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ARBOVIROSES Thaís Lopes Conceitos gerais ARBOVIROSES Arboviroses são as doenças causadas pelos chamados arbovírus, que incluem o vírus da dengue, Zika vírus, febre chikungunya e febre amarela. São transmitidos por artrópodes HÁBITOS DO VETOR Diurno, fêmeas depositam ovos em água parada, voam baixo e em distâncias de até 200m, se reproduzem mais em época chuvosa DOENÇAS Dengue Febre Amarela Chikungunya Zika 2 Dengue 1 ● “Ministério da Saúde alerta para aumento de 149% dos casos de dengue no país.” ● Importante? ○ Doença endêmica no Brasil ○ Taxa de mortes subindo ○ Queda na produtividade do doente ● Acompanha de perto a distribuição do mosquito transmissor ● Transmissão vertical e por transfusão? Transmissão 4 Inoculação pela picada do mosquito 5 Patogênese Replicação nos linfonodos locais ou nas células musculares Viremia No sangue, ele se replica nos monócitos (segunda onda de replicação) Disseminação por todo o organismo Tropismo pelos monocitos/macrofagos e celulas musculares (mialgia) Estimula a produção de citocinas como IL-6 e TNFalfa, responsáveis pela síndrome febril Neutraliza vírus Destroi células infectadas IgM produzido a partir do sexto dia, com pico no final da primeira semana IgG produzido ao final da primeira semana com pico na segunda Patogênese: forma grave ● Acontece mais em pessoas que já tiveram dengue (mas não somente) ● Maior prevalência com o sorotipo 2 ● Teoria Halstead: A liberação em massa dessas citocinas leva ao aumento da permeabilidade, com extravasamento de líquido com hipovolemia relativa e hemoconcentração NS1 neutraliza o glicocálix responsável pela barreira de permeabilidade Plaquetopenia pelo sistema imune e depois pelo CIVD 6 Quadro clínico: fase febril FEBRE Febre alta (39° a 40°C), de início súbito, com Duração entre dois e sete dias. Acompanhada dos seguintes comemorativos: adinamia, cefaleia, dor retrorbitária, mialgia e artralgia QUEIXAS ABDOMINAIS Anorexia, náuseas, vômitos e diarreia. EXANTEMA MACULOPAPULAR Pode ou não ser pruriginoso, acometendo, de forma aditiva, a face, o tronco e as extremidades. NÃO poupando as palmas das mãos ou as plantas dos pés. Costuma surgir durante a defervescência. 7 Lembrar que maioria vai direto para fase de recuperação. Quadro clínico: fase crítica QUEM? São aqueles indivíduos que desenvolvem o fenômeno de extravasamento plasmático É IMPORTANTE? O intervalo de tempo entre o início do extravasamento plasmático e a conflagração do estado de choque varia de 24 a 48 horas. QUANDO? A fase crítica se instala durante a defervescência (entre o 3° e o 7° dia após o início dos sintomas) 8 Pacientes com sinais de alarme devem receber reposição volêmica intravenosa imediata, e devem ser mantidos em observação para que seu status hemodinâmico seja continuamente reavaliado Quadro clínico: fase crítica 9 ● Lesão de órgãos específicos e hemorragias volumosas também entram nessa categoria. Hemorragia digestiva é mais frequente em pacientes com história de doença ulcerosa péptica, uso de AAS, AINEs ou anticoagulantes 10 Quadro clínico: fase crítica Miocardite se expressa por alterações do ritmo cardíaco , alterações da repolarização ventricular e disfunção contrátil, acompanhado ou não de aumento dos marcadores de necrose miocárdica Aumento das aminotransferases hepáticas é comum, sendo geralmente leve. Elevações pronunciadas (> 10x o LSN), principalmente quando acompanhadas de deficit sintético (ex.: alargamento do TAP/INR), indicam hepatite grave Acometimentos neurológicos como: irritabilidade (principalmente em crianças pequenas), crises convulsivas, meningite linfomonocítica, síndrome de Reye, Sd de Guillain Barret e encefalite ● Fase em que há reabsorção do plasma e tudo fica bem. 11 Quadro clínico: Fase recuperação ○ A dengue pode ser confundida com a gripe, outras arboviroses, viroses exantemáticas (sarampo, rubéola, mononucleose, enterovirose), hepatites virais e infecções bacterianas agudas ○ Desvio a esquerda? Bacteriana… ○ Dx diferencial de citopenia: leucemia aguda e anemia aplásica (mas elas tem anemia) ○ As formas graves de dengue podem ser confundidas com sepse bacteriana, meningococcemia (petéquias desde o primeiro dia), malária, febre amarela, febre maculosa brasileira, leptospirose, hantavirose 12 Diagnóstico diferencial 13 Diagnóstico 1 At é 3 di as Pe sq uis a d e a ntí ge no s v ira is (do sa ge m do an tíg en o N S1 no sa ng ue ) 2 At é 5 di as Iso lam en to vir al (cu ltu ra) ; T es te de Am pli fic aç ão Gê nic a ( RT -PC R) ; e im un oh ist oq uím ica te cid ua l 3 A p art ir d e 6 di as So rol og ia, co m pe sq uis a d e an tic orp os Ig M an tid en gu e pe la téc nic a E LIS A Quando suspeitar? 14 ○ Pessoa que vive em área com transmissão de dengue (ou presença de Aedes aegypti), ou que tenha viajado para esses locais nos últimos 14 dias, apresentando febre, com duração de dois a sete dias, e dois ou mais dos seguintes comemorativos • Náusea, vômitos; • Exantema; • Mialgias, artralgias; • Cefaleia, dor retro-orbital; • Petéquias; • Prova do laço positiva; • Leucopenia. Crianças não precisam apresentar sintomas comemorativos para se tornarem suspeitas Casos suspeitos de dengue com sinais de alarme Casos suspeitos de dengue grave: choque, sangramento volumoso ou lesão de órgãos Casos diagnósticados: durante uma epidemia só os primeiros e casos graves Tratamento 15 ○ Alívio sintomático (analgésicos, antitérmicos, antieméticos e antipruriginosos), com ênfase na hidratação (oral nos casos brandos, intravenosa nos casos graves) ○ Tratamento mais baseado na estratificação de risco: grupo A à D Evitar salissatos e AINES pelo risco de hemorragia. Manejo: Grupo A 16 DEFINIÇÃO Caso suspeito de dengue + ausência de sinais de alarme + ausência de sangramentos espontâneos ou induzidos (prova do laço negativa) Sem comorbidades nem situações especiais TRATAMENTO Hidratação oral via ambulatorial de 60 ml/kg/dia, sendo ⅓ SRO) e os 2/3 restantes com líquidos caseiros. Um terço do volume total deve ser ofertado logo no início do tratamento CONDUTA ○ Não precisa confirmar caso ocorra em época de epidemia. ○ Exames se quiser (extremos de idade) Prova do laço 17 1. Infla até média da pressão sistólica e diastólica a. Até 3 min em crianças b. Até 5 min em adultos 2. Número de petéquias dentro do quadrado a. >10 na criança b. >20 no adulto Manejo: Grupo B 18 DEFINIÇÃO Caso suspeito de dengue + ausência de sinais de alarme + PRESENÇA de sangramentos espontâneos ou induzidos. Também entram neste grupo os portadores de comorbidades crônicas ou condições clínicas especiais ou risco social. CONDUTA ○ Não precisa confirmar caso ocorra em época de epidemia. ○ Hemograma e plaquetas para todos ○ HC ○ Normal: acompanha mento diário até 48h após febre ○ Alterado: tto para grupo C Manejo: Grupo C 19 DEFINIÇÃO Caso suspeito de dengue +PRESEN- ÇA de algum sinal de alarme TRATAMENTO Hidratação venosa imediata com dose de ataque e dose de manutenção CONDUTA ○ Hemograma (com plaquetas) e hematócrito de 6/6 horas. ○ Sorologia no 6° dia de sintomas ou pesquisa de Ag NS-1. ○ Tipagem sanguínea. Manejo: Grupo C 20 Manejo: Grupo D 21 DEFINIÇÃO Caso suspeito de dengue + PRESENÇA DE SINAIS DE CHOQUE, SANGRAMENTO GRAVE OU DISFUNÇÃO GRAVE DE ÓRGÃOS TRATAMENTO Internamento em unidade de terapia intensiva CONDUTA Exames específicos e hemograma são obrigatórios Manejo: Grupo D 22 Alta? 23 Hello! I am Jayden Smith I am here because I love to give presentations. You can find me at @username Hello! I am Jayden Smith I am here because I love togive presentations. You can find me at @username Hello! I am Jayden Smith I am here because I love to give presentations. You can find me at @username Hello! I am Jayden Smith I am here because I love to give presentations. You can find me at @username Hello! I am Jayden Smith I am here because I love to give presentations. You can find me at @username Hello! I am Jayden Smith I am here because I love to give presentations. You can find me at @username Hello! I am Jayden Smith I am here because I love to give presentations. You can find me at @username Hello! I am Jayden Smith I am here because I love to give presentations. You can find me at @username Hello! I am Jayden Smith I am here because I love to give presentations. You can find me at @username Hello! I am Jayden Smith I am here because I love to give presentations. You can find me at @username Febre amarela 2 35 Transmissão Notificação compulsória imediata 36 Quando suspeitar? Quadro suspeito Apresenta febre com até sete dias de duração (aferida ou relatada) e dois ou mais dos seguintes: cefaleia, mialgia, dor lombar, mal-estar, calafrios, náuseas, icterícia e/ou manifestações hemorrágicas, que esteve em área com transmissão da doença nos 15 dias anteriores, sem comprovante de vacinação ou recebimento da vacina há menos de 30 dias 37 Quadro clínico 38 Laboratório e dx 1 Hematologia Hemograma com leucopenia e neutropenia, plaquetopenia, anemia(sangramentos), aumento de produtos de degradação da fibrina e VHS aproximando-se de zero – dado característico da doença 2 Função hepática AMT >1000; Bilirrubina direta ↑ ; elevação do tempo de protrombina 3 EAS Albumunúria Até 5 dias: isolamento viral por cultura ou PCR A partir de 6 dias: sorologia por ELISA do IGM; ou do IgG para visualizar soroconversão 39 Tratamento Até 6 dias de doença passar repelente LEVE Sintomáticos e orientar a respeito do risco de agravar. MALIGNA Interna na UTI, diálise, ventilação mecânica e uso de aminas vasoativas. Infecção??? MODERADA/GRAVE Hidratação oral, vitamina K e hemo- derivados conforme necessidade Alterações laboratoriais importantes também entram na categoria de moderado/grave 40 Tratamento CHIKUNGUNYA 3 42 Quadro clínico 1 d 3 d2 d 10 d4 d 9 d5 d 7 d6 d 8 d Até 3m > 3 m Até 2 m Até 1 m (Febre alta 1-10d) 43 Quadro clínico 1 d 3 d2 d 10 d4 d 9 d5 d 7 d6 d 8 d Até 3m > 3 m Até 2 m Até 1 m (Febre alta 1-10d) Poliartralgia (2-5d) Predomina em mãos, punhos e tornozelos. O acometimento tende a ser simétrico e distal, e em 30-50% das vezes o esqueleto axial também é envolvido. O exame físico costuma revelar edema periarticular Queixas gastrointestinais e linfadenopatia (principalmente cervical) são outras manifestações que podem ser encontradas 44 Quadro clínico 1 d 3 d2 d 10 d4 d 9 d5 d 7 d6 d 8 d Até 3m > 3 m Até 2 m Até 1 m (Febre alta 1-10d) Poliartralgia (2-5d) Rash eritematoso maculopapular (3-7d) 45 Quadro clínico 1 d 3 d2 d 10 d4 d 9 d5 d 7 d6 d 8 d Até 3m > 3 m Até 2 m Até 1 m (Febre alta 1-10d) Poliartralgia (2-5d) Rash eritematoso maculopapular (3-7d) Persistência de queixas articulares (até 3m) Rigidez matinal, dor e edema, geralmente nas mesmas articulações anteriormente afetadas! Pode ser acompanhado por tenossinovite hipertrófica (síndrome do túnel do carpo como somplicação). Maioria dos casos regredindo em até três meses 46 Quadro clínico 1 d 3 d2 d 10 d4 d 9 d5 d 7 d6 d 8 d Até 3m > 3 m Até 2 m Até 1 m (Febre alta 1-10d) Poliartralgia (2-5d) Rash eritematoso maculopapular (3-7d) Persistência de queixas articulares (até 3m) Fase crônica Estes pacientes podem evoluir com deformidades (artropatia crônica destrutiva), semelhante à artrite reumatoide ou artrite psoriásica, mas a maioria se recupera sem sequelas. Cerca de 20% desenvolve fenômeno de Raynaud, que aparece no segundo ou terceiro mês após a fase aguda. Outras queixas descritas na fase crônica são: fadiga, cefaleia, prurido, alopecia, dor neuropática, alterações cerebelares, distúrbios do sono, deficit de atenção e memória, depressão e turvação visual 47 Quadro clínico 1 d 3 d2 d 10 d4 d 9 d5 d 7 d6 d 8 d Até 3m > 3 m Até 2 m Até 1 m (Febre alta 1-10d) Poliartralgia (2-5d) Rash eritematoso maculopapular (3-7d) Persistência de queixas articulares (até 3m) Fase crônica Principais fatores de risco para fase crônica: 1. > 45 anos 2. Doença articular prévia 3. Sintomas agudos mais fortes 48 Quadro clínico 1 d 3 d2 d 10 d4 d 9 d5 d 7 d6 d 8 d Até 3m > 3 m Até 2 m Até 1 m (Febre alta 1-10d) Poliartralgia (2-5d) Rash eritematoso maculopapular (3-7d) Persistência de queixas articulares (até 3m) Fase crônica Principais fatores de risco para óbito: Idosos (> 65 anos), neonatos, gestantes, usuários crônicos de AINEs (ex.: AAS) bem como em portadores de comorbidades 49 Laboratório e dx Crioglobulinemia RT-PCR até 8 dias (de preferência nos 5 primeiros) IgM a partir do 5° dia IgG a partir do 6° dia (15/15 para comparação) 50 Tratamento Evita-se AINES pelo risco de coinfecção Fase aguda: antitérmicos e analgesicos Dor neuropática: Fase crônica: Fase subaguda e fase crônica: fisioterapiaTratamento ZIKA 4 Transmissão 52 ○ A. Aegypti e existe ainda a possibilidade de transmissão vertical, sexual, transfusional e por acidente ocupacional em profissionais de laboratório 53 Quadro clínico ○ Neurotropismo do vírus responsável tanto pela microcefalia quanto pela Síndrome de Guillain Barré 54 Quadro clínico: SGB ○ Tempo entre o início dos sintomas de Zika e o surgimento da SGB de 6 dias. ○ Ant antiglicolipídeos (marcadores típicos da SGB esporádica) negativos. Exames laboratoriais 55 ○ Até 7 dias RT-PCR no soro ○ Até 14 dias RT-PCR na urina ○ A partir de 15 dias: IgM→ se + tem que confirmar por PRNT Exames laboratoriais somente para gestantes, pacientes que evoluem com complicações ou neonatos com suspeita de TV Tratamento 56 ○ Sintomáticos ○ Profilaxia: abstinência/camisinha e cuidar dos mosquitos. 57 Diferenças
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