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Exame físico de cabeça e pescoço Profª Ms Suely Alves Fonseca Costa Universidade Nove de Julho Diretoria da Saúde I Disciplina: Propedêutica em Enfermagem Exame físico O Para se realizar o exame físico, o enfermeiro deve iniciar , de preferência, pela cabeça .... O Utilizar métodos propedêuticos para examinar as principais estruturas desta região, com instrumentos específicos para se mensurar as respectivas funções. O Métodos- inspeção e palpação... EXAME FÍSICO: CABEÇA E PESCOÇO Métodos Propedêuticos deste segmento: Inspeção e Palpação Iniciar pela Cabeça; o paciente deverá estar em Posição Sentada; EXAME FÍSICO DA CABEÇA Observar!!! Posição da Cabeça do Paciente: • Ereta, em perfeito equilíbrio e sem movimentação involuntária Tamanho: proporcional em relação a face, varia de acordo com a idade e o biotipo. REGIÕES DA CABEÇA REGIÕES DA CABEÇA Exame Físico da Cabeça Tamanho e Forma do Crânio: Macrocefalia: crânio anormalmente grande, cuja causa mais frequente é a hidrocefalia; Microcefalia: crânio pequeno em todos os diâmetros, pode ser decorrente de forma hereditária, congênita, ou de uma doença cerebral; Acrocefalia: a cabeça é alongada, pontuda semelhante a uma torre Microcefalia Macrocefalia - Hidrocefalia Acrocefalia EXAME FÍSICO: CABEÇA E PESCOÇO CRÂNIO: PALPAÇÃO Verificar a presença de: • Pontos Dolorosos, •Tumorações, Hematomas, Depressões , • Abaulamentos que devem ser descritas de acordo com as Regiões da Cabeça; • Palpação deverá ser feita com as Polpas Digitais em toda extensão do crânio. Couro cabeludo O Características dos cabelos: distribuição, quantidade, alterações na cor, higiene e presença de parasitas (escabiose); SUPERFÍCIE E COURO CABELUDO: Métodos Propedêuticos : Inspeção e Palpação Procurar – O saliências, O depressões O afundamentos O pontos dolorosos FÁCIE •Observar alterações na Coloração da pele que indicam patologias: Palidez, Cianose, Icterícia; •quantidade e distribuição de pelos, implantação sobrancelha; FÁCIES O Conjunto de alterações na expressão da face que caracteriza uma doença Face Leonina→→ O Fácies Adenoidiana Fácies Parkinsoniana Fácie Basedowiana- hipertireoidismo Fácie Mixedematosa Fácies Acromegálica Fácies Cushingóide OLHOS INSPEÇÃO: inicia-se com as pálpebras fechadas, examine a superfície externa com os cílios e o seu fechamento. PALPAÇÃO: Compressão das pálpebras com o polegar e indicador em forma de pinça (pesquisar edema); solicitar a abertura dos olhos e avaliar: posição do globo ocular, conjuntivas (cor e umidade), córnea (integridade) e pupila. Exame das Pálpebras OLHOS Pálpebras: ptose, edema, abertura e fechamento Globo ocular: movimento , nistagmo (são oscilações repetidas e involuntárias rítmicas de um ou ambos os olhos em algumas ou todas as posições), estrabismo. Exoftalmia: protusão do globo ocular ( para fora) Enoftalmia: retração do globo ocular (desidratação grave) ( para dentro) http://pt.wikipedia.org/wiki/Olho Olhos O Ptose palpebral ou queda de pálpebra- pode ser congênita ou adquirida. O Congênita- desenvolvimento incompleto do músculo elevador da pálpebra. O Adquirida- traumática ou neurológica, pode ocorrer uma lesão do músculo elevador da pálpebra ou do músculo de Muller. O Neurológica- paralisia do nervo oculomotor- associada a oftalmoplégia Epicanto Dobra da pele que começa na pálpebra superior e projeta-se medialmente indo cobrir o canto interno do olho. Normal na raça Mongólica, e em algumas crianças da raça caucasiana. É um dos sinais oculares da Síndrome de Down Conjuntivas: epitélio que recobre a porção visível do globo ocular, com exceção da córnea, com coloração rósea, permitindo a visualização da rede vascular: Pálida (anemias); • Amarelada (icterícia); • Hiperemiada (inflamação); Para examinar a conjuntiva: traciona-se as pálpebras: superior para cima e inferior para baixo OLHOS Ptose Palpebral Edema Ocular Exoftalmia Enoftalmia noftalmo é o afundamento do globo ocular dentro da órbita Hiperemia Conjuntiva Icterícia Esclera: porção do globo ocular que está exposta ao redor da íris e que deve se apresentar clara, cor branca Córnea: camada lisa que recobre a íris, deverá apresentar-se umidificada OLHOS • acuidade visual: Amaurose: perda da visão (ver avaliação pares cranianos) • pupilas: são aberturas contráteis no centro da íris ocular, (esféricas, isocóricas e fotorreagentes) (ver avaliação pupilar) Avaliação da Conjuntiva e Esclerótica Amaurose a direita O Mobilidade visual- este exame deve ser feito ao solicitar que o paciente acompanhe com o olhar a movimentação de determinado objeto, da direita para a esquerda, para cima e para baixo. O Alterações- costumam apresentar-se por meio de nistagmos que são movimentos rítmicos involuntários e bilaterais dos globos oculares- O Pode indicar lesão do globo ocular, labirintites ou processos cerebrais ( hemorragias e epilepsias).. Pupilas - aberturas contráteis no centro da íris ocular, devem ser esféricas negras e isocóricas PUPILAS REFLEXO DA REAÇÃO FOTOMOTOR Pupilas Isocóricas Pupilas Anisocóricas Pupilas Mióticas Pupila Mídriase Pupilas O Lembrar que seu tamanho varia de acordo com a exposição à luz e o foco do olhar. O Miose- constrição pupilar – miose é medida pelo nervo óculo motor e ocorre com o olhar para perto ou como reação a luz. Ocorre pela paralisia do simpático ou pela contração do músculo dilatador. O Miose bilateral- aparece no coma urêmico e na intoxicação alcoólica, por efeito da morfina Pupilas O Dilatação pupilar- midríase ocorre por estímulo simpático ou quando há paralisia do esfincter. O A midríase bilateral pode ser causada por hipertireoidismo, traumatismos craniencefálicos graves e meningoencefalites. NARIZ INSPEÇÃO Examine a pele que recobre o nariz PALPAÇÃO Palpar com o polegar e o indicador para perceber modificações da pirâmide nasal Observar: assimetria, deformidade nasal, sensibilidade, presença de secreção hipersensibilidade da ponta ou aletas nasais: infecção local desvio de septo, inflamação ou perfuração obstrução nasal, edema, lesões ou pólipos Nariz O Fossas nasais: Cor normal da mucosa: Vermelho escuro e úmida; O Superfície limpa e lisa. Nariz Pólipos Nariz machucado Desvio de Septo Inspecione a superfície externa do nariz quanto à simetria, ossos e cartilagens nasais epistaxe: hemorragia nasal exsudato: características: claro, mucoso, purulento PALPAÇÃO DOS SEIOS PARANASAIS Pesquisar hipersensibilidade à digito-pressão dos seios da face: frontais, maxilares, etmoidais e esfenoidais NARIZ Avaliação dos Seios Paranasais OUVIDO INSPEÇÃO DO PAVILHÃO AURICULAR: quanto à deformidades, nódulos ou lesões cutâneas, secreção ou inflamação e a presença de cerume • movimentação dolorosa do pavilhão auditivo: otite externa aguda • hipersensibilidade posterior à orelha: otite média INSPEÇÃO e PALPAÇÃO Examine a pele que recobre a orelha, tracione a orelha para cima e para trás, possibilitando observar o canal auditivo médio e pressione a região pré-auricular, investigando a presença de dor Avalie a cartilagem da orelha, examine a pele, coloração, tamanho, posição, contorno e textura Avalie a cartilagem da orelha, examine a pele, coloração, tamanho, posição, contorno e textura Exame Otoscópico Inspeção canal interno: Livre de descamação ou secreção ou corpos estranhos. Cavidade Oral • Avaliação esta feita pela inspeção • Avaliação da mucosa oral, • Língua, • Gengiva • Condições dentárias • Lábios-deformidades congênitas BOCA INSPEÇÃO: Observar o ângulo da boca, com os lábios fechados, observar cor (cianose, palidez), umidade, presença de nódulos, rachaduras, ulcerações, sangramento BOCA • Mucosa Oral Em condições normaisa mucosa da cavidade oral tem coloração róseo vermelhada • A afecção mais encontrada é a estomatite, esta designação abrange todas as reações inflamatórias da cavidade bucal sendo as mais comuns a estomatite aftosa BOCA Herpes simples BOCA INSPEÇÃO: Com a boca aberta e com a ajuda de uma espátula inspecionar a mucosa oral e língua, quanto a coloração, hidratação, higiene, gengiva (cor, retração e edema),examinar os dentes (número e condições) Candidiase Inspecione as gengivas quanto à coloração, integridade e presença de edema ou inflamação Inspecionar o palato duro: cor e arquitetura protuberância palatina Inspecionar a língua e assoalho da boca: simetria, coloração e textura do dorso da língua, mobilização, presença de nodulação ou úlceras. EXAME DA CABEÇA - BOCA BOCA As alterações mais frequentes encontradas são: –Língua Saburrosa: acumulo de substância branco- acinzentada na sua superfície, aparece nos pacientes desidratados, tabagistas e mesmo em pessoas normais; –Língua seca: ausência de umidade que indica desidratação, respiração pela boca; –Língua Geográfica: áreas geográficas e bem delimitadas, desprovida de significado clinico Fotos da Língua Língua Geográfica Língua Lisa com Glossite Atrófica Língua com Aftas Avalie os lábios e a mucosa oral, quanto à hidratação, higiene, coloração e integridade Tonsilas Úvula Palato mole Língua Dentes Pilar anterior Inspecione a língua quanto à coloração, integridade, tamanho e superfície Língua saburrosa Hemorragia na Língua- Formação de Hematoma Inspecione a língua quanto à coloração, integridade, tamanho e superfície e a dentição EXAME DA CABEÇA - BOCA Inspecionar a faringe e amigdalas: coloração, simetria, secreção, edema, ulceração. Abscesso em orofaringe INSPEÇÃO • Verificar simetria, amplitude e movimentação, presença de massas ou cicatrizes, lesões da coluna cervical / mm. trapézio e esternocleidomastoideo EXAME DO PESCOÇO Avalie o movimento do pescoço, flexionando-o gentilmente em direção ao tórax e pedindo para o paciente rotacioná-lo EXAME DO PESCOÇO INSPEÇÃO • observar e palpar linfonodos (verificar localização, tamanho, consistência, mobilidade e presença de dor) PALPAÇÃO: • Cabeça fletida e apoiada na mão examinador com polpa dos dedos e movimentos circulares, de frente um para o outro. Palpação: –Região occipital; –Auricular posterior: –Superficial ao processo mastóideo. –Triângulo posterior: –Cadeia cervical posterior. –Ao longo do músculo esternocleidomastódeo LINFONODOS O L.occiptais O L.retroauriculares O L. tonsilares ou amigdalianos O L.submandibulares O L.submentonianos O L.cervicais: -superficiais -posteriores -profundos • L.supraclaviculares Palpação dos linfonodos periauriculares: mova seus dedos na frente da orelha, em direção à mandíbula Palpação dos linfonodos cervicais posteriores Palpação dos linfonodos submaxilares Palpação dos linfonodos submentonianos Linfonodo supra clavicular aumentado à direita TRAQUÉIA E TIREÓIDE identificar as cartilagens tireóide e cricóide e a traquéia logo abaixo. EXAME DO PESCOÇO traquéia laringe tireóide cricóide TRAQUEIA E TIREÓIDE Palpação da glândula tireóide Quase nunca é palpável; –Movimentação; –dor ; –Consistência; Aumento da tireóide. Realize a palpação para localizar a traquéia Traquéia: • desvios de linha média (massa mediastínica, pneumotórax grande) Tireóide: • observar aumento de tamanho, simetria e consistência. Hiperplasia difusa: macia Presença de nódulos: dura EXAME DO PESCOÇO Palpação da tireóide: avalie quanto à consistência e tamanho ARTÉRIAS E VEIAS Inspeção e Palpação paciente deve estar deitado, sentado e com a cabeça elevada a 30 graus. Distensão venosa jugular -Inspeção (visualização até 45°-estase); -pode indicar ICC. -Alterações Pulsação das Carótidas - Inspeção -Palpação -pulso -Ausculta EXAME DO PESCOÇO Palpação dos pulsos de artérias carótidas Distensão e engurgitamento da veia jugular Estase Jugular Estase jugular O Refere-se ao ingurgitamento das veias jugulares É um dado importante que deve ser avaliado em pacientes portadores de insuficiência cardíaca. O A distensão das veias jugulares traduz alterações de pressão e volume dentro do átrio direito (local onde desembocam as veias cavas superior e inferior). Obrigada!!!
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