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Semiologia do Sistema Digestivo

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(
Julya Pavão
 - 
SEMIOLOGIA
) (
1
)
SEMIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTIVO
· CAVIDADE BUCAL
· ANAMNESE: entre os sintomas destacam-se a dor e a halitose.
· Dor: as causas mais comuns de dor de dente são as cáries dentárias em suas diversas fases, as alterações pulpares e as periodontais.
· Quando há grande perda do esmalte dentário, a presença constante de estímulos desencadeia um processo inflamatório da polpa chamado pulpite.
· As dores periodontais são causadas por estímulos físicos, químicos e bacterianos nas fibras nervosas livres do pericemento, periósteo e osso circunjacente.
· Os processos periodontais que provocam dor de dente na cavidade bucal são os abscessos agudos periapical e periodontal, a ostiomielite e a alveolite.
· Halitose: odor bucal desagradável (mau hálito).
· Em condições normais, o hálito humano não possui odores, sendo, no jovem, geralmente doce e agradável; no entanto, com o aumento da idade torna-se mais intenso, mas, habitualmente, não é desagradável.
· Pode ser também de origem metabólica e psicogênica.
· As causas locais podem ser uma higiene bucal deficiente; higiene deficiente em aparelhos protéticos; doenças gengivais e periodontais; lesões abertas de cáries dentárias, lesões de tecido mole com ulcerações, hemorragia ou necrose; áreas submetidas a cirurgia ou extração dentária; hábitos de fumar ou outros usos do tabaco; ingestão de alimentos e bebidas fortemente aromatizados.
· As causas gerais ou não-bucais são: respiratórias, digestivas, metabólicas ou psicogênicas.
· EXAME FÍSICO:
· Faz-se o exame dos lábios, bochechas, assoalho da boca, palato duro e mole, língua, dentes e mucosa alveolar.
· Utilizam-se espátulas de madeira, afastador bucal e gaze para prender e tracionar a língua.
· O exame deve iniciar-se com uma avaliação das condições gerais da boca do paciente. Essa apreciação inclui a higiene bucal, o estado dos dentes, a presença de lesões dos tecidos moles, uso de aparelhos protéticos, falta de dentes, presença de tártaros e halitose. Depois dessa avaliação geral é que se faz o exame de cada uma das estruturas anatômicas.
· ESÔFAGO
· ANAMNESE: a história clínica e a análise dos sintomas são tão importantes no reconhecimento das doenças do esôfago que é possível estabelecer o diagnóstico provável em cerca de 80% dos casos somente pela anamnese.
· As principais queixas dos doentes do esôfago são a disfagia (dificuldade à deglutição), odinofagia (dor que surge com a ingestão de alimentos), pirose (referida pelo paciente como azia, queimor ou queimação), dor esofagiana (não depende do ato de ingerir) e regurgitação (volta do alimento ou de secreções contidas no esôfago ou estômago à cavidade bucal, sem náuseas e sem a participação dos músculos abdominais).
· A eructação ocorre, na maioria das vezes, em consequência da ingestão de maior quantidade de ar durante as refeições, ou em situações de ansiedade.
· O soluço não constitui sintoma próprio das doenças do esôfago e nem mesmo do aparelho digestivo. No megaesôfago, o soluço é relativamente freqüente durante as refeições.
· A sialose, também denominada sialorreia ou ptialismo, caracteriza-se pela produção excessiva de secreção salivar, sendo observada nas esofagopatias obstrutivas de modo geral e, em particular, no megaesôfago chagásico.
· A hematêmese ou vômito com sangue caracteriza a hemorragia digestiva alta. A causa mais comum de sangramento de origem esofagiana são as varizes do esôfago.
· O exame físico geral do paciente pode fornecer subsídios úteis ao diagnóstico das doenças do esôfago. Assim, o estado nutricional está sempre comprometido nas doenças que cursam com disfagia e regurgitação, com o megaesôfago e as estenoses cerradas do esôfago. O câncer de esôfago acompanha-se de rápido e acentuado emagrecimento, desproporcional aos sintomas esofagianos. 
· ESTÔMAGO E DUODENO 
· O sintoma mais freqüente das doenças do estômago é a dor, cujas características semiológicas precisam ser corretamente analisadas. 
· Doenças inflamatórias ou neoplásicas que afetam a face serosa do estômago determinam dor contínua e intensa na parte alta do abdome, principalmente epigástrio. Quando uma lesão gástrica se estende a estruturas retroperitoniais, é comum a dor ser percebida na região dorsal do tronco.
· O alívio da dor epigástrica imediatamente após a ingestão de alimentos é frequentemente relatado por portadores de úlcera péptica, particularmente de úlcera duodenal.
· Manifestações comuns de doença do estômago e do duodeno são as náuseas e os vômitos. Vômitos contendo grande quantidade de alimentos ingeridos várias horas antes são fortemente indicativos de estase gástrica.
· Grandes quantidades de bile no vômito sugerem obstrução intestinal alta.
· Vômitos com sangue (hematêmese) denotam lesões a montante do ângulo de Treitz.
· Dispepsia é a designação de qualquer dor ou desconforto abdominal com localização principal no epigástrio, acompanhada ou não de saciedade precoce, plenitude epigástrica, distensão ou náuseas.
· Dispepsia funcional é qualquer dispepsia persistente ou recorrente, ocorrendo por pelo menos 12 semanas durante os 12 meses anteriores à consulta, sem alívio pela defecação, não associada a modificação da frequência das evacuações ou da forma das fezes, e sem qualquer evidência de doença orgânica que explique convenientemente os sintomas. Assim, dispepsia funcional é um diagnóstico de exclusão. 
· Pirose ou azia é a sensação de queimação retroesternal. É a expressão da inflamação ou irritação da mucosa esofagiana causada pelo refluxo gastroesofagiano.
· Deve-se proceder ao exame físico do abdome com o paciente em decúbito dorsal, relaxado, os braços estendidos ao longo do corpo.
· A inspeção pode revelar a existência de tumores localizados no epigástrio, que frequentemente se devem a neoplasias gástricas.
· A percussão convencional é destituída de valor para o diagnóstico de afecções do estômago.
· Duas modalidades de palpação do epigástrio devem-se ser praticadas a palpação superficial e a palpação profunda.
· A palpação superficial é praticada com as polpas digitais das duas mãos comprimindo pontos simétricos de cada hemiabdome, simultânea ou quase simultaneamente.
· A palpação profunda é executada com as polpas digitais dos maiores dedos de cada mão colocadas juntas, estando as mãos repousando sobre a superfície abdominal com seus eixos paralelos à linha mediana.
· INTESTINO DELGADO
· Com relação às doenças do intestino delgado, o raciocínio diagnóstico é mais influenciado pelas informações colhidas à anmnese do que pelos dados do exame físico.
· Os principais sintomas das afecções do intestino delgado são: diarréia, esteatorreia (aumento da quantidade de gorduras excretadas nas fezes), dor abdominal, distensão abdominal, flatulência e dispepsia, hemorragia digestiva, febre, perda de peso, anemia, edema, manifestações carenciais (as doenças do intestino delgado podem provocar má-absorção de um ou mais nutrientes, muitas vezes agravadas pela insuficiente ingestão alimentar) e insuficiência endócrina (devido à desnutrição protéica, anemia crônica e carência de vitaminas e oligoelementos).
· EXAME FÍSICO:
· À inspeção, o abdome pode apresentar-se escavado, quando há uma acentuada desnutrição, como pode ser visto na doença celíaca, nos linfonodos e na doença de Crohn. Mais frequentemente, contudo, o abdome apresenta-se com volume aumentado, adquirindo a forma globosa. Globosidade acentuada pode ser devida à ascite ou neoplasia.
· Um dos achados mais importantes da inspeção do abdome é o peristaltismo visível.
· A presença concomitante de dor abdominal em cólica e de ruídos hidroaéreos confere grande significado aos movimentos peristálticos visíveis, pois levantam a possibilidade de oclusão intestinal.
· A palpação superficial do abdome permite a constatação de hipotrofia da parede nos casos de desnutrição ou o aumento da tensão nas distensões hidroaéreas das alças intestinais e nas ascites de grande volume. Pode, ainda, revelar hipertonia associada a inflamações peritoniais localizadas ou generalizadas.A palpação superficial bimanual, feita cuidadosamente, pode detectar regiões de maior resistência, o que contribui para a identificação do local mais comprometido. O encontro concomitante de hiperstesia cutânea e de dor à descompressão brusca (sinal de Blumberg) compõe o quadro da irritação peritoneal.
· Quando há aumento do volume abdominal por distensão gasosa das alças intestinais, é comum o encontro de hipertimpanismo generalizado.
· A ausculta do abdome pode fornecer informações úteis. Aumento da frequência e da intensidade dos borborigmos, que chegam a ser audíveis à distância, indica movimentação anormal do conteúdo aéreo intraluminal.
· CÓLON, RETO E ÂNUS
· Os principais sinais e sintomas a serem discutidos nas doenças do cólon, reto e ânus são dor, diarréia e disenteria (caracteriza-se diarréia pelo número aumentado de dejeções, diminuição da consistência fecal e, às vezes, presença de restos alimentares nas fezes. Disenteria é uma síndrome na qual, além da diarréia, acompanhada de cólicas intensas, as fezes são mucossanguinolentas), mudança do ritmo intestinal, obstipação intestinal (fezes retidas por mais de 48 horas), sangramento anal, prurido anal, distensão abdominal, náuseas e vômitos (não são freqüentes), anemia e emagrecimento.
· O exame físico dos cólons e do segmento anorretal compreende o exame do abdome e o exame proctológico.
· Para o exame do abdome usa-se a inspeção, a palpação, a percussão e a ausculta.
· O exame proctológico compreende quatro etapas: inspeção da região anossacrococcígea, toque retal, anuscopia e retossigmoidoscopia, sendo este último um exame complementar que exige equipamento e preparo especial.
· PÂNCREAS
· É um órgão de difícil acesso ao exame físico.
· Dor é o sintoma mais freqüente sobretudo nos processos inflamatórios da glândula. Costuma ser contínua e sua duração é de horas. A localização mais comum é nas regiões epigástrica e hipocôndrio esquerdo. Piora com alimentação e pode diminuir quando o paciente inclina para a frente ou comprime o tórax com os joelhos.
· A descrição clássica de dor em faixa ou cinturão só é observada em pequena percentagem de pacientes.
· Náuseas e vômitos estão presentes em aproximadamente 75% dos casos dos processos inflamatórios do pâncreas.
· O emagrecimento pode surgir na vigência de uma pancreatite crônica, em consequência tanto da insuficiência exócrina quanto endócrina.
· A anorexia pode surgir em qualquer das doenças do pâncreas, sendo mais freqüente nos processos neoplásicos.
· A astenia é um sintoma presente em praticamente todas as doenças crônicas.
· A icterícia é um sinal muito comum nas diversas doenças pancreáticas.
· Na vigência de insuficiência pancreática, as fezes são volumosas, pastosas, brilhantes, de odor rançoso, coloração pálida, deixando traços ou camada oleosa sobre a água do vaso sanitário (esteatorreia).
· A má-absorção é representada por esteatorreia e creatorreia. A perda de gordura pelas fezes é devida à deficiência da lípase, responsável por sua digestão. A creatorreia corresponde à perda de proteínas nas fezes, devida à deficiência das enzimas proteolíticas, especialmente da tripsina e quimiotripsina.
· O diabetes pode variar desde a forma branda, revelada apenas por uma intolerância glicídica, até a forma franca.
· Na pancreatite aguda e na agudização de uma pancreatite crônica ocorrem hemorragias por ruptura de vasos sanguíneos devida à digestão das paredes destes pelas enzimas pancreáticas ativadas, sobretudo pela elastase.
· Antecedentes pessoais: afecções biliares, traumatismos abdominais, afecções respiratórias crônicas, hiperparatireoidismo, úlcera péptica, desnutrição e medicamentos.
· Antecedentes familiares: é importante investigar a presença de certas afecções de base genética, como a mucoviscidose, síndrome de Schwachman e mesmo pancreatite crônica, principalmente em se tratando de crianças, adolescentes ou adultos jovens.
· EXAME FÍSICO:
· As neoplasias e os cistos, quando atingem determinado tamanho, podem ser palpados no andar superior do abdome, localizados à direita ou à esquerda da linha mediana, dependendo da porção pancreática acometida.
· Hepatomegalia, esplenomegalia, ascite, derrame pleural, sinal de Courvoisier (presença de vesícula biliar palpável em paciente ictérico).
· FÍGADO E VIAS BILIARES
· A dor originária do fígado e das vias biliares localiza-se no QSD do abdome.
· A palpação da região desperta dor (sinal de Murphy) e pode surpreender uma vesícula distendida.
· A icterícia consiste em uma coloração amarelada da pele e das mucosas, devida à impregnação dos tecidos por pigmentos biliares.
· Náuseas e vômitos são manifestações clínicas freqüentes.
· EXAME FÍSICO:
· Somente grandes nódulos ou massas na superfície hepática podem ser percebidos à inspeção. A vesícula, quando obstruída, pode aumentar seu volume e ser visível como uma área elevada e arredondada no QSD.
· A percussão visa determinar os limites superior e inferior do fígado e estabelecer o seu tamanho.
· A palpação superficial e profunda é executada em conjunto. O primeiro elemento a determinar na palpação é a borda. Assim que o examinador tocou a borda e sentiu sua espessura, ato contínuo deve deslizar a palma de seus dedos pela superfície hepática, tentando senti-la em toda a sua extensão, isto é, para cima e para os lados. Ao mesmo tempo em que se avalia a sensibilidade, a pressão sobre a superfície permite também determinar a consistência do órgão. A consistência normal do fígado é relativamente elástica.
· A ausculta da área da projeção do fígado pode ser útil, pois em algumas doenças podem ser ouvidos sopros suaves, como no câncer primitivo e na hepatite alcoólica.
· A vesícula biliar normalmente não é acessível à palpação e só se torna palpável em condições patológicas.
· Na colelitíase e na colecistite crônica, embora a vesícula não seja palpável, é freqüente o paciente acusar dor quando se exerce compressão sob a reborda costal direita durante a inspiração profunda. É o que se chama de sinal de Murphy.
· O exame do baço procede-se da mesma maneira como foi descrita a do fígado, só que agora a região examinada é o QSE.
· PAREDE E CAVIDADE ABDOMINAIS
· O principal sintoma nas doenças do peritônio e dos diferentes órgãos intra-abdominais é a dor. Além da dor, o paciente pode apresentar aumento do volume do abdome, distensão gasosa ou massa palpável por ele próprio percebido.
· Pela inspeção são observadas as alterações da superfície cutânea, forma e volume do abdome.
· O abdome normal é levemente abaulado e simétrico.
· Durante a inspeção é importante observar a movimentação da parede abdominal com a respiração.
· Os movimentos peristálticos do intestino delgado, que normalmente não são observados à inspeção, podem tornar-se visíveis em pacientes caquéticos, com adelgaçamento da parede abdominal, ou em condições patológicas, como nas síndromes obstrutivas.
· A palpação abdominal divide-se em superficial e profunda e pode ser feita com uma só ou com ambas as mãos.
· Em condições normais, a tensão abdominal é ligeiramente maior no centro do que nos flancos, em razão dos músculos retos abdominais, e no andar inferior em relação à região epigástrica.
· A palpação superficial destina-se a avaliar a sensibilidade, a temperatura, a espessura e a continuidade da parede abdominal.
· Os principais pontos dolorosos são o ponto epigástrico, o ponto cístico, o ponto apendicular e os pontos ureterais.
· Alterações anatômicas ou patológicas tornam reconhecíveis órgãos antes inacessíveis à palpação, como no caso das esplenomegalias em que o baço se projeta para fora de sua loja.
· Percussão: as vísceras maciças, como o fígado e o baço, produzem som maciço, enquanto as vísceras que contêm ar produzem som timpânico.
· A ausculta deve ser efetuada sempre que se suspeita de oclusão (os ruídos ficam mais intensos) ou íleo paralítico (silêncio abdominal).
· Em condições normais ouvem-se alguns ruídos hidroaéreos no abdome, produzidos pelo deslocamento de líquidos e gases na luz intestinal. 
 
1
 
Julya Pavão-
 
SEMIOLOGIA
 
SEMIOLO
GIA DO SISTEMA
 
DIGESTIVO
 
v
 
CAVIDADE BUCAL
 
Ø
 
ANAMNESE:
 
entre os sintomas 
destacam
-
se a dor e a halitose.
 
Ø
 
Dor: 
as causas ma
i
s comuns de dor de 
dente são as cáries dentárias em suas 
diversas fases, as alterações pulpares e as 
periodontais
.
 
Ø
 
Quando há grande
 
perda do esmalte 
dent
ário, 
a presença constante
 
de estímulos 
desencadeia um processo inflamatório da 
polpa chamado pulpite
.
 
Ø
 
As dores periodontais são causadas por 
estímulos físicos, químicos e bacterianos 
nas fibras nervosas livres do pericemento, 
perióst
eo e osso circunjacente
.
 
Ø
 
Os processos periodontais que provocam 
dor de dente na cavidade bucal são os 
abscessos agudos periapical e periodontal, 
a ostiomielite e a alveolite
.
 
Ø
 
Halitose: 
odor bucal desagradável (mau 
hálito)
.
 
Ø
 
Em condições normais, o hálito hu
mano 
não possui odores, sendo, 
no jovem, 
geralmente doce e agradável; no entanto, 
com o aumento da idade torna
-
se mais 
intenso, mas, habitualmente, não é 
desagradável.
 
Ø
 
Pode ser também de origem metabólica e 
psicogênica.
 
Ø
 
As causas locais podem ser uma higie
ne 
bucal deficiente; higiene deficiente em 
aparelhos protéticos; doenças gengivais e 
periodontais; lesões abertas de cáries 
dentárias, lesões de tecido mole com 
ulcerações, hemorragia ou necrose; áreas 
submetidas a cirurgia ou extração dentária; 
hábitos de
 
fumar ou outros usos do tabaco; 
ingestão de alimentos e bebidas fortemente 
aromatizados
.
 
Ø
 
As causas gerais ou não
-
bucais são: 
respiratórias, digestivas, metabólicas ou 
psicogênicas.
 
Ø
 
EXAME FÍSICO:
 
Ø
 
Faz
-
se o exame dos lábios, bochechas, 
assoalho da boca, pala
to duro e mole, 
língua, dentes e mucosa alveolar.
 
Ø
 
Utilizam
-
se espátulas de madeira, 
afastador bucal e gaze para prender e 
tracionar a língua.
 
Ø
 
O exame deve iniciar
-
se com uma 
avaliação das condições gerais da boca do 
paciente. Essa apreciação inclui a higie
ne 
bucal
, o estado dos dentes, a presença de 
lesões dos tecidos moles, uso de aparelhos 
protéticos, falta de dentes, presença de 
tártaros e halitose
.
 
Depois dessa avaliação 
geral é que se faz o exame de cada uma 
das estruturas anatômicas.
 
v
 
ESÔFAGO
 
Ø
 
ANAMNESE:
 
a história clínica e a análise 
dos sintomas são tão importantes no 
reconhecimento das doenças do esôfago 
que é possível estabelecer o diagnóstico 
provável em cerca de 80% dos casos 
somente pela anamnese
.
 
Ø
 
As principais queixas dos doentes do 
esôfago são a 
disfagia
 
(dificuldade à 
deglutição), 
odinofagia
 
(dor que surge 
com a ingestão de alimentos), 
pirose
 
(referida pelo paciente como azia, queimor 
ou queimação), 
dor esofagiana
 
(não 
depende do ato de ingerir) e 
regurgitação
 
(volta do alimento ou de secreções 
c
ontidas no esôfago ou estômago à 
cavidade bucal, sem 
náuseas e sem a 
participação dos músculos abdominais)
.
 
Ø
 
A 
eructação 
ocorre, na maioria das vezes, 
em consequência da ingestão de maior 
quantidade de ar durante as refeições, ou 
em situações de ansiedade
.
 
Ø
 
O 
soluço
 
não constitui sintoma próprio das 
doenças do esôfago e nem mesmo do 
aparelho digestivo. No 
megaesôfago, 
o 
soluço é relativamente freqüente durante 
as refeições
.
 
Ø
 
A 
sialose, 
também denominada 
sialorreia 
ou ptialismo
, caracteriza
-
se pela produção 
exc
essiva de secreção salivar, sendo 
observada nas esofagopatias obstrutivas de 
modo geral e, em particular, no 
megaesôfago chagásico.
 
Ø
 
A hematêmese ou vômito com sangue 
caracteriza a hemorragia digestiva alta. A

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