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Microbiologia básica e clínica

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Microbiologia básica e clínica
A patogênese é onde o microrganismo está e o caminho que ele percorreu.
Morfologia: forma de apenas uma única célula
Arranjo: união das células
Gram: Coloração baseada na capacidade da bactéria de reter o corante no seu 
citoplasma
Microbiota normal são microrganismos que estabelecem residência provisória ou 
permanente em várias áreas. Não causam patologias, somente em casos de 
predisposição, por exemplo. Ajudam o organismo a evitar infecções por 
microrganismos patogênicos (competição por nutrientes, sítios de adesão, produção de 
substâncias nocivas).
Translocação é sair de um local de microbiota normal onde não causa infecção e ir 
para um local onde pode causar infecção.
Microbiota normal da pele: estafilococos epidermidis, estafilococos aureus, 
estreptococos
Produzem enzimas com atividade antimicrobiana e abaixam o pH da pele
Microbiota normal dos olhos: estafilococos epidermidis, estafilococos aureus, 
estreptococos
É uma continuação da pele, contendo basicamente a mesma microbiota. O ato de 
piscar e as lágrimas também ajudam a evitar infecções.
Microbiota normal do trato respiratório superior: estreptococos pneumoniae, 
estafilococos epidermidis, estafilococos aureus
Microbiota normal da boca: estreptococos, lactobacillus, neisseria, treponema
Microbiota normal do intestino: enterobactérias
Microbiota normal do sistema reprodutivo e urinário: estafilococos epidermidis, 
estafilococos aureus
Staphylococcus
São cocos gram-positivos, resistentes a variações ambientais.
Não produzem esporos e são imóveis.
Produzem a enzima catalase, sendo possível diferenciar os staphylococcus de outros 
cocos gram-positivos (streptococcus). Tal enzima converte peróxido de hidrogênio 
(presente nos neutrófilos e peróxidos) em água e oxigênio, assim é possível causar 
infecções escapando da ação da água oxigenada.
Principais espécies: S. epidermidis, S. aureus, S. saprophyticus
S. aureus
Microbiota normal da pele e via respiratória.
Fatores de virulência: todos os mecanismos que permitem a invasão do hospedeiro, ou 
a evasão da bactéria ao sistema imune, devido a componentes da superfície celular/ou 
toxinas produzidas pela bactérias (como a catalase). Se o teste der positivo, é 
staphylococcus; se der negativo, é streptococcus.
Coagulase: recobre as células das bactérias com fibrina, que protege as bactérias da 
fagocitose. Se tiver coagulase, vai produzir fibrina e forma grumos. Usa-se plasma, pois 
ele possui fibrinogênio (soro não possui fibrinogênio).
Produção de hemolisinas (toxinas): causa morte celular, formando poros na membrana 
dos leucócitos.
No ágar sangue, a maioria do S. aureus é beta 
hemolítico.
Causa infecções cutâneas ou no tecido 
subcutâneo, como impetigo, foliculite, furúnculo, carbúnculo.
Causa também endocardite (através de coleta de sangue), osteomielite (através de 
traumas), intoxicação alimentar (através de enterotoxinas produzidas pela bactéria), 
síndrome do choque tóxico, síndrome da pele escaldada (exfoliatina degrada a 
desmogleína, rompendo as células mais facilmente), bacteremia (atinge a corrente 
sanguínea, podendo ir para vários órgãos).
Aureus fermenta a manita do manitol e forma um pigmento dourado.
S. epidermidis
Seu fator de virulência está associado à adesão, principalmente em superfícies 
inanimadas, como catéteres e próteses. Produzem biofilme, ou seja, uma camada de 
bactérias.
Não produzem coagulase.
S. saprophyticus
Não produzem coagulase. São resistentes ao antibiótico novobiocina (crescem 
normalmente quando há esse antibiótico), podendo diferenciar o epidermidis (que é 
sensível e não cresce em volta) do saprophyticus.
Frequentemente causa infecção do trato urinário.
Streptococcus
Cocos gram-positivos em cadeias. São catalase-negativos.
São nutricionalmente exigentes (ágar-sangue e caldo nutriente com glicose). 
Anaeróbios facultativos.
Estão na microbiota normal, principalmente nas vias aéreas superiores.
É classificado de acordo com o carboidrato C presente na parede celular.
S. agalactiae
Beta hemolítico: hemólise total
Alfa hemolítico: hemólise parcial
Gama hemolítico: não causa hemólise
Colonizam o trato respiratório superior, trato intestinal baixo e vagina de mulheres 
saudáveis (na gestação, essa bactéria pode proliferar e causar infecções graves no 
recém-nascido, como meningite e pneumonia).
É responsável por abortos, mortes fulminantes de fetos.
É beta hemolítico. A hemólise é potencializada na presença do S. agalactiae (“se 
formar a seta, é o streptococcus agalactie”).
S. pneumoniae
Normalmente se dispõem aos pares ou em cadeias curtas.
São anaeróbios facultativos.
Residentes do trato respiratório superior e podem causar pneumonia, sinusite, otite, 
bronquite, meningite e bacteremia.
Realizar teste da susceptibilidade ao antibiótico optoquina. O S. pneumoniae é sensível 
à optoquina.
S. pyogenes
É beta hemolítico do grupo A.
Grande capacidade de se adaptar ao hospedeiro, produzindo várias enzimas, como a 
estreptoquinase e a hialuronidase.
Causa infecções como faringites, amigdalites, erisipela, bacteremia, febre reumática 
(imunocomplexos se acumulam no corpo após infecções sucessivas e há resposta 
contra eles, havendo juntamente degradação dos tecidos), glomerulonefrite, fascite 
necrosante (“bactéria comedora de carne”).
S. viridans e S. mutans
Maioria da microbiota do trato respiratório, trato genital e boca.
Pode causar endocardites. Estão nas placas dentárias.
Enterococcus faecalis
Apresenta sensibilidade a penicilina.
Pode causar diarreias, tendo características de enterobactéria, mesmo sendo 
Streptococcus. Por exemplo, faz troca de material genético, visando resistência aos 
antibióticos.
É um grave problema em hospitais, pois se adere em quase todos os objetos. Pode 
causar surtos de infecção hospitalar.
Cresce no ágar bile esculina (presença de sais biliares).

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