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Hepatopatias Definição A hepatopatia crônica compreende uma serie de distúrbios hepáticos de varias causas e diferentes gravidades nos quais a inflamação e a necrose hepática persistem por pelo menos 6 meses. As formas mais leves não progridem ou fazem apenas lentamente ao passo que as mais graves podem associar-se a cicatrizes a reorganização da arquitetura hepática que, quando avançadas, terminam por levar a cirrose. Fatores de Risco Sexo: homens acima de 55 anos estão mais sujeitos a cirrose, doenças biliares e neoplasias hepatobiliares. Mulheres são mais sujeitas a hepatite autoimune quando jovens e na meia- idade, ou cirrose biliar primária acima dos 40 anos (a última é 9 vezes mais frequente em mulheres do que em homens). História familiar: a hemocromatose envolve mais homens que mulheres e é associada a diabetes, cardiopatia e pigmentação de pele. A deficiência de alfa-1 antitripsina é associada a doença pulmonar e aparecimento em pacientes mais jovens. A doença de Wilson é sugerida pela coincidência de anormalidades neurológicas e faixa etária mais jovem. Hábitos pessoais e exposições: dentre todos os fatores, o etilismo merece ênfase especial devido à sua prevalência. Em homens, estima-se que o consumo de 60-80 gramas de álcool por dia por 10 anos estabelece risco para o desenvolvimento de cirrose (em mulheres, 40-60 g). Antecedentes pessoais: episódios pregressos de hepatite, uso de drogas endovenosas, icterícia ou transfusões sanguíneas aumentam o risco de hepatites virais. Episódios prévios de pancreatite ou hepatite alcoólica indicam consumo suficiente de álcool para desenvolver cirrose alcoólica. Colecistectomia e cirurgia biliar prévias representam maior risco para desenvolvimento de estenoses biliares e cirrose biliar secundária. Fisiopatologia Funções do fígado: Glândula exócrina e endócrina > Armazena e libera glicose > Metabolismo dos lipídios, proteínas e drogas > Emulsifica a gordura na digestão > Síntese de proteínas > Armazena vitaminas e minerais. Arquitetura Hepática: Cirrose Hepática As causas mais importantes de cirrose no mundo todo são o abuso de álcool, a hepatite viral e a esteato-hepatite não alcoólica (EHNA). Outras etiologias incluem doença biliar e sobrecarga de ferro. A cirrose, como estágio final da doença hepática crônica, é definida por três características morfológicas principais: 1. Fibrose em ponte dos septos na forma de faixas delicadas ou amplas cicatrizes que ligam os tratos portais entre si e os tratos portais com as veias hepáticas terminais. A fibrose é a característica essencial da lesão progressiva do fígado. É um processo dinâmico de deposição de colágeno e remodelagem. Hepatopatias 2. Nódulos parenquimatosos contendo hepatócitos circundados por fibrose, com diâmetros variando de muito pequenos (< 0,3 cm, micronódulos) a grandes (vários centímetros, macronódulos). A nodularidade resulta de ciclos de regeneração de hepatócitos e cicatrização. 3. Desorganização da arquitetura de todo o fígado. A lesão parenquimatosa e consequente fibrose são difusas, estendendo-se por todo o fígado. Uma lesão focal sem cicatrização não constitui cirrose, o que vale também para uma transformação nodular difusa sem fibrose. Os processos patogênicos centrais na cirrose consistem em morte dos hepatócitos, deposição de matriz extracelular (MEC) e reorganização vascular. No fígado normal, os colágenos intersticiais (tipos I e III) estão concentrados em tratos portais e ao redor das veias centrais, e faixas delgadas de colágeno de tipo IV estão presentes no espaço de Disse. Na cirrose, o colágeno de tipos I e III é depositado no espaço de Disse, criando tratos septais fibróticos. A arquitetura vascular do fígado é distorcida pela lesão e cicatrização do parênquima, com a formação de novos canais vasculares nos septos fibróticos que conectam os vasos da região portal (artérias hepáticas e veias porta) às veias hepáticas terminais, desviando o sangue do parênquima. A deposição de colágeno no espaço de Disse é acompanhada pela perda de fenestrações das células endoteliais dos sinusoidais (capilarização dos sinusoides), prejudicando a função dos sinusoides como canais que permitem a troca de solutos entre os hepatócitos e o plasma. O mecanismo de fibrose predominante é a proliferação de células estreladas hepáticas e sua ativação para células altamente fibrogênicas, porém outros tipos celulares, como fibroblastos portais, fibrócitos e células derivadas de transições epiteliaismesenquimais, também produzem colágeno. A proliferação de células estreladas hepáticas e sua ativação em miofibroblastos são iniciadas por uma série de alterações, que incluem o aumento na expressão do receptor do fator de crescimento derivado de plaquetas β (PDGFR-β) nas células estreladas. Ao mesmo tempo, as células de Kupffer e os linfócitos liberam citocinas e quimiocinas que modulam a expressão dos genes nas células estreladas envolvidos na fibrogênese. Estas incluem o fator de crescimento transformador β (TGF-β) e seus receptores, a metaloproteinase 2 (MMP-2) e inibidores tissulares das metaloproteinases 1 e 2 (TIMP-1 e 2). Quando são convertidas em miofibroblastos, as células liberam fatores quimiotáticos e vasoativos, citocinas e fatores de crescimento. Os miofibroblastos são células contráteis, capazes de comprimir os canais vasculares sinusoidais e aumentar a resistência vascular no interior do parênquima hepático; sua contração é estimulada pela endotelina-1 (ET- 1). Os estímulos para ativação das células estreladas podem ter origem em diversas fontes: (a) inflamação crônica, com produção de citocinas inflamatórias como o fator de necrose tumoral (TNF), linfotoxina e interleucina 1β (IL-1β) e produtos de peroxidação lipídica; (b) produção de citocinas e quimiocinas por células de Kupffer, células endoteliais, hepatócitos e células epiteliais do ducto biliar; em resposta à (c) perturbação da MEC; e (d) estimulação direta das células estreladas por toxinas. Durante todo o processo de lesão hepática e fibrose no desenvolvimento da cirrose, a regeneração dos hepatócitos sobreviventes é estimulada e estes proliferam na forma de nódulos esféricos que confinam os septos fibrosos. O resultado final é um fígado fibrótico e nodular, no qual o suprimento de sangue para os hepatócitos está severamente comprometido, assim como a capacidade de os hepatócitos secretarem substâncias no plasma. A degeneração da interface entre o parênquima e os tratos portais também pode obliterar os canais biliares, levando ao desenvolvimento de icterícia. Hepatopatias Quadro Clinico Sinais do complexo Hiperestrogenismo- Hipoandrogenismo: Eritema palmar; Telangectasias (aranhas vasculares); Ginecomastia; Atrofia testicular; Perda da libido, disfunção erétil; Rarefação de pelos. Sinais de Hipertensão Portal (HP); O aumento da resistência pode ocorrer em qualquer ponto ao longo do sistema venoso, na veia porta, nos espaços vasculares dentro do fígado e nas veias e compartimentos vasculares que recebem o fluxo portal após sair do fígado. Em fases posteriores as colaterais portossistêmicas passam a contribuir para o aumento da resistência. A resistência aumentada do fluxo pode ser pré- hepática, pós-hepática e intra-hepáticas: a) Pré-hepática: o aumento da resistência ocorre na veia porta ou tributárias antes de alcançar o fígado; b) Pós-hepática: o aumento da resistência ocorre em veias ou compartimentos vasculares que recebem o fluxo sanguíneo portal ao sair do fígado; c) Intra-hepática: o aumento da resistência, tendo os sinusóidescomo referência, pode ser sinusoidal, pré-sinusoidal e pós-sinunoidal. Mecanismo mais importante para o aumenta da resistência: alteração estrutural da microcirculação hepática (fibrose, capilarização dos sinusóides e nódulos de regeneração) – chamado componente mecânico. Associado a isso: naturalmente no endotélio existe uma modulação da resistência, mediado pela interação entre vasodilatadores e vasoconstritores. Nas hepatopatias, ocorre uma diminuição de vasodilatadores e aumento de vasoconstritores, resultando no mecanismo de aumento do tônus vascular – componente dinâmico; Conceitos gerais: O endotélio importante para regulação do tônus vascular sintetiza substancias vasoativas (vasodilatadores – prostaciclinas e óxido nítrico - e vasoconstritores – endotelinas e prostanóides). Essas substancias agem de forma parácrina (horm. Que age sobre células vizinhas) na musculatura lisa de vasos, nas células estrelares ativadas (localizados nos sinusóides hepáticos); OBS: Na cirrose ocorre diminuição intra- hepática de NO (vasodilatador), o que seria fator principal do aumento da resistência vascular. Além disso, nos cirróticos, o papel de vasoconstritores circulantes como norepinefrina, angiotensina e vasopressina, tendem estar aumentados. O aumento do fluxo sanguíneo portal é consequente à vasodilatação em órgãos esplâncnicos, que drenam o sangue para a veia porta. A vasodilatação também ocorre na circulação sistêmica. Ressalta-se que a vasodilatação é o evento iniciador da circulação hiperdinâmica que é observada em estágios avançados de hipertensão portal. A circulação hiperdinâmica é caracterizada por diminuição da resistência vascular periférica, diminuição da pressão arterial média, expansão do volume plasmático, aumento do fluxo sanguíneo esplâncnico e aumento do débito cardíaco. Três mecanismos podem contribuir para a vasodilatação periférica: 1. Aumento dos vasodilatadores circulantes; 2. Aumento da produção endotelial de vasodilatadores locais 3. Diminuição da resposta a vasoconstrictores endógenos, o último, provavelmente, sendo efeito dos dois primeiros. O tônus vascular está comprometido de maneira oposta comparandose com a circulação sistêmica e esplâncnica e a microvascularização hepática. Enquanto na sistêmica e esplâncnica o tônus está diminuído, na microvasculatura hepática o tônus está aumentado. Hepatopatias Ascite Ascite é o acúmulo de líquido em excesso na cavidade peritoneal. Em 85% dos casos, a ascite é causada por cirrose. A ascite, em geral, é clinicamente detectável quando há acúmulo de, pelo menos, 500 mL. O líquido geralmente é seroso, apresentando menos de 3 g/dL de proteína (em grande parte albumina) e um gradiente de albumina entre o soro e a ascite ≥ 1,1 g/dL. A concentração de solutos como glicose, sódio e potássio é semelhante à do sangue. O líquido pode conter um número escasso de células mesoteliais e leucócitos mononucleares. O influxo de neutrófilos sugere infecção secundária, enquanto a presença de células sanguíneas aponta para um possível câncer intra-abdominal disseminado. Na ascite de longa duração, o vazamento do líquido peritoneal pelos linfáticos transdiafragmáticos pode produzir hidrotórax, mais frequentemente do lado direito. Mecanismo de ação Hipertensão sinusoidal: que altera as forças de Starling e impele o líquido para o espaço de Disse, sendo, então, removido pelos linfáticos hepáticos; este movimento do líquido também é promovido pela hipoalbuminemia. Percolação da linfa hepática para a cavidade peritoneal: O fluxo linfático normal no ducto torácico corresponde a aproximadamente 800 a 1.000 mL/dia. Com a cirrose, o fluxo linfático hepático pode atingir 20 L/dia, excedendo a capacidade do ducto torácico. A linfa hepática é rica em proteínas e pobre em triglicerídeos, o que explica a presença de proteína no líquido ascítico. Vasodilatação arterial na circulação esplâncnica: tende a reduzir a pressão arterial. Com o agravamento da vasodilatação, a frequência cardíaca e o débito cardíaco não conseguem manter a pressão arterial. Isso desencadeia a ativação de vasoconstritores, incluindo o sistema renina-angiotensina, e também aumenta a secreção do hormônio antidiurético. A combinação de hipertensão portal, vasodilatação e retenção de sódio e água aumenta a pressão de perfusão dos capilares intersticiais, causando o extravasamento de líquido para a cavidade abdominal. Shunts Portossistêmicos. Com a elevação da pressão no sistema portal, o fluxo é invertido da circulação portal para a sistêmica pela dilatação de vasos colaterais e pelo desenvolvimento de novos vasos. Circuitos venosos secundários se desenvolvem em qualquer local onde as circulações sistêmicas e portal compartilhem de leitos capilares comuns. Colaterais da parede abdominal aparecem como veias subcutâneas dilatadas, as quais se estendem do umbigo até as bordas das costelas (cabeça de medusa) e constituem uma importante característica clínica típica da hipertensão portal. Interpretação do liquido Gradiente Albumina Soro-Ascite (GASA): Albumina Sérica – Albumina Ascítica = Se < 1.1 = exsudato (peritoneal); Se > 1.1 = transudato (hipertensão porta). Manejo da ascite: 1. Tratar doença hepática; 2. Restrição de Na e H2O; 3. Diurético (espironolactona e furosemida); 4. Paracentese de alívio (se > 5L, repor albumina). Hepatopatias Sinais de Insuficiência Hepatocelular Descompensada • Icterícia; • Encefalopatia hepática; • Coagulopatia; • Hipoalbuminemia; • Desnutrição; • Imunossupressão; • Síndromes hepatorrenal e hepatopulmonar. Encefalopatia hepática A Encefalopatia Hepática (EH) é uma complicação neuropsiquiátrica frequente nos hepatopatas. Caracteriza-se por distúrbios na consciência e no comportamento, alterações da personalidade, sinais neurológicos variáveis. Ela pode ser aguda e reversível ou crônica e progressiva. Disfunção hepatocelular grave e/ou shunt intra e extra-hepático do sangue venoso portal para a circulação sistêmica, de modo que a circulação é em grande parte desviada do fígado. Em decorrência desses processos varias substancias toxicas absorvidas do intestino não são filtradas pelo fígado e levam anormalidades metabólicas no SNC. Aumento do tônus GABAérgico: Na presença de amônia ou manganês, os receptores periféricos mitocondriais da benzodiazepina são ativados, e provocam a síntese de neuroesteróides nos astrócitos ( cél.da neuroglia de maiores dimensões e maior número). Dentre eles, a alopregnalona (forte neuroesteroide inibitório) sofre um aumento, levando ao aumento do tônus GABAÉRGICO. O GABA aumentado, por ser um neurotransmissor inibitório do SNC, esta relacionado a níveis reduzidos de consciência vistos na encefalopatia. Edema cerebral: Acumulo de manganês nos gânglios da base , acabam sendo tóxicos para os astrócitos, atrelada a ação da amônia induzindo o estresse oxidativo e nitrosativo exacerbam o edema cerebral, pois recrutam citocinas inflamatórias, que junto com outros fatores como o uso de benzodiazepínicos e distúrbios hidroeletrolíticos , integram-se como fatores que promovem o edema cerebral. Quadro Clinico O asterixe (“adejar hepático”, “tremor adejante”) é um lapso assimétrico arrítmico na posição voluntaria mantida nos membros, da cabeça e do tronco. É mais bem demonstrado pedindo ao paciente que estenda os braços e mantenha as mãos dorsiflectidas. Os distúrbios do sono com inversão dos ciclos sono/vigília estão entre os sinais iniciais da encefalopatia. Alterações na personalidade, humor, confusão mental, deteriorização dos autocuidadose da escrita e sonolência diurna são manifestações clinicas adicionais da EH. O fetorhepaticus, um odor típico de bolor observado no hálito e na urina e que se acredita advir dos mercaptanos, podem ser observados em pacientes em estágios variados de EH. Hemorragia digestiva Estagio avançado Hepatopatias HD alta é aproximadamente cinco vezes mais frequente que HD baixa. A HD é mais comum em homens, idosos e portadores de doenças crônicas. A HD aguda manifesta-se através de hematèmese(vômitos de sangue vivo ou em “borra de café”), de melena(fezes negras, tipo alcatrão, malcheirosas), de hematoquezia(eliminação pelo reto de sangue vermelho vivo, ou de cor vinhosa, ou de coágulos recentemente formados). A hemorragia digestiva aguda alta (HDAA) é definida como aquela que se instala em consequência de lesões localizadas proximais ao ligamento de Treitz, manifestando-se, na maioria das vezes, através de hematèmese e/ou de melena. A hemorragia digestiva aguda baixa (HDAB) é causada por lesões situadas distalmente ao ligamento de Treitz e identificada,mais frequentemente, através de hematoquezia. Hepatite A • Vírus RNA; • “Icterícia Catarral Epidêmica”; • Idade acometida 5 – 12 anos; • Transmissão fecal-oral; • Prevalência no Brasil 39,5% (anti-HAV reagente); Prevalência na região Norte 67,5%. Patogenia • Resiste ao pH ácido do TDA; • Cai na corrente sanguínea; • Fígado => hepatócitos; Vírus excretados na bile => elevados nas fezes Quadro clínico • Assintomático; • “IVAS”, “gastroenterite”; • Adultos são mais sintomáticos; • Prodrômica = > ictérica = > convalescência. Fase prodrômica: • Sintomas inespecíficos; • Mal-estar, astenia, anorexia, náuseas, vômitos, diarreia, perda ou perversão do paladar e olfato, artralgia, mialgia, tosse, coriza, cefaleia, fotofobia, etc.; • Quadro gripal; • Febre baixa (<38,5°C); • Dor ou desconforto abdominal; • Artrite; • Glomerulonefrite; • Rash e urticária. Fase ictérica: • Regressão ou atenuação dos sintomas da fase prodrômica; • Icterícia; • Colúria; • Acolia ou hipocolia fecal; • Prurido; • Pode não ocorrer. Fase de convalescência: • Volta gradual da sensação de bem-estar; • Melhora dos sintomas; • Melhora dos sinais. • Os sinais e sintomas não devem durar mais que 6 meses. Diagnóstico • Incubação de 2 – 6 semanas; • Anti-HAV eleva poucos dias antes dos sintomas; • Anti-HAV IgM dura 4 – 6 meses; • Anti-HAV IgG dura vida toda. Anti-HAV Clinica Interpretação IgM + Sintomático HAV agudo IgG + Assintomática Cura ou Vacina IgM + Assintomático Assintomático ou falso + IgG + Sintomático Pesquisar outra causa Hepatopatias Tratamento • Repouso + sintomáticos; • Abstinência alcoólica por 6 meses; • Hepatite fulminante (0,1 – 0,5%) => UTI => Tx hepático. Hepatite B (HBV) Vírus DNA; Mais comum entre 20 – 69 anos; Prevalência no Brasil 7,4% (anti-HBc reagente); Transmissão: Sexual; Perinatal (vertical); Entre crianças (horizontal); Contato íntimo; Percutânea; Hemotransfusão; Tx de órgãos. Quadro clínico Dependem da idade, do nível de replicação viral e estado imune; 70% assintomáticos; Prodrômica => ictérica => convalescência; Hepatite fulminante (<1%) Vacinação: • Faz parte do calendário; • 1ª dose = ao nascer; • 2ª dose = 1 mês de vida; • 3ª dose = 6 meses de vida. • Tratamento: • Repouso + sintomáticos; • Abstinência alcoólica por 6 meses; • Hepatite fulminante (<1%) => UTI => Tx hepático. Hepatite C (HCV): • Vírus RNA; • Prevalência no Brasil 1,38% (anti-HCV reagente); • Transmissão: sanguínea. Quadro Clínico: • < 20% se tornam sintomáticos em fase aguda; • Prodrômica => ictérica => convalescência; • 80% de chance de se tornar portador crônico; • Forma fulminante é raríssima. Diagnóstico: • Raramente feito na fase aguda; • Dosagem do Anti-HCV (surge após 8 – 12 semanas); • Dosagem da Carga Viral HCV-RNA. Tratamento: • Realizado na atenção especializada; • Não há vacina; • Não há profilaxia. Hepatite D (HDV): • Vírus RNA; • Necessita do vírus B (HBV); • Na Amazônia é endêmico; • O vírus é citotóxico. Quadro e História: Coinfecção: • HBV aguda + HDV; • Eleva as chances de fulminante de < 1% para 5%; • Aumenta o risco de cronificação. Superinfecção: • HBV crônica + HDV; • Cursa com fulminante em 20%; • Piora o prognóstico da HBV crônica. Cura: • Anti-HBs. Hepatite E (HEV) • Vírus RNA; • Transmissão fecal-oral; • Raríssima no Brasil; • Branda e autolimitada; • Em gestantes pode levar a forma fulminante em 10 – 20%; • Não cronifica.
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