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Apostila teórico II

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Processos Refrativos
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Me. Paulo Henrique Oliveira de Lima
Prof.ª Esp. Andréia Harayasiki
Revisão Textual:
Caique Oliveira dos Santos
Refração Objetiva: Retinoscopia
Refração Objetiva: Retinoscopia
 
 
• Apresentar os princípios ópticos da retinoscopia; 
• Conhecer a estrutura, os recursos e as possibilidades da retinoscopia;
• Analisar as características dos reflexos;
• Estudar os movimentos e da neutralização com e sem lente de trabalho.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO 
• A Retinoscopia;
• Sistema de Iluminação ou de Projeção;
• Sistema de Observação.
UNIDADE Refração Objetiva: Retinoscopia
A Retinoscopia
A retinoscopia, ou esquiascopia (palavra que vem do grego σκιόεις, que significa 
sombra, e σκοπέω, que significa observar; logo, “observação das sombras”), é um método 
objetivo de refração.
Dessa forma, ela pode ser obtida sem que o paciente informe qualquer tipo de resposta, 
apenas com o examinador interpretando o comportamento da luz refletida na retina por 
meio do retinoscópio.
Para realizar a retinoscopia, é necessária uma leve colaboração do paciente, para que ele 
mantenha sua fixação no objeto, seja o optótipo para perto, seja para longe, seja qualquer 
outro estímulo. A retinoscopia reduz o tempo e os erros na refração, além de ser imprescindí-
vel na hora de realizar a refração em situações em que a comunicação é difícil ou impossível, 
como em crianças não verbais, pessoas com problemas mentais, surdos ou muito idosos.
Figura 1
Fonte: Acervo do Conteudista
O Retinoscópio
O retinoscópio é um instrumento que combina um sistema de iluminação com um 
sistema de observação no mesmo eixo. Desse modo, um feixe de luz é projetado, seja 
uma faixa, seja um ponto, sobre o fundo do olho. O sistema de observação permite ver 
o reflexo de luz proveniente da retina do olho explorado pelo espelho. Esses raios são 
afetados por todo o estado refrativo do olho pelo qual, dependendo das características 
de seu movimento, você vai poder detectar problemas refrativos, como a miopia, a hi-
permetropia ou o astigmatismo.
8
9
Sistema de Iluminação ou de Projeção
O sistema de projeção ilumina a retina do olho explorado e é composto pelas seguin-
tes partes:
Figura 2 – Representação de um retinoscópio
Fonte: Adaptado de MARTÍN; VECILLA, 2012
• Fonte de iluminação: constituída de uma lâmpada com um filamento linear, ela 
projeta uma linha ou uma faixa de luz que pode ser rotacionada para explorar di-
ferentes meridianos;
• Lente condensadora: consiste em uma lente que focaliza a luz da lâmpada no 
espelho do retinoscópio;
• Espelho: situado na cabeça do aparelho, ele pode apresentar um orifício central 
ou estar semirrevestido para que os raios de luz refletidos na retina do olho possam 
ser explorados;
Figura 3 – Tipos de retinoscópio e espelhos
Fonte: Adaptado de MARTÍN; VECILLA, 2012
• Luva de comando: esse sistema permite variar a distância entre a lâmpada e a 
lente, de modo que o retinoscópio possa projetar raios divergentes, quando o es-
pelho estiver na posição plana, ou raios convergentes, quando o espelho estiver na 
posição côncava. Na maioria dos retinoscópios, a mudança focal ocorre ao alterar 
verticalmente o comando de focagem.
Na Figura 3, temos o sistema Copeland, em que o espelho plano fica na posição 
superior e o côncavo na inferior, enquanto, no sistema Welch Allyn, temos o espelho 
plano na parte inferior e o côncavo na parte superior;
9
UNIDADE Refração Objetiva: Retinoscopia
• Fonte de energia: está situada no cabo do aparelho. O retinoscópio pode ser ali-
mentado por baterias ou conexão com a rede elétrica. Ele dispõe de um reostato que 
permite modificar a intensidade da luz e o consumo de energia.
Podemos, ainda, diferenciar os tipos de retinoscópio em dois, pela forma com que proje-
tam a luz. O retinoscópio de ponto produz uma luz em forma de cone, enquanto o retinos-
cópio de faixa apresenta uma luz em forma de faixa luminosa. Este é o tipo mais utilizado.
Figura 4 – Diferença entre retinoscopia de ponto e de faixa
Fonte: FURLAN; MONREAL; ESCRIVÁ, 2009
Sistema de Observação
O sistema de observação permite ver o reflexo luminoso proveniente da retina do olho 
explorado por meio do espelho. Esses raios são afetados pelo estado refrativo do olho, o 
que faz com que as características do movimento possam ser detectadas e interpretadas 
como defeitos refrativos.
Conceitos Básicos de Retinoscopia
Nesta subunidade, você vai compreender o funcionamento da retinoscopia, com as 
características básicas para sua realização.
Reflexo Retiniano
Em condições normais, a luz do retinoscópio viaja até o paciente e a imagem da luz 
é formada em sua retina. Dessa forma, na pupila da pessoa, é observado um reflexo 
luminoso procedente ou refletido pela retina. Esse fenômeno tem o nome de reflexo re-
tiniano. Ao mesmo tempo, por fora da pupila, podemos ver uma faixa luminosa emitida 
pelo retinoscópio. A relação entre o movimento e o restante desses reflexos é utilizada 
para determinar o estado refrativo do olho.
No reflexo retiniano de uma pessoa emetrope, os raios refletidos são paralelos ao 
eixo óptico, enquanto, em um hipermetrope, são divergentes e, no míope, são conver-
gentes, conforme a Figura 5 demonstra.
10
11
Figura 5 – Formação da imagem da luz na retina
Fonte: Adaptado de MARTÍN; VECILLA, 2012
Tipos de Sombras
As sombras são definidas como movimento a favor (ou diretas), quando o movimento da 
faixa de luz emitida pelo aparelho e o movimento da luz refletida pela retina do olho têm 
direções iguais, e movimento contra (ou inversas), quando apresentam direções opostas, tal 
qual a Figura 6 exemplifica.
Figura 6 – Tipos de sombra e movimento retiniano
Fonte: Adaptado de MARTÍN; VECILLA, 2012
Espelhos
Nesta subunidade, você aprenderá o conceito e um pouco mais sobre o funcionamento 
dos espelhos que o retinoscópio apresenta, em especial quando usar um e quando usar 
o outro.
Espelho plano
Na posição do espelho plano, a luz emitida pelo retinoscópio é divergente e a presen-
ça de sombras diretas (movimento a favor) pode significar a presença de miopia menor 
do que 1,50D para uma distância de trabalho de, aproximadamente, 66 cm, emetropia 
ou hipermetropia.
Isso significa que o ponto remoto (PR) do paciente está situado atrás da retina (ponto 
virtual). Todavia, em situação contrária, quando há a presença de sombras inversas, signi-
fica miopia superior a 1,50D, ou seja, o PR do paciente deve estar situado antes da retina, 
como a Figura 7 demonstra.
Figura 7 – Faixas, movimentos de sombras retinianas,
suas relações com as ametropias e lente de trabalho
Fonte: Adaptado de Sociedade Portuguesa Oftalmologia
11
UNIDADE Refração Objetiva: Retinoscopia
Espelho Côncavo
No caso da posição do espelho côncavo, a luz emitida pelo retinoscópio é convergente 
(aproximadamente a 35 cm) e, portanto, o significado do movimento das sombras é o 
contrário aplicado à posição do espelho plano. Dessa forma, o movimento a favor signifi-
ca miopias maiores do que 1,50D, enquanto o movimento contra, menores do que 1,50D 
para a distância de trabalho de, aproximadamente, 66 cm, emetropia ou hipermetropia.
Neutralização
O objetivo da retinoscopia é neutralizar as sombras com a ajuda de lentes, que podem ser 
positivas, no caso de movimento a favor, ou negativas, para o movimento contra, até que 
não se tenha mais movimento algum. O ponto de neutralização ocorre quando situamos o 
PR do paciente na abertura do retinoscópio, de modo que todos os raios que refletem na 
retina do olho e a pupila apareçam, uniformemente, iluminados em todos os movimentos.
Para que alcancemos a neutralização, é necessário que conheçamos o estado refrati-
vo exato. Na realidade, a neutralização não é um ponto, mas sim uma zona, cuja mag-
nitude depende das dimensões da pupila e da distância de trabalho. A determinação da 
zona de neutralização não é algo simples, uma vez que se trata de um ponto dentro de 
uma zona de dúvida,logo quando a direção das sombras começa a mudar.
Figura 8 – Características dos fenômenos de faixa, reflexo retiniano, 
brilho e largura nos movimentos a favor e contra
Fonte: Pixabay
Neutralização
A favor Contra
Devagar
Opaca 
Fina
Devagar
Opaca 
Fina
Rápida
Brilhante
Larga
Rápida
Brilhante
Larga
Movimento contraMovimento a favor
Sem
Movimento
Brilhante
Pupila Cheia
Figura 9
Fonte: Adaptado de Getty Images
12
13
Quando chegamos à zona de dúvida, é preferível a escolha da lente anterior à inver-
são do movimento das sombras.
Distância de Trabalho
O objetivo da retinoscopia é situar o ponto remoto do paciente na abertura do apa-
relho, enquanto da refração no infinito óptico, de modo que sua imagem se forme na 
retina na ausência de acomodação. Para calcularmos o estado refrativo real do paciente 
para longe, precisamos medir o equivalente da distância em que a retinoscopia foi reali-
zada em dioptrias, com lentes que neutralizam o movimento das sombras.
Chamamos de retinoscopia bruta o valor da lente que neutraliza o movimento das 
sombras, enquanto denominamos retinoscopia líquida o valor da retinoscopia bruta me-
nos a distância de trabalho.
Importante!
A distância de trabalho é a distância do instrumento do examinador até o olho examina-
do, que é, geralmente, equivalente à distância do braço do examinador.
Na Prática!
Vamos medir a sua distância de trabalho. Para isso, segure o retinoscópio próximo 
ao olho, como se estivesse olhando através do orifício. Com o outro braço esticado, 
fique em uma posição confortável, de modo que consiga trocar as lentes. A distância do 
instrumento até a outra mão é a distância de trabalho. Meça-a com uma fita métrica.
A distância de trabalho é útil para sabermos o valor que vamos descontar ou acrescer 
à potência encontrada na esquiascopia. Para isso, vamos transformar a distância de 
trabalho em uma dioptria. Você se lembra de como se faz?
1D
f
=
Supondo que a distância do retinoscópio à sua mão (ou seja, a distância do braço) é 
50 cm, quanto seria a nossa distância de trabalho em dioptrias?
1
1
05
2,00
D
f
D
D D
=
=
=
Esse valor encontrado é importante, pois, para encontrarmos, a retinoscopia líquida, 
precisamos subtraí-lo da retinoscopia bruta. Por exemplo, se fizermos uma retinoscopia 
e encontrarmos um valor bruto de +6,00, qual será o valor da retinoscopia líquida, se 
minha distância de trabalho for 40 cm?
13
UNIDADE Refração Objetiva: Retinoscopia
1Retinoscopia líquida Retinoscopia bruta
1Retinoscopia líquida 6,00
04
Retinoscopia líquida 6,00 2,50
Retinoscopia líquida 3,50
f
= −
= + −
= + −
= +
Lente de Trabalho
Para evitar a necessidade de realização de cálculos para encontrarmos o valor da reti-
noscopia líquida, podemos utilizar uma lente de trabalho. Isso significa que podemos colo-
car uma lente fixa na armação de provas ou foróptero, cujo valor seja igual ou correspon-
dente ao poder dióptrico da distância de trabalho, e, dessa forma, realizar a retinoscopia.
Dessa maneira, uma vez que conseguimos chegar ao ponto de neutralização do mo-
vimento, basta que retiremos a lente de trabalho para obtermos o valor da retinoscopia 
líquida. Esse procedimento pode apresentar vantagens, como reduzir possíveis erros de 
cálculo e permitir um procedimento mais rápido.
Características do Reflexo
Ao realizar a retinoscopia, você deve prestar atenção em alguns detalhes muito im-
portantes. Primeiro, deve determinar o tipo de sombra, se o seu movimento é a favor 
ou contra. Assim, antes de começar a colocar lentes para neutralizar o movimento, é 
importante que três características básicas do reflexo sejam observadas: a velocidade do 
movimento, o brilho e a largura.
Velocidade
Os erros refrativos elevados produzem reflexos lentos, visto que o reflexo se move 
com menor velocidade quanto mais longe se encontra o ponto remoto, aumentando a 
velocidade à medida que se aproxima dele. Contudo, erros refrativos menores produzem 
reflexos rápidos. 
Brilho
Com relação ao brilho, quanto mais longe está o ponto de neutralização, menos in-
tenso será o reflexo. Ao se aproximar do ponto remoto, ele ficará mais brilhante. 
Os movimentos contrários produzem menor brilho do que os movimentos a favor do 
erro refrativo. Desse modo, pode ficar mais fácil trabalhar sempre com sombras diretas, 
ou seja, com movimento a favor.
Largura
A largura do reflexo é menor quanto mais afastado está o ponto remoto, e o preen-
chimento da pupila ocorre quando se alcança o ponto de neutralização.
14
15
Fazendo Retinoscopia
Podemos realizar a retinoscopia utilizando a caixa de provas, o foróptero ou a régua 
de esquiascopia, esta última consiste em lentes de poder crescente alinhadas de maneira 
que realizamos o procedimento mais rápido do que com lentes soltas.
Figura 10 – Caixa de provas (A); foróptero (B); régua de esquiascopia (C)
Fonte: Reprodução
Para que consigamos realizar uma boa retinoscopia, podemos manter uma ilumina-
ção baixa ou penumbra, a fim de facilitar a observação das sombras e diminuir a miose. 
Na retinoscopia estática, o paciente deve manter os dois olhos abertos e olhar fixamente 
um estímulo, como o maior optótipo (20/200, geralmente), estimulando, ao mínimo, a 
acomodação. Podemos também embaçar a visão do olho não explorado com uma lente 
de aproximadamente +2,00D, de modo a relaxar a acomodação. O examinador realiza 
primeiro o procedimento no olho direito do paciente utilizando o instrumento em seu 
próprio olho direito, enquanto usa o esquerdo no olho esquerdo do paciente. Dessa for-
ma, garantimos que o sujeito possa sempre manter o olhar no ponto infinito com olho 
não explorado, como mostra a Figura 11.
PACIENTE OPTOTIPO
RETINOSCÓPIO
EXAMINADOR
d = 66 cm
Figura 11 – Posição do examinador e do paciente na retinoscopia
Fonte: Adaptada de MARTÍN; VECILLA, 2012
É importante que você realize a retinoscopia no eixo óptico do paciente, ou seja, que 
veja o reflexo retiniano proveniente da mácula. Pode haver uma mínima obliquidade na 
observação de 3°, aproximadamente. Nessa posição, identificamos o tipo das sombras 
(se estão a favor ou contra o movimento) e neutralizamos com as lentes adequadas.
15
UNIDADE Refração Objetiva: Retinoscopia
Determinando a Refração
As principais funções da retinoscopia dizem respeito à exploração, à busca, à análise e 
ao diagnóstico de erros refrativos do paciente. Assim, você deve determinar primeiro qual 
é o tipo do erro refrativo que ele apresenta, para então determinar os valores encontrados.
Nesta subunidade, você aprenderá como qualificar e quantificar os erros refrativos 
com a técnica da retinoscopia.
Ametropias Esféricas
Para encontrarmos as ametropias esféricas, como miopia e astigmatismo, devemos 
entender que as sombras aparecerão na mesma velocidade, brilho e intensidade em 
todos os meridianos. Portanto, vamos neutralizá-los utilizando lentes esféricas. Também 
podemos estimar a quantidade da ametropia usando as seguintes técnicas:
• Miopia: o avaliador pode se aproximar do paciente com o retinoscópio, na posição 
do espelho plano, até que as sombras fiquem a favor. Depois, voltará para trás até en-
contrar a zona de neutralização. Nesse momento, o avaliador estará no ponto remoto 
do paciente, e a conversão da distância em dioptrias demonstrará o grau de miopia 
apresentada. Uma vez realizada a medição, devemos afinar a retinoscopia à distância 
de trabalho. Essa técnica é mais indicada para miopias entre –5,00 e –10,00D;
• Hipermetropia: podemos utilizar a técnica do realce, que consiste em subir lenta-
mente o comando do retinoscópio, passando da posição de espelho plano para côn-
cavo, até fazermos o reflexo retiniano o mais estreito possível. Caso não pudermos 
estreitar o reflexo retiniano, trata-se de uma hipermetropia de 1,00D ou menor, é 
importante saber que nessa técnica pode ocorrer oscilação em torno de +2,00D. 
Quando o comando se move em sua totalidade, conseguimos o máximo realce do 
reflexo retiniano. Isso significauma hipermetropia acima de +5,00D.
Importante!
Em ametropias mais elevadas, podemos ter a sensação de não existir sombras, o que pode 
ser confundido com o ponto de neutralização ou alguma alteração nos meios refrativos. 
Para confirmar se a ausência de sombras é correspondente ao ponto de neutralização, 
o examinador pode se postar de 10 cm a 15 cm do paciente. Se aparecerem sombras 
a favor (com espelho plano), confirmamos a suspeita de ser o ponto de neutralização. 
Entretanto, se o reflexo não se alterar, podemos estar diante de uma alta ametropia 
ou defeito nos meios refrativos. Para descartar a segunda hipótese, podemos colocar 
lentes de maior potência, como 3,00D, 5,00D ou 10,00D. Se continuar sem aparecerem 
sombras, confirmamos a suspeita de problemas nos meios transparentes.
Ametropias Cilíndricas
Na retinoscopia, nós podemos reconhecer a presença do astigmatismo quando en-
contramos reflexos diferentes em cada meridiano principal, nos quais podemos encontrar 
16
17
diferentes velocidades, larguras e brilhos das faixas. Quando não exploramos na mesma 
direção que o meridiano principal, observamos que o movimento do reflexo não é pa-
ralelo à faixa.
Dessa forma, para realizarmos a retinoscopia em um olho com astigmatismo, encon-
tramos três situações:
• As sombras de ambos os meridianos estão a favor;
• As sombras de ambos os meridianos estão contra;
• Um dos meridianos apresenta sombra a favor e o outro apresenta contra.
Localização do Eixo Cilíndrico
Existem quatro fenômenos que permitem encontrar o eixo cilíndrico:
• Fenômeno da quebra: ocorre quando não estamos explorando na direção do me-
ridiano principal. O reflexo retiniano e a faixa não são coincidentes, apresentando 
uma quebra de paralelismo. Devemos, então, girar a faixa para torná-la paralela ao 
reflexo retiniano;
Figura 12 – Fenômeno da quebra de continuidade da faixa
Fonte: MARTÍN; VECILLA, 2012
• Fenômeno da largura: o reflexo retiniano aparece mais fino quando coincide com 
a direção do eixo cilíndrico;
Figura 13 – Alinhamento da faixa com o refl exo
Fonte: MARTÍN; VECILLA, 2012
17
UNIDADE Refração Objetiva: Retinoscopia
• Fenômeno da intensidade: o reflexo retiniano aparece mais brilhante quando 
coincide com o eixo;
• Fenômeno da inclinação: ocorre quando a orientação é correta e podemos mo-
ver ligeiramente a faixa sem rotacioná-la, produzindo um movimento paralelo ao 
reflexo retiniano. Ainda que estejamos em uma orientação equivocada, o reflexo e 
a faixa se movem em direções diferentes.
Figura 14 – Inclinação da faixa com relação ao reflexo 
retiniano para encontrar o eixo do meridiano principal
Fonte: Adaptado de Sociedade Portuguesa Oftalmologia
Importante!
Na prática clínica, os fenômenos de quebra e largura são mais úteis em cilíndricos 
elevados, ainda que os de intensidade de brilho e inclinação proporcionem mais ajuda 
nos casos de cilíndricos menores.
Uma vez que você neutralizou o reflexo retiniano, pode afinar o eixo cilíndrico com a 
técnica do cavalgamento, que consiste em mudar 45° em cada direção do eixo proposto 
e comparar ambas as imagens. No caso de serem diferentes, em relação ao brilho, à 
largura ou à definição, o eixo proposto estará errado. Para calcular a orientação 
adequada, é necessário mudar o cilindro até o lado em que o reflexo retiniano seja mais 
brilhante e estreito, até não encontrar mais diferença entre as imagens.
18
19
Neutralização da Potência Cilíndrica
Basicamente, existem dois modos diferentes de neutralizar as sombras do astigmatis-
mo: neutralização com lentes esféricas e neutralização com lentes esféricas e cilíndricas.
• Neutralização com lentes esféricas: ao identificar os dois meridianos principais, 
você neutraliza um deles com lentes esféricas.
Gire a faixa em 90° e neutralize o outro meridiano com lentes esféricas. Anote os 
dois esféricos e a orientação de cada meridiano.
Importante!
Ao realizar a retinoscopia, identifique os dois meridianos principais. Se eles tiverem as 
sombras a favor do movimento em 90° e 180°, coloque a faixa de maneira vertical para 
explorar o meridiano horizontal. Digamos que conseguimos a neutralização com uma 
lente esférica de +5,50D. Gire a faixa em 90°, ou seja, a faixa, que antes era vertical, ago-
ra é horizontal, para explorar o meridiano vertical. Dessa forma, digamos que o reflexo 
foi neutralizado com +2,00D e a refração desse olho será: +5,50<>-3,50x180°.
Na Prática!
Querido(a) aluno(a), para fixar um pouco a questão da retinoscopia utilizando lentes 
esféricas, vamos fazer um exercício.
Digamos que um paciente entra em seu consultório e você irá atendê-lo.
No olho direito, ao explorar o meridiano horizontal, com a faixa a 90°, foi encontrado 
a potência de +2,50D. Ao alterar a faixa em 90°, você verifica que as sombras estão 
fazendo um movimento contra, com uma diferença de 1,00D do outro meridiano. Qual 
é a refração desse olho?
• Neutralização com lentes esféricas e cilíndricas: você pode neutralizar o meridiano 
mais positivo com a lente esférica e o outro com uma lente cilíndrica. Esse procedimen-
to é mais preciso, pois permite a comprovação da neutralização de todos os meridianos.
Importante!
Se utilizarmos o exemplo anterior, depois de neutralizar o meridiano horizontal 
com uma lente de +5,50D, ao explorar o meridiano vertical, você verá as sombras 
com movimento contra que podem ser neutralizadas com um cilíndrico negativo 
de –3,50D. A orientação do cilíndrico deve ser igual à da faixa, nesse caso, em 180°.
Quando colocamos a faixa na orientação vertical (90°), exploramos o meridiano 
horizontal (180°), pois o movimento necessário para observar as sombras é realizado 
da direita para a esquerda, no plano horizontal. Ao contrário, se colocarmos a faixa 
na orientação horizontal (180°), o movimento a ser realizado será de cima para baixo, 
ou seja, o meridiano explorado será o vertical. Por esse motivo, o eixo do cilíndrico vai 
coincidir com a orientação da faixa, e não com a orientação do reflexo retiniano.
19
UNIDADE Refração Objetiva: Retinoscopia
Figura 15 – Passo a passo de como realizar a retinoscopia estática
Fonte: Adaptado de MARTÍN; VECILLA, 2012
Na Prática!
Vamos agora aprender o passo a passo de como realizar a retinoscopia estática:
• Instrua o paciente a fixar o olhar no objeto o mais longe possível e examine o olho direito;
• Determine se o erro refrativo é esférico ou astigmático, mudando a posição da luva 
de comando do retinoscópio e a distância entre o examinador e o paciente até o 
reflexo retiniano a ser neutralizado. Feito isso, gire a luva em 360°, de modo a veri-
ficar se há o fenômeno da quebra, da mudança de brilho dentro da pupila:
 » Se o erro refrativo for esférico, o reflexo dentro da pupila será contínuo, sem que-
bra. Se o erro for astigmático, o reflexo dentro da pupila pode não ser contínuo, 
com quebra;
20
21
Não é um dos meridianos principais Um dos meridianos principais
Figura 16 – Quebra de continuidade em erro refrativo não esférico
Fonte: Adaptada de CARLSON, 2015
» Uma vez que a luva for girada em 360°, a largura do reflexo dentro da pupila será 
constante em um erro refrativo esférico e variar em um cilíndrico (fenômeno da 
largura). Como a luva é girada, o brilho do reflexo retiniano se manterá constante 
em um erro esférico e pode variar no astigmático. Os meridianos principais corres-
pondem às orientações da luva, que mostrarão a largura dos reflexos e seu brilho;
Erro refrativo esférico: todos os meridianos com a mesma espessura
Figura 17 – Erro refrativo esférico
Fonte: Adaptada de CARLSON, 2015
» Em um erro astigmático, como a faixa é movida por meio da pupila do paciente, 
o reflexo dentro dela se moverá paralelamente ao movimento da faixa na íris do 
paciente. Isso ocorre quando a faixa está alinhada em um dos dois meridianos 
principais. O reflexo se moverá em direções diferentes da faixa quando ela não 
estiver alinhada com um dos meridianos principais.
Astigmatismo: a espessura do re�exo varia nosdiferentes meridianos.
Figura 18 – Diferença de espessura no astigmatismo
Fonte: Adaptada de CARLSON, 2015
• Se um erro refrativo for esférico, observe se o reflexo está a favor ou contra o 
movimento e adicione lentes positivas ou negativas para neutralização, verifique 
a posição da luva de comando do retinoscópio (se o espelho é plano ou côncavo) 
21
UNIDADE Refração Objetiva: Retinoscopia
e o tipo de movimento da faixa. A Tabela 1 demonstra o tipo de movimento com 
espelho plano, côncavo e o tipo de lente a se adicionar;
Tabela 1 – Lentes e espelhos usados na neutralização do movimento
Erro refrativo Movimento com espelho plano
Movimento com 
espelho côncavo
Lentes utilizadas para 
neutralização
Emetropia ou
hipermetropia
A favor Contra Positiva
Baixa miopia Neutralização Neutralização Nenhuma
Miopia maior do que a 
distância de trabalho Contra A favor Negativa
Fonte: Adaptada de CARLSON, 2015
• Para neutralizar um erro astigmático, é necessário que, primeiro, você identifique 
um dos meridianos principais, como no passo 2. Então, neutralize cada um dos 
meridianos separadamente. Quando utilizar um foróptero com lentes cilíndricas 
negativas, você pode neutralizar um meridiano com as lentes esféricas e o outro 
em combinação com as lentes cilíndricas, lembrando que o esférico deve ser o mais 
positivo ou menos negativo.
Para um iniciante, pode ser difícil determinar qual meridiano é o menos negativo 
no começo para ser neutralizado primeiro. Os demais meridianos podem ser exa-
minados e ajustados apenas usando lentes esféricas;
• Quando ambos os meridianos estiverem neutralizados, reexamine o meridiano neu-
tralizado com esférico e ajuste o poder esférico, se necessário;
• Quando encontrar a neutralidade, reexamine todos os meridianos com a luva de 
comando em ambos os espelhos, plano e côncavo. Se a verdadeira neutralização 
ocorreu, todos os meridianos vão parecer neutros em qualquer posição do retinoscópio. 
Caso não consiga, tente novamente até conseguir;
• As lentes, ou combinações de lentes, que produzem a neutralização são chamadas 
de “retinoscopia bruta”. Repita os passos 2 a 6 no olho esquerdo;
• Converta a retinoscopia bruta em retinoscopia líquida, algebricamente descontando 
a sua distância de trabalho convertida em dioptrias no valor esférico de cada olho;
• Meça a acuidade visual do paciente com cada olho usando a potência encontrada 
na retinoscopia líquida.
Você pode achar que a retinoscopia só serve para encontrarmos erros refrativos, certo? 
Felizmente, seu uso não é tão limitado. Ao ler o artigo “Retinoscopia a dois metros na 
detecção de fatores causadores de ambliopia em crianças de Curitiba”, disponível em sua 
midiateca, qual outro uso muito importante você consegue estabelecer para a retinoscopia?
Vamos ao AVA!
No AVA, você vai encontrar o “Simulador de retinoscopia” disponibilizado pela Alcon, 
para que treine essa técnica que é uma das principais da refração. Acesse lá!
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Retinoscopia Dinâmica
Você pode realizar a retinoscopia em visão próxima também. O que isso significa? 
Significa que ela é feita com o paciente recebendo um estímulo acomodativo, ou seja, 
utilizando sua acomodação. Dessa forma, se utilizarmos esse critério, a retinoscopia para 
longe recebe o nome de estática, por não usar a acomodação.
Figura 19
Fonte: Reprodução 
Retinoscopia Mohindra
A retinoscopia Mohindra tem como objetivo determinar o erro refrativo do paciente 
usando a luz do retinoscópio como ponto de fixação. Esse método pode ser utilizado 
em adultos, mas é, particularmente, mais utilizado em crianças, em especial crianças 
muito pequenas.
Para proceder ao teste, você só precisa de lentes e do retinoscópio. Então, você deve 
estar a 50 cm do paciente. Durante esse procedimento, observa-se o olho direito do 
paciente com o seu olho direito, e o esquerdo com o esquerdo. A sala deve estar comple-
tamente escurecida e o retinoscópio com um nível de luz que permita a observação do 
reflexo sem ofuscar o paciente. Com o resultado final da retinoscopia, desconte +1,25D 
no valor esférico para corrigir o valor da distância.
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UNIDADE Refração Objetiva: Retinoscopia
Importante!
É de suma importância que você se lembre de descontar o valor de correção sempre que 
realizar a retinoscopia dinâmica Mohindra. Vamos utilizar outro exemplo para enten-
dermos melhor. Digamos que encontramos um valor bruto de +5,50 <> –3,50 × 180°. 
Realizamos Mohindra e ficamos, portanto, com um valor de +4,25 <> –3,50 × 180°.
Na Prática!
Então, vamos para um passo a passo de como realizar Mohindra:
1. Oclua o olho esquerdo e examine o olho direito;
2. Se você estiver examinando uma criança, peça que ela olhe para a luz. Se isso 
não acontecer, estimule a atenção da criança fazendo sons. Se estiver examinando 
uma criança maior ou um adulto, fale para ela ou ele olhar diretamente para a luz;
3. Examine e observe quais são os meridianos principais;
4. Usando uma lente de teste (do foróptero, caixa de provas ou régua de esquias-
copia), identifique o poder no qual neutraliza cada meridiano;
5. Calcule sua retinoscopia bruta usando o cilindro negativo;
6. Desconte o valor de +1,25 esférico do componente esférico do seu exame. O re-
sultado esferocilíndrico representa a distância corrigida do paciente;
7. Oclua o olho direito do paciente;
8. Repita os passos 2 ao 6 no olho esquerdo;
9. Anote a acuidade visual do paciente utilizando a correção que você encontrou.
Retinoscopia de Merchan
A retinoscopia de Merchan, assim como a de Mohindra, tem como objetivo determi-
nar o erro refrativo do paciente usando a luz do retinoscópio como ponto de fixação, ou 
o cartão fixo no retinoscópio.
Trata-se de retinoscopia dinâmica monocular, em que o paciente deve estar fixando 
a luz do retinoscópio ou a figura imantada fixada na cabeça do retinoscópio; é realizada 
a 40 cm. A iluminação da sala deve ser reduzida. Ao final, deve-se descontar do valor 
encontrado um valor de acordo com a idade do examinado, conforme tabela a seguir:
Tabela 2
Idade Compensação
menos de 40 1,25
40 a 44 1,50
45 a 48 1,75
49 a 52 2,00
53 a 56 2,25
57 a 60 2,50
61 a 64 2,75
acima de 64 3,00
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Exemplo:
Retinoscopia encontrada em paciente com 18 anos de idade.
OD: +2,00 × 180° e +2,00 × 90° = +2,00D esférica, devemos descontar da retinos-
copia bruta o valor da lag conforme tabela, assim chegaremos na retinoscopia líquida: 
+2,00 –1,25 = +0,75D esférica.
Importante!
O resultado esperado é 0,50D a 0,75D mais positiva que o resultado da retinoscopia está-
tica; se a diferença for maior ou menor, indicará problemas na acomodação.
Retinoscopia de Nott
O objetivo da retinoscopia de Nott é medir o atraso acomodativo (Lag) em condi-
ções binoculares.
Para proceder à retinoscopia de Nott é necessário que a sala tenha a iluminação redu-
zida, você deve estar a 40 cm do paciente. 
A DIP deverá estar ajustada para perto no foróptero ou armação de provas. Posicionar 
os optótipos no retinoscópio. O paciente deverá olhar para os optótipos referentes à AV 
20/20. Com as lentes do foróptero ou caixa de provas, iniciamos a neutralização das 
sombras, se lag positivo (lentes positivas), se lag negativo (lentes negativas). 
Observe o poder e o sinal da lente com a qual as sombras são neutralizadas e anote-
-os. O resultado esperado é +0,25D a +0,75D.
Retinoscopia de MEM (Método de Estimação Monocular)
Assim como a retinoscopia de Nott, o objetivo da retinoscopia de MEM é medir o 
atraso acomodativo (Lag), mas em condição monocular. 
Para realizar esse procedimento a distância é a mesma que a de Nott, porém as len-
tes não devem ser colocadas no foróptero ou na armação de prova, e sim à frente do 
olho por, aproximadamente, dois segundos, não alterando, dessa maneira, o estado de 
acomodação binocular do paciente.
Utilizar lentes da caixa de prova de +0,50D (caso lag positivo), ou –0,50D (caso lag 
negativo), verificar o movimento das sombras e retirar a lente (aproximadamente dois 
segundos), acrescentarou diminuir a dioptria até o preenchimento total da sombra.
O resultado esperado é +0,25D a +0,75D.
Importante! 
Na retinoscopia de Nott, utilizamos as lentes do foróptero ou caixa de prova para neutralizar 
as sombras, já, na retinoscopia de MEM, as lentes são posicionadas em frente ao olho do pa-
ciente para o mesmo objetivo. Na retinoscopia de MEM, as lentes são posicionadas por dois se-
gundos para não interferir na resposta acomodativa do outro olho e manter a visão binocular.
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UNIDADE Refração Objetiva: Retinoscopia
Retinoscopia de Bell
Essa retinoscopia tem como finalidade avaliar o estado acomodativo em condições re-
ais de leitura. Para o procedimento, é necessário o retinoscópio, uma esfera cromada (bola 
de metal brilhante com diâmetro de ½ polegada) fixada na extremidade de uma haste.
É realizada com a iluminação da sala reduzida; apoiado de iluminação na esfera cro-
mada, o optometrista segura a haste com a esfera na altura dos olhos do paciente e com 
a compensação óptica, caso necessite. O retinoscópio é mantido à distância de 50 cm 
dos olhos do paciente, a esfera é movida em direção ao paciente lentamente e o opto-
metrista deve observar o movimento das sombras; caso se depare com sombras a favor, 
deve aproximar mais a esfera até que perceba sombras contra, registrar a distância em 
que as sombras começam a mudar de a favor para contra. Repetir no olho contralateral.
O resultado esperado é que as sombras contra sejam observadas na distância de 
35 cm a 40 cm.
Em síntese
Nesta segunda unidade, você estudou o que é a retinoscopia, uma importante ferra-
menta para refração e detecção de erros refrativos do olho, além de determinar a res-
posta acomodativa. 
Aprendeu também a fazer a retinoscopia estática, com o paciente olhando para o infini-
to, e a retinoscopia dinâmica, com o paciente olhando para um estímulo próximo, como 
a luz do instrumento, além de como usar as lentes para realizar a tarefa.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Refração Prática
DUKE-ELDER, S. Refração prática. 10. ed. Rio de Janeiro, RJ: Rio Med, 1997. 
306 p. 
Prática em Optometria Preventiva
SILVA, N. M. Prática em Optometria Preventiva. Lages, SC: Norte, 2000. 181 p. 
Óptica e refração ocular
URAS, R. Óptica e refração ocular. São Paulo, SP: Cultura Médica, 2000. 180 p. 
(Coleção Manuais Básico CBO).
Refração Prática
DUKE-ELDER’S. Refração Prática. 10. ed. Rio de Janeiro: Rio Med, 1997. 306 p.
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UNIDADE Refração Objetiva: Retinoscopia
Referências
ALVES, M. R. Refratometria ocular e a arte da prescrição médica. 3. ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
BENJAMIN, W. J. Borish’s clinical refraction. 2. ed. Philadelphia: W.B. Saunders, 2006.
CARLSON, N. B. Clinical procedures for ocular examination. 4. ed. New York: 
McGraw-Hill Education, 2015.
FURLAN, W.; MONREAL, J. G.; ESCRIVÁ, L. M. Fundamentos de optometría: 
refracción ocular. Valencia: Universitat de València, 2009.
MARTÍN, R.; VECILLA, G. Manual de optometría. 2. ed. Madrid: Editorial Medica 
Panamericana, 2012.
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Outros materiais