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Química Inorgânica Gabriella de Sá Leonam Siqueira da Silva Rodrigo Vasconcelos Professora: Ana Isabel de Carvalho Santana Rio de Janeiro 26 de março de 2019 2 Conteúdo Dualidade onda-partícula ........................................................................... 3 Hipótese de Broglie ................................................................................. 3 Modelo Atômico de Bohr ........................................................................... 4 Efeito foto-elétrico ..................................................................................... 6 Experimento de Planck ............................................................................... 7 REFERÊNCIAS .............................................................................................. 9 3 Dualidade onda-partícula A dualidade onda-partícula é o conceito da mecânica quântica de que cada partícula ou entidade quântica pode ser parcialmente descrita em termos não apenas de partículas, mas também de ondas. Ele expressa a incapacidade dos conceitos clássicos de "partícula" ou "onda" para descrever completamente o comportamento de materiais em escala quântica [1]. Por meio do trabalho de Max Planck, Albert Einstein, Louis de Broglie, Arthur Compton, Niels Bohr e muitos outros, a teoria científica atual sustenta que todas as partículas exibem uma natureza ondulatória e vice-versa. Esse fenômeno foi verificado não apenas para partículas elementares, mas também para partículas compostas como átomos e até moléculas. Para partículas macroscópicas , devido aos seus comprimentos de ondas extremamente curtos, as propriedades de onda geralmente não podem ser detectadas. Apesar de diversos cientistas terem estudado o efeito de dualidade onda- partícula, o presente trabalho tem como foco a hipótese e o estudo do físico francês Louis de Broglie [2]. Hipótese de Broglie Em 1924, Louis-Victor de Broglie formulou a hipótese de Broglie, afirmando que toda a matéria tem uma natureza ondulatória, ele relacionou o comprimento de onda e o momento [3]: Esta é uma generalização da equação de Einstein, já que o momento de um fóton é dado por p = e o comprimento de onda (no vácuo) por λ = , onde c é a velocidade da luz no vácuo. Sendo assim, De Broglie derivou sua equação usando teorias bem estabelecidas através da seguinte série de substituições: [5] 1. De Broglie usou pela primeira vez a famosa equação de Einstein, relacionando matéria e energia: E = m c 2 E = energia, m = massa, c = velocidade da luz 2. Usando a teoria de Planck, que afirma que cada quantum de uma onda tem uma quantidade discreta de energia dada pela equação de Planck: E= h υ https://en.wikipedia.org/wiki/Quantum_mechanics https://en.wikipedia.org/wiki/Particle https://en.wikipedia.org/wiki/Quantum https://en.wikipedia.org/wiki/Wave https://en.wikipedia.org/wiki/Classical_physics https://en.wikipedia.org/wiki/Quantum-scale https://en.wikipedia.org/wiki/Wavelength https://en.wikipedia.org/wiki/Wavelength https://en.wikipedia.org/wiki/Momentum https://en.wikipedia.org/wiki/Speed_of_light https://en.wikipedia.org/wiki/Speed_of_light 4 E = energia, h = constante de Plank (6.62607 x 10 -34 J s), υ = frequência 3. Como De Broglie acredita que partículas e ondas têm as mesmas características, as duas energias seriam as mesmas: mc 2 = h υ 4. Como as partículas reais não viajam na velocidade da luz, De Broglie substitui v, velocidade, por c, a velocidade da luz. mv 2 = h υ 5. Através da equação λ, de Broglie substituiu υ/λ por ν e chegou à expressão final que relaciona comprimento de onda e partícula com velocidade. m v 2 = Consequentemente: λ = = Embora De Broglie fosse creditado por sua hipótese, ele não tinha nenhuma evidência experimental real para sua conjectura. A fórmula de De Broglie foi confirmada três anos depois para elétrons com a observação da difração de elétrons em dois experimentos independentes [4]. Na Universidade de Aberdeen, George Paget Thomson passou um feixe de elétrons através de uma fina película de metal e observou os padrões de interferência previstos. No Bell Labs, Clinton Joseph Davisson e Lester Halbert Germer guiaram o feixe de elétrons através de uma grade cristalina em seu experimento, popularmente conhecido como experimento de Davisson-Germer. Modelo Atômico de Bohr Para explicar a estabilidade de um átomo, Neils Bohr deu um novo arranjo de elétrons no átomo em 1913. De acordo com Neils Bohr, os elétrons poderiam girar em torno do núcleo em apenas "certas órbitas" (níveis de energia), cada órbita tendo um raio diferente [6]. Quando um elétron está girando em uma órbita particular ou nível de energia particular ao redor do núcleo, o elétron não irradia energia (perde energia), embora tenha acelerado o movimento ao redor do núcleo [6]. Os postulados importantes em sua teoria são: https://en.wikipedia.org/wiki/Electron_diffraction https://en.wikipedia.org/wiki/University_of_Aberdeen https://en.wikipedia.org/wiki/George_Paget_Thomson https://en.wikipedia.org/wiki/George_Paget_Thomson https://en.wikipedia.org/wiki/Bell_Labs https://en.wikipedia.org/wiki/Clinton_Joseph_Davisson https://en.wikipedia.org/wiki/Lester_Halbert_Germer https://en.wikipedia.org/wiki/Lester_Halbert_Germer https://en.wikipedia.org/wiki/Davisson%E2%80%93Germer_experiment 5 1. Os elétrons giram em torno do núcleo com velocidades definidas em órbitas circulares concêntricas situadas a distâncias definidas do núcleo. A energia de um elétron em uma certa órbita permanece constante. Enquanto permanecer nessa órbita, o elétron não emite nem absorve energia. Estes são denominados estados estacionários ou estados principais de energia. 2. Bohr propôs que o momento angular de um elétron é quantizado. Assim, o movimento de um elétron é restrito àquelas órbitas onde seu momento angular pode ser definido por meio da equação , onde h é a constante de Planck. 3. Assim, temos a relação mvr = , onde m é massa de elétron, v é velocidade de elétron da dita órbita, r é raio dessa órbita, n é um inteiro simples. 4. Os estados estacionários ou os níveis de energia permitidos são apenas aqueles em que n = 1, 2, 3, … Isso é chamado de condição quântica de Bohr. 5. A energia de um elétron só muda quando se move de uma órbita para outra. Uma transição eletrônica de uma órbita interna para uma órbita externa envolve a absorção de energia. Da mesma forma, quando um elétron salta de uma órbita externa para uma órbita interna, libera energia, que é igual a diferença entre os dois níveis de energia. 6. A energia assim liberada na forma de uma radiação de certa frequência aparece na forma de uma linha no espectro atômico. Se a energia de um elétron na órbita externa (n2) for E2 e a energia de elétron na órbita interna (n1) for E1 então E2 - E1 = ΔE = hν. 7. O valor de n poderia ser inteiros pequenos 1, 2, 3 e estes correspondem ao primeiro, segundo, terceiro e assim por diante. Os estados quânticos são conchas para o elétron; n é denominado como número quântico principal. 8. Com base na teoria de Bohr, Bohr calculou os raios das várias órbitas e as energias associadas aos elétrons presentes nessas camadas. Figura 2 – Representação ilustrativa do átomo de Bohr 6 Efeito foto-elétrico Quem descobriu? Em 1886, o físico alemão Heinrich Hertz (1857 – 94), descobriu o efeito fotoelétrico. A partir da percepção que a incidência da luz ultravioleta em chapas metálicas a produção de faíscas. Porém, só explicada por Albert Einstein, em 1905 que na ocasião ganhara o prêmio Nobel de física junto a Max Planck por conta de sua contribuição para a ciência por suas descobertasrelacionadas à quantização da luz. Como funciona o efeito fotoelétrico? Nenhuma explicação clássica sobre o efeito sanava as dúvidas que pairavam sobre o efeito fotoelétrico. A principal indagação era sobre a energia cinética dos elétrons que eram forçados a sair do metal: que não dependia da intensidade da luz incidente. Einstein, por sua vez percebeu que o que fazia ocorrer a ejeção do elétron era um único fóton, partícula de luz que transferia aos elétrons uma parte de sua energia, ejetando-o do material, desde que sua frequência fosse grande o suficiente para tal. Para tanto, Einstein muniu-se das ideias do físico alemão Max Planck (1858-1947) [7]. Então, o efeito fotoelétrico, foi denominado um fenômeno quântico que ocorre devido a ejeção de elétrons de uma placa metálica exposto a uma determinada frequência de radiações eletromagnéticas. Onde os pacotes de luz, ou seja, fótons, fornecem energia para os elétrons e se essa energia for maior que a energia mínima, o elétron é instantaneamente arrancado da superfície do material formando uma corrente de fotoelétrons [8]. Figura 1 - Representação ilustrativa do efeito fotoelétrico [7]. A energia de cada fóton depende de sua frequência (f), logo, existe uma frequência mínima necessária para arrancar os elétrons do material. Para cada energia mínima que cada fóton deve ter para promover o efeito fotoelétrico é chamada de 7 função trabalho. A equação a seguir mostrar como se calcula a energia de um único fóton de frequência f: E = hf Onde, h é uma constante física chamada de Planck de valor: 4,0.10 -15 eV. E, f é uma dada frequência. Já a energia cinética que o elétron adquire após se atingido por um fóton é a diferença entre a energia do fóton com a função trabalho (Φ). Dada por: Eelétron = hf - Φ Experimento de Planck Quem foi Planck? Max Karl Ernest Ludwing Planck (1858 – 1947), nascido na Alemanha, foi um excelente aluno que obteve o grau de doutor com apenas 21 anos. Que é considero o pai da teoria quântica após chegar a conclusão que: “A radiação é absorvida ou emitida por um corpo aquecido não sob a forma de ondas, mas por meio de pequenos 'pacotes' de energia”, a esses pequenos “pacotes”, Planck deu o nome de quantum que vem do latim e significa “quantidade” [9]. Teoria de Planck Até chegar a teoria de Planck a física clássica enfrentava um problema chamado de “Catástrofe do ultravioleta” tal problema diz que: Qualquer corpo negro (esse nome é devido a um objeto que não favorece a absorção ou emissão de um comprimento de onda, pois o branco reflete todas as cores, radiações visíveis em vários comprimentos de onda, o preto não reflete nenhuma cor) a qualquer temperatura não nula, deveria emitir uma radiação ultravioleta muito intensa, qualquer objeto ao seu redor caminharia a devastação total por meio da emissão de radiações com altas frequências. Inclusive um corpo humano na temperatura de 37°C brilharia no escuro [10]. A explicação para tal duvida veio em 1900 por Max Planck, com a afirmação que a “energia não seria continua” como se pensava anteriormente. O físico teórico, afirmou que quantum, algo indivisível, é uma unidade definida de energia proporcional à frequência da radiação. Atualmente um quantum é chamado de fóton. Além disso, o 8 cientista forneceu uma função que permitia determinar a radiação das partículas oscilantes que emitem radiação em um corpo negro: E = nhV Onde, n=número inteiro positivo; h = constante de Planck (6,66 .10 -34 J.s); v= frequência da radiação emitida. A hipótese da discretização das energias de partículas vibrando, por parte de Planck, não encontrava nada análogo na época. Era tão radical que, mesmo reproduzindo exatamente uma observação experimental, não foi aceita até que viesse a ser adotada por Einstein em 1905. Também é uma primeira indicação de que as regras que valem para nosso mundo macroscópico não valem para o nível atômico [9]. Como conclusão, temos que, a teoria de Planck mostra que a radiação de frequência “v” pode ser regenerada somente se um oscilador de tal frequência tiver adquirido a energia mínima necessária para iniciar a oscilação. Em baixas temperaturas, não há energia suficiente disponível para induzir as oscilações de altas frequências; dessa maneira, o objeto não regenera radiação ultravioleta, acabando com a catástrofe do ultravioleta. 9 REFERÊNCIAS [1] Cambridge University Press. Quoted in Harrison, David (2002). "Complementarity and the Copenhagen Interpretation of Quantum Mechanics". UPSCALE. Dept. of Physics, U. of Toronto. Retrieved 2008-06-21 [2] Walter Greiner (2001). Quantum Mechanics: An Introduction. Springer. ISBN 978- 3-540-67458-0. [3] Donald H Menzel, "Fundamental formulas of Physics", volume 1, page 153; Gives the de Broglie wavelengths for composite particles such as protons and neutrons. [4] Y. Couder, A. Boudaoud, S. Protière, Julien Moukhtar, E. Fort: Walking droplets: a form of wave-particle duality at macroscopic level. doi:10.1051/epn/2010101 [5] Halliday, D.; Resnick, R; Walker, J. Fundamentos de Física 4 – Ótica e Física Moderna. Tradução de Denise Helena da Silva Sotero, Gerson Bazo Costamilan, Luciano Videira Monteiro e Ronaldo Sérgio de Biasi. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1995. 355p. Título original: Fundamentals of Physics, 4th edition, Extended Version. [6] Bohr, N. On the constitution of atoms and moleculas. Philosofical Magazine and Journal of science. 1913. [7] Helerborck, Rafael. "O que é efeito fotoelétrico?"; BRASIL ESCOLA. Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/fisica/o-que-e-efeito-fotoeletrico.htm>. Acesso em 25 de março de 2019. [8] Toffoli, Leopoldo. “Efeito Fotoelétrico”; INFOESCOLA. Disponível em <https://www.infoescola.com/fisica/efeito-fotoeletrico/>. Acesso em 25 de março de 2019. [9] Fogaça, Jennifer Rocha Vargas. "Teoria de Max Planck"; Brasil Escola. Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/quimica/teoria-max-planck.htm>. Acesso em 25 de marco de 2019. [10] Groote, Jean-Jacques. “Max Planck e o início da Teoria Quântica”. COMCIENCIA. Disponível em <http://www.comciencia.br/dossies-1- 72/reportagens/fisica/fisica06.htm>. Acesso em 25 de marco de 2019. http://www.upscale.utoronto.ca/GeneralInterest/Harrison/Complementarity/CompCopen.html http://www.upscale.utoronto.ca/GeneralInterest/Harrison/Complementarity/CompCopen.html https://books.google.com/?id=7qCMUfwoQcAC&pg=PA29&dq=wave-particle+all-particles https://en.wikipedia.org/wiki/International_Standard_Book_Number https://en.wikipedia.org/wiki/Special:BookSources/978-3-540-67458-0 https://en.wikipedia.org/wiki/Special:BookSources/978-3-540-67458-0 https://en.wikipedia.org/wiki/Digital_object_identifier https://doi.org/10.1051%2Fepn%2F2010101 https://www.infoescola.com/fisica/efeito-fotoeletrico/ http://www.comciencia.br/dossies-1-72/reportagens/fisica/fisica06.htm http://www.comciencia.br/dossies-1-72/reportagens/fisica/fisica06.htm
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