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AULA 1 SISTEMAS DE CONTROLE INDUSTRIAIS Prof. Alexandre Arioli 02 CONVERSA INICIAL Caro aluno, seja bem-vindo à primeira aula de Sistema de Controle Industrial. Daremos início à abordagem das áreas de processos que podem conter sistema de controle (CLPs). Você conhecerá os processos químicos de bebidas/alimentos, embalagem, cerâmicas e vidros. Analisaremos as principais características de cada processo e o sistema de controle que pode ser utilizado. Neste contexto, a ideia é que ao final da aula você tenha uma boa noção de alguns processos que se valem de adotar sistemas automatizados. CONTEXTUALIZANDO A fabricação de processos acontece nas indústrias química, farmacêutica, biotecnológica, alimentícia, de bebidas e de embalagens. Na indústria de processos, ingredientes, fórmulas e granel são os elementos do produto final, em vez de peças, montagens e componentes. A matéria-prima também é processada em formas intermediárias, que podem ser usadas na fabricação de componentes. Os materiais processados pelas máquinas automatizadas apresentam propriedades especiais e técnicas associadas à sua fabricação (Lamb, 2015). As máquinas automatizadas são criadas pela combinação de componentes e subsistemas de máquinas. As linhas de produção automatizadas usam uma combinação de máquinas customizadas e máquinas de fabricantes originais de equipamentos (OEM – Original Equipament Manuacturer), para montar ou produzir um produto final (Lamb, 2015). Vamos, nesta primeira aula, entender um pouco dos processos que podem ser automatizados. TEMA 1 – PROCESSAMENTO QUÍMICO O processamento químico envolve combinação ou mistura de ingredientes e muitas vezes a alteração de sua temperatura ou pressão. Alguns produtos ou compostos químicos são produzidos a granel para serem usados em processamentos futuros, incluindo produtos químicos básicos no estado sólido ou líquido, polímeros ou plásticos e petroquímicos. Esses produtos em geral são empacotados e armazenados em grandes quantidades para serem enviados para outros fabricantes ou processadores (Lamb, 2015). 03 Os produtos químicos a granel podem ser processados na produção de especialidades ou produtos químicos finos, como adesivos, selantes, revestimentos, gases industriais, produtos químicos eletrônicos, catalisadores e compostos de limpeza. Eles também são usados em bens de consumo como sabonetes, detergentes, loções e cosméticos. O setor de saúde utiliza produtos e compostos a granel na produção de medicamentos, vitaminas e produtos de diagnósticos. Devido ao alto custo de pesquisa e desenvolvimento e às especificações de regulações governamentais, esses produtos são feitos em ambientes laboratoriais controlados, o que os torna mais caros (Lamb, 2015). As variáveis de processo fundamentais na produção de produtos e compostos químicos são tempo, volume, temperatura, pressão, concentração de cada produto químico e transferência de calor. O processamento químico ocorre em torno do controle e do monitoramento dessas variáveis (Lamb, 2015). A produção e o processamento de produtos químicos podem ser muito perigosos, devido à sua natureza reativa. Pressão, temperatura, a acidez e quantidades devem ser monitoradas e controladas de maneira precisa. Isso requer instrumentação capaz de visualização, por meio de uma gama de produtos. As IHMs são usadas no campo em salas de controle para mostrar os diagramas do processo e fornecer controle e alarmes detalhados (Lamb, 2015). Figura 1 – Tela sistema de supervisão IHM Fonte: Kline Technical Consulting LLC. 04 As válvulas que controlam o fluxo de líquido e de gases em processo costumam ser analógicas; elas não só podem ser completamente abertas ou fechadas, mas também podem se mover em posições intermediárias. São conhecidas como válvulas proporcionais e contêm um sensor de retorno que verifica a posição, embora em algumas aplicações sejam utilizados sensores de fluxo. As variáveis de processo são monitoradas por meio de limites padronizados como alto e baixo, e limites que causam desligamentos, como muito baixo e muito alto (Lamb, 2015). Figura 2 – Processo químico Devido à natureza cáustica e explosiva de muitos produtos químicos, a segurança é um fator primordial na indústria. Os controles em geral são redundantes e os elementos mecânicos são projetados com margens de segurança altas. Produtos de segurança intrínseca e à prova de explosão são empregados nas fábricas de processamento químico. Os CLPs e os DCSs servem para controle, assim como controladores de PIDs e de temperaturas independentes. O layout físico de uma fábrica de processamento químico inclui uma tubulação elaborada com múltiplos vãos de contenção e de sustentação (Lamb, 2015). O modelo de batelada é o modelo básico para estimação de variáveis no processo químico. O processo de batelada envolve a produção ou o processamento de produtos em bateladas finitas, ao invés de um processo contínuo de produção. Essas bateladas podem ser medidas em litros, galões, ou 05 quilogramas, e são utilizadas em produtos farmacêuticos, alimentos e bebidas e especialidades químicas. A produção de bateladas é uma ferramenta flexível, permitindo o desenvolvimento de produtos múltiplos em uma mesma linha de produção (Rodrigues, 2012). A automação de batelada deve ser um processo detalhado, sempre com a quantidade correta de ingredientes, para garantir a qualidade dos produtos, e para que seja possível recomeçar o processo e configurar um produto completamente diferente, utilizando diferentes ingredientes e diferentes meios de processamento. Consistência e repetibilidade, considerando múltiplas bateladas, são fatores críticos, juntamente com a manutenção e o backup das diversas “receitas” utilizadas para criar variações nos produtos (Rodrigues, 2012). TEMA 2 – PROCESSAMENTO DE BEBIDAS E ALIMENTOS O processamento de alimentos se vale de componentes de carnes, grãos e vegetais para produzir gêneros alimentícios empacotados para uso comercial. Assim como o processamento químico, o processamento de alimentos demanda controle de temperatura e, muitas vezes, a mistura de ingredientes. A administração das regulamentações da indústria de processamento de alimentos nos Estados Unidos é monitorada pela FDA (Food and Drug Adminstration) e pelo Departamento de Agricultura; no Brasil, ela é feita pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Técnicas específicas para a indústria de alimentos incluem limpeza do lugar, congelamento rápido, secagem por pulverização e vários métodos de filtragem. O tratamento da água também é importante para o processo, devido à necessidade de limpeza dos equipamentos com substâncias cáusticas e às regulamentações federais que envolvem a descarga de águas de residuais. O manuseio e o embalo de produtos ou materiais também é essencial para a indústria de processamento de alimentos (Lamb, 2015). As máquinas de processamento de alimentos são construídas por OEM, que se especializam em aspectos específicos da produção, ou por fabricantes de máquinas customizadas, cientes dos requisitos especiais do processamento. As máquinas de processamento de alimentos podem ser usadas para preparação de ingredientes (corte, trituração, descamação ou moldagem), aplicação ou remoção de calor (cozimento ou congelamento), mistura de ingredientes ou tempero, ou enchimento de produtos. A maioria dos equipamentos utilizados no 06 processamento de alimentos é de aço inoxidável e permite lavagem pressurizada. Muito cuidado é tomado para garantir que os equipamentos não apresentem fendas nas quais certos contaminantes possam se alojar (Lamb, 2015). Os controles nas indústrias de processamento de alimentos e bebidas são similares aos do processamento químico, embora a maioria seja controlado porCLP. A instrumentação é usada na medição de temperatura e de taxas de fluxos; algumas vezes são usados controladores cujos dados são lidos em um sistema Scada ou de monitoramento. Alimentos e bebidas podem ser produzidos por diferentes métodos (Lamb, 2015): • Produção on-off, ou individual, não é adequada aos métodos automatizados. Exemplo desse tipo de produção são bolos de casamento ou decorações do bolo. • Produção em batelada, quando certo número de produtos de mesmo tamanho são produzidos com os mesmos ingredientes; trata-se de método periódico. Os equipamentos são configurados com um número final em mente, e os ingredientes são encomendados com base em uma estimativa da demanda. Muitas máquinas de produção de alimentos são construídas com informações sobre receitas, lotes e contagens incorporadas ao software. As medidas de peso e de líquidos também são importantes no processo de batelada. • Produção em massa, um método contínuo de produção de produtos. Ele é usado, por exemplo, na produção de alimentos enlatados e embalados. Nesse método, o produto passa de um estágio para outro ao longo de uma linha de produção. 07 Figura 3 – Processo de produção de pães O processamento de bebidas envolve a formulação de produtos, bem como o engarrafamento e o empacotamento. Os ingredientes básicos podem ser misturados em lote, para que seja possível controlar as proporções com precisão, ou de maneira contínua. Algumas bebidas, como cerveja ou uísque, requerem tempos longos para que os ingredientes venham a agir ou fermentar em um tanque com uma temperatura específica. Outros podem ser processados continuamente, diretamente na área de engarrafamento ou empacotamento. O engarrafamento é um processo de alta velocidade e há muitos equipamentos de OEM envolvidos na fabricação de máquinas padrão ou semicustomizadas. Os equipamentos de empacotamento, desde os contêineres de produtos esterilizados até o transporte a granel, são elementos fundamentais das indústrias de processamento de bebidas e de alimentos (Lamb, 2015). Figura 4 – Sistema de supervisão 08 Assim como a indústria de processamento químico, os processamentos de alimentos e de bebidas envolvem a visualização do processo. As IHMs e os sistemas de controle integrados permitem a visualização de cada um deles, desde a matéria-prima até o embalo. Muitos fornecedores de componentes de controle possuem modelos de pacotes específicos para a indústria de alimentos e de bebidas, com gerenciamento de receitas, coletas de dados históricos e telas. Também existem fabricantes de soluções customizadas especializados em equipamentos e em processamento de alimentos e de bebidas (Lamb 2015). TEMA 3 – PROCESSAMENTO DE EMBALAGEM A indústria de embalagens engloba a contenção, a rotulação, a orientação e o manuseio de produtos para distribuição, armazenamento e venda. Os produtos são empacotados de diversas formas, dependendo do estágio de produção e do tipo. Muitos produtos são produzidos a granel, mas devem ser embalados em unidades individuais para transporte ou venda (Lamb, 2015). As embalagens são classificadas em três grandes categorias. A embalagem primária é a primeira camada que envolve e mantém o produto. Essa camada é rotulada pelo marketing e está em contato direto com o produto. A embalagem secundária é usada para unir embalagem primária e também é rotulada para uso do consumidor. A embalagem terciária serve para movimentação de granéis, armazenamento e transporte (Lamb, 2015). As embalagens em geral são feitas de algum tipo de plástico ou de papelão, embora nas indústrias alimentícia e farmacêutica vidros e metais sejam muito usados. As máquinas de embalagem utilizam esses materiais disponíveis em forma de rolo ou colapsados para envolver o produto. Os métodos comuns de embalagens primárias incluem embalagem retrátil, empacotamento de papelão, embalagem blister e embalagem a vácuo. Esses métodos também são úteis na rotulagem fácil, baseada na aplicação de etiquetas adesivas, na impressão direta e em embalagens e sacolas impressas. Os métodos secundários também incluem empacotamento, ensacamento e embalagem do tipo bag-in-box, além de outras técnicas. As embalagens para transporte são criadas para garantir mais proteção e para facilitar o manuseio, e não tanto para garantir aspectos relacionados ao marketing e à aparência da unidade. 09 As máquinas de embalagem podem ser adquiridas como equipamentos de série, disponibilizadas no mercado por vários OEMs: etiquetadores, sistemas de checagem de peso, ensacadores, máquinas armadoras, enfaixadoras e retráteis para alimentos. Eles são fabricados em tamanhos padronizados por muitos fabricantes e podem ser encomendados e entregues em prazos curtos. Também são ajustáveis para vários tamanhos de embalagens e materiais de rotulagem. As máquinas podem ser customizadas pelos fabricantes a partir de projetos-padrão, mas algumas devem ser fabricadas de forma customizada, devido a requisitos especiais, como manuseio de materiais, tamanhos dos pacotes ou velocidade. Os usuários finais em geral customizam ou fabricam suas próprias embaladoras internamente (Lamb, 2015). Figura 5 – Empacotadora Certas considerações devem ser feitas na escolha ou projeto de uma máquina de embalagem. Por exemplo, o tipo de embalagem e a sua aparência final, os requisitos de espaço, o rendimento, a confiabilidade, a manutenção, os requisitos de mão-de-obra para operar a máquina e a flexibilidade do equipamento em relação ao tamanho do produto e a mudanças. As máquinas de embalagens são incorporadas em uma linha de manuseio de materiais, em um sistema de controle integrado. Acumular, orientar e arranjar fazem parte do processo de manuseio de materiais, bem como inspecionar e pesar produtos. A visão de máquina e a detecção de metais são comuns na indústria de embalagens (Lamb, 2015). As embalagens de líquidos incluem enchimento, tamponamento, fechamento, costura e vedação. A esterilização e a limpeza são parte do processo 010 de embalagem de líquidos, pelo fato de esse tipo de empacotamento em geral envolver comida ou bebida. A refrigeração e a secagem também são comuns em tarefas que envolvem manuseio de materiais e empacotamento de produtos (Lamb, 2015). A utilização de filme plástico requer o encolhimento do filme por meio de fornos e ar aquecido e a vedação das embalagens com equipamentos de vedação. A temperatura e o tempo são variáveis importantes nesse processo, controladas por dispositivos discretos, como controladores de temperatura, temporizadores e transportadores de velocidade variável. As máquinas de embalagem se valem de inúmeras tecnologias, desde componentes mecânicos e de controle simples até servos de alta velocidade e sistemas robóticos. A rotulagem pode ser aplicada nos pacotes por meio de etiquetas adesivas a partir de um dispenser ou da impressão direta em embalagens, sacos ou caixas. Os rotuladores são controlados por um sensor de detecção de peças, que atua como um gatilho. Também é possível usar um codificador ou outro dispositivo de detecção de velocidade para controlar o espaçamento. Os códigos de barras, elementos importantes da indústria de rotulagem, podem ser pré-aplicados nas etiquetas ou impressos diretamente nos produtos (Lamb, 2015). TEMA 4 – PROCESSAMENTO DE CERÂMICA As cerâmicas industriais são feitas a partir de óxidos de metais, como silício, alumínio e magnésio. Carbonetos, boretos, nitretos, feldspato e materiais feitos com argila também são ingredientes importantes. As cerâmicas são produzidas por meio de métodos parecidos aos utilizados na fabricação de metais e plásticos; a extrusão, a prensagem, a fundição, a moldagem por injeção e a sinterização são métodos comuns. A maioria das peças de cerâmica começa com um pó cerâmico, quepode ser misturado com outras substâncias, dependendo das propriedades necessárias. A matéria-prima pode ser uma mistura úmida ou seca com outros ingredientes, como elementos ligantes e lubrificantes (Lamb, 2015). A formação resfriada é o processo mais comum na indústria da cerâmica, embora os processos de formação a quente também sejam usados em algumas circunstâncias. As técnicas de prensagem incluem prensagem a seco, estática e a quente. A colagem de barbotina é outro método comum de produção de formas, 011 com paredes finais e complexas. Esse método às vezes é combinado com o uso de pressão aplicada a vácuo. A extrusão é usada para formar perfis contínuos e formas ocas. Isso é feito de maneira similar à extrusão plástica, mas sem a aplicação de calor. A forma plástica do material cerâmico é resultado da mistura de argila e água em temperatura ambiente. Essa mistura é forçada por uma matriz, com uso de um grande parafuso, conhecido como trado. A maioria dos materiais cerâmicos deve passar por tratamento térmico depois da formação. Isso é necessário tanto para secar a forma cerâmica de seu estado plástico quanto para aquecer ou endurecer o material, até que ele adquira a consistência final. Processos intermediários, como sintetização, também são feitos para transformar uma forma porosa em um produto mais denso, por meio da difusão de material (Lamb, 2015). A queima final das cerâmicas em geral é feita em um forno com temperatura alta, na ordem de milhares de graus. Isso provoca o processo de vitrificação, em que alguns dos componentes da cerâmica entram na fase vítrea, ligando partículas fundidas e preenchendo poros no material. Esse processo dá origem a um material duro, denso, porém quebradiço, que pode ser usado para vários propósitos. As cerâmicas são usadas como isolantes, em abrasivos para moagem, como revestimentos de ferramentas cortantes, como dielétricos para capacitores, em recipientes resistentes ao calor e em diversos outros produtos. As propriedades de dureza e resistência a altos níveis de calor tornam a cerâmica um elemento importante de peças como componentes de turbinas de motores de aviões, válvulas de motores e telhas de isolamento térmico (Lamb, 2015). Figura 6 – Linha de produção de cerâmica 012 TEMA 5 – PROCESSAMENTO DE VIDRO O vidro é uma substância feita de matérias inorgânicas, principalmente a sílica. Ele é fabricado por meio do aquecimento de seus ingredientes no estado liquido ou fusão; acontece então o resfriamento no estado sólido. As folhas de vidro são produzidas por um método conhecido como flotação, em que o vidro fundido é flotado em uma cama de metal fundido, geralmente estanho. Depois de resfriada de aproximadamente 1100 graus para 600, essa folha pode ser retirada do banho e colocada em rolos. O vidro é posteriormente resfriado enquanto passa por um forno, de modo que seja temperado sem deformação. Isso produz uma fita continua no vidro, muito plano e uniforme, que é então cortado em seções para transporte ou processamento posterior (Lamb 2015). As folhas laminadas de vidro com uma intercamada plástica em autoclave produzem um vidro seguro e inquebrável, que é usado para para-brisas automotivos. Reaquecer o vidro em um estado semiplástico e então resfriá-lo rapidamente com ar ou “ar temperado” leva à produção de vidro temperado. Esse processo culmina em um vidro de maior resistência mecânica e com peças menores e menos perigosas, caso quebre. O vidro temperado geralmente é indicado para janelas e portas que precisam de força e segurança. Figura 7 – Linha de Produção de Vidro Os recipientes de vidro são produzidos por prensagem, por sopro ou pela combinação de ambos. Garrafas, jarras e ampolas são formadas pela fundição por sopro do vidro num molde. Esse processo é similar à moldagem por sopro de plástico, em que um recipiente parcialmente fabricado, conhecido como parison é 013 reaquecido e assoprado em forma final. Esse método é conhecido como “soprado- soprado”, e é usado para recipientes de gargalo estreito. No método “prensado- soprado”, o parison é formado por um pistão de metal que pressiona o pedaço de vidro sólido para dentro do molde. Depois que o pistão é retirado, o parison é assoprado no molde. Um mecanismo é então usado para retirar o produto formado do molde, e o recipiente de vidro é resfriado de maneira uniforme e lenta, ou então temperado. Alguns recipientes são submetidos a tratamentos posteriores, como dealcalização – tratamento com gás químico –, para melhorar a resistência química do vidro (Lamb, 2015). Figura 8 – Como se fabrica vidro Fonte: Henrique; Fiorio, 2013. As fibras ópticas são formadas da mesma maneira que os fios: arrasta-se uma pré-forma para dentro de um fino trançado de vidro. Um tubo oco de vidro é colocado horizontalmente em um torno, onde ele é girado bem lentamente. A pré- forma é aquecida, e a fibra óptica é puxada para forma como uma corda. Gases são injetados junto com oxigênio à medida que o calor é aplicado para otimizar as propriedades da fibra óptica. Os fios são agrupados em um feixe de fibras ópticas e então revestidos com plástico para maior durabilidade e proteção. FINALIZANDO Nesta primeira aula, apresentamos alguns processos que podem ser automatizados e os desafios iniciais para a implementação de soluções nestas linhas de produção. A implantação de sistemas de automação em processos 014 químicos, alimentícios, cerâmico, em embalagens, e de vidros impõem desafios que devem ser avaliados para que custos, serviços de desenvolvimento e a própria implementação da solução de automação atinjam as necessidades e qualidade exigidas pelo cliente final. Na próxima aula, daremos continuidade à análise de processos industriais que podem ser automatizados. 015 REFERÊNCIAS HENRIQUE, F.; FIORIO, V. Como é fabricado o vidro. 2013. Disponível: <https://www.industriahoje.com.br/como-e-fabricado-o-vidro>. Acesso em: 07 dez. 2017. Kline Technical Consulting LLC. Disponível em: <http://klinenm.com/blog/wp- content/uploads/2013/08/scada-control-room.jpg>. Acesso em: 07 dez. 2017. LAMB, F. Automação industrial: na prática. Porto Alegre: AMGH Editora, 2015.
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