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AULA 1 - CURSO BÁSICO PSICOLOGIA DA SAÚDE E HOSPITALAR

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CURSO BÁSICO 
PSICOLOGIA DA SAÚDE E 
HOSPITALAR
Angela Beatriz de Lima Borges 
Rafaela Paula Marciano
OBJETIVOS
● Entender as possibilidades e limites da atuação psicológica no 
contexto hospitalar;
● Capacitar o acadêmico/profissional no atendimento psicológico 
nas diversas especialidades médicas no Hospital Geral;
● Oferecer ferramentas necessárias para o trabalho psicológico no 
contexto hospitalar. 
CONTEÚDO
● Antecedentes históricos do processo saúde-doença e Políticas de Saúde no Brasil
● Psicologia da Saúde
● História da Psicologia Hospitalar
● Estratégias e técnicas de intervenção no hospital
● Atuação psicológica em maternidade, neonatologia, internação e emergência
● Suporte emocional em situações de óbito
● Avaliação Psicológica no hospital
● Evolução em prontuário multiprofissional
● Discussão de casos clínicos
● Psicopatologia no hospital geral
● Humanização e cuidados paliativos
CRONOGRAMA
Início - 03/09
Término - 10/12
Visita técnica no HMDI - 23/11 (sábado)
ANTECEDENTES HISTÓRICOS DO 
PROCESSO DE SAÚDE-DOENÇA
MEDICINA PRÉ-HISTÓRICA
TEORIA MÁGICO/RELIGIOSO
Doença - resultado de forças externas que invadiam o corpo por algum 
pecado cometido ou maldição.
Tratamento - feitiçaria, exorcismo e 
trepanação.
MEDICINA GREGA E ROMANA
TEORIA HIPOCRÁTICA
Hipócrates - estabeleceu as raízes da medicina ocidental e propôs a 
primeira explicação racional para o adoecimento. 
A saúde resultava do bom equilíbrio entre o homem e o meio; a doença 
surgia a parte de um desequilíbrio dos quatro elementos naturais com os 
quatro humores do organismo humano (sangue, bile amarela, bile negra e 
fleuma).
MEDICINA GREGA E ROMANA
Hipócrates apontou a importância das emoções e pensamentos dos 
pacientes com relação a sua saúde e tratamento.
O tratamento consiste em compreender esses desequilíbrios para buscar 
atingir o equilíbrio. 
“Antes de curar alguém, pergunta-lhe se está disposto a desistir das coisas que o 
fizeram adoecer.”
IDADE MÉDIA
TEORIA DO CASTIGO E REDENÇÃO
Retorno às explicações sobrenaturais da saúde e da doença. 
Cristianismo - Influência poderosa da Igreja - doença como punição de Deus 
por algum mal realizado e as doenças epidêmicas (peste e lepra) eram sinal 
da ira de Deus. 
Tratamento - atribuição específica dos religiosos. Prática da quarentena.
IDADE MÉDIA
Proibição de novas descobertas da Ciência pela Igreja.
Igreja passou a controlar as práticas da medicina e "tratamento", com 
tentativas de expulsar espíritos do mal do corpo dos doentes.
RENASCENÇA
Ressurgimento da investigação científica, com a revitalização do estudo da 
anatomia e da prática médica.
Existência de agentes específicos para cada doença; 
Transmissão das doenças de pessoas para pessoas - germes de contágio.
RENASCENÇA
O estudo (não-científico) da mente era relegado à religião e à filosofia, 
enquanto o estudo (científico) era reservado à medicina.
Descartes - dualismo mente-corpo - mente e corpo são processos separados 
e autônomos, que interagem de forma mínima e que cada um deles está 
sujeito a diferentes leis de causalidade. 
RACIONALISMO NA PÓS-RENASCENÇA
TEORIA DOS MICROORGANISMOS - SÉC. XIX
Investigação das doenças infecciosas e da microbiologia;
Várias vacinas e soros foram produzidos para um número expressivo de 
doenças;
Invenção mais importante da Medicina nesse período foi o microscópio - 
avanço na teoria celular e na teoria dos germes. 
SÉCULO XX - MODELO BIOMÉDICO
Concentração nas causas biológicas da doença.
A doença é resultado de um patógeno (vírus, bactéria) que invade o corpo. 
Existência de apenas uma causa (agente) para um agravo ou doença - 
unicausalidade 
SÉCULO XX - MODELO BIOMÉDICO
Modelo reducionista - considera fenômenos complexos derivados de um 
único fator primário.
Tem como base a doutrina cartesiana do dualismo mente-corpo.
Prática médica é curativa e biologicista.
SÉCULO XX - MEDICINA PSICOSSOMÁTICA
Modelo biomédico avançou o tratamento de saúde, porém não era capaz de 
explicar transtornos que não apresentavam causa física observável.
Freud - transtornos de conversão (surdez, mudez, paralisia sem causas 
físicas).
Franz Alexander - ajudou a estabelecer a medicina psicossomática. Doença 
física como resultado de um conflito psicológico fundamental ou nuclear.
SÉC. XX - MEDICINA COMPORTAMENTAL
Início na década de 70; surge como reação ao dualismo mente-corpo 
(modelo biomédico) e ao psicologismo (psicossomática).
Algumas doenças têm como base disfunções do comportamento que é um 
conceito dinâmico que enfoca a relação do homem com o ambiente, 
desafiando a separação entre mente e corpo.
Foco na avaliação, tratamento e prevenção de doenças físicas e disfunções 
fisiológicas.
 O QUE É SAÚDE?
Estado de completo bem-estar físico, mental e social e não 
somente ausência de afecções e enfermidades (OMS, 1948).
CONCEITO DE SAÚDE
● O que significa ter saúde? O que contribui para que as pessoas tenham 
saúde?
● O que significa estar doente? O que favorece o adoecimento das 
pessoas?
● Como os trabalhadores de saúde interferem no processo saúde- doença 
das pessoas? 
SÉC. XX - MODELO SISTÊMICO
Final da década de 70;
O sistema é entendido como “um conjunto de elementos, de tal forma 
relacionados, que uma mudança no estado de qualquer elemento provoca 
mudança no estado dos demais elementos”.
Ou seja, essa noção de sistema incorpora a ideia de todo, de contribuição de 
diferentes elementos do ecossistema no processo saúde-doença.
SÉC. XX - MODELO SISTÊMICO
O processo saúde-doença se configura como um processo dinâmico, 
complexo e multidimensional por englobar dimensões biológicas, 
psicológicas, socioculturais, econômicas, ambientais, políticas, enfim, 
pode-se identificar uma complexa inter-relação quando se trata de saúde e 
doença de uma pessoa, de um grupo social ou de sociedades. 
SÉC. XX - MODELO SISTÊMICO
Condições de vida: condições materiais necessárias a subsistência, 
relacionadas à nutrição, a habitação, ao saneamento básico e as condições 
do meio ambiente.
Estilo de vida: formas social e culturalmente determinadas de vida, que se 
expressam no padrão alimentar, no dispêndio energético cotidiano no 
trabalho e no esporte, hábitos como fumo, álcool e lazer.
Determinantes sociais de saúde (DSS): são as condições econômicas e 
sociais em que as pessoas vivem e trabalham e que afetam a saúde. 
POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL
Contexto - anos 70 e 80
Modelo assistencialista, privatista, medicina curativa.
Saúde mental - modelo hospitalocêntrico, mercantilização da loucura.
Entrada do psicólogo no setor público de saúde - ápice e franco 
esgotamento do modelo médico-assistencial privatista.
REFORMA PSIQUIÁTRICA
Críticas ao modelo asilar e propostas de desospitalização da assistência 
médico-psiquiátrica.
Inspirada nos movimentos reformistas nos EUA e Europa.
Necessidade de transformação simultânea na assistência, na ordem social e 
na política que sustentavam o modelo manicomial.
Desenvolver redes de serviços substitutivos ao hospital.
Formar equipes multiprofissionais 
comprometidas com as novas tarefas desse modelo assistencial.
PSIQUIATRIA INSTITUCIONAL 
Origem: Espanha/França - F. Tosquelles - contexto de guerra civil e 
resistência.
Introduzir mudanças nas instituições.
Dar à instituição psiquiátrica uma função terapêutica, transformando-a em 
um instrumento de cura.
Formar equipes multiprofissionais comprometidas com as novas tarefas 
desse modelo assistencial.
PSIQUIATRIA DE SETOR
Origem: França
Diante as condições miseráveis que viviam os doentes mentais, 
determinado setor da psiquiatria lutou pela abolição do sistema asilar e pela 
criação de novas práticas psiquiátricas.
Proposta de transversalidade dos papéis na instituição para evitar a 
produção da cristalização da pessoa em seu papel. 
PSIQUIATRIA DE SETOR
Desmontar o modelo hospitalar pelas beiradas, diminuindo a importância ea necessidade do hospital.
Criaram-se Centro de Saúde Mental e técnicas como AT dentro do hospital 
e no local de residência.
ANTIPSIQUIATRIA 
Origem: Inglaterra, anos 60. Ronald Laing e David Cooper.
Principal idéia: os loucos eram oprimidos e violentados nas instituições 
psiquiátricas, na família e na sociedade. 
Criticava a psiquiatria por culpabilizar o indivíduo por sua doença.
PSIQUIATRIA DEMOCRÁTICA
Origem: Itália, Franco Basaglia. 
Principal idéia: negação da psiquiatria enquanto ideologia para superar o 
aparato manicomial. 
Crítica a relação institucional que conferia poder absoluto ao médico e 
dependência total do paciente. 
PSIQUIATRIA DEMOCRÁTICA
Doença mental era um refúgio para escapar de uma realidade social que se 
tornou insuportável.
Colocar a doença entre parênteses para se ocupar do sujeito em sua 
experiência.
REFORMA SANITÁRIA
Nasceu no contexto da luta contra a ditadura.
Objetivos: 
● Constituir-se enquanto um saber contra-hegemônico;
● Crítica ao modelo dominante de atenção à saúde; 
● Obtenção efetiva da saúde por toda a população. 
REFORMA SANITÁRIA
Concepção ampliada de saúde, entendida numa perspectiva de articulação 
de políticas sociais e econômicas;
Saúde como direito de cidadania e dever do Estado; 
Instituição de um sistema único de saúde; participação popular e controle 
social dos serviços públicos de saúde. 
Marco institucional - 8ª Conferência Nacional de Saúde (1986) e a criação 
do SUS (1988).
1986 - VIII Conferência Nacional de Saúde
- Impulsionou a reforma sanitária;
- Artigo 196 CF (1988) - A saúde ganhou rumos diferentes com a 
criação do Sistema Único de Saúde (SUS). 
1987 - I Conferência Nacional de Saúde Mental -
- Implantação das equipes destinadas a reverter o modelo assistencial 
organicista e medicalizante.
Três temas básicos:
I – Economia, Sociedade e Estado: impactos sobre saúde e doença mental;
II – Reforma sanitária e reorganização da assistência à saúde mental;
III – Cidadania e doença mental: direitos, deveres e legislação.
- Criação do SUDS: descentralização política-orçamentária da saúde.
NOVOS DISPOSITIVOS DE SAÚDE MENTAL
1987 - cria-se o primeiro Centro de Atenção Psicossocial Prof. Luiz da Rocha 
Cerqueira, em SP.
1989 - Reforma Psiquiátrica na cidade de Santos. Fecha-se o hospital psiquiátrico 
do município e implementam-se os Núcleos de Apoio Psicossocial (NAPS), um 
dispositivo integral e substitutivo ao hospital psiquiátrico. 
2001 - O Ministério da Saúde elege o CAPS como instância substitutiva ao 
modelo hospitalocêntrico. 
ATIVIDADE
TEXTOS
- O retorno da indústria da loucura
- Ministério da Saúde veta uso do termo 'violência obstétrica' 
- Internação involuntária
- Governo Bolsonaro incentiva eletrochoques e propõe a volta dos 
manicômios 
1988 – Constituição Federal – Seção II da Saúde
Art. 196
Saúde como 
direito de todos 
e dever do 
Estado. Acesso 
universal e 
igualitário às 
ações e 
serviços.
Art. 197
São de 
relevância 
pública as ações 
e serviços de 
saúde, cabendo 
ao Poder 
Público dispor, 
sobre sua 
regulamentação
, fiscalização e 
controle.
Art. 198
As ações e 
serviços 
públicos de 
saúde integram 
uma rede 
regionalizada, 
descentralizada, 
com 
atendimento 
integral e 
participação da 
comunidade.
Art. 199
A assistência à 
saúde é livre à 
iniciativa 
privada, 
podendo 
participar de 
forma 
complementar.
Art. 200
Dispõe sobre as 
competências 
do SUS.
PRINCÍPIOS DO SUS
UNIVERSALIDADE
EQUIDADE
INTEGRALIDADE
REGIONALIZAÇÃO
DESCENTRALIZAÇÃO
HIERARQUIZAÇÃO
PARTICIPAÇÃO POPULAR
POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL
- Lei 8080/90: dispõe das condições para a promoção, proteção e 
recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços 
correspondentes.
 - organização da direção e da gestão do SUS;
- definição das competências e das atribuições das 3 esferas de governo;
POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL
- Lei 8080/90
- funcionamento e da participação complementar dos serviços privados da 
Assistência à saúde;
- política de recursos humanos; e dos recursos financeiros, da gestão 
financeira, do planejamento e do orçamento.
POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL
- Lei 8142/90: 
dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS e sobre as 
transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área de 
saúde. 
POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL
POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL
VÍDEO - “A história da saúde pública no Brasil - 500 anos na busca de 
soluções
https://www.youtube.com/watch?v=L7NzqtspLpc
 
PSICOLOGIA DA SAÚDE
Surgiu na década de 70 no contexto hospitalar;
Considera a doença como desequilíbrio entre o físico e o emocional e 
suas intercorrências com a realidade social do paciente.
Colcha de retalhos, com teorias que pouco dialogavam entre si;
Adaptação do modelo clínico tradicional, com pequenas adaptações 
ao hospital. 
PSICOLOGIA DA SAÚDE
Abrange a atuação em contextos e dispositivos de saúde, em diferentes 
níveis de atenção, sendo o hospital apenas uma das possibilidades.
Visa compreender e atuar sobre a interrelação entre o comportamento, 
estilo de vida e saúde e doença.
A partir dos anos 90 ampliou a atuação em outros âmbitos, trabalhando com 
a saúde de indivíduos, família e comunidade. 
PSICOLOGIA DA SAÚDE
Base no modelo biopsicossocial, utiliza conhecimentos das ciências 
biomédicas, da Psicologia Clínica e da Psicologia Social Comunitária. 
A Psicologia da Saúde engloba práticas que atuam numa integração 
da saúde mental com a saúde física e social do paciente.
Considera a historicidade do sujeito e enfatiza a prevenção.
PSICOLOGIA DA SAÚDE
APA (1973) - força tarefa para pesquisa em saúde, com os objetivos:
● Estudar de forma científica as causas e origens de determinadas 
doenças;
● Promover a saúde;
● Prevenir e tratar doenças;
● Promover políticas de saúde pública e o aprimoramento do 
sistema de saúde pública.
TENDÊNCIAS QUE MOLDARAM A 
PSICOLOGIA DA SAÚDE
Surgimento de transtornos relacionados com o estilo de vida - 
doenças que mais contribuem para a mortalidade são de etiologia do 
comportamento (câncer, AVC, doenças cardíacas);
Superação do modelo biomédico centrado na doença;
Perspectiva ecológica da saúde que atribui ao comportamento 
humano a principal causa de morbidade e mortalidade.
FATORES EVITÁVEIS QUE 
CONTRIBUEM PARA O 
RISCO DE SAÚDE
Doenças cardiovasculares;
Doenças cerebrovasculares;
Câncer;
Infecção por HIV;
Problemas de saúde mental.
Tabaco, álcool e outras drogas;
Sexo não protegido;
Desnutrição;
Falta de saneamento básico;
Obesidade.
PROBLEMAS DE SAÚDE 
ASSOCIADOS A ESSES 
FATORES DE RISCO
CAUSAS DE MORTALIDADE NOS PAÍSES DESENVOLVIDOS:
50% Comportamentos e estilos de vida lesivos à saúde; 
20% relacionados com a biologia humana (genética); 
20% relacionados a fatores ambientais; 
10% cuidados de saúde inadequados.
Aumento da possibilidade de intervenções na doença devido às:
● alterações demográficas;
● aumento da expectativa de vida;
● diversificação da família; 
● revolução tecnológica;
● extensão dos serviços de saúde à comunidade; 
● surgimento de uma nova compreensão de saúde e abertura de 
novos campos de atuação.
PSICOLOGIA DA SAÚDE
Os psicólogos da saúde desenvolveram algumas perspectivas para 
guiar o seu trabalho:
1. Perspectiva do curso de vida 
2. Perspectiva sócio-cultural 
3. Perspectiva de gênero
4. Perspectiva biopsicossocial
PERSPECTIVA DO CURSO DE VIDA
- Considera aspectos da saúde e da doença relacionados com a idade. 
Ex: prematuridade - atraso no desenvolvimento neuropsicomotor.
- Considera as principais causas de morte que acometem certos 
grupos etários. 
Ex 1: doença crônica - afeta mais os idosos.
Ex 2: acidentes - maior probabilidade dos jovens morrerem.
PERSPECTIVA SOCIOCULTURAL
Aborda a maneira como os fatores sociais e culturais contribuem 
para a saúde e a doença.
Comportamentos, valores e costumes persistentesque um grupo 
desenvolveu ao longo dos anos e transmitiu para a próxima geração. 
PERSPECTIVA SOCIOCULTURAL
Ex 1: doenças crônicas - acometem mais as pessoas de baixo status 
socioeconômico. 
Ex. 2: Preconceitos e estereótipos por parte de profissionais da 
saúde - os negros tendem a receber cuidados de menor qualidade do 
que os brancos. Nos EUA, os brancos vivem seis anos a mais que os 
negros.
PERSPECTIVA DE GÊNERO
Aborda problemas de saúde específicos dos gêneros e as barreiras 
que estes encontram nos serviços de saúde. 
Ex1 : os homens são mais vulneráveis do que as mulheres a quase 
todas as condições de saúde (menor cuidado preventivo).
Ex 2: as mulheres com doenças cardíacas têm maior probabilidade de 
receber diagnósticos incorretos em comparação aos homens.
PERSPECTIVA BIOPSICOSSOCIAL
Considera que a saúde e a doença são determinadas pela interação 
de mecanismos biológicos, processos psicológicos e influências 
sociais.
Abordagem sistêmica - vários sistemas interrelacionados. 
Baixa imunidade —> doença —> atinge relacionamento familiar e 
amigos.
PERSPECTIVA BIOPSICOSSOCIAL
Ex: Abuso de álcool 
● fator biológico/genético 
● gênero - homens
● fator psicológico - incapacidade de exercer controle sobre a 
bebida. 
● fator social - beber para enfrentar a vida; pressão social, 
ambientes difíceis em casa e no trabalho e a tentativa de reduzir 
a tensão.
ATENÇÃO PRIMÁRIA
Prevenção
Unidades Básicas de Saúde, centros de 
saúde e comunidade
ATENÇÃO SECUNDÁRIA
Atendimento especializado
Ambulatórios e/ou centros 
especializados
ATENÇÃO TERCIÁRIA
Centros de reabilitação e hospitais
ATENÇÃO PRIMÁRIA
Ações que visam a diminuição da incidência das enfermidades.
Ações de promoção da saúde (coletivas e educativas).
Construção de estilo de vida saudáveis e evitação de 
comportamentos de riscos.
ATENÇÃO PRIMÁRIA
É realizada antes que se encontre um 
problema concreto.
Ex: campanhas álcool e direção; 
prevenção de transtornos alimentares; 
grupos informativos sobre DST e 
gravidez.
ATENÇÃO PRIMÁRIA
Intervenção direta sobre uma queixa.
Primeira ação de saúde ante a presença de um problema.
Perspectiva interdisciplinar e multidisciplinar.
Ex: grupo de controle de diabetes para enfermos e familiares – 
estratégias para evitar a enfermidade dos filhos e netos.
O QUE O PSICÓLOGO PODE FAZER NA ATENÇÃO PRIMÁRIA?
Atuar na saúde geral dos coletivos sociais assistidos.
Elaborar e implementar programas de promoção e de educação em 
saúde.
Propor programas de humanização e melhoria de qualidade do 
serviço.
O QUE O PSICÓLOGO PODE FAZER NA ATENÇÃO PRIMÁRIA?
Estudar perfil epidemiológico dos coletivos sociais para 
elaboração de estratégias de intervenção.
Abordar temas/problemas de saúde através de orientações e 
de programas de educação para saúde.
Realizar visitas domiciliares e assistência familiares.
ATENÇÃO SECUNDÁRIA
Ações que visam a diminuição da prevalência das enfermidades.
Conhecer as características associadas à falta de adesão a 
tratamentos para formular programas preventivos e prevenir o 
agravamento da doença. 
Ex: grupo de adesão de tratamentos de enfermidades crônicas.
O QUE O PSICÓLOGO PODE FAZER NA ATENÇÃO SECUNDÁRIA?
Oferecer assistência psicoterápica em todas faixas etárias.
Realizar psicodiagnósticos diferenciais, pareceres, orientações e 
propor atividades de suporte social.
Atuar em conjunto com os demais profissionais de saúde.
Elaborar em conjunto com equipe programas de seguimento/adesão 
de tratamentos médicos.
ATENÇÃO TERCIÁRIA
Ações que visam a diminuição de sequelas e complicações das 
enfermidades.
Assistência aos problemas de alta complexidade derivados dos 
outros níveis de atenção e com as pesquisas de saúde.
Seguimento de pacientes em tratamento clínico, cirúrgico, 
quimioterápico e radioterápico.
O QUE O PSICÓLOGO PODE FAZER NA ATENÇÃO TERCIÁRIA?
Ex: preparação para cirurgia (informação e técnicas de redução de 
ansiedade; passeio pelo hospital, teatro de fantoche para crianças).
O QUE O PSICÓLOGO PODE FAZER NA ATENÇÃO TERCIÁRIA?
Apoiar e orientar pacientes hospitalizados e seus acompanhantes.
Atuar nos cuidados paliativos.
Preparar os enfermos para as cirurgias.
Assistir os pacientes hospitalizados em UTI.
O QUE O PSICÓLOGO PODE FAZER NA ATENÇÃO TERCIÁRIA?
Orientar as mães das crianças hospitalizadas.
Atuar nas urgências psicológica.
Fazer consulta/ interconsulta com equipes de saúde.
Desenvolver pesquisa dos processos psicossociais da saúde-doença.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, R.F e EULÁLIO, MC. Abrangência e níveis de aplicação da Psicologia da Saúde. In: 
ALVES, RF (org.). Psicologia da saúde: teoria, intervenção e pesquisa [online]. Campina 
Grande: EDUEPB, 2011. pp.65-88.
AMARANTE, Paulo. Saúde mental e atenção psicossocial. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2007.
BAPTISTA, M. N E DIAS, R. R. Psicologia hospitalar – teoria, aplicações e casos clínicos. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. 
BRASIL. Constituição Federal/1988: Artigos 196 ao 200. Disponível em: 
http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/area/320/legislacao.html
BRASIL. LEI n. 8080 de 19/09/1990. Disponível em: 
http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/area/320/legislacao.html
BRASIL. LEI n. 8142 de 28/12/1990. Disponível em: 
http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/area/320/legislacao.html
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FLEMING, M. Ideologias e práticas psiquiátricas. Crítica e sociedade 5, Afrontamento. 1976
ELIAS, V. A., PEREZ, G. H., MORETTO, M. L. T. E BARBOSA, L. N F. Horizontes da Psicologia hospitalar: 
saberes e fazeres. São Paulo: Ed. Atheneu, 2015. 
GORAYEB, R. Psicologia da saúde no Brasil. Psi. Teoria e Pesquisa, v.26, n. especial, pp. 115-122, 2010. 
POLIGNANO, Marcus Vinícius. História das políticas de saúde no Brasil: uma pequena revisão. 
Disponível em: 
http://www.uff.br/higienesocial/images/stories/arquivos/aulas/Texto_de_apoio_3_-_HS- 
Historia_Saude_no_Brasil.pdf. 
STRAUB, R. Psicologia da Saúde. Porto Alegre: Artmed, 2005.

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