EFEITOS RECURSAIS

Prévia do material em texto

EFEITOS RECURSAIS 
1.	impeditivo: IMPEDIR O TRANSITO EM JULGADO (mesmo se o recurso for inadmissível, salvo se o motivo da inadmissibilidade for a intempestividade ou um manifesto descabimento)
a.	O defeito de tempo e erro grosseiro não é admissível, mas outros atos “errados” seguem com efeito até que seja corrigido 
2.	REGRESSIVO (ou diferido) (é o efeito que algum recurso tem de permitir o juízo de retratação)
a.	Esse efeito autoriza que o juízo a quo reveja a decisão recorrido 
b.	Esse efeito ocorre nos: Agravo de instrumento art 1018, I, Agravo Interno art 1021, II, Apelação contra indeferimento da inicial, Apelação de sentença que extingue o processo sem exame de mérito art 485, VII; Apelação contra a sentença de improcedência liminar do pedido art 332, III; qualquer caso de Apelação no ECA art 198/ECA; Recurso especial e extraordinário repetitivo art 140, 2º
3.	SUBSTITUTIVO (a decisão de julga o recurso substitui a decisão recorrida)
a.	Só se fala em efeito substitutivo se o mérito do recurso for julgado 
4.	EFEITO EXPANSIVO SUBJETVO
a.	A regra de que o recurso so deve produzir efeitos para o recorrente 
b.	Exceções: há casos que lei admite a produção de efeitos para a parte recorrente
5. 	EFEITO SUSPENSIVO: (o recurso só prolonga a ineficácia da decisão, mas a possibilidade de recorrer torna a decisão ineficaz)
 A INTERPOSIÇÃO DO RECURSO PROLONGA O ESTADO DE INEFICÁCIA EM QUE SE ENCONTRAVA A DECISÃO. Impede que a decisão recorrida produza efeitos de imediato. Não é o recurso que torna a decisão ineficaz, mas sim a possibilidade de recorrer, o recurso em si só prolonga a ineficácia da decisão. Alguns doutrinadores falam que este efeito na verdade é obstativo. Decorre da mera recorribilidade do ato, em que o estado de ineficácia durará pelo menos até o escoamento do prazo para a interposição do recurso. Efeito suspensivo automático: Apelação, Recurso Especial ou extraordinário que julga IRDR (987 parágrafo 1°) (P.U 995). Se a decisão contiver mais de um capítulo é possível que o recurso tenha efeito suspensivo em relação a um e não tenha em relação a outro.
6. EFEITO DEVOLUTIVO:
	É A FACULDADE QUE VOCÊ CONCEDE AO PODER JUDICÍÁRIO DE ELE VOLTAR A SE MANIFESTAR SOBRE O SEU MÉRITO. É UM EFEITO QUE O RECURSO TEM DE TRANFERIR O EXAME DA DECISÃO IMPUGNADA A UM ÓRGÃO AD QUEM. Existem 2 tipos de efeito devolutivo:
Horizontal: diz respeito a extensão do recurso. . O que se está recorrendo. O recorrente determina a extensão do efeito devolutivo, chAmados de tantun evolutun e tantun apelatun. O que é devolvido é o que é apelado.
Profundidade da devolutivide determinada quais as questões são transferidas pro tribunal analisar – translatividade, questões incidentes
Vertical: diz respeito a profundidade do recurso. Determina quais as questões são transferidas para o tribunal para que ela possa decidir sobre o objeto litigiosos a ser julgado. Questiona o que o julgador deve ou não apreciar em seu julgamento. O que se examinará para julgar aquilo do qual se está recorrendo. Se relaciona ao que se conhecera do processo para julgamento do recurso, chamado de efeito translativo. O RECORRENTE NÃO PODE LIMITAR A PROFUNDIDADE DO RECURSO. Abrange as questões examináveis de ofício que por um acaso não tenham sido examinadas pelo julgado; e as questões que não sendo eximinaveis de oficio deixam de ser apreciadas a despeito de terem sido suscitadas abrangendo questões acessórias e incidentais, ficando proibida a reformatio in pejus.
JUIZO DE MÉRITO:
 é composto pela causa de pedir recursal e pelo respectivo pedido recursal.
“conheço do recurso” = aceito, pelo desembargador, o recurso (sendo positivo), na sua admissibilidade; se acolhido, dá-se provimento ao recurso (aceita o pedido), se nega vai “desprover o recurso”
Em regra o juízo de mérito é sujeito a uma única apreciação.
	- é possível que o juízo recorrido volte atrás na sua decisão quando reconhece, na apelação, que houve da sua parte equívoco na sentença 
	- a casos em que o juízo adquem é o mesmo do juízo aquo (recorre para que o mesmo juízo aprecie (embargo de declaração)): 
PULOOO DO GATOOO: O mérito do recurso pode acontecer de não coincidir com o mérito da causa. É possível que uma questão seja de admissibilidade da causa e ao mesmo tempo seja uma questão de mérito do recurso.
PULOOO DO GATOOO:Jamais uma questão poderá ser no mesmo procedimento de admissibilidade e de mérito
Há possibilidade de cumulação de pedidos recursais, podendo ser:
	- propria: quando se pede reforma de mais de um capítulo de uma decisão
	- propria simples: quando pode reformar uma ou outro, sem relação de dependência entre si (pedidos autônomos)
	- propria sucessiva: quando um depende do outro, quando é preciso que primeiro SE reforme um pra então poder reforma o outro.
	- impropria: quando se faz mais um pedido mais apenar um dele poderá ser acolhido ex.: invalidar OU reformar uma decisão
	- subsidiaria: quando você estabelece a preferencia ex. requer a reforma, caso não possível invalida 
	- alternativa: deixa a cardo do reformador escolher entre um o outro do ex
O error improcedendo e o error in judicando podem ser alegados simultaneamente do recurso 
- a regra é: primeiro apresenta o defeito de formalidade, depois o defeito de julgamento
Em sendo uma decisão objetivamente complexa – formalmente única, mas substancialmente complexa (por conter mais de uma decisão) – é possível que no recurso se alegue error in procedendo em relação a uma capitulo e error in judicando em relação a outro.
Conhecimento e o provimento:
	- quando um recurso é conhecido independente de ser provido ou não para reformar a decisão ele produzira o efeito substitutivo a que se refere o art. 1008
	- se conhecido e provido o recurso para invalidar a decisão não há efeito substitutivo, mas sim efeito residente (quando acontece, em regra, o tribunal devolver pro julgador de primeiro grau e determina uma nova decisão; exceção, há casos que não precisa retorna ao primeiro grau (aproveitamento dos atos processuais) ele apenas corrige o vício e segue.
APELAÇÃO:
Recurso cabível contra sentença terminativa ou definitiva, mas tbm contra decisão interlocutória proferida na fase de conhecimento quando não se enquadre nas hipóteses de agravo de instrumento. 
Em relação as decisões interlocutórias, não haverá preclusão consumativa da matéria enquanto não tiver escoado o prazo da apelação. 
Se precisar recorrer de decisão que não cabe agravo de instrumento, vai fazer isso como preliminar 
Não cabe apelação: Juizados especiais cíveis, embargos infringentes de alçada, sentença que decreta falência, recurso ordinário constitucional alínea 2, II 1027 cpc. 
FORMA DA APELAÇÃO:
Petição escrita dirigida ao juízo da causa em primeiro grau, devendo conter os requisitos do art 1010.
O juízo de admissibilidade vai ser feito no tribunal.
Procedimento de interposição:
Se dá diante do primeiro grau, tanto juízo de admissibilidade quanto mérito são exclusivos do tribunal de segundo grau. Houve uma ampliação nas hipóteses de retratação: a primeira é quando ocorre o indeferimento da petição inicial art 331. A segunda é a improcedência liminar no pedido. Outro caso são as sentenças sem apreciação de mérito.
AGRAVO DE INSTRUMENTO (1015)
Recurso cabível contra decisões interlocutárias que versem sobre as matérias do art 1015. Hipótese típicas de cabimento do agravo além do artigo 1015, para o processso de conhecimento:
 Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
I - tutelas provisórias; qualquer decisão a respeito de tutela provisória cabe agravo de instrumento
II - mérito do processo; casos em que o processo tem vários pedidos e o juiz pode ir julgando alguns dos pedidos e seguir em relação aos demais..
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem;
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica;
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação;
VI - exibição ou posse de documento ou coisa;
VII - exclusão de litisconsorte;VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução;
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º ;
XII - (VETADO);
XIII - outros casos expressamente referidos em lei: agravo de instrumento específicos em legislação extravagante: decisão monocrática do relator que a requerimento de pessoa jurídica de direito público ou MP e para evitar grave lesaõ a ordem, saúde e segurança, suspende a eficácia da liminar ou da sentença impugnada pelo recurso cabível; contra decisão que admite petição inicial de ação de impropbidade administrativa; Agravo de instrumento contra a sentença que decreta falência.art 19 parágrafo primeiro da lei de ação popular
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário.
O agravo de instrumento é o único interposto diretamente no órgão ad quem. Trâmita simultaneamente com a ação de primeiro grau. 
Efeito Suspensivo Ativo/Antecipação da tutela recursal
	
RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL: ROC
STJ e STF atuam como segundo grau de jurisdição desse recurso, não cabendo falar em fundamentação vinculado (recurso especial e extraordinário precisam), podendo-se alegar quaisquer matérias. Não necessita do requisito do pré-questionamento. O efeito devolutivo desse recurso é amplo, podendo tanto abranger matérias de direito e de fato. Possui mesmo procedimento de interposição da apelação, mas não possui efeito suspensivo automático de acordo com o código atual. Contudo, nada impede que se peça efeito suspensivo na redação do recurso. Quando cabe o ROC? Art 1027.
Art. 1.027. Serão julgados em recurso ordinário:
I - pelo Supremo Tribunal Federal, os mandados de segurança, os habeas data e os mandados de injunção decididos em única instância pelos tribunais superiores, quando denegatória a decisão;
II - pelo Superior Tribunal de Justiça:
a) os mandados de segurança decididos em única instância pelos tribunais regionais federais ou pelos tribunais de justiça dos Estados e do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;
b) os processos em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, de outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País.
§ 1º Nos processos referidos no inciso II, alínea “b”, contra as decisões interlocutórias caberá agravo de instrumento dirigido ao Superior Tribunal de Justiça, nas hipóteses do art. 1.015 .
§ 2º Aplica-se ao recurso ordinário o disposto nos arts. 1.013, § 3º , e 1.029, § 5º .
Para o STF vai ser quando o acórdão recorrido for proferido em tribunal superior, se tal acordão for acordão denegatório de mandado de segurança, habeas datas e mandado de injunção, e que seja de um processo que correu em tribunal superior em competência originária desse tribunal Nos casos em que vai pro SJT É QUANDO for acórdão denegatório em mandado de segurança que tem competência originária no TJ ou TRF. Também cabe roc nas causas internacionais ( aquelas previstas no art 109, inciso 2 da CF). o STJ já decisiu pela inadmissibilidade quando não se tem semelhança entre o acordao paradigma e a decisão embargada.
AGRAVO INTERNO:
IMPUGNA DECISÕES MONOCRÁTICAS proferidas pelo relator (ART 932) em qualquer tribunal para levar a matéria da referida decisão a ser corrigida pelo colegiado competente. Art 1021.
Também é cabível contra decisão monocráticas de presidente e vice-presidente de tribunal.
nÃO GOZA DE AUTONOMIA, VISA FORÇAR A APRECIAÇÃO DO recurso e seu respectivo pedido. Tem um aspecto acessório. Pode impugnar decisão interlocutória.
Cabe agravo interno no âmbito das turmas recursais.