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Pacientes com retrovirose

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HTLV (Vírus Linfotrópico da Célula T 
Humana) HIV 
➢ Objetivos 
➢ Histórico 
➢ Epidemiologia 
➢ Curso natural da doença AIDS 
➢ Lesões orais 
➢ Atendimento odontológico 
1981 
o 5 de julho, 1981: 5 casos de PCP em 
homossexuais 
o 3 de julho, 1981: 26 casos adicionais 
o 10 de dezembro. 1981: 3 artigos do 
NEJM com descrição dos casos 
o 1985: primeiro teste sorológico 
comercial aprovado pelo FDA 
1987: AZT = primeiro ARV aprovado pelo 
FDA 
1994: prevenção de transmissão vertical 
1996: primeiros estudos com uso de HAART. 
Lei 9.313: garantia de acesso ao tratamento 
no Brasil 
1998: redução dramática da mortalidade 
por HIV/Aids 
2000: complicações crônicas → doenças 
metabólicas, envelhecimento precoce, 
neoplasias não relacionadas a Aids 
2012: tratamento como prevenção. 
Primeiro caso de cura → paciente de Berlim 
Futuro: cura do HIV, vacina 
Depois de três décadas de luta contra o HIV, 
o tratamento garantiu vida longa aos 
pacientes; mas agora a medicina se depara 
com outro problema: o envelhecimento 
precoce
• Mecanismos de infecção 
• Sanguíneo 
• Vertical 
• Transplacentária 
• Parto 
• Aleitamento materno 
Infecção pelo HIV - Vulnerabilidade 
• Sexual 
• Mucosa ou epitélio 
• Vascularização 
• Rede linfática 
• Área de exposição 
• ISTs ou lesões de órgãos 
• Uso de drogas ilícitas e álcool 
 
 
 
 
 
 
 
Apresentam maiores taxas de prevalência 
da infecção pelo HIV comparadas a 
população geral 
• Profissionais do sexo 
• Pessoas privadas de liberdade 
• Pessoas que usam álcool e outras 
drogas 
• Pessoas trans 
• Gays e HSH 
Estatísticas globais sobre HIV (2019) 
População-chave → risco: 
o 22x maior entre homens que fazem 
sexo com homens 
o 22x maior entre pessoas que usam 
drogas injetáveis 
Retrovirose 
paciente portador de 
Casos de Aids entre 
jovens aumentam mais 
de 50% em 6 anos no 
Brasil 
 
HIV não 
tem cara! 
 
o 21x maior para trabalhadores do 
sexo 
o 12x maior para pessoas transexuais 
Opções individualizadas para cada situação 
Adotadas no Brasil em dezembro de 2013, 
permite várias formas de prevenção, que 
podem ser combinadas ou utilizadas 
individualmente: 
✓ Testagem regular de HIV 
✓ Profilaxia pós-exposição (PEP) 
✓ Profilaxia pré-exposição (PrEP) 
✓ Testagem no pré-natal 
✓ Redução de danos 
✓ Diagnóstico e tratamento de IST 
✓ Uso de preservativos 
✓ Tratamento antirretroviral para 
todas as pessoas 
Carga viral = quantidade de HIV no sangue 
da pessoa 
 Carga viral Comprometimento 
imunológico (maior chance de contrair 
infecções que o corpo enfrentaria 
facilmente) 
Quando uma pessoa vivendo com HIV está 
sob terapia antirretroviral eficaz, a carga 
viral torna-se tão baixa que é indetectável 
(50 cópias por mililitro de sangue) 
Indetectável = Intransmissível (não 
transmite HIV) 
 
1. Fase retroviral aguda 
2. Fase assintomática 
3. Fase sintomática inicial ou precoce 
4. Fase da imunodeficiência avançada 
ou AIDS 
1ª fase: Síndrome Retroviral Aguda 
Sintomas agudos podem durar em média 2-
4 semanas, seguidos de recuperação clínica 
• Febre 
• Cefaleia 
• Mal-estar 
• Letargia 
• Mialgia 
• Linfadenopatia 
• Faringite 
Transmissão viral → (2-3 semanas) → 
Síndrome Retroviral Aguda → (2-3 
semanas) → Recuperação + Soroconversão 
(IgG) → (2-4 semanas) → Infecção Crônica 
Assintomática → (média de 8 anos) → 
Infecção Sintomática/AIDS → Óbito 
 
 
 
 
1ª fase (infecção): pico de carga viral, 
diminuição de linfócitos rapidamente 
2ª fase (assintomático): aumento da carga 
viral gradativo, leve aumento de linfócitos 
3ª fase (AIDS): pico de carga viral, 
diminuição de linfócitos 
Carga viral (cópias de RNA viral/ml) 
< 10.000 Baixo risco de 
progressão da infecção 
Entre 10.000 e 
100.000 
Risco moderado de 
progressão da infecção 
>100.000 Alto risco de 
progressão da 
Contagem de células T CD4+ (mm³) 
>500 Baixo risco de 
progressão da infecção 
Entre 200 e 
500 
Surgimento de sinais e 
sintomas menores, 
com risco moderado de 
desenvolvimento de 
doenças oportunistas 
Entre 50 e 200 Grave 
comprometimento 
imunológico com alto 
Os níveis de carga viral 
devem ser monitorados 
regularmente para 
garantir que os 
medicamentos estejam 
funcionando 
Até a fase de 
soroconversão 
o teste dará 
falso negativo 
risco de surgimento de 
doenças oportunista 
< 50 Grave 
comprometimento 
imunológico, alto risco 
de surgimento de 
doenças oportunistas e 
baixa sobrevida 
 
 
(cavidade oral) 
• Candidíase de esôfago 
• Herpes simples mucocutâneo, por 
um período superior a 1 mês 
• Linfomas (Linfoma não-Hodgkin de 
células B, Linfoma maligno de 
células grandes, Linfoma 
imunoblástico etc.) 
Saúde oral e HIV 
Definição de portadores de AIDS – 
indivíduos maiores de 13 anos que somem 
10 pontos ou mais 
➢ Sarcoma de Kaposi – 10 pontos 
➢ Tuberculose disseminada – 10 
pontos 
➢ Candidíase oral – 5 pontos 
➢ Leucoplasia oral – 5 pontos 
➢ Outros – 5 ou 2 pontos 
Manifestações orais e HIV 
Principais condições 
➢ Fúngicas 
➢ Virais 
➢ Neoplasias 
➢ Bacterianas 
➢ Outras 
 
• Candidíase pseudomembranosa 
• Candidíase eritematosa 
o Tratamento 
✓ Antifúngicos 
✓ Tópicos: Nistatina 100.000 
U.I 
✓ Sistêmico: Fluconazol 
200mg 
Vírus Epstein-Barr (EBV) 
• Leucoplasia pilosa 
o LT CD4+ < 200 mm³ 
o Placa esbranquiçada 
o Vilosidades microscópicas 
semelhantes à pelos 
o Não removíveis a raspagem 
o Tratamento 
✓ TARV 
✓ Aciclovir 800mg, 5x/dia, 
durante 14 dias 
• Papiloma Vírus Humano (HPV) 
o Aumento das lesões verrucosas 
após a TARV altamente ativa 
o Tratamento: biópsia excisional; 
crioterapia 
• Neoplasias 
o Sarcoma de Kaposi 
o Tratamento 
✓ Quimioterapia 
✓ Radioterapia 
✓ Excisão cirúrgica 
o Linfoma não-Hodgkin 
o Lesão maligna de origem 
linforeticular 
o Tumefações endurecidas e difusas 
o Localização 
o Vestíbulo bucal 
o Gengiva e palato duro 
o Tratamento: radioterapia e 
quimioterapia 
• Manifestações bacterianas 
o Doença periodontal: comum em 
pacientes portadores do HIV 
o Condições: 
o Eritema gengival linear 
o Gengivite/Periodontite Ulcerativa 
Necrosante 
o LT CD4+ < 100 cels/mm³ 
o Pseudomembrana amarelada em 
áreas de papila e gengiva marginal 
• Ulcerações aftosas recorrentes 
o Diferença entre a proporção 
✓ Humanização no atendimento 
(dificuldade de conseguir 
atendimento odontológico: 
discriminação, medo, despreparo, 
perda de outros pacientes) 
✓ Acolhimento (aumento de 
sobrevida do paciente) 
✓ Compreensão das dimensões 
psicológicas e biológicas da AIDS 
✓ Respeito 
Atendimento odontológico 
Devemos considerar 
1. História médica 
• Tempo de diagnóstico 
• Hospitalizações / doenças recentes 
• Histórico de infecções oportunistas 
• Medicações 
2. Avaliação da progressão da doença 
(Carga Viral/LT CD4+) 
• Exames laboratoriais (Carga Viral, 
Linfócitos CD4+, Hemograma 
Completo, Plaquetometria, Tempo 
de Protombina, Tempo de 
Tromboplastina Parcial) 
• Profilaxia AB (LT CD4+ abaixo de 
200 mm³) 
3. Biossegurança 
 
 
Protocolo de Miami para cobertura AB 
LT CD4+/mm³ Regime AB 
>200 Nenhum AB 
<200 e >50 Amoxicilina 2g VO/ 
1h antes 
<50 Amoxicilina 2g 
EV/30 min antes 
Dose complementar de antibiótico VO é 
indicada por 7(sete) dias 
Acidentes perfurocortantes 
➢ 0,3% de chance – HIV 
➢ 30% de chance – Hepatite B 
1. Exame clínico: história médica 
(tempo de diagnóstico e tipo de 
medicação em uso) 
Hemograma completo/ Carga viral 
e taxa de CD4+ 
2. Exame clínico intra-oral: doença 
periodontal e lesões de tecido mole 
Avaliar lesões oportunistas 
3. Avaliação radiográfica: panorâmica 
e seriografia 
4. Avaliar necessidade de profilaxia ou 
cobertura antibiótica 
Ver função hepática: avaliar 
associação com hepatites virais e 
uso crônico de inibidoresde 
Protease 
5. Tratamento e liberação do paciente 
Atenção: reavaliação em quatro ou 
seis meses → doença periodontal 
Pacientes saudáveis 
podem ser tratados 
como pacientes 
regulares, sem maiores 
preocupações

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