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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL CURSO DE LICENCIATURA EM MÚSICA GEORGE SOUZA SOARES CHAVES RELATORIO CAXIAS DO SUL 2019 GEORGE SOUZA SOARES CHAVES RELATORIO CAXIAS DO SUL 2019 Conteúdo 1 Introdução ............................................................................................................................. 5 2 Perfil Institucional .................................................................................................................. 5 2.1 História do Bairro Forqueta ............................................................................................. 5 2.2 Vida de José Generosi...................................................................................................... 6 2.3 História da escola ............................................................................................................ 6 2.4 Contexto ......................................................................................................................... 7 2.5 Perfil dos alunos .............................................................................................................. 7 2.6 Índices do IDEB ................................................................................................................ 8 2.7 Conselho Escolar ............................................................................................................. 9 2.8 Estrutura Física da Escola................................................................................................. 9 2.9 Diretrizes da Instituição ................................................................................................. 10 3 Relato das aulas observadas ............................................................................................. 10 3.1 Aula I: Artes ................................................................................................................... 11 3.2 Aula II: Artes .................................................................................................................. 11 3.3 Conclusão ...................................................................................................................... 12 4 Projeto de Estágio ................................................................................................................ 13 4.1 Objetivo Geral: .............................................................................................................. 13 4.2 Objetivos Específicos: .................................................................................................... 13 4.3 Embasamento Teórico ................................................................................................... 14 4.4 Metodologia: ................................................................................................................. 17 4.5 Justificativa ................................................................................................................... 18 4.6 Avaliação: ...................................................................................................................... 19 5 AULAS DESCRITIVA ............................................................................................................... 20 5.1 Aulas: I .......................................................................................................................... 20 5.1Aula: ll ............................................................................................................................ 25 5.2 Aula: lV .......................................................................................................................... 28 5.3Aula: V ........................................................................................................................... 30 5.4Aula: Vl........................................................................................................................... 32 5.5 Aula: Vll ......................................................................................................................... 34 5.6 Aula: Vlll ........................................................................................................................ 36 5.7 Aula: lX .......................................................................................................................... 39 5.8 Aulas: X e XI ................................................................................................................... 41 6 Conclusão: ........................................................................................................................... 43 7 Referências Bibliográficas ..................................................................................................... 43 1 Introdução O presente trabalho acadêmico consiste em um relatório para a disciplina de Estágio III, do curso de Licenciatura em Música da Universidade de Caxias do Sul. Nesta disciplina, solicita se uma observação com carga horária de duas horas, com o intuito de aproximar os acadêmicos com a escola, após será construído um planejamento de dez aulas, para que eu possa atuar em sala de aula como docente em Música, utilizando o período de Artes. O trabalho possui quatro partes principais: perfil institucional, descrição das observações, proposta de estágio e relatórios de aula. O Perfil Institucional relata um pouco da história do bairro onde a escola está inserida, breve relato da história da Escola Estadual José Generosi, de seu idealizador, também o contexto onde está inserido: localização, número de alunos matriculados, turnos e cursos oferecidos, breve histórico do perfil dos alunos, indicadores do IDEB, conselho escolar, estrutura física e diretriz da instituição. Na segunda parte encontram se descrição das aulas observadas onde o objetivo é descrever e analisar os dados coletados durante as duas horas de observação realizada no mês de abril de 2019, na Escola Estadual José Generosi. Na terceira e quarta parte do trabalho encontram se as aulas observadas seguidas da proposta de estágio, ou seja, o que pretendo trabalhar com a turma no decorrer das vinte aulas. Já no final do trabalho encontram se o relatório das aulas aplicadas na minha atuação docente. 2 Perfil Institucional O Perfil Institucional está dividido em quatro subcapítulos, no qual consta desde a história do bairro onde a escola está inserida, história da escola, perfil dos alunos e índices do IDEB e sua evolução no decorrer dos anos. 2.1 História do Bairro Forqueta As terras pertencentes a Luiz Antônio Feijó Júnior, deram origem à localidade de Forqueta. Conta a história que o nome surgiu devido a abertura de uma casa de comércio no entroncamento da Estrada Geral com a estrada que leva aos Santos Anjos Este tinha a forma de um garfo, uma “forchetta” em italiano. O desenvolvimento do bairro Forqueta se deu com a chegada da estrada de ferro, inaugurada em 1910, com a agricultura em geral e o cultivo de uvas em particular. Atualmente é a maior produtora de uvas e vinhos do município, produzindo mais de 150 milhões de litros. Forqueta é uma Região Administrativa de Caxias do Sul, localizada a 15 km da sede administrativa municipal, tem mais de 800 metros de altitude, e é considerado um parque temático a céu aberto. Suas comunidades, mesmo com a visível modernidade, ainda conservam traços característicos da imigração. O distrito faz parte do Roteiro Turístico Vale Trentino, em que o visitante pode conhecer as cantinas e aprender como é o processo de produção do vinho, desde o plantio da videira até o descanso do mesmo. Nãofaltará oportunidade de degustar os vinhos e sucos saborosos. Forqueta tem ainda a Festa do Vinho Novo, realizada a cada dois anos nos três primeiros finais de semana de julho. O evento conta com grandes exposições, shows, desfiles temáticos e culinários típicos da região. 2.2 Vida de José Generosi José Generosi nasceu em 1867 na cidade de Belluno, na Itália, dois anos após seu nascimento, ele e sua família abandonou a terra natal e embarcaram em direção ao Brasil. Foi vice-prefeito e vice delegado do distrito de Nova Vicenza hoje distrito de Farroupilha. Foi escolhido para ser patrono da escola, pois além de ter cargos importantes na comunidade, doou parte do terreno para a escola. 2.3 História da escola A Escola Estadual de Ensino Médio José Generosi está situada no bairro Forqueta, município de Caxias do Sul. Foi criada em 1940 com o nome de Grupo Escolar Forqueta, sendo construído em terreno doado pelos cidadãos José Generosi e Joaquim Slomp a prefeitura de Caxias do Sul em 12 de julho de 1940. Em 12 de dezembro do mesmo ano, recebeu o nome de Grupo Escolar Forqueta. Em 1991, já possuindo turmas até a oitava série, passou a funcionar como escola estadual de primeiro ano José Generosi e 6 de maio de 2004, a instituição passou a oferecer ensino médio. Até o ano de 2000 a escola possuía uma estrutura menor e de madeira. Posteriormente foram construídos pavilhões de alvenaria, onde hoje encontra a maioria das salas de aula. Enfim, e, 1998, foram finalizadas a construção da quadra coberta. Sendo a única escola pública do bairro, abriga em média 600 alunos, que formam uma comunidade escolar diversificada étnica e cultural. A escola José Generosi na época oferecia cursos de língua inglesa, o CTG, prática de voleibol e o curso de informática. Todas as atividades que a escola oferecia tinham certificados de conclusão ou participação, visando lucro, sendo que o custo é reatado entre os participantes. 2.4 Contexto Até o ano passado a escola José Generosi contava com um pavilhão mais antigo, havendo necessidade de um novo pavilhão, já que a escola estava interditada em alguns pontos. A quadra e os sanitários precisavam de melhorias, pois ocorriam chuvas e infiltrações. Embora a direção com o conselho escolar buscasse melhorias internas dentro de suas possibilidades, foi preciso apoio fundamental da comunidade para reforma da escola que foi palco de várias matérias do jornal Pioneiro de Caxias do Sul, mostrando o descaso do governo. A escola mostra ser democrática e busca a participação de toda comunidade (equipe diretiva, conselho, CPM, educadores e educando), principalmente, valorizando a participação dos pais, aproveitando o saber profissional, para ajudar na estrutura e no funcionamento da escola, quando necessário. Além de convidá-los para as atividades, as reuniões, as palestras, as apresentações e as festividades. A escola está localizada à Rua José Generosi, SN, no bairro forqueta na cidade de Caxias do sul-RS CEP 95115-000, CNPJ: 92941680/0001-00, telefone (54) 32061264, e-mail escolajg@bol.com.br. 2.5 Perfil dos alunos A escola Estadual. José Generosi, desde sua criação, tem contado com um público compreendido entre: crianças, adolescentes e jovens. Em sua maioria são oriundos da classe média e da classe menos favorecida, cuja renda familiar não oferece condições de pleitear o pagamento de seus estudos em escolas particulares e habitam nos bairros vizinhos à Escola e em povoados próximos do bairro. Alguns alunos possuem pai e mãe presentes no lar. Outros são de pais separados, possuem apenas um dos dois (pai ou mãe) e em casos, moram com os avós ou tios. mailto:escolajg@bol.com.br Os alunos dos bairros vizinhos são servidos com transporte escolar, cuja rota diária os busca e os leva de volta para seus respectivos povoados. É um público que gosta de esporte, principalmente futebol de salão e vôlei. São participativos e em sua maioria, gosta de estudar e participar das atividades da escola. São em sua maioria religiosos (evangélicos ou católicos). 2.6 Índices do IDEB A equipe de profissionais da escola reconhece e presume que a dificuldade maior vem da falta de investimento e acompanhamento dos governos federal e estadual na qualidade dos materiais didáticos, na valorização dos profissionais da educação, entre outros. Apesar de a administração pública investir muito pouco na educação, a quantidade de vagas na escola é suficiente para todos os alunos e todas as séries da Educação Básica. Porém, devido à falta de materiais adequados e necessários ao pleno funcionamento das escolas, falta de fiscalização, acompanhamento da Secretaria da Educação, incentivo e investimento a escola tem ficado abaixo da média. Conforme o site Qedu (www.qedu.org.br), a partir dos resultados obtidos pela Escola José Generosi na Prova Brasil em 2016, o terceiro ano apresentou se abaixo da média nacional. Em matemática, 08% dos alunos apresentaram aprendizado adequado (a média brasileira é 11%) já em e português, 32% dos alunos apresentaram aprendizado adequado alcançando a média nacional e do estado apresentando condições adequadas de aprendizagem (a média brasileira é 23%). Tais dados demonstram o baixo aproveitamento dos alunos em matemática ficando a escola em alerta revendo seus métodos de ensino. Em português os alunos demonstraram estar acima da média nacional. O gráfico a seguir foi retirado do site do Ideb, nele há as metas da Escola Estadual José Generosi em comparação às metas do município de Caxias do Sul, do estado do Rio Grande do Sul e do Brasil até o ano de 2016. A escola não atingiu a meta, teve queda e não alcançou 5,3. A nota foi de 3,9, conforme Ideb. Precisa melhorar a sua situação para garantir mais alunos aprendendo e com um fluxo escolar adequado. O Qedu é um portal aberto e gratuito que sintetiza em percentual os indicadores institucionais e de aprendizagem das escolas brasileiras. Nele, http://www.qedu.org.br/ encontram-se informações sobre a qualidade do aprendizado em cada escola, município e estado do Brasil. 2.7 Conselho Escolar As reuniões são realizadas trimestralmente e nas mesmas são discutidos assuntos como aprovação, reprovação, evasão e qualidade do ensino e aprendizagem desenvolvidos na escola. Também são planejadas outras reuniões envolvendo os demais componentes da Comunidade Escolar para se planejar ações específicas e manter todos informados da situação cotidiana da escola, propor melhorias para a qualidade do ensino e aprendizagem, melhores condições de trabalho e tratamento dos problemas cotidianos da escola. Infelizmente nessas reuniões ainda sentimos a falta de muitos membros da Comunidade Escolar e esse é um problema que continua desafiando não só essa escola, mas a maioria das escolas públicas e privadas espalhadas pelo Brasil. 2.8 Estrutura Física da Escola A escola possui 09 salas de aula, sendo que 07 estão ativas, funcionando nos turno matutino, vespertino e noturno perfazendo um total de 17 salas, 01 sala de professores, 01 secretaria, 01 diretoria, parque infantil, área verde, 01 cantina, 01 laboratório de informática, 01 biblioteca, 01 banheiro feminino com 03 divisórias e 01 masculino com 03 divisórias, 01 banheiro para os funcionários, 01 almoxarifado. Um pátio aberto e 01 pátio coberto. Com uma estrutura razoavelmente boa, a escola possui auditório para reuniões e eventos, sala de artes, sala de vídeo com problemas de fica ao lado da quadra de esporte. Todos os espaços da escola são arejados e com boa claridade. Equipamentos (segundo dados do Censo/2017) • 23 computadores para alunos e 5 administrativos • 2 TV • 1 copiadora • 1 equipamento de som • 4 impressoras • 2 equipamentos de multimídia • DVD • Copiadora • Retroprojetor • Impressora • Aparelho de som • Projetor multimídia (data show) • Fax • Câmera fotográfica/filmadora.2.9 Diretrizes da Instituição A Escola José Generosi apresenta um Projeto Político Pedagógico muito bem estruturado, pois é aberta para a comunidade e valoriza os valores e conhecimentos dos alunos. Também apresenta uma educação voltada para a interdisciplinaridade e para a construção do senso crítico dos alunos. Outro aspecto positivo a ser ressaltado diz respeito aos projetos e parcerias que a escola possui. Isso contribui para uma maior abertura da escola com a comunidade e uma maior quantidade e qualidade de informações que os alunos poderão receber. Outro aspecto a ser ressaltado diz respeito à qualidade de ensino nas escolas, que pode ser verificado e comentado com os demais colegas, através dos diferentes objetivos, filosofias, metas a serem cumpridas e a integração que a escola faz com a comunidade. O PPP da escola idealiza as formas de como acontecer o processo de ensino, a busca por uma escola ideal democrática e humana. Ainda Segundo o PPP, a escola é identificada com o processo de construção de uma sociedade mais justa. Como um espaço em que a prática pedagógica é entendida como uma prática de vida, de todos e com todos, na perspectiva de formar cidadãos e cidadãs que integrem e contribuam para sua comunidade. Uma escola democrática, competente e comprometida com a aprendizagem significativa do aluno, buscando transformar informações em saberes necessários à vida dos alunos. 3 Relato das aulas observadas Em minhas visitas a Escola José Generosi, observei duas aulas nos períodos da turma 302. Essa é formada por 16 alunos, sendo a faixa etária deles entre 16 e 17 anos. É reconhecida dentro da escola por ter alunos dedicados e que alcançam bons resultados nas avaliações. Possui representante de classe e uma professora conselheira. Destes dois períodos de observação, assisti duas aulas de artes. 3.1 Aula I: Artes A primeira e aula foi no dia 04 de abril de 2019, no terceiro período. Iniciou- se a aula sem chamada, nesse dia a turma estava composta por quatorze alunos. A professora realizou uma revisão sobre os desenhos produzidos nas aulas anteriores solicitando que os alunos mostrassem suas realizações no bloco de desenhos. Em seguida a professora solicitou os materiais para a aula: lápis, papel, tinta guache e folha de árvore. A professora disse aos alunos que não gostou do comportamento deles na aula anterior. Aspectos como indisciplina, organização do local de trabalho e comprometimento com as atividades são temas cobrados pela professora. De comum acordo a aula é transferida para a sala de artes ao chegarem à professora transmitiu instruções sobre como compor um círculo cromático. Observou-se que todos os alunos possuem materiais próprios como blocos de desenho, pincéis, panos e tintas para desenho e pintura. Após os alunos desenham o círculo cromático para em seguida pintarem. A professora explica composição das cores através da mistura de tons. Ao fim de alguns minutos a professora perguntou quem já possuía o círculo cromático concluído. Metade da turma o possuía, estes passaram a desenvolver estudo com cores terciárias. A professora frequentemente utilizou- se de explanação oral seguida de orientação prática de como fazer, resultando em grande interesse dos alunos. Quando os alunos possuíam dúvidas a professora as sanou-as através de demonstrações em seus próprios blocos de desenho. Após alguns minutos os alunos receberam instruções para cobrirem o lado polido de uma folha de árvore com cores primárias. A criarem composições dessas impressões previamente solicitadas pela professora. Próximo ao término da aula cada grupo estava realizando uma parte da atividade, isto é, alguns desenham o círculo cromático, outros o pintam, outros realizavam as monotipias. 3.2 Aula II: Artes A segunda aula que observei foi no dia onze de abril de 2019, no terceiro período. Iniciou-se a aula com a formação de grupos por afinidade. Feito isso todos ficaram ouvindo as explicações da professora que os instruiu sobre o sombreamento com claros e escuros utilizando o lápis 6B para darem ilusão de volume e acabamento ao desenho. Terminada a explicação a professora deixou os alunos a vontade para realização das atividades. A professora pediu-me se tenha alguma dúvida, em relação a alguma coisa envolvendo a escola então julguei o momento oportuno para lhe questionar se a escola possuía espaço expositivo para expor os trabalhos dos alunos. Esta respondeu que: “Temos painéis nos corredores para exposição, mas vamos utilizar o corredor próximo ao ginásio”. Durante o processo de acabamento do desenho os alunos trabalharam tranquilamente sem conversas e indisciplinas. Próximo ao fim da aula os alunos que concluíram seu desenho colaram em uma folha de papel pardo. 3.3 Conclusão As experiências vivenciadas no estágio, da escola José Generosi são essenciais para a prática docente e não podem passar despercebidas. No decorrer deste período, é possível refletir sobre as metodologias empregadas em sala de aula, na perspectiva da aprendizagem dos alunos, propiciando a análise de novos conceitos que deverão ser agregados ao processo de formação inicial. O estágio se constitui como espaço que pode contribuir com o desenvolvimento da aprendizagem da docência já que nesta fase se estabelece contato com o cotidiano escolar, o qual é marcado por experiências e análises de situações práticas que se desenrolam no dia a dia da sala de aula. É ainda, uma forma de se estabelecer um elo entre formação acadêmica e o mundo do trabalho, partindo das experiências realizadas na escola como ambiente de ensino, e principalmente na sala de aula como espaço propício para o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem. O estagiário põe-se a observar o ambiente escolar, principalmente à sala de aula, procurando visualizar os espaços como um novo olhar, na tentativa de compreender como funcionam os processos de ensino e de aprendizagem. Assim, atividades de observação e participação desenvolvidas no Estágio lll, configuram-se como uma experiência que contribuirá para a formação inicial de professores, os quais poderão desenvolver a aprendizagem da profissão docente. A respeito do estágio de observação Lima (2012, p. 68) afirma que: [...] o estágio de observação na escola permite-nos a apreensão da realidade institucional, e se dá inicialmente por uma busca proporcionada pelo olhar, no momento em que aquilo que julgamos aparentemente normal passa a ser enxergado de forma diferente e curiosa. É neste momento que o mundo passa a ser constantemente explorado e desvelado, gerando novas formas de compreensão e de intervenção por parte da humanidade. Sendo assim, o estágio nos dá novas perspectivas de aprendizado, e forma de se estabelecer um elo entre formação acadêmica e o mundo do trabalho, partindo das experiências realizadas na escola como ambiente de ensino, 4 Projeto de Estágio O presente projeto de estágio tem a intenção de desenvolver a musicalização a partir de estudos e práticas musicais envolvendo a história da música no Brasil, parâmetros do som, elementos básicos da música, blocos de percussão corporal além de jogos utilizando copos musicais. Partindo da ideia de que a musicalidade nos leva a uma sensibilidade maior e de que todos têm o direito de participar de atividades de música, como, as atividades rítmicas e de audição, de ter contato com instrumentos sonoros e experiências criadoras, e cientes de que tudo isso certamente promoverá o seu desenvolvimento integral e contribuirá para seu desenvolvimento musical. O trabalho será realizado com a turma do terceiro ano do ensino médio, da Escola Estadual José Generosi. Tem como foco a musicalidade através estudos teóricos e práticas lúdicas. Apresentarei os objetivos gerais do meu projeto, a metodologia empregada, a justificativa e a avaliação.4.1 Objetivo Geral: Desenvolver a musicalização através de estudos e práticas musicais, dominando ritmo, tanto na percussão corporal quanto em canções que serão desenvolvidas no decorrer das aulas. 4.2 Objetivos Específicos: • Desenvolver habilidades motoras através de jogos musicais utilizando copos; • Experimentar técnicas de percussão corporal; • Compreender princípios dos conceitos de ritmo, melodia e harmonia; • Conhecer e aprofundar conceitos de timbre, altura e intensidade; • Conhecer novos estilos musicais, populares; • Reconhecer, diferenciar e executar os padrões de acentuação rítmica; • Trabalhar o corpo como uma fonte sonora; • Disciplina. 4.3 Embasamento Teórico Muitas pessoas apenas ouvem uma música e às vezes isso basta para agradar e se sentir bem, porém se querermos realmente escutar uma música é preciso ter atenção aos detalhes do som. E para isso é preciso entender alguns conceitos essenciais da música: a melodia, a harmonia e o ritmo. Contudo, a música em si não precisa necessariamente conter esses três elementos, mas para uma música ser “completa” ela precisa ter uma harmonia, melodia e ritmo. Além do timbre, altura, intensidade e duração da música, ela é formada pela combinação de três elementos básicos da música, fundamentais que caracterizam a música. Sem esses três elementos não poderíamos considerar a música como a arte de se expressar por meio de sons, seguindo regras variáveis conforme a época, a civilização etc. Em música, a harmonia é o campo que estuda as relações de encadeamento dos sons simultâneos (acordes). Tradicionalmente, obedece a uma série de normas que se originam nos processos composicionais. Efetivamente praticados pelos compositores da tradição europeia, entre o período do fim da Renascença ao fim do século XIX. A harmonia é caracterizada como um conjunto de acordes formados pela união de várias notas simultaneamente e a combinação entre os acordes, que serão tocados na composição musical. De maneira geral, a harmonia é uma sequência de acordes construída sobre uma determinada ideia harmônica. Geralmente a sonoridade que serve de base para a melodia, estabelecendo uma conexão adequada. Ao tocar viola, por exemplo, você estará fazendo harmonia com os acordes na viola, uma vez que cada acorde é uma sobreposição de notas, e é por isso que os acordes fazem parte da harmonia. https://pt.wikipedia.org/wiki/Acorde Melodia é percebida como a sequência de notas tocadas uma a uma ou sons. Assim, a melodia é o conjunto de notas que são tocadas sequencialmente em uma canção. A melodia é a voz principal do som. Ao se tocar uma nota de cada vez ou uma corda de cada vez, temos uma melodia. Quando ouvimos um solo de viola caipira, violão, guitarra estamos ouvindo, na verdade, uma melodia. É também a forma do cantor vocalizar as notas. Quando cantamos, a cada sílaba cantada entoamos uma nota diferente e esta sequência de notas é o que chamamos de “melodiada música”. Ritmo é a marcação do tempo de uma música, que nos diz como acompanha - lá. Determina à duração, velocidade, intensidade e os valores de cada nota, definindo quanto tempo cada parte da melodia continuará à tona. Normalmente a marcação do tempo da música é realizada por instrumentos percussivos, como a bateria ou a percussão, determinando qual o andamento e ritmo da música. Por meio de nossa percepção do som podemos reconhecer nas músicas que ouvimos alguns fatores importantes como a altura, duração, intensidade e timbre. Esses são alguns parâmetros físicos do som, ocorrentes na natureza, e compõe o material acústico da música. “A música contém dois elementos: o material acústico e a ideia intelectual. Para poder se tornar m veículo de ideias, o material acústico sofre uma preparação pré-musical, mediante um processo de seleção e ordenação. A ideia intelectual escolhe sons entre os múltiplos sons naturais e converte o material acústico em arte dos sons, adquirindo assim a música uma história.” (Michels, 2003) O som é uma perturbação gerada por um corpo que vibra e transmite suas vibrações ao meio que o rodeia sob a forma de uma propagação ondulatória. O ouvido humano é capaz de detectá-la e o cérebro a interpreta, dando-lhe sentidos e significados. A representação como onda confere-lhe a qualidade da periodicidade, ou seja, ele ocorre repetidas vezes dentro de uma frequência. O som é produto de uma sequência composta por impulsos e repousos, um sinal que se apresenta e a ausência deste que o pontua desde sempre, sendo recebidas pelo tímpano como uma série de compressões e descompressões. Sem essa oscilação o som não pode durar, nem começar. “Não há som sem pausa. O som está permeado de silêncio, é presença e ausência” (Wisnik, 1989, p.18). As frequências sonoras se apresentam basicamente em duas dimensões: duração (ritmo) e altura (melódico). Uma batida em um tambor é um pulso rítmico que, tocada repetidamente, pode ser organizada como um ritmo de pulsação constante, porém sem altura definida. Se tocadas a uma velocidade muito maior, a ponto de alcançarem quinze ciclos por segundos, as batidas deixarão de soar apenas como ritmo e entrarão no estágio da granulação, onde alcançará uma altura definida, uma altura melódica. Na granulação ainda se escuta os impulsos e repousos rítmicos, contudo já se consegue definir a altura, é um estágio indefinido entre a duração e a altura. Quando atinge cerca de cem ciclos por segundo, a frequência se estabiliza e já é percebida como som de altura definida, como nota musical. O ritmo vira melodia. Deste ponto em diante, com o aumento da frequência as notas vão do grave para o agudo até a faixa de quinze mil hertz, onde começam a perder a intensidade e desaparecer para os ouvidos humanos, podendo, porém, ser escutados por um cão. A onda sonora é complexa e se compõe de frequências que se superpõe e se interferem. É um feixe de ondas de comprimento desigual que atribui uma complexidade a onda sonora responsável pela sua singularidade colorística, denominada timbre. “Uma mesma nota, ou seja, uma mesma altura, produzida por uma viola, um clarinete ou um xilofone soa completamente diferente, graças à combinação de comprimentos de ondas que são ressoadas pelo corpo de cada instrumento” (Wisnik, 1989, p.24). Essa é uma propriedade do som de vibrar dentro de si. Existe a frequência fundamental, que é a mais lenta e grave, que define a altura do som. Embutido no som, um feixe de frequências, mais rápidas e agudas, que não são ouvidas como alturas isoladas, mas como um corpo sonoro, complexo e denso, que dá cor ao som. “Esse espectro de ondas que o compõe (o som), pode ser, como através de um prisma, subdividido nos sons da chamada série harmônica. A série harmônica é a única escala natural, inerente à própria ordem do fenômeno acústico” (Ibid.). Ainda há outra variável que qualifica o som, a intensidade. Esta é dada pela maior ou menor amplitude da onda sonora, é a informação sobre o grau de energia utilizado para produzir o som, o que caracteriza momentos como piano (fraco) ou forte, imbui fragilidade ou vitalidade, sugere crescendo ou diminuindo. A intensidade juntamente com o timbre, a duração e a altura, compõem um conjunto de características do som. 4.4 Metodologia: A metodologia de ensino se baseará no modelo TECLA(CLASP) do educador musical Keith Swanwick. Para Swanwick (1979) o professor de ajudar os alunos a entrar em contato com a música da forma mais ativa possível, pois determinados professores se prendem mau outro parâmetro da atividade musical, tornando a incompleta. O autor também acredita que para uma atividade musical completa instigante, o professor deve proporcionar atividades que tragam contato direto com a música, este envolvimento pode ser feito de três formas compondo, apreciando e executando Composição: Incluitodas as formas de invenção musical, improviso, experimentação, independente de composição escrita. Apreciação: Não é apenas um simples ato de ouvir, mas estar atento a ouvir, qualquer atividade musical implicada em audição, desde a afinação do instrumento a um concerto no teatro. Execução: É o fazer expresso, exige preparação características propícias para a música em questão. Esses são os parâmetros centrais da música, estudos musicológicos e técnicos são atividades externas que tem o papel de sustentar e habilitar as atividades diretas. Técnica: Envolve qualquer conhecimento técnico, percepção auditiva, análise, fluência na leitura, geração de sons eletrônicos. É um parâmetro amplo e constante. Literatura: Qualquer atividade ligada ao estudo da música, podendo ser através de livros, conversas formais e informais sobre música. Dessa forma será trabalhada conceito de música e seus elementos básicos, parâmetros do som, identidade musical brasileira. Também será trabalhado, blocos de percussão corporal em coro, canções brasileiras em cânone, tudo isto de forma integrada para que o aluno tenha uma visão mais globalizada e consiga realizar todas as atividades o mais musicalmente possível, tudo isso de forma gradual. Na medida em que os alunos vão adquirindo conhecimentos, será possível fazer com que eles improvisem ritmos e frases musicais, o que é uma forma de compor, expressar sentimentos e também aplicar o que está agregando nas aulas de música. 4.5 Justificativa A música é, entre as formas de expressão humana, a mais completa. Nela, e através dela, o homem, independentemente da idade, coloca todas as suas emoções, sensações e percepções em relação a si mesmo e ao mundo. É, porém, na infância que a exploração dos sons das mais variadas naturezas assume relevante presença e importância. A música traz benefícios a todos na questão da memorização, promove a auto- estima, desperta os sentimentos, promove a sensibilidade para elaborar as atividades de forma prazerosa. Partindo da ideia de que a musicalidade nos leva a uma sensibilidade maior e de que todos têm o direito de participar de atividades de música, como as atividades rítmicas e de audição. Ciente de que tudo isso certamente promoverá o seu desenvolvimento integral e contribuirá para seu desenvolvimento musical. O projeto está sendo criado para o desenvolvimento de musicalização na escola através de aulas teóricas e lúdicas, com a finalidade de levá-los a uma completa alegria do fazer e sentir musical. Pode-se assim dizer que participar de atividades musicais pode ser fonte de riqueza e uma troca constante de informações, elevando assim a autoestima das pessoas. Segundo Beineke: A música é uma atividade humana que se manifesta no fazer, na prática musical. Sendo assim, a primeira função que pode se atribuir à educação musical é a de introduzir os estudantes em formas de vida musical, enraizadas em um fazer musical autêntico, artístico e criticamente reflexivo. (BEINEKE, 2003, p.26) Verificando a relação existente entre a aplicação da música na sala de aula e sua contribuição no desenvolvimento do aluno, no que diz respeito à educação musical, pode assim dizer que ela nos leva a um desenvolvimento integral além de contribuir no aprendizado do aluno. 4.6 Avaliação: Avaliação segundo a ótica de Vasconcellos (2005, p. 53) nada mais é do que a reflexão crítica sobre a prática com a intenção de captar seus avanços, dificuldades e viabilizar a tomada de decisões sobre procedimentos adotados para superar obstáculos. O autor atenta para o fato de que a nota em forma de conceito ou menção é uma exigência do sistema escolar, que mesmo com sua extinção a necessidade de se avaliar continuará existindo. Entende-se, concordando com Vasconcellos (2005, p. 54), que a avaliação deve auxiliar o processo de construção do conhecimento. A avaliação deve remeter o aluno ao interior do processo de ensino-aprendizagem. Sua intenção consiste em garantir a formação integral do sujeito através da mediação entre construção do conhecimento e aprendizagem por parte dos alunos. Faz oportuno neste trabalho realizar o processo avaliativo ação educativa de maneira constantemente. Para isso Hernández (1998, p. 94) propõe três momentos avaliativos que são: a avaliação inicial que pretende detectar os conhecimentos prévios que os alunos já possuem quando do início da abordagem de um conteúdo; avaliação formativa possui a finalidade de auxiliar o aluno a progredir no caminho do conhecimento, pois, está integrada no processo de ensinar diagnosticando problemas e soluções que melhore o processo de ensino-aprendizagem; por fim a avaliação recapitulava apresenta- se como uma ação de síntese sobre um tema permitindo reconhecer se o aluno construiu significado pertinente sobre os assuntos estudados. Uma das estratégias de avaliação sugeridas por Boughton (2005, p.380) é a pasta de atividades por se tratar de um dos elementos mais importantes para evidenciar o trabalho do aluno. Nelas o aluno poderá incluir trabalhos em andamento, trabalhos concluídos, rascunhos, estudos, anotações e inclusive suas próprias avaliações. Portanto, traçou-se neste projeto conforme Vasconcellos (2005), algumas diretrizes que nortearão o processo avaliativo dos alunos em questão, quais são: A avaliação será de natureza construtiva visando auxiliar o processo de aprendizagem. O correndo durante todo o processo aula objetivando a avaliação do processo da aprendizagem do aluno e como instrumento a construção de um portfólio. Concorda-se com Gardner, (1996); Wolfe, (1988); Zimmermann, (1994) “apud” Boughton (2005, p. 380), no processo de avaliação os alunos devem estar engajados em atividades desafiadoras e significativas. Por fim acredita-se que a instrumentalização das diretrizes avaliativas, mencionadas acima, balizando processos de avaliação inicial, avaliação formativa e avaliação recapitulava amplia a significância da ação educativa para todos os envolvidos. 5 AULAS DESCRITIVA 5.1 Aulas: I Tema: Ritmo Conteúdos: Ritmo, tipos de som, influências regionais e blocos rítmicos. Objetivos: • Aprender sobre as influências dos ritmos brasileiros. • Experimentar técnicas de percussão corporal; • Proporcionar integração dos alunos; • Desenvolver atenção, percepção e musicalidade; • Compreender princípios dos conceitos de ritmo, através de atividades práticas. • Analisar e debater sobre os conceitos e práticas. • Discutir por meio de experiencia práticas, conceito de ritmo. • Compreender princípios dos conceitos melodia e harmonia; Aulas descritivas: Em nossa primeira aula começarei apresentando aos alunos o plano de trabalho para as próximas aulas, também conhecer as experiências musicais de cada aluno bem como quem gosta de cantar ou tocar algum instrumento. Feito isto irei colocar o áudio da música “Prenda minha”, folclore gaúcho, ao terminar, comentarei com os alunos que a gente ouve música o tempo todo, darei exemplos como ouvir música no trabalho, no ônibus até dentro da cabeça. Após levantarei a seguinte questão, por que a música mexe tanto com as pessoas? Exemplo quando o som chega aos nossos ouvidos, temos vontade de dançar e cantar. Perguntarei também se tem alguma música que eles gostam e provoca ação, logo que as ouvem. Nesta discussão falarei que esta provocação é definida como Ritmo. Feito isso iremos trabalhar o conceito de ritmo e alguns exemplos. Com os alunos em círculos pedirei para que definam a palavra ritmo, com o que foi abordado até o presente momento. Dados as definições irei acrescentar: “Para pensarmos em ritmo, podemos partir do próprio corpo. Há algo rítmico acontecendo neste momento em nossos corpos?" Ao tentar responder esta pergunta, percebemos que há o ritmo da respiração que acontece involuntariamente e o ritmo dos batimentoscardíacos que seguem uma pulsação constante, mesmo que em andamentos variados. Ao corrermos, as batidas do coração ficam aceleradas. Ao ficarmos parados, as batidas tendem a ser mais lentas. Depois que os alunos aprenderem o que é ritmo, iremos aprender o que é som. Para isto pedirei para que eles definam o que é som? Após explicarei que som é uma sensação auditiva produzida pelo celebro através de algum material sonoro, propagado pelo ar ou pelo vento, através das ondas sonoras. Explicarei que existem vários tipos de som, como sons humanos, naturais e sons mecânicos ou artificiais. O ritmo acompanha a pulsação em seu andamento, e isto caracteriza a música de uma região, por existir vários andamentos. Explicarei que no Brasil temos uma riqueza enorme de ritmos, e que essa variedade de sotaque e estilos pode ser chamada de identidade musical. Esses ritmos tiveram grande influência dos povos que viveram no Brasil no passado, trarei exemplo um áudio da música “Carinhoso” de Pixinguinha, que foi criada no Rio de Janeiro, mas sofreu influências europeias. Nas aulas serão trabalhados os conceitos básicos da música. Pois definir a música não é algo muito óbvio, entretanto existem três pilares que são essências em uma música e que normalmente geram confusões quanto a sua classificação. De maneira geral, a música é teoricamente uma combinação de sons e silêncios de maneira organizada. Atividade l - Ritmo Será proposto para os alunos trabalhar alguns, blocos rítmicos criados por Keith Terry, para internalizar o conceito de ritmo. Tema: blocos rítmicos de percussão corporal Atividade 1 – Blocos rítmicos de percussão corporal. Apresentamos, nessa atividade, os “blocos rítmicos” (rhythmblocks) criados por Keith Terry, os quais servirão de base para os exercícios propostos. Usaremos os blocos rítmicos de 3, 5, 7 e 9 pulsações. Fonte: Portal do professor (2019). Considerando a figura da semínima como pulso, fazer os seguintes sons corporais: - Primeira semínima – palma; - Segunda semínima – mão direita no peito; - Terceira semínima – mão esquerda no peito. Bloco rítmico de 5: Fonte: Portal do professor (2019). Fazer os seguintes sons corporais, para cada pulso: Primeira semínima – palma, mão direita no peito, mão esquerda no peito, mão direita na coxa direita e mão esquerda na coxa esquerda. Bloco rítmico de 7: Fonte: Portal do professor (2019). Fazer os seguintes sons corporais, para cada pulso: palma, mão esquerda no peito, mão direita no peito, mão direita na coxa direita, mão esquerda na coxa esquerda, mão direita na nádega direita e mão esquerda na nádega esquerda. Observação: Dependendo do perfil da turma, opte por outra nomenclatura ao introduzir os movimentos corporais que percutem as nádegas, ou apenas faça a demonstração para que a turma reproduza. Bloco rítmico de 9: Fonte: Portal do professor (2019). Fazer os seguintes sons corporais, para cada pulso: palma, mão direita no peito, mão esquerda no peito, mão direita na coxa, mão esquerda na coxa esquerda, pé direito batendo no chão e pé esquerdo batendo no chão. 1) Trabalhe os blocos separadamente, para que os alunos internalizem a movimentação. Proponha a execução dos blocos de 3, 5, 7 e 9, em um andamento mais lento, para que o aprendizado aconteça. Sugira, então, que cada bloco seja executado por 4 compassos (se você preferir, utilize o termo “4 vezes” para facilitar a compreensão por parte dos alunos). 2) Trabalhe os blocos em sequência, sem interrupções. Desta forma, proponha: a) Sequência 3,5,7,9, estabelecendo 4 compassos para cada bloco. b) Sequência 9,7,5,3, estabelecendo 4 compassos para cada bloco. Você pode ainda variar, estabelecendo 3 ou 2 compassos para cada bloco. Ou ainda: determinar que a sequência crescente (3,5,7,9) seja realizada com 4 compassos para cada bloco, e a sequência decrescente (9,7,5,3) seja realizada com 2 compassos para cada bloco. O importante é variar as regras de execução para que o desafio seja mais interessante. Atividade 2 – Blocos rítmicos em coro. Divida a turma em dois grupos: um realizará o bloco de 3 e o outro, o bloco de 5, simultaneamente. O resultado será polirrítmico. Faça a troca posteriormente. É importante que a marcação da pulsação seja muito precisa. Como desafio final, a divisão da turma em três grupos, ou seja, três “vozes” diferentes e simultâneas, se pensarmos em uma peça coral de percussão corporal: Grupo 1 – Bloco rítmico de 3; Grupo 2 – Bloco rítmico de 5; Grupo 3 – Bloco rítmico de 7. Atividade 3 – Sequência numérica Divida a turma em grupos e determine que cada aluno escolha uma sequência numérica para realizar com os blocos rítmicos. Se possível, coloque os grupos em lugares distantes, a fim de que não vejam o processo de construção dos demais. Cada grupo deverá escolher uma sequência de quatro números, com base nos blocos apreendidos: 3, 5, 7 e 9. Ao final, cada grupo deverá apresentar sua sequência aos demais, e estes deverão anotar em uma folha de papel os números correspondentes, numa espécie de ditado. Quando todos os grupos apresentarem, as respostas deverão ser conferidas e todos, então, executarão as sequências criadas. Relatório O dia 11 de abril, fora destinado para que eu possa começar a dar aulas na turma 302, na escola José Generosi. Ao ver-me em frente de uma turma de jovens, percebi-me um tanto nervoso, mas tentei não transparecer e proceder com a aula normalmente. Inicialmente, me apresentei e logo após expliquei o plano de trabalho para turma. Feito isso, coloquei uma música no som, que serviria como apreciação musical e também como base para os estudos proposto para esse dia. Após foi trabalhado conceito de ritmo, tipos de som, os ritmos em diferentes regiões do Brasil, trazendo assim as influências regionais e identidade musical. Para internalizar os assuntos abordados em aula, teve audição de várias músicas nativas das diferentes regiões do Brasil, mostrando que cada região tem sua música e seu ritmo característico. Também foram realizadas uma série de blocos rítmicos para internalizar nos alunos o conceito de ritmo, para isto pedi para que formassem um grande círculo. Iniciei a atividade realizando alguns motivos simples utilizando percussão corporal para que eles percebessem que possuem um corpo sonoro, e desta forma, atentassem às próximas atividades. Através de imitação, iniciei um padrão rítmico utilizando a percussão corporal. Repeti diversas vezes e separei este em duas partes para facilitar a assimilação. Num primeiro momento, a turma não pareceu envolvida em função da dificuldade que aparentemente possuía o exercício. Aos poucos, a turma foi compreendendo os comandos e acertando o motivo. Notei que alguns alunos tinham mais dificuldade, e se desmotivavam facilmente quando não acertavam. Procurei ajudar estes individualmente. Os demais executavam com certa autonomia. Quando a percussão estava assimilada pela turma, apresentei a segunda parte do exercício que envolvia a divisão dos alunos em quatro blocos rítmicos, juntando blocos 3,5,7 e 9, fazendo com que os alunos aprendam e decorem cada bloco. Ao final da aula organizamos a sala, despedi-me dos alunos com a promessa que iriamos voltar a estudar os blocos rítmicos formando assim um coral percussivo. 5.1Aula: ll Tema: Harmonia Conteúdos: Harmonia, sobreposições de altura, monofonia, homofonia, polifonia e harmonia flexível. Objetivos: • Apreciação; • Proporcionar integração dos alunos; • Desenvolver atenção, percepção e musicalidade; • Compreender princípios dos conceitos de harmonia, através de atividades práticas; • Analisar e debater sobre os conceitos e práticas; • Compreender princípios monofonia, homofonia e polifonia. Aulas descritivas: A aula será iniciada com a música:“Pais e filhos” Legião Urbana. Após falaremos sobre o conceito de harmonia, sua importância para música, e suas diferentes característica e significados, também iremos ver como a música pode se renovar com a história e nos dias de hoje. Depois de ter ouvido a música levarei os alunos a um debate onde explicarei que a melodia cantada não é a mesma tocada pelos acordes do violão, explicarei que este efeito de integração entre a voz e o violão se chama harmonia. Falaremos também que uma melodia sozinha é denominada de monofonia, e não temos harmonia, porem esta melodia acompanhada por acordes chamamos de homofonia. Abordaremos também que além da monofonia e a homofonia. Falaremos sobre a polifonia, quando a harmonia surge quando duas ou mais melodias são tocadas ao mesmo tempo, para isto será trazido exemplos em áudio mostrando as diferenças entre ambas. Será abordado também que a harmonia é flexível, pois elas se adaptam de acordo com o tempo que ela é produzida e o espaço onde foi criada. Se renovam com novos olhares com novas gerações. Também iremos ver como a música pode se renovar com a história e nos dias de hoje. Depois de ter ouvido a música levarei os alunos a um debate onde explicarei que a melodia cantada não é a mesma tocada pelos acordes do violão, explicarei que este efeito de integração entre a voz e o violão se chama harmonia. Falaremos também que uma melodia certamente soará algo um tanto caótico, nada parecido com o que tradicionalmente é considerado música. Perguntarei aos alunos se estes sons produzidos simultaneamente poderiam compor a trilha sonora de algum filme. De que cena poderia ser? E sendo está uma trilha sonora poderia ser considerada música? Atividade l Iremos agora experimentar uma atividade sobre o princípio de sobreposição de alturas, um aspecto do conceito de harmonia. Proposta de jogo: a) A turma será dividida em grupos de 4 depois pedir para escolherem um som vocal que possam sustentar por algum tempo. Deixarei com que cada grupo ensaie o seu som e memorize a altura escolhida. Em seguida, peça que executem simultaneamente os seus sons e ouçam o efeito produzido. Mostrarei que para manter a continuidade do som, devem respirar quando necessário, de preferência, em momentos diferentes uns dos outros, retomando o som inicial a cada respiração. Pode-se ‘desligar’ um grupo, aumentar o volume, propor um ritmo, utilizando os sinais de regência. Convidarei os alunos de cada grupo para reger. O aluno-regente pode propor modificações nas alturas dos sons dos grupos de modo a obter diferentes resultados harmônicos. Resultado Musical e Debate Após a realização das atividades e a partir das performances e instigações, será promovido um debate com a turma considerando algumas questões: 1. Que relações possíveis podemos estabelecer entre ritmo e movimentos do corpo humano? 2. Os princípios de contorno melódico podem ser identificados no cotidiano na voz falada? 3. Para algo ser música precisa necessariamente ter melodia, ritmo e harmonia ao mesmo tempo? 4. Precisamos de instrumentos musicais para compreender os conceitos de melodia, ritmo e harmonia ou podemos utilizar o corpo e a voz? De que formas? Relatório Nos dias 18 e 25de abril, foram realizadas minha segunda e terceira aula logo no início da aula cumprimentei todos os alunos, após fizemos uma breve retrospectiva sobre conteúdos que ficaram pendente da aula passada, feito isso, praticamos os blocos rítmicos que foram estudados em aula, porém não tínhamos terminados. Nesta aula turma foi dividida em quatro blocos rítmicos, onde cada grupo executava uma frase rítmica. Os alunos mostraram durante todo período da aula interessados e envolvidos com as atividades. Ao final desta atividade com o empenho de todos alunos formamos um coral percussivo. Na segunda parte da aula começamos com audição da música “Pais e filhos” Legião Urbana, e “Sinônimos” de Zé Ramalho. Após foi trabalhado o conceito de harmonia, isto através de um debate feito com os alunos. Neste debate foi explicado, que a música pode se renovar com a história e nos dias de hoje. Foi aprendido também nesta aula que a melodia cantada não é a mesma tocada pelos acordes do violão, e este efeito de integração entre a voz e o violão chamamos de harmonia. Os alunos mostraram interesse na aula, fazendo com que a aula fluísse de maneira prazerosa. Após o debate foi feito uma atividade pratica, para que o conteúdo abordado tenha uma maior fixação e entendimento. Na atividade pratica foi abordado um jogo sobre sobreposições de alturas, nesta atividade a turma foi dividida em quatro grupos, onde cada aluno do grupo deveria escolher um som diferente dos demais grupos para que executassem de forma simultânea. Nesta atividade os alunos em grupos criaram cada um seu som como explicado em aula, porem na hora de executar os sons escolhidos, os alunos ficaram meio apreensivos, por não saberem do resultado da atividade. Alguns escolheram sons mais graves outros mais agudos. Depois de cada grupo ter escolhido seus sons, pedi para que executassem simultaneamente, atentos ao efeito do som produzido. Mostrarei que para manter a continuidade do som, deveriam respirar quando necessário, de preferência, em momentos diferentes uns dos outros, retomando o som inicial a cada respiração. Com os alunos envolvidos fizemos algumas dinâmicas, tais como, desligando um grupo, aumentando o volume de outro, mudando o ritmo. Isso sempre utilizando sinais de regência. Ao final da aula realizei a chamada musical e despedi-me de os alunos alegre pelo fato de os objetivos serem alcançados. 5.2 Aula: lV Tema: Melodia Conteúdos: Melodia, música como forma de expressão cultural em diferentes regiões do Brasil e uma atividade “elevador sonoro”. Sobreposições de altura, monofonia, homofonia, polifonia e harmonia flexível. Objetivos: • Apreciação; • Proporcionar integração dos alunos; • Desenvolver atenção, percepção e musicalidade; • Compreender princípios dos conceitos de melodia, através de atividades práticas; • Analisar e debater sobre os conceitos e práticas; • Compreender princípios de grave e agudo. Aulas descritivas: A aula será iniciada com a audição da música: “Águas de março” de Tom Jobim, e a “Quinta Sinfonia” de Beethoven. Logo após entraremos em um debate com os alunos, envolvendo a seguinte pergunta. “O que a música quer dizer?”, “Que sensação ela traz?”. Falaremos neste debate conceitos de Melodia, também que ela fala de uma forma muito particular com cada indivíduo e que a música é uma forma de expressão cultural em diferentes regiões do Brasil. Atividade ll - Melodia Elevador sonoro – Com os alunos reunidos o grupo de pé e em círculos, e pedirei uma investigação sobre como podemos movimentar a voz. Apresentarei os conceitos de grave (com os braços apontando para baixo) e agudo (com os braços apontando para cima). Para exemplificar, pedirei aos alunos para imaginar que a nossa voz funciona como um 'elevador' sonoro. Seja o regente e comece do 'andar térreo' com todos produzindo ao mesmo tempo um som bem grave (braços apontando para baixo), sem uma altura específica definida. Ao movimentarmos os braços continuamente para cima, os alunos devem tentar acompanhar com a voz este movimento ascendente (do grave para o agudo). Em seguida, o 'elevador' inicia sua descida com a voz acompanhando novamente o movimento dos braços, agora para baixo (do agudo para o grave). Este jogo de alturas é um que possibilita a exercício pesquisa de diversos contornos melódicos', a partir do movimento ascendente ou descendente da voz. Experiência proposta: a) Pedir ao grupo uma sugestão de uma canção ou um trecho musical simples que todos saibam cantar. b) Após cantar apenas utilizando como letra a expressão 'hum' com a boca fechada.Ainda assim identificamos a música? O que é isso que cantamos e que nos permite identificar a música mesmo com a boca fechada? c) Agora, ao invés de suprimir a letra, será modificado os 'movimentos da voz' (alturas) de modo a soar com um desenho melódico diferente do que foi cantado inicialmente. O que mudou agora? Ainda reconhecemos a música? d) Experimentarei também cantar com a turma em outro ritmo. Pedirei para os alunos que proponham ritmos diferentes. Constate com o grupo que nesta música que cantaram está presente um ritmo, mas também uma melodia que, quando modificada, já não nos permite reconhecer a música original. Relatório Na aula do dia 09 de maio, estava uma noite muito fria e chuvosa por esta razão grande parte da turma estava ausente. Chegando na sala cumprimentei todos alunos, após realizei a chamada e coloquei uma música como apreciação musical que também serviria como elemento de estudo. Terminando a música fizemos alguns comentários da aula passada relembrando o que já tínhamos estudado até aquele momento. Após coloquei outra música chamada “chalana” de Almir Sater, daí então começamos a estudar conceito de melodia e suas influências nos dias atuais. Todos alunos mostraram bem envolvido na aula trazendo perguntas sobre assuntos abordados. Após a explicação sobre melodia entramos na parte prática da aula, para isto pedi para que os alunos ficassem de pé e em círculo. Apresentei os conceitos de grave (com os braços apontando para baixo) e agudo (com os braços apontando para cima). Para exemplificar, pedi aos alunos para imaginar que a nossa voz funciona como um ‘elevador sonoro. Começamos então a atividade, Fiquei como regente e ao meu comando começamos produzindo som ao mesmo tempo, com sons graves com os (braços apontando para baixo), e sons agudos com os braços para cima possibilitando a diversos contornos melódicos', a partir do movimento ascendente ou descendente da voz. A turma apesar que estava em pequeno número, participaram da atividade proposta. Após começamos a experimentar uma outra atividade, mas logo bateu o sinal dando fim a aula. 5.3Aula: V Tema: Parâmetros do Som: Conceito de Intensidade. Conteúdos: Conceito de intensidade na música, apreciação musical, conceitos de grave, agudo, fraco e forte, improvisação e algumas atividades musicais que fortalecerá o entendimento auditivo do parâmetro em questão. Objetivos: • Apreciação musical; • Conceito de intensidade; • Aprender conceitos de grave, agudo, fraco e forte; • Desenvolver atenção, percepção e musicalidade; • Compreender os conceitos de duração, através de atividades práticas; • Debater sobre os conceitos e práticas. Aulas descritivas A compreensão dos parâmetros do som será importante não só para uma boa interpretação musical como também para um bom entendimento da escrita musical, uma vez que estas propriedades do som são usadas como referências para a grafia da música na nossa cultura. Tradicionalmente a grafia musical utiliza-se de quatro parâmetros básicos: altura, intensidade, duração e timbre. A aula será iniciada com o professor falando – num tom normal de voz – sobre qualquer assunto. Será abordado falas sobre assuntos em voga no mundo da indústria musical ou cultural: um cantor ou uma cantora que esteja em evidência, uma banda que acabou de lançar um disco, etc. Após abaixarei gradativamente o volume da voz até que os alunos notem que há algo errado. Então, começarei a cochichar. Subitamente aumente a intensidade até estar quase gritando, o que causará um susto nos alunos. Interromperei a história e perguntarei o que aconteceu de diferente na forma de falar do início da aula até aquele momento. Os alunos certamente dirão que minha voz mudou, e é muito comum o uso de diferentes adjetivos, muitas vezes inadequados, como “grosso”, “agudo”, “grave”, “bravo” e outros mais para se referir à sua maneira de falar. Explicarei que o que mudou foi a intensidade sonora e que este recurso é uma das qualidades ou propriedades do som. Assim, quanto mais enérgico o movimento, mais forte será o som e vice-versa. Exemplificando: se tocarmos uma corda de violão com muita delicadeza, produziremos um som fraco, com pouca intensidade; se tocarmos com bastante força, produziremos um som forte. Da mesma forma com um tambor ou qualquer outro instrumento. Falarei sobre a possibilidade de a intensidade variar de forma gradativa ou abrupta. Serão mostrados a turma exemplos musicais observando as variações de intensidade fazer as observações nos momentos em que acontecem as mudanças na intensidade das músicas utilizadas como exemplo. "As Quatro Estações" (Primavera) - Vivaldi Depois da audição a turma será dividida em pequenos grupos, onde será pedido para que eles executem uma pequena canção variando a intensidade tanto de forma abrupta quanto de forma gradativa. Após todas as apresentações, será organizado um debate sobre as músicas apresentadas. Os grupos serão enfatizados que a avaliação dos trabalhos deve ser feita focando o parâmetro "intensidade" dos sons como elemento estruturador, e sobre o fato dos alunos terem ou não realizado da forma pedida. Relatório Nos dias 30de maio, foi realizada minha quinta aulas. Dei início cumprimentado a todos. Na primeira parte da aula fizemos apreciação musical com duas músicas sugeridas pelos alunos. Feito isto começamos a estudar os parâmetros do som. Neste dia foi estudado sobre o conceito de intensidade. Comecei a segunda parte da aula falando num tom normal de voz, falando sobre os tipos de músicas eles gostam. Após abaixarei gradativamente o volume da voz até ficar cochichando. Subitamente aumentei a intensidade da minha voz, o que causou um susto nos alunos. Perguntei então a eles o que teria acontecido com minha voz, então responderam que minha voz mudou. Expliquei a eles o que mudou foi a intensidade sonora e que este recurso é uma das qualidades ou propriedades do som. Trouxe também a eles outro exemplo usando o violão, produzindo nele sons fortes e sons fracos, mostrando a possibilidade de a intensidade variar de forma gradativa ou abrupta. Mostrei a turma exemplos musicais observando as variações de intensidade fazendo as observações nos momentos em que acontecem as mudanças na intensidade das músicas utilizadas como exemplo. “as Quatro Estações" (Primavera)- Vivaldi. Depois da audição a turma foi dividida em dois grupos, onde foi pedido para que eles executassem uma pequena canção variando a intensidade tanto de forma abrupta quanto de forma gradativa. Ouve participação de grande parte da turma, mas infelizmente outros não quiseram participar. Depois da apresentação dos dois grupos fizemos um breve debate sobre as apresentações e o parâmetro em questão, que deveria estar presente na canção. Ao final da aula realizei a chamada organizamos a sala de aula e logo despedi dos alunos desejando a eles bom final de semana. 5.4Aula: Vl Tema: Parâmetros do Som: Conceito de duração. Conteúdos: Conceito de duração na música; O que é som, e os diferentes sons do Brasil; Atividade musical que fortalecerá o entendimento auditivo do parâmetro em questão. Objetivos: • Apreciação musical; • Conceito de duração; • Aprender conceitos de grave, agudo, fraco e forte; • Desenvolver atenção, percepção e musicalidade; • Sons em diferentes cantos do Brasil; • Compreender os conceitos de duração, através de atividades práticas; • Analisar e debater sobre os conceitos e práticas. Aulas descritivas A aula será iniciada com a audição da música: - "Polichinelo" (Heitor Villa-Lobos) A compreensão dos parâmetros do som será importante não só para uma boa interpretação musical como também para um bom entendimento da escrita musical, uma vez que estas propriedades do som são usadas como referências para a grafia da música na nossa cultura.Tradicionalmente a grafia musical utiliza-se de quatro parâmetros básicos: altura, intensidade, duração e timbre. Depois de ouvirem as músicas será perguntado sobre a questão da duração dos sons. Em qual das duas peças os sons duravam mais tempo? Em qual delas os sons eram mais curtos? Continuando a discussão mostrando que o controle sobre a duração dos sons faz toda a diferença na sensação que a música produz. Será mostrado como isso acontece na paisagem musical cotidiana. Um narrador esportivo pode gritar “Gol”! Mas produzirá um efeito totalmente diferente com o tradicional “Goooooooooool”. Será explicado que a duração é um parâmetro do som e que isso é facilmente perceptível em música. Terá exemplos lembrando momentos de canções com partes mais curtas e outras mais longas. “Galopeira” (Maurício Ocampo) – especialmente no momento 1'15" Lágrima do Sul (Milton Nascimento) - neste exemplo, observaremos o acompanhamento instrumental do grupo UAKTI usando sons de curta duração. É interessante comparar os sons de alguns instrumentos quanto à duração. Por exemplo, os tambores em geral (tamborim, tarola, pandeiro, etc.) costumam produzir sons longos ou curtos? E os instrumentos de cordas dedilhadas (violão, harpa, cavaquinho, etc.)? Os de cordas friccionadas (violino, violoncelo, viola, etc.)? E os de sopro? Quando o debate estiver suficientemente enriquecido, será pedido um exercício: dividirei os alunos em grupos de até quatro alunos, no máximo, e pedir para que eles componham pequenos fragmentos musicais em que cada um deles executará sons de diferentes durações. Cada aluno executara apenas um som com duração diferente dos colegas. Os grupos serão acompanhados, enquanto estiverem compondo com dicas e opiniões, tomando cuidado para não compor por eles. Relatório No dia 13 de junho foi realizada minha sexta aula. Logo no início da aula cumprimentei todos alunos após fizemos a audição de duas músicas a primeira foi "Polichinelo" (Heitor Villa-Lobos), a segunda foi “Galopeira” (Maurício Ocampo). Durante e quando terminou a música “galopeira” os alunos davam muita rizada pela forma que a música era cantada. Depois que pararam de rir da música, perguntei aos alunos sobre a questão da duração dos sons. E em qual das duas peças os sons duravam mais tempo? Em qual delas os sons eram mais curtos? Continuando com a discussão mostrei através destes e de outros exemplos que o controle sobre a duração dos sons faz toda a diferença na sensação que a música produz. Todos alunos sem exceção responderam que a duração da segunda música era bem maior que a primeira. Aproveitando que todos estavam empolgados com a aula expliquei que a duração é um dos parâmetros do som e que isso é facilmente perceptível em música. Perguntei a eles se conheciam alguma música que tinha uma duração maior e outras com duração menor. Muito dos alunos trouxeram exemplos, de canções com partes mais curtas e outras mais longas. Feito isso coloquei outra música Lágrima do Sul (Milton Nascimento), achei interessante esta música, pois podemos observar o acompanhamento instrumental do grupo UAKTI usando sons de curta duração. Nesta terceira musica pedi para os alunos ouvirem com atenção, em especial os sons de alguns instrumentos e sua duração. Alguns dos alunos respondiam de maneira espontânea comparando sons com diferentes durações. Após nosso debate foi dividido a turma em grupos de até três alunos onde eles fizeram fragmentos musicais em que cada um deles executaram sons de diferentes durações. Neste momento da aula surgiram ideias bem criativas. Quando a aula estava se aproximando do fim, foi feito a chamada, organizamos a sala e combinamos para que os grupos possam se apresentar no início da próxima aula. 5.5 Aula: Vll Tema: Parâmetros do Som: Conceito de altura. Conteúdos: Conceito de altura na música, atividade musical que fortalecerá o entendimento auditivo do parâmetro em questão e dinâmica com a música “olha o camaleão”. Objetivos: • Apreciação musical; • Conceito de altura; • Aprender conceitos de grave e agudo; • Desenvolver atenção, percepção e musicalidade; • Compreender os conceitos de altura, através de atividades práticas; • Analisar e debater sobre os conceitos e práticas. Aulas descritivas Iniciara a aula tocando dois exemplos musicais. Os alunos deverão contrastar por terem momentos claramente baseados em sons graves – em um caso – e sons agudos – em outro. Feito isso, será perguntado aos alunos qual foi a principal diferença entre um e outro trecho. Estimularei a imaginação e a capacidade de comparar diferentes momentos musicais valorizando as respostas que se aproximam mais de uma boa descrição do que foi exposto com relação à altura dos sons. Se obtivermos respostas como “som fino” e “som grosso”, que será explicado aquilo que eles chamam de som fino, é conhecido tecnicamente como agudo e, de som grosso, é conhecido como grave. Apontarei os sons graves e agudos encontrados comumente no cotidiano. Por exemplo: pios de passarinhos e guinchos de freio são mais graves ou mais agudos que o som de um contrabaixo? O que é mais agudo, o apito do juiz numa partida de futebol ou o retumbar de um surdo? E se compararmos o som da voz masculina e o da feminina, qual é o mais grave? Será falado também sobre as diferenças de alturas dentro das famílias dos instrumentos musicais. Qual é o instrumento mais agudo? Um cavaquinho ou um violão? Um violino ou um contrabaixo? Um trompete ou uma tuba? Desta forma, o que acontece com o som conforme aumentamos o tamanho do instrumento? Depois da explanação do assunto será feito um exercício. Os alunos formarão pequenos grupos, de preferência misturando meninos e meninas e pedirei para compor um pequeno fragmento musical com alturas diferentes. Cada aluno deverá executar sempre uma mesma altura, uma mesma frequência. A composição será gerada da união dos diferentes sons escolhidos. Ao final, teremos uma peça calcada em diferentes alturas, sendo cada integrante um instrumento que toca apenas uma nota ou um som de mesma frequência. Os grupos serão ajudados, enquanto estiverem compondo, dado a eles, dicas e opiniões, tomando cuidado para não compor por eles. Relatório: No dia 25 de junho, foi realizado minha sétima aula, nesta aula apresentei aos alunos o segundo elemento básico do som. Logo no início da aula, pedi para que os alunos formassem um círculo onde realizamos uma dinâmica com a turma chamada “olha o camaleão”, ensinei a parte cantada depois brincamos com a música. Durante a dinâmica os alunos se envolviam na atividade demostrando interesse. Após, fizemos apreciação musical de duas músicas, a primeira foi “outono” de (Vivaldi) e a segunda foi “tente outra vez” (Raul Seixas), depois da audição entramos em um debate neste perguntei para os alunos qual foi a principal diferença entre um e outro trecho da música. Mas nenhum aluno respondeu à pergunta. Para uma melhor compreensão dos alunos, levei para áudio com sons de instrumento agudo “violino”, e sons com instrumentos graves “violoncelo”. Usando estes dois instrumentos expliquei aquilo que eles chamam de som fino, é conhecido tecnicamente como agudo e, de som grosso como som grave. Aproveitando os exemplos deixei de maneira mais clara o conceito de altura na música, explicando que altura é um termo utilizado para definir se um som é agudo ou grave. Depois do debate a turma foi dividida em pequenos grupos onde eles teriam que criar uma composição, com alturas diferentes, uma mesma frequência. Deixei cada grupo estudarem suas pequenas peças, e depois de alguns minutos fizemos a apresentação de cada grupo. Esta união dos diferentes sons escolhidos pela turma, gerou uma peça singular com diferentes alturas e mesma frequência. Ao final da aula, organizamos a sala e sai satisfeito pois os objetivospropostos foram alcançados. 5.6 Aula: Vlll Tema: Parâmetros do som: conceito de timbre Conteúdos: A compreensão dos parâmetros do som é importante não só para uma boa interpretação musical como também para um bom entendimento da escrita musical, uma vez que estas propriedades do som são usadas como referências para a grafia da música na nossa cultura. Objetivos: • Apreciação musical; • Conceito de timbre; • Aprender conceitos de grave, agudo; • Desenvolver atenção, percepção e musicalidade; • Compreender os conceitos de timbre, através de atividades práticas; Analisar e debater sobre os conceitos e prática. Aulas descritivas: A aula iniciara com uma discussão com os alunos sobre as características do som. Será referido a outros parâmetros, tais como: duração, altura e intensidade, que já tenha abordado estes assuntos em sala de aula. Pouco a pouco além estimulando a imaginação com perguntas. Por exemplo, como eles descreveriam o som de um violão para um extraterrestre que nunca teve a oportunidade de ouvir este instrumento. E o som de uma flauta? E uma freada de carro? Todos perceberão que não é tão simples descrever com palavras. Então, irei pedir para eles imitarem com a voz ou com algum objeto que esteja próximo, os sons pedidos anteriormente. Provavelmente a imitação será mais próxima da realidade do que a descrição pura e simples com palavras. Logo após farei a seguinte demonstração, pedirei para um aluno que cante dois segundos de qualquer melodia ou algumas poucas notas musicais (dó-ré-mi). Imitá-lo-ei imediatamente após com as mesmas alturas. Então, pedirei aos outros alunos para fechar os olhos e diga que um dos dois – você ou o aluno que cantou antes – irá cantar a melodia primeiro, e depois o outro repetirá. Combine com o aluno previamente quem cantará primeiro. Depois de cantar, pedirei aos alunos para abrir os olhos e dizer quem cantou primeiro. Será perguntado como eles conseguiram acertar. A resposta deverá ser próxima a esta: “nós já conhecemos a voz do nosso colega e a sua”. Então será explicado que o que eles conhecem, na verdade, é o timbre das vozes. Ensinarei que o timbre é a característica do som que permite que a pessoa seja capaz de distinguir uma nota "dó" de um saxofone e uma nota "dó" de um piano, por exemplo. É como se fosse a forma, a "cor" do som, a sua impressão digital - aquilo que o torna único. Será proposto um exercício, que os alunos fiquem de olhos fechados enquanto outro aluno fará um som do cotidiano na sala de aula (ex: batucar na porta de um armário, arranhar o quadro, assobiar, bater os pés no chão, etc.). É possível descobrir qual é a fonte sonora que produz o som? Que som é esse? Também será proposto aos alunos, para que realizem uma pesquisa sobre timbres. os alunos serão divididos em grupos e será designado uma família de instrumentos para cada grupo pesquisar. Assim, um grupo que esteja encarregado de trabalhar com os instrumentos de cordas dedilhadas deverá descrever a diferença entre o violão e o cavaquinho, por exemplo. Relatório Na aula do dia 25 de junho, tivemos uma sequência de quatro períodos. A aula foi iniciada com a apreciação musical de duas músicas sugeridas pelos alunos a primeira foi, “” (Henrique e Juliano) e “Maravilha” (Gigantes do samba). Após a apreciação musical, iniciamos um debate sobre característica do som, em especial foi referido aos outros parâmetros do som já estudados em aula. Nesta aula levei alguns instrumentos tais como violão, violino, flauta doce e um pandeiro. Distribui os instrumentos entre os alunos para que eles pudessem conhecer. Muitos ficaram surpresos pois aviam alguns que nunca tinha pegado um instrumento na mão. Enquanto o instrumento passava, pedi para que eles experimentassem o som de cada instrumento. Durante o debate ensinei que o timbre é a característica do som que permite a pessoa distinguir o som de cada instrumento, ou seja a cor do som. Depois dos alunos terem apreendido sobre o conceito de timbre, fizemos outras series de experimentos para que o conceito possa ser apresentado de outras maneiras. Entre eles foi proposto um exercício, onde os alunos ficaram de olhos fechados enquanto outro aluno ficaram fazendo som do cotidiano na sala de aula, neste momento o aluno que estava com os olhos fechados teria que descobrir qual seria a fonte sonora que estava produzindo determinado som. Todos alunos participaram das atividades que foram propostas, com exceção de um aluno chamado Anderson que resistiu a atividade, mas não atrapalhou o andamento da aula. Chegando ao final da aula, lancei um desafio para que os alunos realizassem uma pesquisa sobre timbres. Os alunos foram divididos em grupos onde fora designado uma família de instrumentos para cada grupo pesquise. Esta atividade pedi para que os alunos me entregassem na próxima aula. Terminando a aula, organizamos a sala e logo me despedi dos alunos. 5.7 Aula: lX Tema: As formas da música e as transformações na música a partir do século XX. Conteúdos: A estrutura e forma na música, o novo jeito de fazer música no Brasil e no mundo. Objetivos: • Apreciação musical; • Aprender as transformações da música no século XX; • Entender as formas musicais e como ela é estruturada; • Desenvolver atenção, percepção e musicalidade. Aulas descritivas: A aula inicia com a música “Prenda minha” Flavio Venturini, terminando a música levarei os alunos a um debate, onde falarei que nosso corpo tem uma forma. Um objeto tem uma determinada forma. Perguntarei então se a música tem alguma forma? Neste debate levarei os alunos a entender como a música foi transformada e como mudou o jeito de fazer música no Brasil e no mundo. E a música é preparada para transmitir uma ideia e que ela é organizada para isso, para dar um recado. Explicarei que além da música ser organizada, existe também o improviso para isso colocarei algumas músicas com improviso para os alunos apreciarem. Direi para os alunos que a forma na música é a maneira como os compositores organizam suas ideias musicais. O ritmo, melodia e harmonia, e andamento são organizados pela forma. Falar em forma é falar sobre formato com que uma música é estruturada do começo ao final de uma canção, isso pra tornar uma música mais coerente, dar uma unidade. A estrutura mais comum da música é a forma binaria. (exemplo música “samba lelé”) é uma música que representa a forma binaria AA-BB. Então a música será mostrada em áudio. Além da forma binaria trabalharemos outras formas de se organizar uma canção, mostrarei como exemplo a música “garota de Ipanema” Tom Jobim, nesta usa a formas AABA. Explicarei para os alunos que existem formas mais complexas. Exemplo suítes, sinfonias, sonatas e concerto de operas tais utilizam diversas formas e são compostas por várias partes que mantem o mesmo sentido musical entre si. Explicarei também a turma que o improviso também tem seu espaço. Exemplo Mozart improvisava sobre formas bem estruturadas. O jazz pode ser improvisado ao extremo, mantendo a forma e harmonia, essa forma entre improviso e estrutura é a alma do jazz. Temos muita influência da música do século XX Inclusive do Jazz. Explicarei aos alunos que esta mudança aconteceu ainda no século lX, especialmente com Wagner, criando novas concepções artísticas e rompendo com as concepções tradicionais. A nova música no Brasil estava repleta de elementos do choro, gênero musical tipicamente brasileiro. Este nasceu com influencias europeias. A partir daí a música brasileira do século XX, não parou de ganhar novas roupagens. No Rio de Janeiro, surgiu a Bossa nova, na Bahia a Tropicália, um vigoroso movimento musical em plena ditadura militar. Relatório: Em nossa nona aula, começamos com a audição da música “prenda minha” Flavio Venturini, alguns dos alunos já sabiam que a música
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