Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Prof. Érika Gomes Alves Especialista em gerontologia e saúde do idoso Especialista em Traumato ortopedia com ênfase em terapia manual Mestre em saúde, sociedade e endemias da Amazônia Manaus – AM 2017 SEMIOLOGIA É a parte da semiologia que pesquisa a origem e a interpretação dos sinais. ANAMNESE É a parte da semiologia que compreende as técnicas de pesquisa dos sinais e sintomas EXAME FÍSICO SEMIOGÊNESE SEMIOTÉCNICA AVALIAÇÃO Consiste em Fornecer informações ou dados que possa diagnosticar a doença e identificar as incapacidades (alteração funcional) Objetivos da avaliação Alta Evolução do paciente Traçar um plano de tratamento Estabelecer os objetivos Identificar o grau de função e disfunção É importante que o fisioterapeuta compreenda o grau de debilidade imposto pela doença, Seu potencial de recuperação, Complicações Precauções e Contraindicações. Importância Etapas do processo de avaliação Anamnese Exame Físico Avaliação PROCESSO DE AVALIAÇÃO 7 1º componente do tratamento do paciente Fisioterapeuta adquire informações de diversas fontes • triagem abrangente e testes específicos • Identificação dos comprometimentos • Análise da possibilidade ou não de tratamento fisioterapêutico. PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO 8 Avaliação do Paciente Diagnóstico cinesiologico funcional Prognóstico Intervenção Resultados Elementos no Tratamento do Paciente 9 As doenças podem ser semelhantes mas os pacientes nunca são iguais PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO CLÍNICA 10 CIPRIANO, 2012. REGISTRO DOS DADOS 11 CI CIPRIANO, 2012. ETAPAS DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO 12 Exame Avaliação funcional • História, revisão dos sistemas, medidas e testes específicos. Análise dos dados coletados • Interpretação dos achados para determinar o diagnóstico, o prognóstico e o plano de tratamento. Diagnóstico fisioterapêutico • Identificação de disfunções que direcionarão a intervenção, sinais e sintomas, comprometimentos, limites funcionais, incapacidades Plano de tratamento Prognóstico • Projeção do nível ideal e cronograma de alta, • descrição do tratamento do paciente, objetivos previstos e resultados esperados, frequência e duração das intervenções, frequência do plano de alta. ANAMNESE 13 Mecanismo pelo qual se obtém uma visão geral da informação atual e anteriores; Fontes de informação: entrevistas com paciente/familiar documentos médicos relato de outros membros da equipe ou de quem o encaminhou ELEMENTOS DA ANAMNESE 14 Identificação • Inicio do relacionamento com o paciente: • Nome, idade, sexo, endereço, etc. • Dados socioeconômicos Queixa Principal • Motivo que levou o paciente a procurar atendimento. • Segundo informações do paciente. História da doença Atual • Registro de todos os dados que se relaciona a doença atual. • Inicio, evolução, tratamentos.... ELEMENTOS DA ANAMNESE 15 História da doença pregressa • Informações sobre toda (se possível) a história clinica do paciente • Demais patologias História Familiar • Doenças de familiares. • Questionamentos sobre a relação de hereditariedade das doenças. História Social • Informações sobre a ocupação profissional. • Hábitos de vida; etilismo, tabagismo, lazer, atividade física. TIPOS DE PERGUNTAS 16 Perguntas abertas: devem ser feitar de forma que o paciente se sinta livre para expressar se sem restrições. O que o sr. está sentido? Perguntas focadas: feita de forma específicas , o paciente deve sentir se a vontade para falar sobre um tema ou sintoma específico. Qual a parte que dói? Perguntas fechadas: servem para complementar o que o paciente não falou, de forma específica. A perna dói quando o sr. anda? Caso Clinico 17 Dona ADB 75 anos, moradora do Pêra, aposentada, vive só em sua residência Diz sentir fortes dores no joelho direito O médico a informou que estava com artrose no joelho direito A mesma apresenta edema, calor, e dificuldades para andar, além de diminuição da massa muscular PA foi de 150 X 90, FR 22, FC 80, Temp. 36,6C Nega etilismo, bem com, tabagismo. Relata ainda ser frequentadora do centro de convivência próximo de sua residência Sente essas dores a 4 anos após cair no banheiro e ter machucado o joelho, não procurou tratamento. CASO CLÍNICO 18 Paciente D.V.S.P, do sexo feminino, idade de 25 anos, casado, natural de Coari, Amazonas, da cor parda , procurou o serviço de fisioterapia para possível intervenção. A mesma informa ainda que trabalha do costureira em uma confecção própria, e é residente do bairro Pêra. A procura por atendimento se deve as constates dores no pescoço, a paciente relata que sente estas dores há 3 meses e que se utilizou de compressa térmica e automedicação analgésica para alívio das dores, sem sucesso procurou por auxílio médico, por meio do qual foi encaminhado a Fisioterapia, trazendo consigo o exame radiológico da cervical. Ainda na anamnese a mesma relata ser hipertensa e que seus pais são cardiopatas. Paciente relata ser usuário de álcool esporadicamente, além de praticar exercícios 3 vezes na semana. 19 Caso clínico Nome: D.V.S.P Idade: 25 anos Estado civil: casado Naturalidade: Amazonas Cor: parda Profissão: Costureira Local de trabalho: Confeção do norte End:. Bairro do Pêra. QP: dor no pescoço HDA: paciente relata que sente dores no pescoço há 2 meses e que se utilizou de compressa térmica e automedicação analgésica para alívio das dores, sem sucesso procurou por auxílio médico, por meio do qual foi encaminhado a Fisioterapia. HPP: paciente hipertensa HFAR: pais cardiopatas HSOCIAL: paciente relata ser usuário de álcool socialmente, além de praticar exercícios 3 vezes na semana Exames complementares: Raio-x 20 EXAME FÍSICO EXAME FÍSICO 21 Consiste na aplicação métodos e técnicas de avaliação utilizados na maioria dos pacientes e composto de Inspeção e Palpação Inspeção : é o ato de observar o paciente detalhadamente. Palpação: é o ato de tocar o paciente. Avaliação do paciente em diferentes decúbitos. INSPEÇÃO 22 23 Palpação: é o ato de tocar o paciente, acontece através do tato e da pressão, Tato: são fornecidas informações sobre as áreas superficiais, Pressão: observa-se as áreas mais profundas, Exemplo de informações fornecidas na palpação: temperatura, volume, sensibilidade e consistência. A palpação pode ainda ser realizada: com a palma ou dorso da mão, por dígito-pressão com a polpa do polegar ou indicador. PALPAÇÃO 24 Palpação da ATM Triagem dos Sistemas Corporais 25 Objetivo: identificar quaisquer anormalidades ou déficits que exijam testes adicionais ou mais específicos. queixa do paciente + revisão dos sistemas = decisões clinicas distinguir problemas que podem ou não ser tratados com intervenções fisioterapêuticas. Medidas e testes específicos 26 Objetivo: proporcionar informações aprofundadas sobre comprometimentos, limitações funcionais e incapacidades. Os dados gerados nesses testes são o meio pelo qualdelimita se a possível causa de base do comprometimento e limitações apresentados. 27 Instabilidade do Ombro 28 INSTRUMENTOS 29 LÁPIS DERMOGRÁFICO GONIÔMETRO FITA MÉTRICA MARTELO DE REFLEXOS PINCEL DE CERDAS ESTETOSCÓPIO 30 Inspeção: é o ato de observar o paciente detalhadamente, deve ser realizado bilateralmente de forma comparativa, a área a ser avaliada deve estar despida, o ambiente deve ser adequado e todo o procedimento bem esclarecido ao paciente, ou ao responsável pelo mesmo. O paciente deve ser observado detalhadamente. Face: expressões, assimetrias; Ombros: desníveis, assimetria da cintura escapular; Cintura pélvica: assimetria; Pele: aspecto, sinais de inflamação, cicatrizes, dermatites, deformidades; Marcha: tipo de marcha, se usa auxílio para locomoção; Musculatura: - Tônus: hipertonia, hipotonia; Trofismo: hipertrofismo, hipotrofismo Movimentos involuntários; Edema. Cont. 31 AVALIAÇÃO DO ESTADO GERAL 32 Avaliação subjetiva com base no conjunto de dados exibidos pelo paciente e interpretado de acordo com a experiência de cada um. Estado geral Bom Estado geral Regular Estado geral Ruim Compreender até que ponto a doença atingiu o organismo visto como um todo AVALIAÇÃO DO NÍVEL DO CONSCIÊNCIA 33 Avaliação Do Nível De Consciência E Do Estado Mental Implica Dois Aspectos: Neurológico E Psiquiátrico Resultante De Diversas Áreas Cerebrais Coordenadas O nível de consciência expressa o grau de alerta comportamental do indivíduo, o estado de alerta e vigília. Significa que o mesmo responde às perguntas e/ou comandos de forma clara, objetiva e orientada. SINAIS VITAIS Expressam o funcionamento e alteração dos órgãos; Incluem a medida fisiológica da: temperatura, pulso, pressão arterial e da frequência respiratória; Exame físico completo ou na revisão da condição do paciente; TEMPERATURA CORPORAL É a diferença entre a quantidade de calor produzida pelos processos corporais e a quantidade de calor perdida para o ambiente externo. Indica atividade metabólica Termorregulação: Hipotálamo > circulação periférica > pele temp. interna x temp. externa fatores de interferência: idade, ovulação, atividade física.. Axilar Bucal Retal Temperatura: Axilar: 35,5 a 37ºC Bucal: 36 a 37,4ºC Retal: 36 a 37,5ºC Hipotermia/ hipopirexia • valores abaixo do normal Hipertemia/ hiperpirexia • Valores acima do normal mais fatores ambientais Febre • Valores acima do normal sem fatores ambientais PROCEDIMENTO Lavar as mãos Orientar o paciente quanto ao procedimento Reunir material e levar à unidade do paciente Paciente deitado ou recostado confortável Limpar o termômetro com algodão em álcool Descer a coluna de mercúrio totalmente (caso seja esse modelo) Colocar o termômetro na axila apoiado pelo braço Retirar o termômetro após 5 a 7 minutos Ler a temperatura na escala Limpar com algodão embebido em álcool Lavar as mãos Anotar no prontuário da(o) paciente PULSO PULSO É o limite palpável do fluxo sanguíneo observados em varias partes do corpo. É o indicador do sistema circulatório, deve ser continuo e com volume apropriado. Com a contração do ventrículo esquerdo há uma ejeção de um volume de sangue na aorta, e dali, para a árvore arterial, sendo que uma onda de pressão desloca-se rapidamente pelo sistema arterial, onde pode ser percebida como pulso arterial. Por tanto o pulso é a contração e expansão alternada de uma artéria PULSO Temporal Carotídeo Braquial( MSS/PA) Radial( Mão) Ulnar (Mão) Poplíteo (MMII) Tibial Posterior (Pé) Pedioso (pé) PULSO Frequência cardíaca normal: Lactentes: 120-160 BC/min Crianças: 90-140 BC/min Pre-escolar: 80-110 BC/min Idade Escolar: 75-100 BC/min Adolescente: 60-90 BC/min Adulto: 60-100 BC/min RITMO : Regular x Irregular Normalmente há um intervalo regular entre cada pulso Um intervalo interrompido por batimento precoce ou tardio, ou falta de batimentos indica arritmia. AMPLITUDE Reflete o volume de sangue ejetado contra a parede sanguínea a cada contração IGUALDADE Verificar em ambos os lados. Pulso Regular • As pulsações ocorrem com intervalos iguais Pulso irregular/ • Ora são mais longos ora mais curtos, indicam arritmias Taquicardia • Acima de 100 pulsações por minutos Bradicardia • Menos de 60 pulsações por minutos PROCEDIMENTO 45 Pulso radial a artéria radial encontra-se entre a apófise estilóide do rádio e o tendão dos flexores, sendo que para palpá-los emprega- se os dedos indicador e médio, com o polegar fixado no dorso do punho do paciente, sendo que o examinador usa a mão direita para examinar o pulso esquerdo e vice versa PRESSÃO ARTERIAL PRESSÃO ARTERIAL É a força lateral, sobre as paredes de uma artéria, exercida pelo sangue pulsando devido a pressão do coração. • Débito cardíaco = FC x VS • Pressão arterial = DC x RVP • Resistência Vascular periférica – resistência do fluxo : tônus e diâmetro dos vasos. • Viscosidade • Elasticidade Fatores que influenciam a Pressão Idade Estresse/ emoções Raça Medicamentos Sexo Média da pressão arterial normal: Idade Pressão(mmHG) 1 mês 85/54 1 ano 95/65 6 anos 105/65 10-13 anos 110/65 14-17 anos 120/75 Adulto médio 140/90 Os valores máximos estabelecidos pelo Consenso Brasileiro da Sociedade Brasileira de Cardiologia par indivíduos acima de 18 anos é de 140/90 mmHg. A pressão arterial sistólica como a diastólica podem estar al teradas isolada ou conjuntamente PROCEDIMENTO 52 Método auscultatório : coloca-se o diafragma do estetoscópio suavemente por sobre a artéria braquial; insufla-se o manguito suavemente até o nível previamente determinado.. em seguida desinsufla-se lentamente, à uma velocidade de 2 a 3 mmHg por segundo. Verifica-se o nível no qual os ruídos (de Korotkoff) são auscultados, o que corresponde à pressão arterial máxima. Continua-se baixando a pressão até o abafamento das bulhas e a seguir o desaparecimento completo dos ruídos de Korotkoff, o que corresponde à pressão arterial mínima. Em algumas pessoas, o ponto de abafamento e o de desaparecimento ficam muito afastados, e em raras situações chegam a não desaparecer. A diferença entre a pressão arterial máxima e mínima é chamada de pressão de pulso. Frequência Respiratória A respiração é a troca de gases dos pulmões com o meio exterior, que tem como objetivo a absorção do oxigênio e eliminação do gás carbônico. crianças 30 a 40 irpm adulto - 14 a 20 irpm Apnéia • Ausência da respiração Eupnéia • Respiração Nornal Dispnéia • Dificuldade de respirar Bradpnéia • Diminuição da frequência respiratória Taquipnéia • Aumento da Frequência Respiratória PROCEDIMENTO 55 Contarmos quantas respirações (inspiração e expiração) o paciente executa dentro de um (1) minuto Ao observarmos a frequência respiratória devemos avaliar também o ritmo respiratório que tem como valor fisiológico (normal) a relação entre a inspiração e a expiração (Relação I:E) em 1:2, sendo 1 tempo para a inspiração e 2 tempos para a expiração. Não deixar o paciente perceber a avaliação pois isso alterar o resultado. Avaliação musculoesquelética: Conceitos e práticas Prof. Erika Gomes AlvesMANAUS - AM AVALIAÇÃO MUSCULAR 57 Consiste na avaliação dos distúrbios do sistema muscular e esquelético através da aplicação de testes específicos e escalas direcionadas a diversas disfunções. Busca de sinais de disfunções que evidenciem o possível diagnóstico. Inspeção * Palpação * testes/escalas AVALIAÇÃO MUSCULAR 58 Inspeção: observação do relevo das massas, tônus, integridade da pele, coloração, presença de edema. Palpação: inicia se com o músculo em repouso e segue solicitando a contração do mesmo. trofismo * tônus * força TROFISMO MUSCULAR 59 Corresponde a massa do próprio músculo. É a variação da secção transversa do músculo. É a variação do número de sarcômeros no músculo em paralelo. Normal • Volume muscular sem alterações Hipertrofia • volume mm aumentado Hipotrofia • Volume muscular reduzido Pseudo hipertrofia • Substituição de tecido muscular por tecido adiposo TROFISMO MUSCULAR 60 Atrofia Hipertrofia Pseudo hipertrofia Hipotrofia AVALIAÇÃO DO TÔNUS 61 O tônus muscular é um estado de tensão permanente do músculo estriado (semi contração), mesmo quando em repouso. Estado de tensão elástica (contração ligeira) que apresenta em repouso e que lhe permite iniciar a contração imediatamente depois de receber o impulso dos centros nervosos. Num estado de relaxamento completo (sem tônus), o músculo levaria mais tempo a iniciar a contração. AVALIAÇÃO DO TÔNUS 62 Tônus normal: sem alterações Hipertonia: estado de contração mm aumentado, mesmo em repouso Hipotonia: redução ou ausência de tônus Espasticidade: aumento do tônus muscular associado a lesão do SNC. Estado de tensão muscular a) inspeção; b) palpação muscular; c) mobilização passiva. (+ importante) CUIDADO! NEM toda hipertonia é uma espasticidade, MAS TODA ESPASTICIDADE É UMA HIPERTONIA! AVALIAÇÃO DO TÔNUS Classificação Hipotonia/ flacidez Hipertonia / rigidez Espasticidade / velocidade dependente AVALIAÇÃO DO TÔNUS Espástico >Movimento ativo , < repouso Mobilidade passiva: resistência inicial com facilidade posterior (sinal de canivete) Musc. Ditais / 4 membros Flexoress do m.sup e extens. M.inf Reflexos profundos exacerbados Rígida ou plástica Cede ao movimento ativo Maior ao repouso Musc. Proximais / agonistas e antagonistas , flexores e extensores Resiste ao mov. Passivo Roda denteada ou cano de chumbo Reflexos profundos normais/ levemente aumentados Hipertonia/ Rigidez. resistência ao longo de toda a trajetória do movimento (rigidez em “cano de chumbo”). e/ou um movimento que ocorre com pequenos solavancos (rigidez em roda dentada) Os resultados indicam uma condição envolvendo o sistema extrapiramidal. AVALIAÇÃO DO TÔNUS Tríade clássica AVALIAÇÃO DO TÔNUS Clônus BABINSKI SINAL do canivete clônus é uma contração muscular reflexa produzida por uma extensão brusca do tendão de um determinado músculo lesões corticospinais ESPASTICIDADE TÔNUS MUSCULAR FORÇA MUSCULAR 68 Termo amplo que se refere a habilidade do tecido contrátil de produzir tensão e uma força resultante com base nas demandas impostas sobre o músculo. É a maior força mensurável que pode ser exercida por um músculo ou grupo muscular para vencer uma resistência durante um esforço máximo único. Teste muscular manual dinamômetro manual dinamômetro isocinético FORÇA MUSCULAR 69 Dinamômetro manual: são dispositivos portáteis , que medem a força mecânica. Dinamômetro isocinético dispositivo eletromecânico estacionário que controla a velocidade de um segmento do corpo em movimento , fazendo resistência a ele. Escala de Oxford 70 MOVIMENTO ARTICULAR 71 1º Movimento ativo (ADMA): analisar as limitações do paciente (dor, bloqueios ósseos, força muscular) guiando o exame passivo; 2º Movimento passivo(ADMP): analisar a excursão articular; Medição angular; avaliação x evolução do tratamento. FATORES RELACIONADOS A ADM 72 Integridade das superfícies articulares e o nível de movimentação das articulações. Mobilidade e flexibilidade dos tecidos moles que circundam as articulações. Grau de aproximação dos tecidos moles. Quantidade de cicatrizes. Traumas anteriores Idade Sexo. 73 ADMA: Quantidade: ritmo, velocidade, padrão Qualidade do movimento Amplitude: visual x medidas objetivas (goniômetro) Comparação dos valores: referências na literatura membro oposto Dor: decorre de contraturas, pinçamentos, estiramentos de tecidos contráteis e não contráteis; * Alterações do movimento podem ser sinais de distúrbios neurológicos, sendo necessário testes específicos. 74 ADMP Efeito do movimento em relação aos sintomas Sensação final do movimento Padrão de limitação Depende da integridade das estruturas envolvidas. Dor: é causa por movimento , estiramento ou pinçamento de estruturas não contráteis. *comparando os tipos de movimentos que causam dor (Ativo/passivo) pode se delimitar as estruturas envolvidas. SENSAÇÃO FINAL/ TERMINAL 75 O final do movimento art .ocorre pelo bloqueio de estruturas que limitam tal mov. As características dessa sensação final podem ser detectadas pelo examinador. Resistência ou barreira anatômica ao movimento passivo = sensação final Macia Firme normais x patológicas Dura Vazia SENSAÇÃO FINAL PATOLÓGICA 76 Macia • Tem um aumento gradual da resistência a medida que os mm, e tec. Subcutâneos são comprimidos entre as partes do corpo. • Ex: edema , sinovite Firme • Aumento mais abrupto na resistência quando comparado a sensação final Macia • As estruturas cedem de forma moderada. Ex: tônus muscular aumentado, estiramento da cápsula art. Dura • É abrupta, • A uma interrupção imediata dos movimentos, como quando o osso faz contato com osso antes do esperado normal. • Ex: bloqueios ósseos • Fratura, corpos soltos na art. Vazia • Sensação vazia na articulação • Dor intensa quando movida passivamente • Fratura, luxação, bursite Reflexos Profundos 0 = reflexo ausente 1 = reflexo diminuído 2 = reflexo normal 3 = reflexo aumentado 4 = reflexo rápido com clônus ( contrações rítmicas, curtas) Reação de um músculo a uma extensão passiva pela percussão de um tendão; Depende da integridade de ambos os nervos aferente e eferente e de sua inibição pelas vias descendentes centrais. Reflexo aquileu - n. tibial - L5 a S2 Reflexo patelar - n. femoral - L2 a L4 Reflexo estilorradial - n. radial - C5 a C6 Reflexo bicipital - n. músculocutâneo - C5 a C6 Reflexo tricipital - n. radial - C7 a C8 Reflexos Profundos Reflexo estilorradial Reflexos Profundos Reflexos Profundos Reflexos profundos Reflexos profundos Reflexos superficiais são provocados pela estimulação da pele e não pela estimulação de tendões Cutâneo-plantar (L5-S1) excitação da região plantar) no sentido póstero-anterior, desde o calcanhar até a concavidade, fazendo uma curva no sentido medial. A resposta normal: flexão dos artelhos. Caso a resposta seja em extensão do hálux, estamos diante do clássico sinal de Babinski, indicador de lesão piramidal. Reflexos Superficiais – C5 → clavículas – C6 → polegar – C8 → 4 e 5 dedos – T4 → mamilos – T10 → umbigo – T12 → virilha – L4 → lado medial do 1º PDT – S1 → margem lateral do pé Dermatómos regiões da pele inervada por um único par de raízes sensitivas formam um Dermátomo. 85 músculos inervados por um único par de raízes motoras formam um miótomo Requisitos para avaliação da sensibilidade: paciente desnudo, relaxado, deitado, cognitivo preservado e ambiente sem estímulos sonoros. Explicar tudo que será feito e em seguida vendar os olhos do paciente. Comandos: Quando sentir que estou encostando em você, diga: SIM Diante de um SIM, perguntar ONDE e O QUE Testar bilateralmente Sensibilidade Sensibilidade: estesiômetro Segurar o cabo do instrumento de modo que o filamento de nylon fique perpendicular à superfície da pele, a uma distância de mais ou menos 2cm. A pressão na pele deve ser feita até obter a curvatura do filamento e mantida durante aproximadamente um segundo e meio, sem permitir que o mesmo deslize sobre a pele. Monofilamentos de nylon Cada um deles está relacionado com uma força específica para curvá-lo, varia de 0,05g a 300,0g no conjunto de seis monofilamentos. Quanto maior o diâmetro do fio, maior será a força necessária para curvá-lo no momento que é aplicado sobre a pele. tato e pressão, lesão de nervos periféricos teste começa com o monofilamento mais fino 0,05g (verde). Na ausência de resposta utilize o monofilamento 0,2g (azul) e assim sucessivamente. Aplique o teste nos pontos específicos dos nervos e registre-o colorindo os pontos específicos com a cor do monofilamento que o paciente sente Sensibilidade 89 Sensibilidade superficial Tátil: algodão seco, gaze ou pincel Dolorosa: alfinete ou palito Térmica: tubo com água quente (<45°C) e fria (>15°C) Sensibilidade profunda Palestesia: sensação vibratória, com diapasão nas eminências ósseas Artroestesia: propriocepção ou sensibilidade cinético-postural (posição da articulação, coordenação e marcha) SENSIBILIDADE Sensibilidade Manobras: Prova índex-nariz Prova índex-índex Prova calcanhar-joelho COORDENAÇÃO MOTORA Diadococinesia capacidade que uma pessoa tem em realizar movimentos rápidos alternadamente. Estático Parado, com os pés juntos e paralelos Leves empurrões, braços esticados Romberg: positivo para > oscilações ou queda *ataxia cerebelar Dinâmico Marcha com olhos abertos e fechados Caminhar encostando o hálux no calcanhar a cada passo EQUILÍBRIO Atividade em Sala 94 http://www.revistas.usp.br/actafisiatrica/article/ view/102901 95 Caso clinico- CIF Mulher de 80 anos, caiu da própria altura, durante uma atividade no parque, a mesma refere dor aguda no quadril do hemicorpo direito, e incapacidade de ficar em pé ou deambular sozinha. Após avaliação foi diagnosticada com fratura intertrocantérica à direita. Observou-se ao raio-x diminuição da massa óssea em região proximal de fêmur. REFERÊNCIAS 97 KISNER C.; COLBY, L. A. Exercícios Terapêuticos: Fundamentos e Técnicas. 3ª ed. São Paulo: Editora Manole. 2004. Capítulo 1. PORTO, C. Exame Clinico . Porto & Porto. 7 ed. São Paulo Ed. Guanabara Koogan, 2011. Capítulo 4 e 10. 98 Obrigada!!!!
Compartilhar