Protocolo_Refraccao_Subjectiva

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Luisa Vieira 
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REFRACÇÃO SUBJECTIVA Protocolo 
 
1. Ajustar a esfera: 
A. Colocar a prescrição de lentes na armação de prova, resultante da retinoscopia +/-
queratometria ou da autorefractometria. 
B. Ocluir o olho não testado. 
C. Medir a acuidade visual (AV), começando com optotipos de 1 a 2 linhas acima da AV 
que o doente apresentava. 
D. Método de Donders ou da Névoa 
- Fogging (miopizar o olho para relaxar a acomodação), utilizando esferas positivas (+3 
ou 4D) até atingir 3 a 5/10 ou ½ da AV. O doente deve olhar para objectos ao longe. 
Aguardar 1-2 minutos (1ª prescrição num hipermétrope esperar 10 minutos). 
- Retirar fracções 0.50D de esfera de forma a se atingir a melhor acuidade visual 
(imagem mais nítida). 
Se melhora - continuar a retirar até as 2 opções serem equivalentes. 
Se não se altera – poder dióptrico adequado, dando o maior poder dióptrico 
positivo ou o menor negativo. 
 
NOTA: Não retirar a 1ª lente sem que a 2ª esteja colocada! 
 
2. Ajustar o eixo e poder do cilindro: 
A. Método do círculo horário 
 
A.1 Colocar a esfera (acabada de testar) e o cilindro resultante da 
retinoscopia/autorefractometria nas armações de prova e realizar o fogging. 
A.2 Observar o círculo horário. 
 
 
Luisa Vieira 
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REFRACÇÃO SUBJECTIVA Protocolo 
 
 - Se todas as linhas forem iguais  astigmatismo corrigido; 
- Se uma linha for mais escura que as outras  corresponde ao meridiano mais 
amétrope devendo ser corrigido com cilindro negativo no eixo complementar 
(a 90º) até que todas as linhas sejam iguais; 
 - Se continua mais escura  valor dióptrico insuficiente; 
- Se a linha mais escura for perpendicular à anterior  valor dióptrico 
excessivo. 
A.3 Reduzir o fogging até à melhor AV. 
 
B. Método do cilindro cruzado de Jackson 
 
B.1 Colocar a esfera (acabada de testar) e o cilindro resultante da 
retinoscopia/autorefractometria nas armações de prova e realizar o fogging. 
B.2 Reajustar o eixo do cilindro: 
 - Colocar os eixos do cilindro cruzado a 45º do eixo pré-determinado; 
- Virar o cilindro cruzado ao contrário e perguntar ao paciente qual das duas 
opções origina uma imagem mais escura e nítida: 
 - Se igual – eixo correcto; 
- Se diferente - rodar o eixo do cilindro (15º em baixas dioptrias, 5º em 
altas dioptrias) na direcção do eixo positivo ou negativo do cilindro 
cruzado (positivo se cilindro positivo; negativo se cilindro negativo); 
 - Repetir o processo até que as 2 opções pareçam semelhantes 
B.3 Reajustar o poder do cilindro: 
- Alinhar os eixos do cilindro cruzado com os principais meridianos da lente 
cilíndrica correctora; 
 
Luisa Vieira 
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REFRACÇÃO SUBJECTIVA Protocolo 
 
- Virar o cilindro cruzado ao contrário e perguntar ao paciente qual das duas 
opções origina uma imagem mais escura e nítida: 
 - Se igual – poder correcto; 
- Se prefere o positivo – adicionar +0.25D até que as duas opções 
sejam semelhantes; 
- Se prefere o negativo – adicionar -0.25D até que as 2 opções sejam 
semelhantes; 
- Por cada alteração do poder cilíndrico de 0.50D deve-se alterar o poder da 
esfera em metade do poder e com sinal contrário - Equivalente esférico 
 Ex . +0.50D  subtrair 0.25D à esfera 
 -0.50D  adicionar 0.25D à esfera 
B.4 Reduzir o fogging até à melhor AV 
 
4. Reajustar a esfera: 
A. Fogging com +0.25D e posteriormente retirar fracções 0.25D de esfera de forma a 
se atingir a melhor acuidade visual (imagem mais nítida). 
B. Realizar o teste do duocromo questionando o doente se vê melhor as letras com o 
fundo verde ou com o fundo vermelho. 
- Se o doente vê melhor o verde deve-se utilizar lentes positivas ou diminuir o 
poder negativo. 
 - Se o doente vê melhor o vermelho deve-se utilizar lentes negativas ou 
diminuir o poder positivo. 
 
NOTA 1: Este teste baseia-se na aberração cromática do olho: comprimentos de onda curtos 
(verde) focam à frente dos maiores (vermelho). Um olho emétrope foca entre os dois  VÊ 
IGUAL VERDE E VERMELHO 
 
 
 
 
NOTA 2: Não pode ser utilizado quando AV < 6/10 por não conseguir discriminar diferenças de 
0.50D. 
NOTA 3: Pode ser utilizado em daltónicos. 
Fig. 1 - O verde está mais perto da mácula  Hipermetropia Fig. 2 - O vermelho está mais perto da mácula  Míope 
 
Luisa Vieira 
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REFRACÇÃO SUBJECTIVA Protocolo 
 
5. Equilíbrio binocular: 
A. Fogging com +2.00D ODE até diminuir a AV. Posteriormente coloca-se -0.25D num 
olho e tapa-se um e outro alternadamente. O doente deve ser capaz de identificar que 
é naquele olho que a imagem é mais nítida. 
- Se isso não acontecer deve-se adicionar/retirar 0.25D de esfera até que o 
equilíbrio esteja atingido. 
OU 
B. Método de dissociação prismática (teste mais sensível) 
 - Fogging com +1.00D ODE; 
 - Colocar um prisma vertical +4.00 a +5.00D num dos olhos; 
- Coloca-se a linha de optotipos a 5/10 AV. O doente deve ver uma linha acima 
da outra; 
- Adiciona-se +0.25D num dos olhos – se estiver em equilíbrio o doente verá a 
imagem ainda mais enevoada nesse olho; 
- Se isso não acontecer deve-se adicionar/retirar 0.25D de esfera até que o 
equilíbrio esteja atingido.