade, além de dados normativos publicados. 9. TRPP TESTE DE REPETIÇÃO DE PALAVRAS E PSEUDOPALAVRAS Procedência: Publicado pela editora Memnon em 2012, é um dos capítulos disponíveis no volume 2 da coleção “Avaliação Neuropsicológica Cognitiva” e custa em torno de 113 reais o livro (outubro de 2019) Idade: De 3 a 14 anos Tempo de aplicação: O tempo médio de aplicação é de 20 minutos. Aplicação: Individual Objetivo e fundamentos teóricos: O TRPP tem como objetivo avaliar a memória fonológica de curto prazo de crianças e adolescentes entre 3 e 14 anos de idade. É composto por 16 itens (sequências compostas de 2 a 6 palavras), sendo 8 para repetição de palavras e 8 para pseudopalavras. Para cada sequência correta repetida, a criança recebe 1 ponto, totalizando o máximo de 16 pontos. O TRPP possui evidências de validade e fidedignidade38, além de dados normativos publicados Descrição: Avalia a habilidade de nomear verbalmente figuras que lhe são apresentadas, uma a uma. Pronuncie para o probando cada sequência de palavras e pseudopalavras da Ficha de Registro de Resposta. Instrua-o a prestar muita atenção, pois não poderá repetir itens. Cada palavra da sequência deve ser pronunciada pelo terapeuta com um intervalo de 1 segundo entre si. após o sujeito deverá repetir os itens na mesma ordem . inicie com a sequência de palavras e depois a de pseudopalavras. Se o sujeito errar 2 itens consecutivos , interrompa o teste ( se isso ocorrer na sequência de palavras, proceda a sequência de pseudopalavras). Correção : a criança recebe 1 ponto, totalizando o máximo de 16 pontos. O TRPP possui evidências de validade e fidedignidade, além de dados normativos publicados. 10. TDE II TESTE DE DESEMPENHO ESCOLAR Procedência: Autoras: Lilian Milnistsky Stein; Claudia hofheinz Giacomoni & Rochele Paz Fonseca EDITORA VETOR, 2019, valor aproximado de 596 reais 9outubro de 2019). Idade: entre 6 a 14 anos, ou em crianças e adolescentes do 1º ano do ensino fundamental I até o 9º ano do ensino fundamental II Tempo de aplicação: o tempo varia quanto a aplicação individual e coletiva e também quanto a capacidade ou dificuldade de cada avaliando, levando em torno de 1 hora. Aplicação: O teste de leitura só pode ser aplicado individualmente , e os testes de escrita e aritmética podem ser aplicados coletivamente. Para aplicação coletiva deve-se ter cuidado com o tempo que cada criança ou adolescente leva para realizar Subteste de escrita e o subteste de aritmética. Descrição: 1 Livro de Instruções (Manual) 1 Guia Rápido de Aplicação 1 Livro de Aplicação Subteste Escrita 1º ao 9º ano com 25 folhas 2 Livros de Aplicação Subteste Aritmética 1º ao 5º ano com 5 folhas cada 2 Livros de Aplicação Subteste Aritmética 6º ao 9º com 5 folhas cada 1 Livro de Avaliação Subteste Leitura 1º ao 4º ano com 25 folhas 1 Livro de Avaliação Subteste Leitura 5º ao 9º ano com folhas 1 Prancha de Estímulos Leitura 1º ao 4º ano 1 Prancha de Estímulos Leitura 5º ao 9º ano 1 Livro de Avaliação Subteste Escrita 1º ao 4º ano com 25 folhas 1 Livro de Avaliação Subteste Escrita 5º ao 9º ano com 25 folhas 1 Livro de Avaliação Qualitativa Subteste Escrita 1º ao 4ª ano com 25 folhas 1 Livro de Avaliação Qualitativa Subteste Escrita 5º ao 9º ano com 25 folhas 1 Livro de Avaliação Subteste Aritmética 1º ao 5º ano com 25 folhas 1 Livro de Avaliação Subteste Aritmética 6º ao 9º ano com 25 folhas 1 Composto de Prancha Aritmética 1 Livro de AvaliaçãoGeral com 25 folhas 11. CONFIAS Procedência: Moojen et al., 2011, Editora Pearson, valor Idade: Para crianças não alfabetizadas e em processo de alfabetização. Tempo de aplicação: tempo estimado em 40 a 50 minutos. Aplicação: individual Objetivo e fundamentos teóricos: O teste “Consciência Fonológica: Instrumento de Avaliação Sequencial (CONFIAS)” surgiu, portanto, da necessidade de um teste mais completo, que considere diferentes tarefas em consciência fonológica. As tarefas foram organizadas de forma sequencial, buscando uma graduação de dificuldades ao longo do teste, isto é, propõe-se uma escala crescente de complexidade das tarefas de sílaba e de fonema. Este instrumento foi organizado por um grupo constituído por psicopedagogas, fonoaudiólogas, linguistas e psicóloga, na busca de um teste fidedigno para avaliação da consciência fonológica em crianças brasileiras. Foram validadas três versões do teste. Os dados da última validação receberam tratamento estatístico e embasaram as reformulações finais do instrumento. Descrição: Avaliar a consciência fonológica de forma abrangente e sequencial, através de 9 provas de nível da sílaba e 7 provas de nível do fonema. Correção e interpretação: Para fins de avaliação do desempenho dos sujeitos testados, sugere-se que o instrumento CONFIAS seja aplicado juntamente com uma avaliação escrita. Os escores apresentados no manual estão relacionados às hipóteses de escrita propostas por Ferreiro e Teberosky (1991). INSTRUMENTOS PARA INTERVENÇÃO ADFLU Avaliação do Desempenho em Fluência de Leitura - Martins MA & Capellini AS, 2018. Valor de 288 reais (outubro de 2019) Objetivo: Avaliar e principalmente intervir na fluência de leitura, fazendo a métrica de número de palavras lidas corretamente por minuto. Podendo observar e remediar a entonação e expressão da leitura; desenvolver a análise reflexiva do texto. Idade: Do 1˚ ao 4˚ ano do Ens. Fundamental ( dependendo da dificuldade pode-se trabalhar com alunos mais velhos) Descrição: É composto por: 70 cartões de textos em 3 níveis de dificuldades; 4 cartões de checklist de habilidade; cartões de compreensão de texto; tabela para monitorar o progresso da fluência; Guia para atividades; Aplicação: é individual , aproximadamente 20 minutos. Observação: Esse instrumento pode ser usado de maneira coletiva em sala de aula. TÉCNICA CLOZE Instrumento de Diagnóstico e Intervenção Santos et al., 2009 Valor- 58 reais cada bloco (outubro de 2019) Objetivo: Avaliar e intervir no desempenho do processamento cognitivo da informação , informação essa implícita na tarefa de compreender a linguagem escrita. O teste de Cloze, criado por Taylor como recurso avaliativo e de intervenção, tem possibilitado identificar a capacidade do leitor de integrar a informação impressa que recebe e o conhecimento que tem da estrutura da língua. Consiste em eliminar palavras de um texto escrito, substituindo-as por um espaço vazio sublinhado que será preenchido pelo leitor com a palavra que ele julgar mais adequada. As tarefas são organizadas e os textos escolhidos a partir do interesse, das características linguísticas e das necessidades educacionais específicas dos alunos. Essa técnica tem sido amplamente pesquisada, revelando-se eficiente não só para fins de diagnóstico, mas também como procedimento de treino usado didaticamente em diversas situações de aprendizagem, visando ao desenvolvimento de algumas habilidades relevantes para a compreensão, a generalização e a transferência de aprendizagem para situações de leitura de qualquer natureza. A importância do uso da técnica de Cloze está no favorecimento da redundância semântica e conhecimentos prévios. Vale ressaltar que a técnica de Cloze é mais eficaz que os testes em formato de questões sobre interpretação de texto, pois indica não somente que o leitor compreendeu bem, mas que ele usou uma boa estratégia para responder corretamente à questão. A técnica de Cloze permite ao leitor construir e reconstruir constantemente o texto, acrescentando informações novas ao seu repertório de conhecimentos . Idade: Não há faixa etária, sendo que a técnica pode ser adaptada de acordo com a complexidade do texto escolhido e preparado pelo avaliador. Descrição: O material pode ser adquirido na editora GEARTE ou feito pelo avaliador de acordo com as normas para se construir um TESTE CLOZE. Aplicação: Individual , em torno de 20 minutos a 30 minutos. Quando o profissional tem pleno conhecimento da técnica ela pode ser aplicada em sala de aula. INTERVENÇÃO DE FLUÊNCIA DE LEITURA E COMPREENSÃO LEITORA NA DISLEXIA DO DESENVOLVIMENTO Autores caracterizaram a dislexia do desenvolvimento como uma dificuldade na habilidade de decodificação e soletração que resulta em alterações na fluência, precisão, exatidão, velocidade e compreensão de leitura (Desroches, 2006; Lyon, Shaywitz & Shaywitz, 2003). Ao iniciar o processo de aprendizagem de leitura, a maior parte da atenção do escolar deve estar voltada para a decodificação de palavras, o que sobrecarrega a memória operacional fonológica (alça fonológica), tendo apenas uma pequena parte de sua atenção empregada na habilidade de compreensão leitora. Conforme o escolar melhora seu desempenho em decodificação, vai aprimorando a automaticidade de reconhecimento de palavras e, consequentemente, melhorando a fluência de leitura. Desta forma, o escolar passa a realizar uma melhor distribuição de sua atenção aos processos relacionados à compreensão de leitura (Snellings, 2009 Kuhn, Schwanenflugel & Meisinger, 2010). Sendo assim, supõe-se que escolares com dislexia do desenvolvimento, por apresentarem maior dificuldade no desempenho da habilidade de decodificação, manifestam déficits na fluência e velocidade de leitura, que comprometem diretamente a compreensão leitora (Snellings, 2009). As dificuldades de decodificação do texto apresentadas por escolares com dislexia do desenvolvimento influenciam diretamente na organização prosódica da leitura (Alves, Reis, Pinheiro & Capellini, 2009), sugerindo a hipótese de que pode ocorrer nestes escolares desempenho abaixo do esperado na fluência de leitura e na compreensão, uma vez que cada aspecto depende do outro para que haja um bom desempenho em compreensão leitora. Com base no exposto acima abordaremos a intervenção na dislexia do desenvolvimento, desde a decodificação à fluência e compreensão de leitura. Figura 1. Pirâmide leitura (Fonte: elaborada pelos autores- LIVRO DISLEXIA DO DESENVOLVIMENTO E ADQUIRIDA). Entretanto, ressaltamos que a compreensão da leitura depende de vários fatores. corno a decodificação, o vocabulário, a memória operacional fonológica, a capacidade de integrar informações do texto, O conhecimento sobre a estrutura do texto e o monitoramento metacognitivo; porém, iremos considerar apenas os fatores relacionados à decodificação e às habilidades subjacentes à leitura que interferem diretamente na fluência e compreensão de leitura.INTERVENÇÃO COM AS HABILIDADES SUBJACENTES À AQUISIÇÃO E AO DESENVOLVIMENTO DA LEITURA E DECODIFICAÇÃO O processamento fonológico é considerado a operação mental que o indivíduo faz sobre o uso da estrutura fonológica de uma dada língua oral para aprender a decodificar no plano escrito. Este processamento é composto por habilidades consideradas subjacentes à aquisição da leitura, as quais incluem a metafonologia, a velocidade de acesso ao léxico mental e a memória operacional fonológica. Em razão da importância da aprendizagem do princípio alfabético de escrita, estudos evidenciaram o benefício do ensino das habilidades metafonológicas na alfabetização (Bradly & Bryant, 1993; Chappell, Stephens, Kinnison & Pettigrew, 2009; Germano & Capellini, 2011, 2014; Hayes & Slater, 2008; Manz, Hughes, Barnabas, Bracaliello & Ginsburg-Block, 2010; Ukrainetz, Nuspl, Wilkerson & Beddes, 20,11). A instrução direta de manipulação de fonemas foi considerada parte essencial para tal aprendizagem, principalmente para escolares com risco para a dislexia (Andrade, Andrade & Capellini, 2013; Fukuda & Capellini, 2011). A instrução direta das habilidades metafonológicas combinadas à instrução da correspondência grafema-fonema pode acelerar a aquisição da leitura, e, dessa forma, a aprendizagem do princípio alfabético por meio do uso de programas de intervenção com estratégias metafonológicas podem diminuir as dificuldades de decodificação da leitura (Harn, Stoolmiller & Chard, 2008; Lyon, Shaywit7 & Shaywitz, 2003). Apesar do primeiro programa de remediação fonológica ter sido descrito na década de 1990 (Capovilla & Capovilla, 2000) somente em 2000 (Capellini, 2001) é que foi descrito o uso deste tipo de programa como um modelo de intervenção para minimizar as dificuldades de leitura de escolares com dislexia (Germano & Capellini, 2008). Conforme descrito na literatura nacional (Germano & Capellini, 2008; Silva & Capellini, 201 1; Pinheiro & Capellini , 2010; Silva & Capellini, 2010; Oliveira, Germano & capeletti, 2015), programas de remediação com base fonológica devem incluir o seguinte esquema: análise da estrutura silábica da palavra, identificação de sílabas, identificação de fonemas, comparação de Sílabas, comparação de fonemas, combinação e recombinação silábica e fonêmica (segmentação e manipulação) e identificação de sons e sílabas por rima e aliteração. Essas estratégias metafonológicas podem ser combinadas com atividades de leitura. Entretanto, quando isso ocorre, as habilidades metafonológicas devem estar associadas a estratégias de correspondência letra-som, de leitura de palavras e pseudopalavras para um enfoque terapêutico de formação de memória de trabalho operacional para a aprendizagem dos mecanismos de conversão fonografêmico e grafofonêmicas necessários para a aprendizagem do princípio alfabético da leitura (Capovilla & Capovilla, 2000; Capellini, Cunha & Germano, 2016; Germano & Capellini, 2008; Oliveira, Germano & Capellini. 2015). Estudos de metanálise realizados por Bus & Van Ijzendoorn (1999) e por Melby-Lervàg, Lyster, Hulme (2012) referiram que a abordagem fonológica é eficiente para a melhora na precisão e acurácia da leitura devido ao ensino explícito do mecanismo de decodificação em escolares com dificuldades específicas de leitura. Além das habilidades metafonológicas, outra habilidade do processamento fonológico envolvida no processo de decodificação da palavra escrita é a NOMEAÇÃO AUTOMÁTICA RÁPIDA , também denominada de habilidade de acesso ao léxico mental. A HABILIDADE DE NOMEAÇÃO AUTOMÁTICA RÁPIDA é considerada, na literatura científica , como PREDITORA DO DESENVOLVIMENTO DA LEITURA, sobretudo para as habilidades de decodificação, de fluência e compreensão (Christo & Davis, 2008). A NOMEAÇÃO AUTOMÁTICA RÁPIDA envolve habilidades de atenção ao estímulo, de discriminação visual, identificação da letra, integração de características visuais e informação de padrão visual como a estocagem de representações ortográficas, integração de informação visual com representações fonológicas estocadas, acesso e recuperação da palavra, ativação e integração da informação semântica e conceitual e ativação motora para a articulação, sendo, portanto, considerada uma habilidade de velocidade do processamento fonológico (Wolf & Bowers, 1999; Capellini et al., 2007). Entretanto, apesar de sua importância para o desenvolvimento da leitura, poucos estudos utilizam essa habilidade como procedimento de intervenção, sendo mais comum o seu uso como procedimento de avaliação (Capellini & Lanza, 2010; Alves, Soares & Cárnio, 2012; Bexkens, Wildenberg & Tijms, 2014). Em um estudo internacional (Wolff, 2014), foi desenvolvido um programa de remediação para escolares com dificuldades na leitura que realizava treinamento da consciência fonológica e ensino explícito das regras de correspondência grafo-fonêmicas utilizando a nomeação automática rápida como medida de pré e pós-testagem, indicando, ao final do estudo, que a associação entre as habilidades fonológicas e a nomeação automática rápido favoreceu o aumento da velocidade de leitura de escolares com desempenho em provas de leitura. Com base neste estudo internacional, santos (2017) elaborou um programa de intervenção com nomeação automática rápida e a leitura, com o objetivo de analisar a significância clínica do desempenho dos sujeitos com dislexia na pós-testagem e durante a intenção aplicada em um estudo piloto. O estudo foi desenvolvido em duas fases, sendo a Fase I a elaboração de um programa de intervenção com a nomeação automática rápida e a leitura, com base nos estudos descritos na literatura; e a Fase 2, a análise da significância clínica do desempenho dos sujeitos disléxicos submetidos e não submetidos ao programa de intervenção elaborado. Este estudo nacional evidenciou que a fusão temporal rápida em sucessão, necessária para a realização da nomeação automática rápida, quando treinada em situação de intervenção, pode favorecer a melhora na fluência e na compreensão de leitura de escolares com dislexia. Essa melhora no desempenho de compreensão leitora, evidenciada no estudo de Santos (2017), pode ser atribuída à automatização trabalhada na intervenção por meio da nomeação automática rápida e leitura, corroborando o estudo de Silva (2015), que mostrou que a nomeação automática se correlaciona à compreensão de leitura, uma vez que ambas necessitam do reconhecimento adequado das palavras e da utilização dos conteúdos do processamento ortográfico e lexical. OS ACHADOS DESTE ESTUDO DE INTERVENÇÃO COM A NOMEAÇÃO AUTOMÁTICA E LEITURA NOS FAZ REFLETIR SOBRE A NECESSIDADE DO DESENVOLVIMENTO DE INTERVENÇÕES COM O AUTOMATISMO NO RECONHECIMENTO DAS PALAVRAS. Para o reconhecimento da palavra, é necessário a formação, o acesso e a recuperação do léxico mental, e isso exige a combinação entre o processamento ortográfico (identificação e reconhecimento de letra) e o processamento fonológico. Segundo Wolf, Miller, Donnelly (2000), a recuperação e o reconhecimento lento da
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